Feliz dia da morte escrita por Neko Kastner


Capítulo 1
Eu odeio esse dia


Notas iniciais do capítulo

História adaptação do filme: Happy Death Day , dirigido por Christopher Landon.



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FELIZ DIA DA MORTE

Capítulo 1: Eu odeio esse dia.

Aquele cheiro era tão bom, tão doce, cheirava a... Cereja? Ah sim, que cheiro bom e cafuné também estava. Era gostoso sentir alguém fazendo carinho no meu cabelo.

"It started out as the worst day,

but now you got me feeling like its my birthday..."

Então aquele dia chegou. 23 de julho. Odiava esse dia.

Não havia bebido o suficiente na noite anterior, muito menos me chapado o bastante para que aquele dia passasse em branco.

"You got me singing like oh, oh, oh, oh, oh, oh (it's my birthday)..."

Mas já que não havia adiantado, o jeito era fazer o dia ser o mais atarefado possível para que passasse bem rápido.

Que colchão mole. Nunca havia reparado que aquela droga de cama era assim. Talvez fosse a hora de trocar aquela porcaria.

Abri meus olhos e... Onde que eu estava? Aquilo parecia um quarto de garota?

Ouvi um espreguiçar do meu lado e me virei para ver que era.

Ela olhou para mim tímida e suas bochechas começaram a rosear. Até que ela era bem bonita. Notei que ela estava enrolada no lençol e foi aí que percebi que estava eu nu por de baixo daquele edredom florido.

"You got me like oh, oh, oh, oh, oh, oh (it's my birthday).."

Ignorei aquela maldita ligação e me levantei. Não queria falar com aquela pessoa, principalmente hoje. Comecei a catar minhas coisas espalhadas pelo quarto e me vesti. Minha cabeça doía por conta do álcool da noite passada.

— Espero não ter te acordado.

A garota que estava deitada na cama disse meio constrangida.

— Você estava acordada? - Perguntei e ela afirmou corando ainda mais. Então era ela a dona daquele cafuné.

Terminei de colocar a minha roupa enquanto ela se enrolava no roupão e se levantava.

— Meu nome é...

— Você tem remédio para dor de cabeça?

— Hã... Sim, claro.

Ela pegou uma caixinha branca, em cima da sua escrivaninha e tirou uma cartela de comprimidos, me dando. Engoli e nem havia percebi a garrafinha de água que ela me oferecia.

— Hum. Valeu. - Peguei aquela garrafa e abri a porta.

— Não acredito que você saiu cedo da festa, testuda.

Quase bati de cara com uma garota loira, que logo notei ser a namorada do Gaara. Sua maquiagem estava borrada e roupa estava mal abotoada. Sinal que a noite havia sido boa para ela também. Aquele vacilão tinha que parar de passar a noite jogando vídeo game com o Naruto e abrir logo os olhos com aquela menina. Sua coleção de chifres estava aumentando.

Saí sem dizer nada. Só ouvi no fundo aquela loira falando.

— Aquele não era o Sasuke Uchiha?

Caminhei para fora do prédio dos dormitórios. O sol estava de rachar logo cedo, a única coisa que eu queria era chegar na INDRA e voltar a dormir.

Um grupinho de líderes de torcida passava por mim dando risinhos e acenando. Eu as ignorei, não queria aturar um bando de desmioladas logo cedo.

Logo a frente, um casalzinho estava estudando quando o cachorro do Kiba correu para cima, bagunçando tudo e ainda por cima mijando em cima do material deles. Não conseguir reprimir o riso. Bem feito. Estávamos de férias e não era hora de estudar. Que idiotas.

Caminhando mais um pouco, só ouço a voz do megafone da carrasca da Tenten que guiava umas cinco pessoas que faziam flexão. Eu me pergunto como o Neji dava trela para uma doida dessas.

Levei um susto, quanto mais a frente, dois carros se chocaram no cruzamento. Todos olharam para o local, curiosos. Espero que possuam o seguro.

— OLHA A BOLA!!

Alguém gritou ao fundo, e só vejo Tenten levando a bolada na cabeça e caindo no chão.

Eu hein, que dia doido.

Não demorou muito para chegar na INDRA. Logo vejo Choji já começando a arrumar a churrasqueira. Quando me viu, acenou para mim, mas passei direto. Não estava a fim de conversa.

Já estava subindo para o segundo andar, onde ficava os quartos, quando Neji apareceu na minha frente.

— Isso são horas?

Neji se achava o dono do lugar. Não era porque ele era o aluno nota 10 do curso de engenharia elétrica, que tinha que ser nosso líder.

— Onde você estava? - Neji continuava a me questionar. - Você encheu a cara ontem.

— Pois é.

— Você não vai se explicar?

— Eu não. Por que eu faria isso? - e passei por ele.

— Ontem você estava pegando uma garota de cabelo rosa. Parecia estar gostando. Você foi para onde com ela depois de saírem da festa do Naruto?

Cabelo rosa? É claro. Só podia ser a menina que acordei hoje.

— Escuta Neji. Por que você não liga para sua "namoradinha" e pergunta como ela está?

— Porque? O que aconteceu com Tenten?

— Eu não falei que era a Tenten.

Peguei ele. O melhor jeito de fazer Neji parar, era deixá-lo sem palavras.

— Eu... n-não...

— Vou para o meu quarto. - simplesmente falei.

— N-não se esqueça que marcamos de almoçar hoje.

Eu apenas dei um sinal de afirmativo.

Cheguei para o meu quarto e observei que não tinha ninguém. Ia dormir, mas quando vi que horas eram, corri para pegar a minha mochila. Não sei onde eu estava com a cabeça quando concordei em ser tutor da turma do Kabuto. Eu nem curso a disciplina dele.

Já ia sair, mas me lembrei que não tinha colocado no meu jaleco dentro da mochila.

— Droga. - bufei irritado e voltei para o quarto. Esperava que estive no seu armário.

Não sei para que precisava daquela merda, não ia ao laboratório. Ainda bem que Suigetsu me emprestou o dele.

— PARABÉNS, TEME!!

Mal tinha aberto a porta do armário e Naruto pulou em cima de mim, me dando o maior susto.

— Porra, seu Dobe!! - Esse cara tem problemas.

Naruto caiu na gargalhada, segurando o bolinho que possuía uma vela em cima.

— Eu te assustei? - Aquele loiro idiota continuava rindo da minha cara.

Eu tentei me recompor e comecei a procurar o meu jaleco.

— Você vai aonde? É seu aniversário.

— Esqueceu da penitencia do Orochimaru? - Encontrei o maldito jaleco todo amassado. Aquele Dobe. Puta merda. O idiota deixou as minhas roupas todas amarrotadas. - Agora me deixa eu ir, que já estou atrasado.

— Fala sério Sasuke. Aproveita o dia, faça um pedido. Não é sempre que você faz 20 anos. Oficialmente, você já é um adulto. - ele esticou o braço me oferecendo o bolinho.

— Eu odeio doce.

— Isso é quiche em formato de bolinho. E é de tomate. - a ultima frase ele falou como se tivesse arrasado.

Olhei desconfiado para ele.

— Foi você que fez? - perguntei.

— Não. Foi a namorada do meu padrinho. - o dobe disse.

Então peguei o bolinho da mão dele e sai do quarto.

Cheguei no laboratório de informática 20 minutos atrasado. Sério, eu não me canso de perguntar o porquê eu aceitei ajudar o Kabuto a dar aulas extras em plenas férias? Ah é, o coordenador do departamento de Ciências Biológicas e Saúde, Orochimaru, obrigou Naruto, Gaara, Hinata e eu, a ajudá-lo nas férias por conta da batida que demos na traseira do carro dele.

Eu tinha ido buscar Naruto na delegacia depois dele ter surrado um cara que tinha passado a mão na bunda da Hinata, namorada dele. Como o único que tinha carro era o Gaara, ele me emprestou. Na volta, estava eu, Naruto e Hinata no carro. Já era quase meia noite e era proibido entrar com carro na área dos alojamentos e república depois dessa hora. Eu acelerei o carro para dar tempo, mas acabei batendo no carro do Orochimaru.

O padrinho do Naruto, Jiraya, que era coordenador de Letras e a namorada dele, Tsunade, a vice-diretora, conseguiram convencer Orochimaru a não ir adiante com a queixa que nos levaria a sermos expulsos da universidade. Mas como consequência, Naruto teve que limpar o laboratório de experimentos até as aulas acabarem; Gaara, que só emprestou o carro, mas teve o nome envolvido, sua punição foi alimentar as cobras e limpar o viveiro durante todo o verão; Hinata, foi obrigada a participar do programa de educação sexual. Ela ficou vermelha de vergonha por palestrar no auditório para mais de 500 pessoas.

E eu, bem, como já falei, estou ajudando o Kabuto, professor de bioética e lacaio do coordenador Orochimaru, com os alunos que foram reprovados nessa matéria. Mas aí que eu me pergunto, pode existir gente que consegue reprovar na matéria de ética do próprio curso? Sério, BIOÉTICA.

Menos mal que o professor Kabuto disse que eu precisava só o ajudar a lançar as notas no sistema da faculdade e me dispensaria. Afinal, ele sabia que eu não entendia nada de biologia, meu negócio era ciências da computação.

Eu cheguei na sala e bati na porta avisando que eu estou entrando e puxei uma cadeira para ficar ao lado de Kabuto.

— Senhor Uchiha, eu já ia lhe procurar. – disse Kabuto.

— Desculpa a demora professor. - disse baixo apenas para Kabuto ouvir.

— Não se preocupe, Sasuke. Alguns alunos já terminaram e eu já comecei a corrigir algumas provas. - ele abriu o seu laptop e o colocou na minha frente. - Pode começar baixando as planilhas. Esses são os dados dos alunos que você tem que preencher. - ele deixou uma pilha de papeis ao meu lado.

— Pensei que você não fosse vir Sasuke-kun... - Karin falou melosamente chata. Estava sentada na primeira carteira colada com a mesa do professor.

Karin era namorada, ficante, ou sei lá o que, do Suigetsu, que também morava na mesma república que eu. Não sei como ele aguenta aquela garota chata para caralho.

— Senhorita Karin. O Sasuke está me ajudando. Por favor, não o atrapalhe.

— Mas professor, eu só estou sendo educada. - De novo aquela voz melosa.

— Huhum sei. Terminei logo a sua prova.

— É que eu não estou entendendo uma questão. Será que o Sasuke poderia me ajudar? - Ela se debruçou em cima da cadeira e ajeitou o seu decote.

— O Sasuke faz Ciências da Computação. Mesmo se ele entendesse alguma coisa de biologia, hoje é dia de prova. A senhorita tinha que ter estudado. - Kabuto, que já estava perdendo a paciência, ainda completou. - Faltam 15 minutos, e eu só vou corrigir as provas que estiverem na minha mesa nesse tempo. Quem não conseguir, é zero.

Eu segurei o riso.

—-

Já havia passado do meio dia quando Kabuto deu uma pausa para o almoço. Chegaria a tempo para a reunião com os rapazes, mas precisava me apresar.

"It started out as the worst day,

but now you got me feeling like its my birthday..."

Peguei o celular e estava escrito Itachi na tela. Desliguei na hora. Não queria falar com ele.

Fui um dos primeiros a chegar, na reunião. Logo depois Naruto chegou.

— Cadê o Gaara? - Neji questionou Naruto.

— Ele precisou sair com a Ino. - Respondeu Naruto se sentando ao meu lado com uma bandeija enorme de lanche.

— Ele não podia ter espero até mais tarde para transar. Gaara sabe muito bem que toda a segunda-feira a gente tem uma reunião.

— Fala sério Neji. - disse Naruto indignado.

— Depois eu vou ter uma conversinha com o Sabaku, mas agora vamos começar a pauta da nossa reunião. Estamos chegando na época do nosso festival de verão e precisamos de um tema. Esse ano é nossa vez de escolher, já que ano passado foi a vez das meninas do Senju. E acredito que ninguém vai querer de novo um show de talentos...

Aquela reunião estava muito chata. Ninguém estava prestando a atenção no que o Neji falava.

— Ei, pessoal, desculpe o atraso. - Kiba acabava de chegar seguido pelo seu pulguento Akamaru.

— Ei, Kiba. Segura do seu cachorro. - reclamou Naruto quanto teve seu cachorro quente roubado pelo cão.

Naruto se levantou e puxou sua bandeja.

— Deixa de ser mesquinho. Ainda tem um monte que comida aí. - falou Kiba.

— Mas eu não comi nada hoje...

Sem mais aviso Akamaru pulou em cima de Naruto, que se chocou com uma outra pessoa que estava passando com um milk-shake de morango. Toda a comida caiu em cima de mim e acabei me sujando inteiro.

— Desculpa menina. eu não te vi... - Naruto falou a pessoa que havia se chocado.

— Você tinha que pedir desculpas a mim, Dobe. - falei irritado. Estava todo sujo de milk-shake e batata frita.

— Parece que nos encontramos de novo.

Olhei para a pessoa e a reconheci. Era a menina de cabelo rosa.

— Vocês já se conheciam? - Neji perguntou vendo toda aquela cena.

— Sim.

— Não.

Falamos juntos.

Eu puxei ela para longe. Não queria que aqueles imbecis ouvissem a nossa conversa.

— O que você veio fazer aqui? - perguntei ainda irritado por estar todo sujo.

— Eu vim almoçar. - ela olhou para o seu milk-shake espalhado no chão. - Pelo menos era o que eu pretendia. - suspirou. - Ah, você esqueceu isso.

Ela pegou de sua mochila o meu relógio.

— Eu nem lembrava. - peguei o relógio. Ele havia sido do meu pai.

— Você ainda se lembra de mim? - ela perguntou desconfiada.

Eu só afirmei.

— Sei. - ela parecia não ter acreditado.

Pus o relógio no pulso e vi que já havia passado da 1 hora da tarde. Kabuto devia estar me esperando.

— Obrigado, mas eu tenho que ir agora.

Dei as costas. Ainda tinha que ir a INDRA para trocar de roupa.

Meu celular vibrou. Era uma mensagem de voz.

"Sasuke, eu fiquei te esperando por quase duas horas no restaurante e você nem para me avisar que não viria.

Você não é mais criança, Sasuke. Fugi dos problemas não vão fazer eles desaparecerem."

Assim que acabou, guardei o celular no bolso. Cheguei na república, troquei de roupa, embora o que eu precisava fosse de um banho. Corri para o prédio de biologia, onde passaria boa parte da minha tarde.

—-

Já estava entardecendo quando terminei de colocar as notas da planilha. Kabuto me emprestou o laptop dele para que eu lançasse não só as notas dos alunos dele da turma de Bioética, com as outras matérias que ele lecionava. Ele me disse que mandaria o login e a senha do portal de nota para o meu e-mail e assim que eu o devolvesse o seu laptop com tudo lançado, Kabuto me dispensaria e eu estaria liberado do meu castigo.

Minhas costas e pescoço doíam por ter passado horas e mais horas sentado naquela cadeira dura da sala de aula. Também estava meio enjoado, iria voltar para a república e tomaria um bom banho. Queria descansar um pouco antes de ir para a casa da mãe do Kiba, para um campeonato de video game. E sim, a mãe do Kiba também trabalhava na faculdade. Ela era professora de medicina veterinária, uma das mais respeitadas da faculdade. Depois disso passaria a noite acordado lançando notas dos alunos do Kabuto.

Vi ao longe o elevador aberto, andei rápido antes que ele fechasse, mas Karin apertou o botão para descer e corri. Aquela demônia parou na porta me impedindo de entrar e o elevador desceu.

— Você demorou. - falou Karin.

— Eu não pedi para você me esperar. - respondi e apertei o botão para chamar o elevador de volta.

Ela colocou seus braços ao redor do meu pescoço e começou a me beijar.

— Chega, Karin. Você tem namorado. - tentei me afastar dela.

— Isso não te impediu de transar comigo na semana passada. – ela me deu um sorriso aberto. Vendo que eu não ia ceder, falou: - Suigetsu passou a noite inteira o hospital cuidando de um lunático que foi pego pela polícia. O próprio Kabuto-sensei que pediu para ele ficar de olho no maluco. Ninguém vai atrapalhar a gente.

— Não importa. Foi só uma vez.

— Foram 5.

Não acredito que ela contava.

— Isso não vem ao caso. - assenti. – O que importa é que não vai acontecer mais.

— Mas Sasuke... - ela começava a ficar irritada. - Foi por causa daquela vagabunda de ontem, não foi?

— De quem você está falando?

— Daquela vadia de cabelo rosa da Sakura.

De onde ela tirava essas ideias. Se bem que... Eu acordei nu na mesma cama que ela e eu começava a me lembrar de ter conversado com ela na noite anterior. Ela me chamou atenção por estar lendo um livro de Epidemiologia no meio da festa, mas o que me fez ir até ela, foi notar o quão bonita ela era.

Então esse era o nome dela: Sakura. É, bonito nome.

— Não me faça de idiota. Eu vi que vocês saíram juntos. - Karin parecia irritada.

— Eu não faço, Karin. Você é.

O elevador chegou e Suigetsu deu de cara conosco quando a porta abriu. Notei que Karin ficou sem graça e eu entrei no elevador sozinho assim que ele saiu.

—-

Havia chegado em casa e a primeira coisa que eu fiz foi tomar banho? Não.

Abracei a minha cama, e só acordei horas mais tarde quando ouvi a voz de Naruto e Gaara entrando no quarto.

— Fala sério, Teme. Você ainda está dormindo?

Naruto ligou a luz do quarto e eu escondi o meu rosto.

— Vão embora. - gritei.

— Já são 9 horas, Uchiha. Levanta logo. - Gaara puxou a minha coberta.

— Vocês são um saco!

Eu me levantei completamente desanimado e peguei a primeira roupa que vi. Tomei um bom banho e finalmente fiquei limpo.

Quando voltei para o quarto, Naruto e Gaara estavam jogando cada um no seu Nintendo switch, jogados nas camas.

— Vocês estão de sacanagem. - peguei o secador de cabelo e comecei a me arrumar. - Não sei como vocês conseguem ficar o dia inteiro no vídeo game?

— Não ficamos o dia inteiro no vídeo game. - falou Naruto.

— Só quando não temos nada para fazer. - completou Gaara.

— Pessoal, já passa das 9 horas. - Neji entrou no quarto. - Esse é o meu secador, Sasuke?

— Claro que é. – debochei.

As luzes da casa piscaram várias vezes.

— Eu espero que o meu secador não tenha queimado.

Apertei o botão de ligar e... Bem, parece que queimou mesmo.

— Você está me devendo um secador novo, Uchiha. Agora, vamos?

— Vamos!! - Naruto saltou da cama. - Hoje é dia de festejar.

Eu gelei.

— O que vocês vão festejar? - perguntei. Não acreditava que Naruto contou a eles sobre o meu aniversário. Ele era o único que sabia.

Nossas mães eram melhores amigas desde o ensino médio. Eu e Naruto crescemos juntos, estudamos sempre na mesma escola. Quando chegou a vez de fazer faculdade, passamos para a mesma universidade, Konoha University e fazemos o mesmo curso, Ciências da Computação. Ele sabia que eu não gostava de lembrar do dia de hoje. Naruto não podia ter feito isso comigo.

— Vamos comemorar a despedida do Gaara. - disse Neji.

— Despedida? Você vai embora? - perguntei surpreso.

Gaara desligou o vídeo game portátil dele e respondeu:

— Vou me mudar para um apartamento aqui perto do campus.

— E morar com a mina dele. - Naruto continuou e tacou um travesseiro nele.

— Vai morar com a Ino? - Eu sabia que Gaara gostava dela, mas ele não era burro. Aquela garota era a maior vadia e esse ruivo idiota ainda ia morar com ela. - Parabéns.

Não sabia o que falar, mas era melhor que dar os pêsames.

— Valeu, mas vamos logo. Já está tarde.

Ele se levantou e Naruto o seguiu.

— Vamos Sasuke. Ainda temos que passar no mercado. - disse Naruto.

— Vão na frente. - eu respondi.

— Tudo bem. Só não demora, senão o Choji come toda a pizza. - disse Neji.

Todos se foram e eu fiquei sozinho no quarto para terminar de me arrumar.

Quanto terminei, a casa estava toda no escuro. Não tinha mais ninguém. Eram 9:30, tinha que me apresar. Coloquei o laptop do Kabuto na minha mochila. De repente a mãe do Kiba me ajudava com isso.

Haviam uns idiotas fantasiados com máscaras de animais. Eu ri. Era o pessoal do teatro, eles eram um bando de perdedores. Andando daquele jeito, só pagavam mico.

Decidi cortar caminho por uma estradinha que dava ao bosque. Era muito mal iluminada e não tinha asfalto, mas eu chegaria na metade do tempo na casa da mãe do Kiba. Ela morar mais afastado por causa dos animais resgatados que a família cuidava.

Durante o caminho tive a impressão que estava sendo vigiado, mas quando olhava a minha volta, não via ninguém.

— Que esquisito.

De repente, vi uma sombra atrás de mim. Me virei e a uns 20 metros atrás de mim, tinha um idiota do teatro com uma máscara branca de gato.

Eu parei e o encarei. A pessoa continuou me olhando.

— Perdeu alguma coisa aqui? - falei para ver se ele se tocava, mas ele continuou a olhar para mim. - O idiota! Você quer arranjar briga comigo. - comecei a fica irritado.

Dei um passo na direção dele, mas ele começou a caminhar na minha direção. Comecei a ficar assustado. Peguei o meu celular e avisei:

— Tô chamando a polícia.

A pessoa parou e foi embora pelo caminho contrário. Esperei até vê-lo virar a esquina.

Quando chegar na casa da mãe do Kiba, vou avisar a ela. Devia ser só um maluco querendo assustar, mas era melhor evitar aquele tipo de coisa.

Perdido em meus pensamentos, me assustei quando alguém pulou ao meu lado e tentou colocar um pano no meu rosto. O cheiro de química era muito forte, devia ter algum entorpecente. Foi por pouco, mas eu conseguir dar uma cotovelada no sujeito.

Ele se contorceu por conta do golpe e percebi que era o mesmo maluco de máscara de gato. O que estava acontecendo? Quem era aquele cara? O que ele queria comigo?

Foi quando eu vi aquele maluco tirando alguma coisa de dentro da jaqueta. Parecia ser algo de metal. Era uma faca.

Eu não pensei duas vezes e comecei a correr. Ele me seguia com a faca em punho.

Em um certo momento, conseguiu uma distância de vantagem. Não sabia o que fazer. E se eu fosse para a casa do Kiba e o mascarado me seguisse até lá? O que ele poderia fazer? Eu poderia botar todos em perigo.

Decidir tomar outro caminho. O problema era que eu não conhecia direito aquele lugar e não havia ninguém na estrada para eu pedir ajuda.

Tentei bolar uma estratégia, mas acabei não percebendo uma raiz de árvore na minha frente. Tropecei e caí com tudo no chão.

Tentei me levantar, mas minha perna direita começou a doer intensamente. Achei que a tivesse deslocado.

Foi quando senti meu cabelo ser puxado com força. Tentei lutar, mas aquela pessoa era forte, só podia ser um homem. Eu vi a sua máscara e a última coisa que senti foi a lâmina da sua faca passando no meu pescoço.

Depois tudo ficou escuro.


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Notas finais do capítulo

A música do toque do celular é da cantora Pixie Lott - Birthday.



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