22:30 escrita por quartaFeira
Notas iniciais do capítulo
Sábado, 22:30. As duas deitadas, pernas entrelaçadas, Ana descansando a cabeça no peito de Cecília, o céu bonito pra chover…
“Você fala muita besteira, sabia?” - foi o que Cecília disse, mas o sorriso que Ana não via dava outro tom àquelas palavras.
“Mas tu gosta é muito”, Ana provocou, levantando a cabeça, pra provocar olhando no olho.
Cecília tentou fechar a cara, mas não deu. Levou uma mão até os cabelos de Ana, ajeitando uma mechinha teimosa, que nem a dona, atrás da orelha - “Eu não…”
“Do jeito que tu tá me olhando agora…” - Ana riu, inclinando a cabeça pra um beijo, só até metade do caminho.
Cecília sabia, o resto do caminho era dela.
Começaram com risadas, beijinhos, provocações de mentirinha. Não demorou, no entanto, pra que a coisa ficasse mais séria.
“Diz de novo, que eu só falo besteira" - Ana desafiou, pondo uma perna de cada lado de Cecília, segurando suas mãos presas ao colchão num agarro inofensivo. Uma armadilha infantil demais pra ser marcial.
“Não mesmo!” - Cecília retrucou, ainda rindo, de forma descontraída.
“Diga, se não eu num lhe solto" - Ana tornou a desafiar.
Cecília não podia estar mais despreocupada. Elevou o tronco, forçando Ana a sentar e lhe soltar. Foi a vez dela de prender Ana, pela cintura.
“E quem foi que disse que eu quero que você me solte?” - provocou.
Ana, quase - quase - sem jeito, deu-lhe um beijo na bochecha - “Sabe nem brincar, tu…”
Cecília fechou os olhos, respirou fundo, tornou a deitar. Mexeu o quadril só um pouquinho, procurando mais contato com Ana, ainda sentada sobre ela. Pra boa entendedora, meio sorriso basta.
Ana relaxou o corpo, empurrou a pélvis, dando mais do contato que Cecília buscava.
Cecília gemeu baixinho. Oh, tentação!
“Num geme assim, que tu me deixa doida” - Ana inclinou o corpo, sussurrou pertinho do ouvido de Cecília, só o bastante pra se fazer ouvir.
A gota d'água.
Cecília iniciou os beijos. Mordia os lábios de Ana com vontade, nunca falhando em arrancar suspiros ofegantes de desejo. Suas mãos subiam e desciam, em frenesi, querendo mais daquele calor.
Era um puxaozinho de cabelo, e Ana perdia as estribeiras.
Um gemido interrompeu os beijos, e Cecília decidiu que todo pedaço do corpo de Ana que sua boca tocasse, lhe pertenceria.
Boca, queixo, pescoço, clavícula… Suas maos determinadas encontraram a abotoadura do sutiã de Ana por baixo na blusa. Só um clique pra tirar…
E o celular de Cecília vibrou no bolso do short, as duas quase deram um salto de susto.
“Afemaria! Dava pra tirar isso do bolso não?!” - Uma Ana indignada tentava recuperar o fôlego (por causa do susto, não dos beijos).
“Eu esqueci!” - Cecília se defendeu, conferindo as mensagens que havia recebido.
“É pelo meno importante?” - Ana perguntou, quase recuperada.
“Pior que não" - Cecília riu, mostrando o meme de gatinho que tinha acabado de receber de uma amiga.
Ana revirou os olhos, “pelamordi, viu!”, o que fez Cecilia colocar o celular de lado.
“Tá no silencioso, agora” - abraçou a cintura de Ana quase - quase - despretensiosamente.
“E o Kiko…?” - Ana fingiu deboche, que Cecília respondeu com um beijo.
“Atrevida”, provocou, entre um beijinho e outro.
Ana não resistiu, nem tentou. Só riu, entre um beijinho e outro - “E agora, quê que a gente faz?”
Cecília, com a resposta na ponta da língua, puxou Ana pra ainda mais perto.
“Amor”
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