Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 63
Until the night falls


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos, feliz véspera de feriado!!!

Demorei, mas estou aqui (o capítulo foi mais difícil de escrever do que eu esperava)

Muito obrigada a todos que me deixam suas mensagens ❤️❤️❤️

Sem mais delongas, vamos ao capítulo >>>>>>>>>>>



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Konan observou a barreira se abrir para que a limusine passasse e a observou se fechar atrás deles, mostrando a ponte mágica que se formava para o caminho deles. Então sentiu uma vibração estranha dentro de si, uma espécie de queimação que percorreu todo o seu corpo.

— O que é isso? – Yahiko perguntou enquanto apertavam as mãos em punhos. – Vocês também estão sentindo?

— É a magia de vocês despertando – Sakura explicou, o olhar voltado para a janela.

— Estranho, né? – Suigetsu comentou. – Mas vocês logo se acostumam.

— Sentiu isso assim que saiu? – Nagato perguntou para Sakura.

— Sim – ela respondeu. – A Ino, o Shikamaru e o Kiba não tem poderes, então eu não sabia o que era exatamente – Sakura olhou para a palma da mão. – Tive que descobrir tudo sozinha e naquela época, a Fada Madrinha não era adepta a ensinar magia – deu de ombros. – A escola melhorou muito nesse quesito nos últimos dois anos.

— Que sorte a nossa – comentou Nagato.

Konan soltou um riso de escárnio.

— Pelo menos ela tava aqui fora – foi tudo o que comentou.

— Você tem que me agradecer – disse Sakura. – Eu passei por poucas e boas que você não vai ter que passar!

Konan ia retrucar, mas Melody interferiu:

— Vocês duas poderiam não brigar? – ela pediu. – Vamos ter que trabalhar juntas se quisermos salvar Konoha.

— Pelo Sasuke – Sakura concordou.

— Não prometo nada – disse Konan.

Mas passaram o resto da viagem em silêncio.

Assim que chegaram, Konan, Yahiko e Nagato foram levados para os quartos que ocupariam na Academia. Sakura os apresentou a Fauna, Flora e Primavera, fadas que agora ministravam as matérias de magia, e antigas antagonistas de Malévola.

Konan ficou surpresa que as fadas pareciam gostar de Sakura e prometeu a si mesma que ia ser melhor em tudo o que pudesse para superar a garota de cabelos cor de rosa.

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O plano para salvar Sasuke, Izumi e Neji, e impedir os vilões se consistia em uma pequena equipe de pessoas: Sakura é claro, era a única que poderia derrotar os vilões, mas Suigetsu, Juugo e Melody iriam junto se ela precisasse de mais poder, aparentemente Sakura tinha uma habilidade de absorver a magia dos outros e aquilo surpreendeu e preocupou Konan. Sakura podia tirar sua magia? Agora que ela mal havia descoberto o que podia fazer?

Konan tinha mostrado do que era capaz: tinha a mesma habilidade da mãe em se transformar debaixo d’água, seus tentáculos enormes eram fortes o suficiente para levar a todos através das águas tempestuosas do Oceano Profundo. Yahiko e Nagato se voluntariaram, não queriam deixar Konan ir sozinha.

— Você não vai precisar esperar nem nada, nos deixa no vulcão e vai embora o mais rápido que puder – informou Sakura. – O único motivo para eu não ter ido pelo ar é porque eles me veriam e eu tenho medo do que eles podem fazer com o Sasuke ou a Izumi – disse preocupada.

O plano era Konan os levar pelo Oceano profundo, com Melody apontando o caminho. As fadas tinham feito uma pequena demonstração para eles saberem o que esperar. Tanto as fadas quanto Melody ficaram preocupadas que Sakura não conseguisse. Ela odiava o mar.

— Por que você odeia tanto o mar? – Konan perguntou sem se conter.

— Porque sua mãe tentou me matar – Sakura respondeu como se fosse óbvio. – Ainda tenho pesadelos com isso – o desabafo surpreendeu Konan.

— Achei que era boato que você tinha tentado fugir pelo mar – comentou Yahiko.

— Não era – negou Sakura.

— Você tentou e a Úrsula te pegou? – Nagato perguntou.

— Exatamente – afirmou Sakura.

— Estão prontos? – o rei Itachi perguntou.

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Assim que chegaram ao tal vulcão, Konan confessou que teve algumas tentações em soltar Sakura ao longo do caminho. Mas estava orgulhosa em ter se controlado. Sakura lhe devia agora.

Eles estavam certos em dizer que as criaturas que estavam no Oceano Profundo não eram daquele mundo, não eram todas, mas muitas das criaturas eram esquisitas, erradas, com uma magia estranha, muitas tentaram atacá-los, mas Suigetsu e Juugo foram rápidos em afastá-los. 

— Tem certeza de que está bem? – Melody perguntou a Sakura mais uma vez.

— Sim – Sakura respondeu enquanto respirava fundo.

Ela não tinha mentido quando disse que odiava o mar, mas surpreendeu Konan por saber nadar. O príncipe Sasuke a havia ensinado muito bem, mas a filha de Úrsula não diria nada.

— Melody, você deveria ir embora com a Konan – disse Sakura mais uma vez.

— Já falamos sobre isso – discordou Melody. – Você não pode ir sozinha.

— O que é aquilo no céu? – Yahiko perguntou.

— Pássaros de fogo – Melody respondeu.

Então Konan entendeu porque Sakura não poderia ir pelo céu, aquelas criaturas eram apenas um dos motivos que a impediam. Os vilões não achavam que alguém tentaria ir pelo Oceano Profundo e isso era o que dava vantagem a Sakura.

— Vocês podem ir – disse Sakura para Konan, Yahiko e Nagato.

— Ficou doida? – Yahiko retrucou. – Vamos ser comidos vivos sem vocês.

— E vocês podem precisar de nós – acrescentou Nagato.

— É muita gente para passar despercebido – Sakura se frustrou.

— Eu não vi você usar seu poder em momento algum – Konan cruzou os braços.

— É porque eu tô guardando – respondeu Sakura.

Então, sorrateiramente, cada um foi em frente seguindo o outro para dentro do vulcão. Eles sentiam várias presenças, uma mais estranha que a outra. O lugar estava infestado de demônios.

— Isso não vai dar certo – percebeu Sakura.

— Concordo – disse uma voz familiar. – Você achou mesmo que ia conseguir entrar escondida aqui? – Karin perguntou, um sorriso de escárnio no rosto. Os olhos dela brilhavam negros e a varinha maligna estava em suas mãos apontadas para Sakura.

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— Ah que ótimo – debochou Konan. – Presa outra vez – chutou a barra da cela que a prendia.

Cada um foi colocado em uma cela diferente, mas que anulavam seus poderes.

— Eu disse para você ir embora quando teve a chance – retrucou Sakura na cela ao lado.

— E deixar você ficar com toda a glória? – Konan debochou mais uma vez. – Acho que não.

— Como pode ver, não haverá glória nenhuma – Sakura retrucou mais uma vez.

— Será que vocês duas podem parar? – Melody pediu na cela da frente. – A gente tem que pensar em um jeito de escapar.

— Eu acho que isso não será possível – disse a voz de Gothel.

— Vocês ficarão bem aqui, enquanto nós dominamos Konoha – disse Doutor Facilier ao lado da vilã.

— Foram tolos de virem até aqui – disse Stephan. – Agora as criaturas mais poderosas da nova geração não podem nos impedir.

— A vilania cai bem em você – Sakura disse em um tom azedo na voz para o ex rei.

— Não como a morte cairá bem em você – ameaçou o rei se aproximando da cela dela.

— Você não tocará na minha filha – disse uma nova voz.

Era Rumpelstiltskin. Konan ficou surpresa ao reconhecer o pai.

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— E o que a gente faz agora? – Suigetsu perguntou quando todos se foram e eles continuaram presos.

— Fomos criados na ilha! – Sakura sibilou baixinho. – Sabemos mais de uma forma de abrir uma fechadura.

— Isso fazia parte do seu plano? – Juugo resmungou baixinho.

— Silêncio! – Sakura sibilou baixinho mais uma vez.

Então tinha um plano em ação, a garota de cabelos rosa só não tinha passado para eles o que pretendia.

— Por que você não confia na gente? – Melody sussurrou.

— Porque eu não tenho um plano, eu tô só improvisando! – Sakura sussurrou de volta em uma exclamação.

Sakura foi a primeira a se libertar e ajudou os outros.

— Sempre anda com grampos? – Melody perguntou.

— Você se surpreenderia com o que eu escondo nas minhas roupas – Sakura respondeu de forma misteriosa.

— A gente se separa agora? – Juugo perguntou.

Eles estavam em sete.

— Suigetsu, você vai com Yahiko; Juugo, você vai com Nagato – disse Sakura. – Nós três ficamos juntas – informou para Konan e Melody.

Não tinham escolha.

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O combinado era que quem achasse os reféns, os pegasse e saísse o mais rápido possível do vulcão, o que poderia ser bem difícil devido às tantas cavernas.

Se fossem pegos, era bom colocarem os poderes para funcionar e fazer a própria saída, o que poderia resultar na destruição dos túneis e até, talvez, uma erupção.

Mas Sakura tinha um palpite. Ela sentia uma presença grande, algo que parecia ligado a ela e que a levava a seguir pelo caminho que tinha escolhido. Tinha certeza que tanto Sasuke, quanto Izumi e Neji estariam ali, guardados pela enorme criatura que era fruto de tantas histórias de terror.

Chernabog.

Karin as viu no meio do caminho e tentou lançar uma azaração, mas Sakura foi mais rápida e tomou a varinha maligna das mãos dela.

— Azaração é algo que você nasce com – quebrou a varinha ao meio. – Não é algo que se aprende – a informou.

Karin cambaleou no lugar, os olhos voltaram ao normal e Melody a amparou.

— Cadê o Sasuke e a Izumi? – Sakura sibilou para ela.

Karin apontou para um corredor.

— Fiquem aqui! – não precisou mandar duas vezes. Nem Konan nem Melody fizeram qualquer gesto de que se moveriam.

A maior presença vinha dali, no final do corredor.

E Sakura estava certa, Chernabog estava ali, dormindo. Havia muita palha de um lado dele enquanto que do outro lado tinha fios de ouro sem fim, como seu pai tinha informado. Havia celas também que estavam sendo guardadas por ele. Dentro de cada uma delas estavam Sasuke, Izumi e Neji.

Izumi e Neji estavam dormindo, enquanto Sasuke parecia em transe.

O que seu pai havia lhe dito? “Só conseguem enfeitiçar um por vez”.

Os vilões não eram tão fortes, a magia de Chernabog que fazia todo o trabalho.

— Sasuke? – murmurou baixinho quando se aproximou da cela dele e tentou abrir a fechadura, como tinha feito antes para escapar. – Sou eu, a Sakura.

Ele só virou a cabeça para ela, o olhar vazio.

Sakura tinha levado a água do lago encantado consigo. Mas não tinha certeza se era o suficiente para os três ou se funcionaria.

— Que interessante – disse uma voz que parecia ser de outro mundo. – A filha de uma vilã veio resgatar o príncipe.

Sakura se recusou a tremer.

— Não sabia que debochava – retrucou para a criatura.

Os olhos sombrios da criatura estavam voltados para ela, Chernabog não havia se movido nem um milímetro sequer. Não havia qualquer expressão no rosto dele, se é que podia chamar de rosto.

Ele era, com toda a certeza, a coisa mais apavorante que Sakura já havia enfrentado em sua vida.

— A maldição que está nesse príncipe não pode ser desfeita com um simples desencantador – avisou a criatura quando percebeu que Sakura havia dado a água do lago para Sasuke. – Só pode ser quebrada pelo que chamam de amor verdadeiro. O que não existe.

Chernabog não tinha uma expressão sequer no rosto. Isso apavorava Sakura mais e mais. Desviou o olhar da criatura se concentrando em Sasuke. Amor verdadeiro? Tipo os beijos que ouvia nas histórias? Parecia errado beijar Sasuke estando daquele modo: enfeitiçado. Ele não era ele mesmo.

— Sasuke? – chamou inutilmente.

O que iria fazer? Sasuke não respondia e logo não estariam sozinhos, precisava tirar não só ele dali, mas Izumi e Neji também e os dois estavam desacordados.

Chernabog parecia tranquilo demais para seu gosto. 

Sakura enviou uma fagulha de sua magia pelos corredores, chamando os amigos e os agora aliados, mas essa fagulha também atrairia os vilões, o que tivesse que acontecer, iria acabar ali. Sakura iria salvar a todos, não importava o custo.

— Sasuke, me desculpe, eu devia ter sido mais sincera com você – falou para ele.

— Devia ter dito que não o amava antes – disse a voz de Gothel, ela tinha sido a primeira a aparecer. – Você sabe disso, o amor não existe, não para criaturas como nós.

Sakura se controlou para não revirar os olhos, já tinha passado da fase de se comparar a vilões.

— Você está errada – disse Sakura para Gothel, sem se virar. – O amor existe sim.

Ela tinha certeza de seu amor por Sasuke. Então ela colocou as mãos nos rostos de Sasuke, encarando os olhos enfeitiçados. 

— Eu não sei se você pode me ouvir, mas saiba que eu te amo sim, você me ensinou o que é o amor e se eu não te falei antes foi por puro medo – uma lágrima escapou pelos olhos de Sakura, mas ela não ligou. – Nunca me achei boa o bastante para você e achei que um dia você fosse perceber, vamos ser sinceros, você merece muito mais do que posso oferecer – outra lágrima escapou, caindo no rosto de Sasuke. – Mas se ainda me quiser, eu vou fazer o meu melhor por você, se casamento é o que você quer… eu me caso com você, eu não me importo de verdade, me assustou no começo sim, mas… eu só quero ficar com você, enquanto você me quiser.

— Essa é a coisa mais idiota que você já me disse – a voz rouca de Sasuke soou. – Quando é que eu não quero você? – ele não estava mais enfeitiçado.

— Sasuke – Sakura o abraçou, enterrando o rosto no pescoço dele.

— Ah que lindo, os pombinhos estão reunidos – disse Stephan.

Doutor Facilier vinha atrás, sua magia fazendo uma espécie de campo de proteção em volta dos amigos: Suigetsu, Juugo, Nagato, Yahiko, Konan e Karin.

— Podia ter tido muito mais príncipe, podia ter sido rei – Stephan apontou para a neta.

— Eu não amo sua neta e ela também não me ama – respondeu Sasuke se levantando um pouco cambaleante. Sakura o amparou. – Ser rei nunca foi do meu interesse.

Sakura viu o pai acenando nas sombras.

Estava na hora.

Sakura levou a mão que estava livre para as costas…

— Ah, eu não seria tão rápida – avisou Gothel, percebendo a movimentação da garota. – Ou eles podem acabar sofrendo as consequências – apontou para os amigos presos no campo de proteção.

— A Fada Madrinha não está mais neste mundo para proteger ninguém – Doutor Facilier riu.

— Ah! – Sakura soltou um riso debochado. – Não ficaram sabendo? – ela saiu da cela em que estava Sasuke e abriu as portas das duas ao lado, então mostrou sua varinha lançando um jato rápido que estilhaçou a barreira que prendia os amigos. – Eu sou a nova Fada Madrinha!

Dentre eles, Juugo era o que tinha aprendido a se mover mais rápido usando magia e em um segundo estava ao lado de Sakura, pegando Izumi e Neji, os colocando um em cada ombro. Ele tinha treinado muito, mas agora com os braços ocupados, Sakura era a única que poderia protegê-los.

Suigetsu dava ordens do outro lado para Konan, Yahiko e Nagato, mostrando o que eles deviam fazer.

Primeiro: Doutor Facilier, Sakura murmurou uma maldição para contê-lo, os amigos do outro lado dele respondiam a quem era mais forte e Sakura era a filha de Malévola, a criatura mais forte da nova geração. Os amigos do outro lado o levaram rapidamente para pagar o preço de pedir a ajuda deles.

Segundo: Gothel, a mulher que estava sobrevivendo a mais tempo do que deveria, consumindo a magia de quem aparecia em seu caminho, para permanecer jovem e bonita. Não demorou para que a vilã se tornasse pó.

Sakura não se preocupou com o ex rei Stephan, sozinho, Suigetsu daria conta dele.

O problema agora era Chernabog. Ele não iria deixá-los ir longe.

Aquela criatura era de outro mundo e ele estava preso naquele vulcão como uma maldição.

Rumpelstiltskin, seu pai, havia revelado o que podia acerca da criatura, preso ao seu próprio acordo…

E agora eles estavam cercados por demônios que serviam Chernabog.

Sakura precisava ganhar tempo…

— Não vão sair daqui com vida – Chernabog avisou, ainda sem se mexer.

— Eu quero fazer um acordo com você – disse Sakura, tendo um vislumbre horripilante de um sorriso do ser que arrepiou a garota.

— Faça sua proposta – falou Chernabog.

— Fiarei a palha para você até o amanhecer e então todos nós que estamos vivos e somos deste mundo sairemos livres e em segurança daqui – disse Sakura, atenta a cada palavra que dizia.

— Acha que eu preciso de ouro? – o ser apontou para pilha interminável de fios de ouro ao lado.

— Eu não fiarei ouro – avisou Sakura, o queixo altivo. – Eu fiarei prata.

— Agora, isso é interessante – pensou a criatura. – Seu pai perdeu essa capacidade a muito tempo.

— Temos um acordo? – Sakura tremeu antes de perguntar, precisava ser forte.

— Sim, temos – concordou Chernabog.

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Tinha um acordo e ela precisava cumprir, mas Sakura não conseguiu evitar o tremor ao ver a roca ser conjurada. Odiava aquela máquina. Além disso, tinha certeza que Chernabog não os deixaria escapar, mesmo ao término do tal contrato, foi assim que ele havia enveredado seu pai. Não conseguia nem imaginar seu pai, que era o mais antigo das mais antigas criaturas, preso pela eternidade por um acordo com Chernabog.

Mas Sakura não precisava ser mais forte do que Chernabog, apenas mais esperta.

Então começou a fiar, primeiro ouro e então conjurando o que transformava a palha em prata: seu choro.

Pensou nas cenas mais tristes que já viu e nas próprias experiências relacionadas à tristeza… e funcionou: a palha já não se fiava em ouro e sim prata.

Pode perceber um sentimento de satisfação vindo de Chernabog e se concentrou em provocar a ira da criatura. Não iria fiar prata até o amanhecer de maneira nenhuma.

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Sasuke observou aterrorizado o que aquilo estava fazendo com Sakura. No choro dela. Pensou na garota, ainda criança tendo que fiar e fiar para satisfazer a mãe. Era assim que ela havia conseguido tantos calos nas mãos.

Então viu a primeira ferida ser feita nas mãos dela e a palha que estava sendo fiada em prata, de repente passou a ser cobre.

Sasuke se arrepiou ao ver o sorriso de Chernabog.

— Mas que interessante – disse o ser. – Seu sangue humano, ao ser encostado na palha, se transforma em cobre. Eu quero mais disso.

— Não é esse o nosso acordo – disse Sakura, ainda fiando a palha, que voltou a ser prata.

— Eu defino o que é o acordo! – Chernabog se irritou.

— Não define não! – discordou Sakura.

A cauda de Chernabog estalou tão rápido que Sasuke sequer pôde perceber de onde veio. No rosto de Sakura havia um corte.

Então Sakura riu e Sasuke percebeu que esse era o plano dela o tempo todo.

— Você acaba de quebrar o acordo feito, então eu e meus amigos estamos livres para partir – ela se levantou e chutou a roca o mais forte que pode.

Ela tinha conseguido irritar Chernabog.

— Ninguém vai sair daqui!

— Se não vai ser por bem – os olhos de Sakura brilharam verdes. – Então vai ser por mal! Acho que Rumpelstiltskin não te falou quem é a minha mãe… 

Melody estendeu um tridente ao lado de Sasuke e dos outros, espantando os demônios do caminho com a luz que vinha dele.

— Vamos! – chamou ela, indo em direção às cavernas, os demônios indo atrás deles.

— Mas a Sakura… – interveio Sasuke.

— Se ficarmos aqui, só vamos atrapalhar ela – disse Melody.

Os outros a acompanharam e Sasuke não teve opção a não ser segui-los.

Eles estavam quase saindo dos túneis quando um rugido alto foi ouvido.

— O que é isso? – Yahiko perguntou apavorado.

Sasuke não se preocupou, conhecia aquele rugido como ninguém.

Era Sakura se transformando em dragão.

Assim que eles escaparam dos túneis, o dragão saiu pela boca do vulcão, cuspindo fogo para baixo. Sakura olhou em volta em sua forma de dragão e os viu indo em direção a eles.

— Nossa! – soltou Nagato.

Konan estava em choque.

— Subam! – avisou Melody.

Sasuke foi o primeiro a subir, antes mesmo que Melody falasse.

Ele percebeu que havia algo de errado com Sakura quando ela levantou voo. Sua forma de dragão cambaleou muitas vezes no caminho para onde quer que fosse e Sasuke tinha certeza que ela estava machucada em algum lugar.

Depois do que pareceram horas voando e sem ninguém dizer nada apenas agarrados às escamas de Sakura, uma terra foi vista. Era o reino de Ino, muitos dos que estavam lá embaixo corriam apavorados, quando estavam pertos da praia Sasuke teve um sensação:

— Pulem! – mandou a todos.

Eles obedeceram e pularam no mar.

Sasuke nadou e depois correu para Sakura caída na praia, voltando a sua forma humana.

Ele estava certo quanto a ela estar machucada.

Sakura tinha um ferimento enorme na barriga.

Sasuke tirou a blusa que usava e a rasgou fazendo uma enorme tira para estancar o sangue, Sakura soltou alguns ruídos baixos de dor, mas não abriu os olhos. 

Então Sasuke a pegou com cuidado no colo e a carregou em direção ao castelo de Ino.

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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero q sim!!!

Sem Notas dessa vez...

Beijinhos e até o próximo e possível último capítulo ❤️❤️❤️



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