Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 40
Um Mundo Ideal


Notas iniciais do capítulo

Oie, olha só quem resolver dar o ar da graça!!!!

Estou chegando a marca de 40 capítulos, é a maior história q eu já escrevi *o*

Eu não vou negar: tô achando muito difícil me concentrar em escrever, por isso a demora dos capítulos, mas continuo tentando... Já aproveito para avisar que muito provavelmente a fic vai ter mais de 50 capítulos...

Enfim, vamos a história >>>>>>



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Shikamaru estava nervoso. Por mais que não aparentasse e jamais confessaria a alguém, mas estava extremamente nervoso.

Aquele almoço tinha tudo para se tornar um desastre. A começar pelo fato de ele, o filho de Jafar, estar em um relacionamento com a filha de Aladdin e Jasmine. Suspirou levemente grato por Kiba ir consigo.

Seus pensamentos foram interrompidos com uma batida apressada na porta. Olhou o relógio em cima da escrivaninha: ainda faltava meia hora para o horário combinado com Temari e os irmãos dela.

Estranhou quando abriu a porta e viu que era Ino do outro lado, ela carregava uma sacola grande nos braços.

— Vocês vão assim? – ela arqueou a sobrancelha, tentando segurar a careta.

Shikamaru olhou para a roupa que vestia: calça jeans, jaqueta de couro e coturnos. Eram as peças de roupa em melhor estado que tinha.

— Qual o problema com as nossas roupas? – Kiba perguntou. Ele vestia uma jaqueta, mas diferente da de Shikamaru que era preta, a dele era vermelha; usava também calças brancas e um par de sapatos também brancos.

— Tudo! – Ino exclamou entrando no quarto, logo após fechar a porta e colocar a sacola em uma das camas. – Eu não sei o que vocês sabem sobre o reino do Aladdin e da Jasmine, mas as roupas que estão usando não são apropriadas para o lugar, ainda mais levando em consideração que você está indo para uma apresentação formal como namorado da primogênita deles. Você precisa – enfatizou – causar uma boa impressão, a melhor que puder para ser mais exata.

Shikamaru se sentiu ficar ainda mais nervoso, se é que era possível.

— E o que sugere? – ele perguntou tentando controlar o nervosismo na voz.

— Que bom que somos amigos – Ino comemorou e da sacola que trouxe tirou dois tecidos: um era azul escuro, parecia o céu da noite, e o outro era verde musgo; os dois tinham detalhes em dourado. Eram roupas, se lhe lembrava vagamente de peças como as que estudaram nas aulas de história.

— Isso parece roupa de mulher – Kiba exclamou horrorizado.

— Não diga uma coisa dessas quando estiver lá – Ino avisou levantando o dedo para dar a bronca. – Pode ser considerado um insulto. Agora se vistam – ela atirou a roupa azul para Shikamaru e a verde para Kiba. – Vou esperar lá fora.

— Será que não é pegadinha da Sakura? – Shikamaru observou.

— Não – Kiba negou. – Ino não faria uma coisa dessas conosco.

Shikamaru revirou os olhos sem negar a verdade. Ino era boazinha demais para fazer qualquer tipo de brincaderinha com os dois. E, não tendo outra saída a não ser confiar na amiga, se trocou.

Ao se olhar no espelho ficou estagnado ao perceber como se parecia com o pai.

— Esse almoço vai dar errado – constatou.

— Não seja pessimista – Kiba tentou animá-lo.

Ele se virou para o amigo.

— Eu pareço meu pai – Shikamaru falou.

Kiba não negou, mas disse:

— Menos o sorriso – apontou. – Aposto que puxou da sua mãe.

Shikamaru sentiu seu peito aliviar a menção da mãe. Faria aquilo por ela.

— Será que se eu pedir, me dariam permissão para saber mais sobre ela? Nunca soube porque ela foi mandada para a ilha.

— Fala com a Temari – Kiba deu levemente de ombros.

Quando saíram do quarto receberam um assobio. Era Sakura... em outro vestido.

— Essa não era a roupa que você estava fazendo para a gente? – Sakura perguntou a Ino, a voz em tom de troça, apontando para as vestimentas dos garotos.

— Não seja chata – Ino avisou. – Fiz adaptações para os dois.

Kiba suspirou.

— Essa era para ser sua não é? – ele apontou para a que estava vestindo.

— O que você acha? – a filha da Malévola ironizou.

— Está de bom humor – o filho do Jafar reparou.

Sakura deu de ombros e respondeu:

— Eu decidi que vou aproveitar esse fim de semana e nada vai me aborrecer.

— Então só está aqui para caçoar da gente? – Kiba perguntou cruzando os braços.

— Não, eu estou aqui para ajudar vocês – ela foi entrando no quarto. – Qual é o sapato que vocês dois menos usam ou que está em pior estado?

Shikamaru e Kiba se entreolharam.

— Relaxem – disse Ino, também entrando no quarto. – Eu não sei fazer sapatos e vocês não podem ir com esses ou com qualquer outro que não seja um típico como a roupa.

Kiba tirou um par de sapatos velhos debaixo da cama e Shikamaru fez o mesmo.

— Olham bem, vocês vão se embasbacar, os sapatos vão se transformar – Sakura lançou o feitiço.

E realmente, os sapatos pareciam novos e bem diferentes do que eram.

— De nada – disse Sakura indo em direção a porta do quarto.

— Você não deveria não usar magia? – Kiba perguntou calçando os sapatos.

— A Fada Madrinha ainda não está na academia – ela deu de ombros. – Boa sorte – ela desejou olhando nos olhos de Shikamaru. – Tenho a leve impressão de que vão precisar – disse e saiu do quarto.

— Ela vai sair? – Shikamaru perguntou a filha da Rainha Má.

— Vai passar uma tarde com o Sasuke – Ino respondeu simplesmente. – E eu vou passar uma tarde com o Sai – ela disse empolgada. – Bom, se divirtam – se despediu.

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— Aí estão vocês – Gaara os cumprimentou. – No horário combinado e se vestindo apropriadamente – disse em tom de surpresa.

Ele usava uma roupa bem parecida com a de Kiba e Shikamaru, mas na cor vermelha.

Temari analisou Shikamaru e disse sorrindo e encantada:

— Você está incrível.

Shikamaru discordava, Temari era quem estava incrível, deslumbrante na roupa parecida com a sua, mas claramente feminina, na cor era azul claro. Tinha muito mais detalhes e pedrarias que a de todos os garotos presentes. Ela usava uma espécie de tiara na cabeça e tinha os enormes cabelos trançados nas costas.

— Você é quem está linda – a elogiou e teve a graça de vê-la corar. Como estava encantado por ela, faria de tudo para que esse almoço ocorresse bem, mesmo que dissessem qualquer grosseria para ele.

— Vamos? – Kankurou se aproximou em uma roupa parecida com a deles, mas na cor amarela. – Shizune já está nos esperando.

— Nos esperando? – Kiba perguntou confuso.

— Você vai ver – Kankuro respondeu sorrindo levemente para o garoto. – Vejo que não vão precisar das roupas que trouxemos para vocês – ele apontou para a mochila nas costas de Gaara e olhou duas vezes mais para Kiba.

O filho da Cruella desviou o olhar para não se permitir corar.

Entenderam minutos depois o que o príncipe de cabelos escuros disse. Shizune era uma fada e abriu um portal para que eles fossem para o reino. Então foi só atravessarem e já estavam no local. E aquilo era incrível e completamente diferente de tudo que já haviam visto em suas vidas.

Agora entendiam como os príncipes e princesas podiam ir para a casa todos os finais de semanas: magia. Shikamaru pensou que Sakura fosse gostar de saber daquilo.  Mas logo desviou os pensamentos, aquele dia era para relaxar e se concentrar em Temari. Depois pensariam no plano de pegar a varinha.

Podiam ver as ruas movimentadas, era uma espécie de feira e pareciam que vendiam de tudo: de comida a roupas e brinquedos. Crianças brincavam para lá e para cá, bem vestidas, bem alimentadas, em suma, felizes. Shikamaru sentiu seu peito apertar ao lembrar-se dos irmãos e irmãs. Eles teriam adorado aquele lugar.

O reino parecia brilhar o dourado do sol onde quer que olhasse e Shikamaru se sentia meio tonto com tanta informação.

— Nos acompanhem e tentem não se perder – Kankurou avisou ao tomar à dianteira.

O povo parava o que fazia para cumprimentar os príncipes e a princesa e estranhavam os dois ao lado deles, mas também os cumprimentava.

Shikamaru sentia que isso mudaria rapidamente quando soubessem de quem era filho, ou se percebessem, por isso cumprimentava os mais velhos o mais rápido possível, sem olhar ninguém nos olhos. Se conheceram Sakura por ser filha da Malévola quando ela não era tão parecida assim, não seria difícil reconhecê-lo como filho do Jafar já que era praticamente a cópia do pai.

Logo chegaram ao palácio. A feira acontecia bem ao pé das escadas.

Era tudo tão imponente.

E lá estavam, a rainha Jasmine e o rei Aladdin.

Shikamaru respirou fundo e entrou no seu modo galanteador, aquele que tinha usado com Temari na primeira vez que se viram, logo quando se conheceram. Aguardou as saudações acabarem e Temari lhes apresentar.

— Mãe, pai – ela pegou a mão do filho de Jafar. – Esse é Shikamaru, meu namorado.

— É um prazer, vossas majestades – se curvou como haviam lhe ensinado na Academia.

— E esse é Kiba, um grande amigo dele – Temari apresentou o filho da Cruella.

— Vossas majestades – ele também se curvou.

— É um enorme prazer conhecê-los – disse o rei Aladdin.

— Igualmente – disse a rainha Jasmine.

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Por incrível que parecesse o almoço estava correndo tudo bem. Só estavam entre eles, o que Shikamaru achava perfeito, assim nenhum outro nobre poderia se intrometer e bradar o que deveriam fazer como tinha acontecido no almoço de fraternização algumas semanas antes quando Karin revelara para a avó sobre Sakura ser filha da Malévola.

Sorte que tanto Jasmine quanto Aladdin não puderam comparecer naquele dia. Então só aguardou a deixa, algo que tinha combinado com Temari no dia anterior, esperar quando perguntassem sobre sua origem, porque, claramente, era algo natural a se fazer.

Infelizmente só durou até a sobremesa.

— Creio que seja daqui – Alladin apontou. – Você tem os traços de alguém... Não sei, me parece familiar.

— Seu sorriso me lembra muito de uma amiga que tive – disse Jasmine.

Shikamaru sentiu seu coração dar um pulo dentro do peito.

— O nome da sua amiga era Zariah? – Shikamaru tentou conter a esperança, mas era impossível.

— Sim, como sabe? – Jasmine estranhou.

Shikamaru olhou para Temari. Ela assentiu levemente para ele, mas com determinação e apertou sua mão por cima da mesa mesmo, para mostrar a todos que estava do lado dele.

— Zariah é minha mãe – disse Shikamaru suavemente.

— Mas Zariah foi mandada para a ilha há muito tempo... – a voz de Jasmine apaziguou ao constatar. – Você é uma das crianças que vieram da ilha... Você é filho de Jafar – ela percebeu.

O cômodo inteiro ficou em silêncio, até os empregados pareciam segurar a respiração.

— Sim – respondeu Shikamaru. – Eu sou filho de Zariah e Jafar.

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— Não se preocupem – disse Gaara. – Não devem demorar muito – estendeu bebidas coloridas para eles.

Estavam em um dos salões que Temari havia lhe falado, um em que recebiam amigos íntimos. Enquanto isso, o rei e a rainha estavam em algum lugar no andar de cima com a princesa.

Shikamaru estava grato por eles não terem feito nenhum escândalo, mas era mais pela rainha ser muito polida do que pelo rei, que ficara sem saber o que dizer desde a informação revelada pelo garoto.

— A gente pode beber isso? – Kiba estranhou.

— Podemos – Kankuro respondeu piscando para o garoto e bebendo um copo que tinha o líquido na cor verde.

O filho da Cruella estava nervoso demais pelo amigo para ficar pensando em Kankuro e nas atitudes que ele vinha tendo desde que revelara para ele que era gay. Não sabia mais se comportar perto dele sem parecer um idiota. Seus pensamentos foram interrompidos pelos passos nas escadas e por Shikamaru ter se levantado apressado.

— Eu gostaria de falar com você a sós Shikamaru – disse a Rainha Jasmine.

Shikamaru olhou para Temari e acompanhou a rainha.

— Claro, majestade.

Ela foi andando na frente, primeiro pela escadaria e depois por longo corredor até parar em uma sacada, que dava para a frente do palácio, onde estava acontecendo a feira. Shikamaru observou a imensidão que era aquela cidade banhada pelo sol e ao redor coberta de areia.

Não sabia explicar, mas sentia que ali era seu lugar. O lugar que deveria ter nascido e vivido. O lugar que deveria chamar de lar.

— Você se parece com o seu pai – a rainha se virou para ele.

Shikamaru se endireitou, mas não falou nada.

— Mas tem o rosto de Zariah, principalmente o sorriso – disse, mas de forma distante, como se lembrasse da velha amiga.

— Com o perdão da palavra – disse Shikamaru lentamente. – Mas sabe me dizer por que ela foi mandada para a ilha? Ela nunca me contou – não que se lembrasse pelo menos.

Jasmine suspirou.

— Os tempos eram outros, ainda estamos lutando contra muitas injustiças, mas há aqueles que ainda se opõem – começou a dizer Jasmine. – Zariah estava prometida em casamento para um nobre, mas se apaixonou por quem não deveria e fugiu com ele. Infelizmente ela foi pega, o noivo dela matou o amante para lavar a honra – a rainha revirou os olhos. – Mas o pai de Zariah não queria matá-la, jamais conseguiria, então ordenou que ela fosse mandada para a ilha.

Shikamaru sentiu sua visão embaçar. Então era daquela história de amor que a mãe tanto lhe contara. Sobre a pobre garota que ousara amar quem não deveria. Era sobre ela mesma.

— Era melhor... – ele começou a dizer.

— Não continue – avisou a rainha. – Não diga algo que possa se arrepender no calor da emoção. Você não estaria aqui se não fosse por ela.

— Meu pai é Jafar – disse Shikamaru. – Acredite quando digo que a minha mãe não teve uma vida fácil. Ele a matou quando eu tinha dez anos – sussurrou a última parte..

Jasmine olhou para o céu naquele instante, tentando, em vão, segurar as próprias lágrimas, abalada pela notícia.

— Espero que ela esteja reunida com seu verdadeiro amor agora – desejou a rainha.

— Eu também – disse Shikamaru suavemente. – Com todo o respeito – chamou a atenção da rainha depois de um tempo em silêncio –, mas acho que agora consigo perceber de quem Temari herdou a beleza e toda a gentileza.

Jasmine sorriu suavemente.

— Não faça minha filha sofrer – ela pediu.

— Não vou – prometeu Shikamaru. – Eu a amo e vou ficar aqui enquanto ela me queira.

— Não vai ser fácil – avisou a rainha.

— Eu sei – respondeu ele. – Mas eu nunca tive uma vida fácil.

— Sua mãe estaria orgulhosa de ter você como filho – Jasmine falou carinhosamente.

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— Gostei dele – disse Jasmine suavemente no ouvido da filha ao se despedirem. – Pode se parecer com o pai fisicamente, mas me lembra muito mais a minha velha amiga Zariah.

— Obrigada mãe – Temari agradeceu.

— Nos vemos em alguns dias para a coroação do príncipe Itachi – se despediu Aladdin.

Mas não conseguiram ativar o portal de volta para a Academia. Receberam imediatamente apenas uma resposta de Shizune, perceberam como o semblante da fada estava preocupado. Ao lado dela estava Ino.

A fada explicou a situação rapidamente.

— Não é seguro voltar para a Academia no momento, isso fica a escolha dos responsáveis por vocês – avisou a fada.

Mas Shikamaru observava a filha da Rainha Má que suspirou ao olhar dele.

— Temos um problema.

— Cadê a Sakura? – Shikamaru perguntou.

— Ninguém sabe – ela suspirou. – Ela sumiu.

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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero que sim!!!!

Notas:
♦ em q enrascada será q a Sakura se meteu agora? Palpites? (apesar de eu achar q vcs nunca vão acertar pq tô pensando isso antes mesmo de começar a postar essa fanfic...)
♦ Fiz a pedido de uma leitora esse capítulo mais focado no Shikamaru conhecendo Aladdin e Jasmine, mas eu confesso q empaquei nele de uma forma q eu nem sei explicar. Eu sei q vcs esperavam treta, mas eu simplesmente não consegui escrever e achei q não faria muito sentido pro andamento da história nesse ponto em q estamos.
♦ A fic tá mais ou menos na reta final (ou na primeira reta final dela, tô dividindo em três partes por causa dos 3 filmes...)
♦ É isso (acho, kkkkkk)

Espero q estejam gostando, se tiveram dicas e sugestões eu estou aceitando ♥
Beijinhos e até o próximo capítulo ♥



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