Um Novo Alvorecer escrita por JC Forbes


Capítulo 7
Capítulo Sete — Ozai


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem?

Desculpe a demora e qualquer erro, escrever pelo celular é mais difícil do que eu imaginava.



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Apesar do sol radiante e da cantiga dos pássaros o dia estava para baixo. A morte do Avatar se espalhou para todos os lados e em homenagem fecharam as portas de todos os comércios, os mais próximos se reuniram para uma cerimônia simples, pois no corpo de Aang seria enterrado em sua terra natal, algo que os monges que o guiava decidiram.

Todos sairam do local de cabeça baixa, as roupas todas negras deixavam tudo com um ar deprimente. Haviam se despedido de Aang. 

Sokka abraçou os ombros de Toph e trouxe para mais perto, tentava se manter forte para consolar a amiga. Zuko e Katara andavam em passos lentos de mãos dadas, não conversaram muito depois que resgataram Sokka, estavam triste, mas deveriam manter a cabeça no lugar, tinha muitas coisas para resolver e não poderiam deixar os sentimentos interferir em suas próximas ações. 

— Vocês tem visto a Muka? — Katara falou quebrando o silêncio que os rodeava. 

— Não, talvez ela tenha voltado no tempo dela. — Toph respondeu. 

— Ela não voltou, eu vi ela andando por aí com a cachorrinha dela. — Sokka disse olhando para a irmã. — Talvez se sinta culpada, a final isso não teria acontecido se não tivesse lutando contra Azula... Mas acho que a gente deveria ir até ela, conversar. 

Os outros três não hesitaram em concordar, partiram a procura de Muka, começaram pelos cantos da cidade e a encontraram em um pequeno beco, ela estava sentada lendo um livro de capa dura e gasto, Nevada dormia calmamente ao lado da dona. 

— O que está lendo? — Zuko perguntou sentando ao lado da menina. 

— Um livro muito estranho... Um meio demônio é ligado a uma menina vinda das constelações, ele tem um melhor amigo meio gigante que namora uma sereia. — Respondeu sem tirar os olhos do livro.

— Interessante... — Toph disse, permanecia em pé ao lado de Sokka.

— Muito criativo. — Katara tentou espiar o nome do livro, mas as letras estavam apagadas. 

— Esse papo está muito legal, mas não viemos ao clube do livro, vamos logo para o palácio temos muito o que conversar Muka. — Sokka falou e imediatamente recebeu olhares negativos. 

— E eu achando que o Sokka seria o gigante... — Muka sussurrou para si mesmo.

A viajante revirou os olhos e fechou o livro, passou a mão sobre os pelos de Nevada e a acordou, seguiu em direção do palácio. A casa do rei já estava quase terminada, os dobradores de terra colaboraram para que tudo ficassem pronto o mais rápido possível. 

— Não tenho certeza se devemos ir para o palácio, não acho que seja bom você e Azula se encontrarem. — Katara falava com preocupação. 

— Você realmente acha que ela estará lá esperando vocês a prender? 

O silêncio se fez presente durante alguns minutos, sabiam que Azula não estaria lá, aproveitaria a chance que tivesse para fugir.

Toph resolver ir direto ao assunto e perguntar sobre o pôr que de Muka estar ali e sobre Aang. Muka não enrolou para responder, explicou que seu objetivo era tentar salvar Aang, para que assim a atual avatar não fosse o avatar, falou um pouco sobre a situação atual do reino, disse que Zuko havia mudado o nome de "Reino de Zuko" para "Nação do fogo" e seu título de rei mudará para "Senhor do Fogo", e que os dobradores se dividiram para poder aprender mais sobre a dobra separadamente e evitar discórdias. Também disse que a Avatar era da tribo da água e guardava rancor da nação do fogo, por isso utilizava o poder dos quatro elementos para destruir os dobradores de fogo e todo o reino. 

— Por isso que eu estudei o máximo para aprender mais de uma dobra. Quero derrotar ela. — Terminou cerrando o punho esquerdo e batendo sobre a palma direita.

— Mas o avatar não deveria preservar o equilíbrio entre as nações? Isso está errado. — Katara estava indignada com toda a história, como havia mudando tanto em tão pouco tempo. 

— O vô Iron estava me explicando que Nevada pode ser meu guia espiritual, que eu não poderia mudar grandes acontecimentos aqui no passado, mas poderia continuar estudando e poderia me tornar a primeira pessoa a não ser Avatar e dobrar os quatro elementos. 

Todos escutavam com atenção enquanto Muka falava. Voltaram para o palácio, como a viajante tinha dito, Azula já havia fugido, os guardas que a vigiavam se desculparam milhões de vezes, se fosse Ozai já teria se desfeito deles, porém o atual rei apenas deu um meio sorriso tristonho. 

— Está tudo bem, mesmo que Azula continuasse aqui não poderia fazer nada, a documentação necessária para prende-la foi destruída pelo fogo. — Zuko disse com um ar decepcionado.

— O incêndio não foi culpa sua. — Katara abraçou o namorado e deu um sorriso para conforta-lo.

A dobradora de água abraçou os ombros do rei e beijo sua costa, Zuko retribuiu beijo a cabeça da namorada. Ela parecia tão mais forte que ele, sempre estava ao seu lado tanto deixar tudo mais leve e fácil. Katara era muito inteligente.

— Papéis tão importantes devem ter cópias... Acho que está na hora de você visitar o seu pai Zuko. — Muka interrompeu o casal com o aconselho e recebe apoio de Nevada. 

— Não quero falar com ele. 

— Eu vou com você. — Katara mais uma vez sorri, Zuko beija entre os cachinhos e cedeu, mesmo não querendo.

— Afinal Katara, o que tem dentro daquela caixa que você salvou? — Toph perguntou mudando de assunto, tinha esquecido de perguntar com tantos acontecimentos, porém continuava curiosa para saber o motivo da amiga ter arriscado a vida. 

A dobradora de água respondeu que são lembranças da família real, disse que não queria que Zuko perdesse todas as memórias da família e também havia alguns documentos sobre o reino. 
Sokka, Toph e Muka passaram a tarde conversando, os mais velhos perguntavam quais eram as diferencias entre os dois tempos. Já Zuko e Katara continuavam a arrumar as documentações do reino, ele aproveitaria para mudar o nome do reino para nação, assim tiraria um pouco do peso da realeza, quem sabe assim parariam de reclamar sobre seu relacionamento com a plebeia. 

— Zuko já arrumei tudo para podermos abrir a escola para os dobradores, estive pensando ao invés de ser apenas para as crianças seria interessante os adultos também participar, assim teriam mais domínio sobre os elementos. — Katara dizia enquanto mostrava os papéis para Zuko.

— Está ótimo amor. — Respondeu sem tirar os olhos do documento que segurava. Estava lendo todos os que tinham sido salvos por Katara.

— Também seria interessante os macacos darem aula de rachada de fogo. — A menina disse irônica, os braços estavam cruzados sobre o peito, uma sobrancelha estava erguida enquanto batia um pé freneticamente. 

— Concordo amor. 

— Zuko! — A dobradora de água gritou jogando um jato de água sobre o rosto do rei.

— Porque fez isso? — chacoalhou a cabeça, derrubando os pingos mais grosso no chão. 

— Porque você não está me ouvindo. Eu disse, caro rei Zuko, que a documentação das escolas estão prontas. 

Zuko não respondeu, mas se aproximou da garota negra e a abraçou, passou a barba encharcada sobre as bochechas dela, Katara o empurrou chamando -o de idiota, Zuko riu.

— Isso é para aprender a não jogar água na cara no rei. — Ele cruzou os braços e ergueu o rosto com uma expressão divertida. 

— Só estava hidratando a longa barba real, meu Senhor. — Ela respondeu com o mesmo sarcasmo que Sokka normalmente falava.

Zuko e Katara se abraçaram, ele se sentia um pouco mais relaxado, acariciava os cabelos ondulados que estavam parcialmente amarrados. Katara sentia o coração de Zuko batendo em uma alta velocidade, sorriu sem perceber, encarou os olhos dourados que a olhava.

— Querem chá? — A voz do tio Iroh ecoou na enorme sala. O casal assentiu e se aproximaram do idoso. — Zuko, estive pensando— Iroh começou a dizer enquanto caminhavam para direção da sala de jantar — Com todos esses acontecimentos, acho que seria bom vocês tirarem uma folga na Ilha Ember, faz um pouco tempo que você não visita a casa da praia, poderia levar os seus amigos enquanto eu tomo conta de tudo por aqui. 

O olhar de Zuko era puro agradecimento, abraçou o tio. Realmente estava exausto, primeiro pelos problemas que o reino estava passando, depois por Azula e o incêndio, por último pela morte do Avatar.

— Obrigado Tio, mas antes de ir tenho que visitar meu pai. — Quando terminou de falar olhou para Katara, ela apenas confirmou. 

— Quando você quiser Zuko. — Ela respondeu segurando em sua mão.

 

***

 

O Sol já estava se pondo quando Zuko e Katara chegaram no local onde Ozai estava preso. Sokka, Toph e Muka esperaram os dois do lado de fora da prisão. Os guardas abriam passagem para o rei passar, Ozai estava sozinho em uma pequena cela, a barba e os cabelos enormes que costumavam a ser bem penteados, estavam sujos e grudados, as bolsas de orelhas em baixo dos olhos dourados eram grandes e profundas, ele estava magro, o antigo rei parecia o pior dos mendigos naquela situação. Zuko engoliu a seco, ele continuava sendo seu pai. Katara apertou mais a mão que estava entrelaçada, dando coragem para ele dar o primeiro passo.

— Olá pai. — Zuko disse tentando manter a voz firme e continua, Ozai se virou para ver o filho. — Como está? — Ozai sorriu irônico antes de responder.

— O que devo a honra do Rei em minha humilde cela? Sei que não é para saber como vai minha vida. — Ele não parecia mais ameaçador, embora continuasse tendo o mesmo olhos psicopata de Azula, talvez por ele não ser um dobrador o deixava tão... indefeso. 

— Como antigo rei você deve saber onde fica os documentos originais do reino, eu preciso saber onde estão. 

— O que aconteceu? É tão irresponsável que perdeu a única documentação que deveria proteger? — Ozai era frio, Azula era sua cópia escrita. 

— Azula incendiou o palácio. — Desta vez foi Katara quem respondeu. O antigo rei deixou transparecer um sorriso de felicidade.

— Minha princesa nunca me decepcionando. — Disse com todo o orgulho que tinha. — Ao contrário de você — encerrou Zuko. — que roubou o meu trono a força, Azula quem merecia estar no seu lugar.

Zuko começava a perder a paciência quando Katara segurou o seu braço, certamente se ela não estivesse lá ele teria colocado tudo em chamas, assim como sua irmã havia feito com o palácio. Talvez Azula só precisa de alguém como Katara para guia-la no caminho certo.

— Nunca diria algo que possa prejudicar minha filha. Sei como você é, sem pensar prenderia Azula assim como fez com seu próprio pai. — Ozai proferia cada palavra com raiva.

— Se você tivesse sido um bom rei que pensa o melhor para o seu povo não teria acabado aqui. — Katara retrucou na mesma intensidade. — Mas rejeitou até mesmo o seu filho por medo, medo por saber que é fraco. Um rei que utilizava o seu poder para se esconder, matava e escravizava inocentes para alimentar o próprio ego. Você não passa de um covarde Ozai. — A menina terminou e saiu dando as costas, como podia odiar tanto o seu futuro sogro?

— A pebleia é mais corajosa que o próprio rei. — Ozai falou encarando o filho com um sorriso de deboche, Zuko não expressava qualquer sentimento.

— Não importa o que você acha de mim. E se não quiser falar onde estão os documentos, não me importo, nunca precisei de você mesmo. Agora se me dar licença pai, irei desfrutar do meu reino. — Zuko se virou e foi atrás da namorada.


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Notas finais do capítulo

Agradeço por lerem e peço desculpas por não responder os comentários, prometo que responderei assim que der ♡

Bjss
Até ❤