Hold on escrita por Brru


Capítulo 4
Sua noiva l




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Eu

— Podemos conversar em outro lugar? - Aurélio perguntou a mulher em sua frente.

— Julieta você..

— Espere, Mariana.. - a voz dela soou firme. - Fora escolha minha.. - olhou para a irmã. - Não se preocupe. Com licença.. - disse a mãe ia a irmã, e passou por Aurélio lhe dando um sinal para segui-la.


Ela dava passos largos a frente, e ele não sabia ao certo para onde olhar.. O balanço de sua cintura era tentador, no entanto, os fios soltos de cabelo lhe dava um ar de bravura, de uma mulher livre.

Ele acompanhou-a de um distância saudável para o homem e mulher estarem naquela época, até então, que ela deu a volta em uma árvore. Aurélio surpreendeu-se quando avistou um jardim recheado de flores, inclusive, rosas. Enfim ela parou debaixo de uma árvore aproveitando a sombra da mesma. Precisava de distância, tinha certeza que Mariana e sua mãe ficariam com os ouvidos atentos caso estivessem tão perto de sua casa.Aurélio, parou ao seu lado, e fizera o mesmo que ela, olhou para o lindo horizonte e apenas respirou. Era ar puro, vento frio, e manhã ainda assim, calorosa.

Mas as botas de Julieta viram-se em seu rumo, e ele no mesmo instante a contemplou. Matou sua curiosidade, e finalmente soubera a cor dos olhos da mulher que o fizera perturbar-se toda uma noite. Cor café, mas quando se voltava para o sol, pareciam de cor mel quase verdes, ele poderia opinar. Os lábios naturalmente avermelhados, a cor leitosa de sua pele intacta como vira noite passada. Ele realmente havia decorado sua geografia, mesmo com toda escuridão diante dos seus olhos aquela noite.

— Esta certa disso? - ele indagou, esperando ansiosamente sua resposta.

— Tenho outra opção? - ele percebeu a dureza em sua voz, e semicerrou os olhos.

— Venda a fazenda de seus pais, e..

— Não repita mais isso, por favor. Se tem o mínimo de respeito, ou se sabes o que significa ter algo tão valioso que nenhum dinheiro será capaz de pagar, apenas não repita isso. - suspirou.

— Não a imaginava tão sentimental.

— E não sou. - o olhou com mais firmeza, ignorando toda tensão que ele causava em seu corpo. - Mas isso vai além de qualquer coisa. Passei toda minha vida aqui... Tem valor.

— Mesmo que sentimental..

— Sim.. - respirou fundo. - Bom, você não me deu sua resposta.

— Se eu a segui até aqui é exatamente porque aceito sua proposta. - SUA PROPOSTA, ela quase riu, mas preferiu bufar fazendo-o se deliciar ainda mais com as reações de seu corpo.

— Por que essa dívida é tão importante? - ela perguntou, na esperança de que sua humilhação o comovesse. - Olhe para você.. É um homem elegante, rico, tem uma reputação impecável por todos os cantos... Não poderia ao menos nos dar um prazo?

— Eu pederia dar-lhe uma vida toda, e ainda assim vossa família não conseguiria pagar-me.

— E vale mais casar-se com alguém que mal conheces.

— Sei o seu sobrenome, e isso é o bastante para mim.

— Grande coisa. - virou os olhos. - E minha reputação? Você não sabe nada, nem ao menos se está manchada.

— Sua família, Julieta.. - pela primeira ele falara seu nome, e fora como um lindo soneto de uma voz grave e perfeitamente afinada. - É marcada por sua falência, e não por qualquer outra coisa que lhe deixe na boca dos piores humanos deste Vale.

Ela se atreveu a dar alguns passos em sua direção, tão perto que ele inclinou-se para frente, sua altura não era nada favorável, bom, para algumas coisas, ele pensou.

— Sou uma caipira, Senhor..

— Aurélio.. Apenas, Aurélio. - disse a interrompendo.

— Não se importa com o que vão dizer?

Os lábios de Aurélio se extreitaram em recusa. Nunca se importou com a opinião ninguém, só o fizera quando seu maldito pai estava vivo, porém, desde de sua morte sempre vivera de acordo com suas regras, e infeliz daquele que ousara denegrir a imagem de SUA noiva, porque Julieta agora era sua NOIVA, que o mesmo trataria de deixá-lo sem nenhum tostão no bolso.. não permitiria nem sequer um mal comentário a seu respeito.

Ele estava ciente que ela o enlouqueceria.. Quase sorriu, pelo menos não morreria de tédio.

— Como minha futura esposa... - ele deu o passo que faltava para estarem tão próximos, e tão impróprios.. Segurou apenas as pontas dos dedos dela, e continuou. - Você deve saber que não me importo com o que os outros dizem, bom, agora devo me interessar por seus interesses, de mais ninguém...

— Mas..

De repente, ele segurara totalmente sua mão, e a puxou contra seu corpo.. Julieta prendeu sua respiração quando o nariz dele, rocou em sua bochecha acomodando-se logo na curva de seu pescoço.. Ele inalava e exalava em sua pele, com seu ar quente e barulhento. Estava sentindo seu perfume, e ela sentia que iria desmaiar em seus braços, tão fortes.. Ele a fez sentir-se fraca novamente, e dessa vez Julieta precisava de algo para se fortalecer, fora quando os olhos dele se encontram com os seus.. Tão perto.. Tão perto de sua boca.. Estava aponto de enlouquecer, e ele de beijá-la, no entanto, ainda contra sua vontade, ele apenas a beijou na bochecha deixando-a ouvir seu gemido contido e a soltou vendo-a respirar..

E ela respirou como se tivesse corrido por dias sem cessa.

— Bom, creio que estamos certos. - ela assentiu. O que falaria?- A vejo logo...

E então, ele se fora..


Julieta voltara para sua casa aturdia, e fingiu está surda ignorando todas as perguntas de sua mãe, apenas disse.

— Irei me casar.. Está decidido. - e trancou-se em seu quarto.

Era loucura, andava de um lado para outro tentando digerir o que acabara de acontecer. Seria mesmo real? Olhou-se no espelho e viu seu corpo ainda anêmico apenas por ele ter a tocado um pouco mais. Como o homem que em um instante vivia apenas em seus sonhos, agora feria parte de sua vida? Pior, seria seu marido.

— Você está ficando louca, Julieta.. - disse a si mesma. - Louca!

....


A amanhã passou como um raio para ambos os noivos, e Julieta não esperava a surpresa que lhe aguardava logo à tarde. Quando finalmente saiu de quarto para comer algo, ela dera de cara com Afonso, o quase sudito de Aurélio. O mesmo com desdém acompanhava dona Guadalupe a tomar uma xícara de chá, e mesmo que odiasse ter que socializar naquele momento, ela fora ao encontro de ambos.

— Aconteceu algo?

— Até que enfim, Julieta. - sua mãe disse aflita. - Pensei que estava morta.

— E não está? - Afonso indagou, levantando-se da desconfortável poltrona que estava sentado. - Veja como está pálida.

— Ainda não fiz nenhuma refeição esta tarde, este é o motivo de minha palidez- Julieta respondeu o mais agradável possível. - O senhor, o que faz aqui?

— Bom, diante de tanto aconchego, venho lhe trazer este vestido.. - ele apontou para o pacote que estava em cima do velho sofá de sua casa. - E lhe informar que meu Senhor virá busca-lá as sete, haverá um evento da mais alta temporada, e ele deseja que a senhorita, como sua noiva, o acompanhe.. - Julieta semicerrou os dentes, e sua mãe percebera que de longe sua filha estava aponto de explodir.

— Saia da minha casa! - ela disse ainda com os dentes semicerrados. - AGORA! - e então gritou!

Afonso correra até a porta, e quase tropeçou ao adentrar seu carro.

— Mas que infernos! - Julieta grunhiu. - Se já não bastasse quase obrigar-me a casar, agora se atreve a ditar o que devo vestir?

— Interprete como um presente, minha filha. - disse Guadalupe tentando acalmá-la.

— Não, mamãe! - ela respondeu. - Ele está querendo que eu faça tudo do seu jeito..

Ela pegou o vestido em mãos, e bufou.

— O que vai fazer? - mãe perguntou.

— Ora, o que achas? Está pronta para o meu noivo, as sete.. - a fúria exalava por seus poros.

— Não destrua o vestido, por favor.. - suplicou.

— A senhora jamais poderá imagina o que desejo destruir.. - deu de ombros para sua mãe, e voltara novamente para seu quarto. Ficara na frente do espelho e colocara o vestido sobre seu corpo.. Era exatamente do seu tamanho, brilhava mais que qualquer coisa que já vira em sua vida. E seu decote, ah.. esse não era nada apropriado. - Petulante!

disse, e fora então, arrumar-se.

 


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