Mi Amore, Mio - Lutávio escrita por MilkyLens


Capítulo 2
O Almoço - Parte 1 (+18)




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/766142/chapter/2

— Calma, Brandão...! – Embaixo de cobertores, ofegante, uma Benedito chamava o nome de seu homem entre curtos gemidos, um cansaço se estremecia pelo seu corpo junto com um calor prazeroso. Brandão olhou para amada por um breve momento antes de voltar a fazer o que estava fazendo. Suas mãos afastavam as pernas de Mariana, que revirou os olhos entre cada movimento e toque do Coronel. Tudo isso foi interrompido no momento que Mariana começou a se contorcer entre espasmos que anunciavam um orgasmo esperado, em conjunto com o de seu marido, que masturbava-se durante o processo, ambos liberaram os fluidos sobre o outro antes de colapsar sobre a cama, exaustos. – Parece...parece até nossa lua de mel... – Mariana dizia, com uma respiração pesada.

— Sim... – Brandão apoiava sua cabeça sobre a barriga de Mariana. – Eu te amo, minha revolucionária.

— E eu te amo, meu Coronel.  – Mariana afagava os cabelos de Brandão. – Mas temos de nos levantar, já já chega o pessoal...  – Mariana sabia do almoço que aconteceria em sua casa, afinal, ela mesma que deu a oferta inicial.

— Será que Jane e Lídia conseguiram deixar o Camilinho e Randolfinha com as avós? – Brandão ergueu seu corpo nu de cima de Mariana, localizando o relógio do quarto, mas ainda estava um pouco tonto. – Já é 10 horas, vou tomar um banho para começar a organizar. – Ele se direcionou para o banheiro do quarto em passos lentos, mandando um beijo para Mariana antes de entrar no local. No momento que o chuveiro ligou e a voz de Brandão cantarolando chegou aos ouvidos de Mariana, ela se levantou e pegou um presente embaixo da cama, colocando sobre a cama.

Ela pegou um roupão e foi para o outro banheiro da casa, o chuveiro escorria com uma água gelada pelo rosto da mesma, ela queria despertar mais relaxada para as atividades do dia que teria de fazer. Ambos tiveram um banho demorado para resfriar o corpo fervente da manhã calorosa, e após se vestirem, a primeira campainha do dia tocou. – Mas já, gente!? – Mariana foi animada em direção a porta, quando ela abriu, ela não esperava que um de seus melhores amigos chegaria tão cedo, para ser recebida por um abraço apertado de Luccino. – LUCCINO!!  – Mariana abraçou-o de volta.

— Cheguei mais cedo para ajudar você! – Luccino mencionou animado, enquanto a soltava do abraço, Brandão saia do quarto, vestindo uma camisa. – Vocês! – Brandão se aproximou de Luccino e deu um abraço no mesmo. – Faz tanto tempo que não os vejo!

— É verdade, essas viagens foram maravilhosas. – Mariana disse, com um sorriso no rosto, enquanto se direcionava para a cozinha.

— E necessárias. – Brandão seguiu Mariana, lhe dando um beijo no rosto, sorridente, Mariana se virou e beijou os lábios do coronel. – E obrigado pelo presente. – Brandão mencionava a caixinha que Mariana deixou em cima da cama, era um perfume que ela havia comprado escondida dele.

— Que nada, meu amor. – Mariana começou a retirar as coisas da geladeira e dos armários. – Mas agora é hora de trabalhar! – Até que uma abertura súbita da porta interrompeu Mariana, que pulou com um susto, Lídia e Randolfo chegaram mais cedo.

— E A GENTE VAI AJUDAR! – Lídia entrou correndo e deu um salto que se fosse possível, ela teria atravessado por cima de todos os sofás da sala com aquele salto, e abraçou Mariana em um abraço tão apertado que a Benedito ficou sem ar.

Randolfo foi recebido por Brandão com um abraço enquanto Cecília retribuía o abraço a Lídia, dando pequenos pulinhos, depois a situação foi trocada, com Lídia dando um abraço apertado em Brandão e em Luccino. Luccino agradeceu Randolfo pelo convite, que estava surpreso e feliz de ver o mecânico lá.

— Amor, você se importa de fazermos um churrasco...? – Brandão olhava com um olhar de cachorrinho pidão para Mariana. Mariana era vegana, assim como algumas outras pessoas do ciclo social deles, como Cecília e Otávio, já outros eram vegetarianos, como Ema. Mariana assentiu.

— Então eu posso fazer uns pães de alho para a gente, Mama me ensinou uma receita muito boa. – Luccino comentou, Mariana concordou enquanto Lídia abria o armário, pegando alguns pães e o pote de creme de alho, que entregou para Luccino.

Randolfo e Brandão foram nos fundos em conjunto, para pegar a churrasqueira, e Brandão decidiu tirar uma dúvida envolvendo ao acontecimento na oficina. – Eai, o Otávio vem?  – Brandão falou baixo com Randolfo, que concordou.

— Pelo que a Elisa-a-abeta contou para a-a-a-a Lídia, ele vem sim. – Randolfo estava procurando a churrasqueira, mas não teve sucesso, diferentemente de Brandão que encontrou sem muito esforço, segurando a alça da churrasqueira, Randolfo fez o mesmo. – Quando cheguei na oficina, ele e o Luccino tavam sendo a-a-acuados por dois caras. O-O Otávio reagiu de novo. – Foi Brandão ouvir o que Otávio fez, que seu rosto demonstrou insatisfação e soltou a churrasqueira, cruzando os braços como um pai zangado.

— Como assim ele reagiu de novo!? Vou ter uma conversa com aquele moleque. – Brandão parecia preocupado e furioso ao mesmo tempo. – Ele se machucou!?

— N-não, mas um dos homens que e-estava lá tava caído no chão e outro em posição de l-luta. Os dois eram a-a-atléticos. – Randolfo havia soltado o apoio, gesticulando com as mãos.

— Essa descrição é vaga para eu saber quem é... – Brandão manteve um braço cruzado e o cotovelo sobre a palma da sua mão, colocando a mão em seu rosto de maneiro pensativo. – Aliás, meus tempos de Barão Vermelho acabaram, não é mesmo? – Brandão riu e deu um tapa no ombro de Randolfo de maneira brincalhona, mas ele não percebeu a força que colocou, o que ocorreu de sair mais forte do que deveria. Randolfo acariciou seu ombro para afastar a dor leve que lhe incomodava. Uma música alta vinda da sala atraiu a atenção de Randolfo e Brandão, eles pegaram a churrasqueira e seguiram rumo para a varanda, que era próxima da sala.

Estava tocando “A Rua”, do Jão, a playlist estava sendo tocada pelo Spotify de Mariana, tinha uma mistura de samba, rock, MPB, de tudo um pouco.

— Filhos da noite, vida sem rumo... – Mariana cantarolava enquanto preparava alguns legumes, Luccino já remexia um pouco os quadris, enquanto Lídia...era Lídia, pulando e cantando pela sala.

— A RUA VAI ME PROTEGER!! – Um quarteto entrou pela sala, mas uma das pessoas cantou junto com Lídia o refrão da música, vulgo Cecília, que entrou primeiro, seguida por Elisabeta, Darcy e Rômulo. Uma cara de felicidade surpresa apareceu no rosto de Mariana, que lavou as mãos para ir abraçar suas irmãs em um abraço grupal.

Durante o abraço das garotas, Luccino e Brandão cumprimentavam os rapazes que haviam chegado, Randolfo se responsabilizou por ligar a churrasqueira elétrica, mas não demorou muito para os rapazes ir falar com ele também, todos se cumprimentando com um aperto de mãos e batida no ombro ou abraço.

Rômulo e Darcy tinham características de pessoas ricas, que era de onde suas origens vinham. O médico nascido de origem militar possuía um físico atlético e um cabelo na altura dos ombros que o fazia “lembrar um hipster”, de acordo com Otávio. Já o gigante Williamson já era um tanto desajeitado e bobinho, onde seus olhos azuis-esverdeados eram um grande destaque em seu rosto em conjunto com seu rosto quadrado. O gigante possuía uma cicatriz de tiro que foi adquirida através de um assalto.

Já cansadas de tanto pular e girar, as Beneditos estavam muito feliz de finalmente se reencontrarem, mas Mariana interrompeu, pois, a falta de Jane lhe chamava a atenção. – Onde está Jane?

— Ela está vindo, decidiu passar em um mercado, ela e Camilo estão juntos de Ema, Ernesto e Charlotte, que decidiu passar para ajudar. – Elisabeta respondeu enquanto se direcionada para falar os rapazes. Ela deu um abraço em Luccino, Randolfo e Brandão, já que nesse meio tempo, Cecília já havia feito isso.

— O Otávio deu algum sinal de que vem? – Cecília perguntou, o corpo de Luccino estremeceu com aquele nome, Brandão confirmou com a cabeça. – Perfeito!

Luccino voltou para a cozinha em silêncio, continuando a organizar os pães de alho, seus pensamentos da noite anterior envolvendo Otávio voltaram a tona, assim como lapsos de memória involuntários com cenas do seu quase beijo e daquela maldita cozinha que assombrava – ou abençoava – seu sonho da noite anterior. “Eu acabei de conhecer ele, estou parecendo uma personagem de livro que acabou de se apaixonar! ”, Luccino pensou.

Mariana voltou para a cozinha para continuar a organização, ainda era onze horas da manhã e mais da metade dos convidados já haviam chegado. Lídia se juntou com Cecília e foram preparar alguns doces para adicionar naqueles que Jane iriam comprar, pois elas tinham quase certeza que ia ter muita coisa de café por influência de Camilo. Cecília havia trago leite de amêndoas para fazer doces veganos, iriam ter duas fornadas de doce, uma com materiais comuns para os que preferiam, e uma com materiais vaga nos para quem seguia o estilo de vida. A outra música que começou a tocar em seguida foi “À Francesa”, mas em um cover de Qinho cantando Marina Lima. Elisabeta e Darcy organizavam a sala, não tinha enfeites, mas deixaram a situação atual da casa mais receptiva, nesse meio tempo, Rômulo pegou as carnes da geladeira e tratou-as em uma bancada separada dos que estavam ali, para evitar qualquer incômodo.

Randolfo desceu para ir buscar gelo no térreo, pois lá era mantida uma reserva de gelo para situações assim, e quando estava se organizando de maneira desajeitada, um braço de pelos ruivos apoiou sua não nos sacos para evitar eles de caírem. – Precisando de ajuda, Capitão? – Camilo disse em uma voz risonha, Ernesto entrava com as compras maiores enquanto Jane, Ema e Charlotte carregavam as compras de porte médio para pequeno, por pedido do próprio Ernesto. Randolfo nunca se sentiu tão feliz por estar recebendo ajuda ao carregar gelo.

— Olha se não é nosso gago cantor favorito. – Ernesto disse sorridente, as meninas abraçaram Randolfo, que não tinha como movimentar seus braços para retribuir o abraço.

— Obrigado C-C-Camilo, eu acho que eu teria feito um desastre se não fos-s-se vocês. – Que Randolfo era dramático todo mundo sabia, tanto é que ninguém se surpreendia quando ele dizia algo do tipo.

— A gente demorou? Fiquei sabendo que tá todo mundo aqui. – Charlotte disse enquanto se direcionada ao elevador, o porteiro já conhecia toda a família Benedito, por isso que ele não havia feito nenhum anúncio pelo interfone para a chegada dos mesmos ou seus parceiros. Um pequeno som de anúncio de descida anunciava que o elevador não estava no térreo e que estava descendo do andar que estava.

— Não, a g-gente que chegou mais cedo para ajud-d-dar eles, eles até e-estranharam chegarmos cedo. Só falta o Otávio. – Randolfo explicou.

— Entendi. Então bom, vamos subir logo pois assim também podemos ajudar! – Jane disse animada quando o elevador chegou, seus passos curtos e delicados em conjunto com os do que lhe acompanhavam foi sucinta no elevador e recebidos pelo ascensorista, que logo apertou o botão direcionado ao andar de Brariana.

O ascensorista ficou jogando conversa fora com os presentes ali no elevador, ele era educado e extrovertido, e conversas assim podiam ajudar e animar o dia de alguém. Todos agradeceram ao ascensorista quando estavam saindo do elevador, enquanto eles seguiam rota para a casa do casal.

Eles bateram na porta três vezes para anunciar que chegaram, enquanto isso, a atenção de Luccino direcionou-se para a porta, esperando ser Otávio que havia chegado. Os pensamentos anteriores sobre estar sentindo um carinho por Otávio de maneira muito rápida voltaram à tona, mas o que ele não esperava é que no meio daquelas pessoas entrando, uma batida leve na porta quase fechando e um grito de surpresa vindo de Mariana e Brandão ecoava pela sala, Brandão saiu correndo da varanda para ir receber a pessoa que estava ali.

Era Otávio. Ele havia pego um segundo elevador logo depois que o grupo subiu, e ocorreu de ser esmagado nos braços de Brandão logo em seguida, enquanto Mariana cumprimentavam os casais que haviam chegado, fazendo uma inversão logo em seguida, com Mariana dando um abraço apertado em Otávio e Brandão cumprimentando os casais.

Luccino, se perdeu em seus pensamentos e sem querer cortou a ponta de seu dedo.

O amor pelo visto também tira nossa atenção...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mi Amore, Mio - Lutávio" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.