Desde criança, Augustus foi ensinado a ser afiado e carismático. 
Sempre ter uma resposta direta e satisfatória, uma história envolvente e uma conversa imersiva eram o seu maior objetivo, e isso o levou ao sucesso. Um cargo no Ministério, um lugar na mesa do Lorde e dezenas de amigos e conhecidos importantes.

Rookwood era a personificação da Sonserina, ambicioso e esperto, brilhando sobre o resto. Se envolvendo e sufocando sua vítima até o último segundo com palavras amigáveis como uma cobra, pronta para dar seu bote. O mundo era seu tabuleiro, e suas peças estavam dominando sobre os ignorantes. É a vez dos ambiciosos.

Ele sabia que, se fosse intimidante e violento como Rowle ou Goyle não iria a lugar nenhum no mundo dos políticos e ministros. Homens como eles são feitos apenas para o campo de batalha, soldados prontos para receberem ordens. Augustus nunca foi ou será um soldado, e sim um espião. Ele se orgulha disso. Ora, suas melhores habilidades estão sendo muito bem usadas e seu status sobe cada dia mais.

Até aquele dia. Maldito Karkaroff e sua covardia, que virou o tabuleiro do avesso, destruiu um plano de anos. Como poderia um homem entregar seus colegas de luta assim? Ele sabia da teia de Augustus, e dos benefícios que ela o daria. Mas ele preferiu ser afogado por si mesmo em sua ignorância.

Em Azkaban, Rookwood era ninguém. Suas palavras não eram mais sedutoras, seu carisma e ambição foram jogados no mar congelante. Seu posto de espião e homem da sociedade eram apenas lembranças.

Palavras, não importa o quanto persuasivas são, não funcionam com Dementadores.