Com Amor, Amelia escrita por Inyscg


Capítulo 6
VI




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CHARLIE

Comecei andar lentamente, de caminho para casa, apenas a sentir o luar e o silêncio daquela noite. Quando viro numa esquina, um pássaro passa por mim num voo brusco, fazendo-me olhar para o meio de uma rua ali ao lado. Reparo numa sombra negra desmaiada no chão. Quando me aproximo, reparo que é a Amelia, que é ela que está ali desmaiada e indefesa. Imediatamente, pego nela ao colo e corro para o meu carro. Coloquei-a deitada nos bancos detrás e conduzi até aos laboratórios.

Ao chegar, apanho um elevador que vai direto ao laboratório médico, onde se encontrava Jackson.

Precisávamos de descobrir o que havia de errado com a Amelia, então Jackson rapidamente me ajudou no diagnóstico. Fizemos-lhe um exame que desvendava todos detalhes do seu organismo e depressa concluimos o que se passava. Impulsos elétricos lhe estavam a ser transmitidos, a grande velocidade. Mais especificamente, para o seu cérebro! Estes impulsos vão danificar-lhe diversas zonas do cérebro, se não forem parados imediatamente. O problema é que nem eu nem Jackson conseguimos descobrir a origem destes. Este exame não nos permite isso.

—Vamos ter que fazer uma cirurgia, Charlie.

—O quê? Agora? Eu não tenho bem um mestrado em cirurgia, Jackson! Não estou preparado para o fazer! Temos que levá-la ao hospital!

— Não tens tu, mas tenho eu. Ouve a voz da experiência e confia em mim. Não a podes levar para o hospital. Se nem eu consigo detetar o que ela tem, então eles também não vão conseguir. Ao menos aqui, ela tem-me a tratar dela.

—Sim, Jacson! A ti! Só a ti! É preciso uma equipa para realizar uma cirurgia, não estás a pensar com clareza!

—Tu e que não estás a pensar com clareza! Nem vamos perder mais tempo a discutir isto, porque ela não tem – respondeu-me ele, apontando para Amelia – temos na nossa posse os melhores equipamentos, vamos conseguir, eu guio-te.

—Tu guias-me?

—Sim, tu vais ajudar-me. Querias uma equipa não querias? Tu vais ser a minha, vais ser meu assistente – disse e começou a andar em direção ao elevador com Amelia, deitada numa cama.

Apenas segui-o, a correr, estava super preocupado com ela. Não podia perdê-la. E para isso não podia estar nervoso. Tenho que ajudar o Jackson naquilo que puder, para poder salvá-la!

Quando já nos encontrávamos numa sala cirurgica, só consegui olhar para a cara dela, tão indefesa, pálida, prestes a morrer. Não podia permitir que isso acontecesse.

—Então qual é o plano? – perguntei, determinado.

—Vamos abri-la na zona do cerebelo. Não sabemos a origem, mas sabemos que o impulso passa por lá. Eu vou extrair uma amostra das células dela e depois entras tu. Vais ter que correr para o teu laboratório e estudar o sentido de deformação delas. Já sabemos que o impulso vai em direção ao cérebro, então só precisas de descobrir de onde vem. Entendes?

—Ya, vamos a isto!

—Mas…

—Mas o quê?

—Convém seres rápido meu amigo, pois como deves imaginar ela não está estável. Tens que me trazer os teus resultados e dizer-me a origem do problema logo de seguida, percebes? Para que eu possa eliminá-la… espero eu. Quando retirar a amostra vou poder perceber o estado dos tecidos dela e vou-te dar um certo tempo para fazeres o teu trabalho. É o tempo que ela tem até morrer.


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