Nossa Academia de Heróis escrita por Julia Rosa


Capítulo 5
Capítulo 5: Resultados




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Ray´s pov: 

Acordei normalmente naquele dia, fiz minha higiene básica no banheiro do andar e coloquei meu uniforme, já eram 7:00 quando eu estava quase pronta e nenhum sinal de vida de minha prima, será que ela acordou? Liguei uma vez, nada. Liguei mais uma, também apenas chamava. Na quarta ligação ela atendeu desesperada, havia acabado de acordar. Fui para a sala e me sentei esperando pela aula, eu estava um pouco nervosa por ser uma missão quase, mas me disseram que o Todoroki-kun era muito forte então eu não precisava me preocupar tanto. Apenas em falar seu nome o vi entrando pela porta da sala e me encarando. 

—Bom dia, Campos-san- disse ele se aproximando- Sobre hoje, eu gostaria de saber qual sua peculiaridade para vermos como nos organizar. 

Ele parecia sério, não deveria querer perder facilmente. Eu o expliquei sobre a mesma, como tenho raciocínio rápido e posso criar ilusões mais facilmente que a Júlia. 

—Certo, provavelmente teremos que lutar, essa parte eu cuido mais facilmente e de acordo com as circunstâncias você cria um plano e vamos elaborando ele juntos, tudo bem pra você?- perguntou o menino que agora me fitava diretamente nos olhos e assenti com a cabeça. 

O mesmo então se sentou em seu lugar e esperou quieto a aula começar, eu nunca havia reparado que ele era tão bonito. 

Júlia logo mais chegou na sala, ela realmente só me dava trabalho, porém chegou a tempo então não teríamos problemas, logo mais nosso professor All Might entrou na sala e começou a falar sobre a atividade do dia, Todoroki-kun estava certo, haveria uma classificação. Ele explicou como funcionaria e após tudo isso nos mandou para o centro de treinamento, para nos prepararmos. Chegando no mesmo me direcionei ao vestiário para por minha roupa de combate. 

A mesma era um yukata azul marinho sem mangas propriamente ditas, bordado e com as faixas de extremidade brancas. Sua parte superior era bem aberta terminando nos ombros com faixas extra de tecido em forma de penas transparentes com as pontas em azul claro, as mesmas só que menos transparentes fechavam meu decote que em contraste com a gargantilha e o pingente de estrela ficava mais chamativo. A faixa na cintura era rosa claro e atrás havia o tradicional laço. As costas do yukata terminavam compridas na altura dos joelhos com uma fenda no meio, formando algo como duas caudas. A parte inferior era um short largo que permitia os movimentos, porém no mesmo estilo e material da parte superior da roupa, também azul marinho com terminações em branco. Eu usava longas luvas azuis marinhas que prendiam com um anel no dedo do meio e subiam até onde seria a "manga" do meu yukata. Havia também em minha coxa uma fivela prendendo uma faca pequena, minhas meias azuis claro ate os joelhos e eu usava um tenis de cano alto branco. Como arma em batalha de curto alcance eu havia duas katanas com lâmina menor que o habitual presas em X nas minhas costas. Meu brinco de comunicação com Júlia não seria necessário nesse momento e por fim prendi meus cabelos num rabo de cavalo alto. Agora estava pronta. 

Sai do vestiário e senti olharem me encarando, era óbvio que ocorreria, novata num colégio mostrando pela primeira vez seu uniforme de batalha, onde quase ninguém sabe o que esperar de você. All Might deu as últimas explicações de como ocorreria a atividade e me prontifiquei ao ficar do lado de Todoroki-kun. Seríamos heróis, precisávamos ganhar a batalha e libertar os civis, porém tudo isso dependeria do local onde estaríamos. 

—Nossos adversários são bons?-perguntei 

—Hanta Sero é bom desviar, mas Tokoyami será um bom adversário. Mas sua individualidade diminui a força conforme há maior claridade.- concluiu ele 

Certo, mais claridade. Assim será menos um em nosso caminho. 

As lutas seguiram e finalmente era nossa vez, entrei na arena e pra meu alívio era uma cidade, dependendo da incidência dos raios solares eu poderia deduzir o poder da individualidade de Tokoyami-kun, porém Hanta Sero pelo que Todoroki-kun me disse poderia lançar fitas adesivas, o que poderia atrapalhar já que haviam muitos objetos no caminho. 

Chegando perto da área dos vilões percebemos que eles haviam bolado um plano, as fita de Sero-kun tapavam parte do sol e podia-se ver uma sombra muito maior que Tokoyami-kun, era Dark Shadow. 

—Certo, você vai queimar as fitas do Sero-kun e depois vai diretamente em direção ao tokoyami-kun e vai começar a batalhar enquanto o mesmo estiver distraído. 

—Isso nunca vai funcionar- questionou o menino meio fogo meio gelo 

—Apenas faça isso- Disse eu convencida e ele assentiu mas ainda um pouco apreensivo. 

Andamos em direção aos mesmos e o pedi pra esperar atrás do carro. Comecei a criar ilusões na cabeça dos adversários, onde imaginavam estar travando uma luta direto conosco. 

—Vou te dar cobertura, agora queima aquelas fitas- eu disse 

Todoroki-kun assentiu e entendeu o plano, o mesmo agora estava lançando suas chamas o mais alto possível queimando e destruindo as muitas fitas que tapavam a luz solar. Conforme a luz aumentava Tokoyami-kun se movia com mais problemas, ele tentava se acostumar com a claridade inconscientemente 

"Merda assim ele acorda do transe logo" eu pensava já mais nervosa. E logo depois a última camada das fitas fora dizimada, deixando a luz solar bater diretamente em todos nós. 

—Agora!- dei o sinal e meu parceiro agiu, indo ao encontro de tokoyami-kun que despertava de meu transe. 

Sero-kun começava a se desfazer do meu e cancelei a ilusão assim que já estava na frente do mesmo, desferindo um golpe certeiro em seu estômago, fazendo-o cair no chão, sem mais forças pra lutar. Avistei que Todoroki-kun estava próximo de vencer a batalha e me aproximei deles; Tokoyami-kun estava exausto, Dark Shadow mal aparecia e o mesmo agora basicamente lutava com sua força física, como golpe de misericórdia o mesmo foi congelado e então seguimos para as vítimas, soltando uma por uma, saindo assim ilesos e vitoriosos. 

—Parabéns pelo plano Campos-san, realmente foi incrível e mal nos cansamos – afirmou meu parceiro com um leve sorriso 

Como ele ficava fofo sorrindo. 

Saímos do campo de batalha e fomos recebidos por nossos colegas que elogiavam nossa batalha, mas Júlia não estava ali, provavelmente já estava no local de início da prova. 

Começo a assistir sua vez e percebo problemas logo no início, aquele menino a deixou falando sozinha, provavelmente era um plano. Eu sabia disso pois ela não gostava de lutar e o adversário que sobraria para a mesma requereria isso. Ela tinha um grande problema nas mãos. Quando dei por mim estava tremendo, nervosa por avistar a mesma sangrando sendo carregada, ela nunca deixaria de terminar a prova, mesmo naquele estado. Era realmente uma idiota, se deixar machucar assim. Fui correndo a porta de saída do campo e lá estavam eles, Bakugou a carregando nas costas e a mesma desacordada. 

—Puta merda!-exclamei correndo em sua direção -Ela precisa ir pra enfermaria 

—Eu levo ela- reclamou o loiro 

—Deixa que eu levo, ela vai dar um puta piti- questionava pensando em minha tia 

—Mas ela só vai acordar depois nem vai saber que eu a deixei lá- retrucou e saiu andando 

Eu não falei mais nada, apenas segui o loiro que pareceu não se incomodar mais com a minha presença até o caminho da enfermaria. 

—Velhota, preciso de ajuda!-Exclamou ele abrindo a porta da enfermaria com o pé antes mesmo que eu me aproximasse.  

—Bakugou-kun! Bote-a aqui- Disse Recovery Girl abrindo espaço em uma maca 

—Sousa-san acho melhor a senhora vir aqui um instante- disse a senhora seriamente 

Logo mais minha tia apareceu e empalideceu extremamente rápido, não parecia minha tia sorridente de sempre, em seus olhos haviam apenas preocupação. 

—Júlia!- Exclamou ela se aproximando e ao ver o sangue travou e engoliu o seco - Não acredito que a ferida abriu de novo. 

Minha prima há seis meses atrás sofreu um ataque de um vilão e sofreu um dano físico complicadíssimo devido a seus problemas de cicatrização, ainda meses depois tendo inflamações no curativo e abrindo os pontos. Por baixo do sangue que ainda escorria havia uma cicatriz parte fechada e parte aberta, realmente os pontos tinham aberto de novo, provavelmente no chute que ela levou. Agora minha mãe não era a única assustada, a minha não deveria ser das melhores, mas não superava a de bakugou-kun que estava perplexo. 

—O que é isso?- Questionou o loiro –Como isso aconteceu? E Quem é você? Como sabia do ferimento dela? 

—Você deve ser Bakugou Katsuki certo?-começou a falar minha tia e o mesmo assentiu- Eu sou a nova enfermeira da UA, estou auxiliando a Recovery Girl, meu nome é Campos Mônica, sou tia da Rayssa e mãe da Júlia. 

—O que?! Mas e esse ferimento, ele é grave?- ele parecia um tanto preocupado, mas quem não ficaria com tanto sangue assim 

—Talvez, não sei como ela vai reagir dessa vez-disse minha mãe olhando pro chão.-Eu só não entendo como isso foi acontecer, em treinos ela sempre se protege com barreira... justo agora ela não se cuidou- terminou ela quase chorando 

—Calma minha cara, vamos fazer o necessário. Agora cuida dos outros alunos que vou tenta ver o que posso fazer em sua filha- calmamente falou Recovery Girl que parecia um pouco apreensiva- Meus jovens, podem esperar lá fora? 

Assentimos com a cabeça e saímos da enfermaria, eu me sentara no banco ao lado da porta, não sairia dali até estar com Júlia. 


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