Educação escrita por vickdecullen


Capítulo 1
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Educação é uma história que trará o misterio e a sensualidade a flor da pele da leitora.
Espero que gostem.



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A luz baixa do bar permitia certa privacidade. Ali sentado no balcão do bar Grooming, Edward Cullen, agradecia por estar em um lugar mais reservado. Sabia que ali encontraria pessoas de uma classe social mais arrojada, mas sabia também que os que estavam ali, não iriam se importar de se levantar para falar com ele, ou jogar uma proposta comercial em sua mesa. Parecia que todos procuraram a mesma coisa: uma dose de álcool e talvez um jantar quente.

Se virou para o bar pronto para pedir uma dose de conhaque com gelo. Viu que havia apenas uma jovem mulher secando os copos. Era uma criatura muito linda. Tinha uma beleza que não exigia esforços. Os traços eram marcantes e sensuais, mas transmitia naturalidade. Tinha o cabelo castanho, assim como seus olhos porem num tom mais claros e a boca carnuda. Enquanto secava o copo, juntava as duas sobrancelhas, demonstrando concentração. Era magra e usava roupa de bar tender (camiseta branca, calça de alfaiataria de cintura alta preta e um avental da mesma cor). Pensou em chama-la, mas preferiu observa-la.

Quando sentiu um olhar em cima dela, Isabela Swan guardou o copo seco e foi ao bar atender o próximo cliente. Hoje não era um dia agitado na Grooming. Mas sempre um alto executivo ou chefe de máfia aparecia por ali as quartas-feiras. Independente dos status que frequentavam ali, Isabela não se intimidava com nenhum. Os tratavam como seres humanos comuns, como no final, todos éramos.

Viu um homem de estatura alta e esguia, na casa dos 30 e poucos anos. Usava um paletó recortado especialmente para ele. Tinha traços nórdicos, e mesmo mais agressivos tinha a aparência limpa. Os olhos eram claros e a linha da boca era tensa. Um homem realmente bonito e perigosamente charmoso.

—Boa noite, gostaria de beber algo? - Perguntou Isabela olhando nos olhos de Edward.

—Sim. Traga-me a dose do seu melhor conhaque, com bastante gelo. Obrigado.

Pontual. A firmeza era algo que Isabela valorizava em um homem. Sorriu um pouco e foi buscar o que lhe foi pedido. Preparou o drink e entregou para o homem. Quando se virou para voltar a sua tarefa com os copos, Edward disse:

—Obrigado. Ficou exatamente como gostaria.

—De nada, mas creio que ainda não tenha provado o drink.

—Eu o aprecio primeiro. Vejo como foi preparado, a temperatura do copo para depois desfrutar.

—Espero que o sabor seja melhor que o preparo.

—Bom tudo influencia- respondeu tirando o olhar do copo e voltando-se a Isabela, dando um breve gole da sua bebida- Perfekt!

Os dois se olharam por um breve segundo.

—Um drink feito com perfeição.

—Bom, a prática leva a perfeição.

—Trabalha aqui a muito tempo?

—O suficiente para preparar um bom drink- respondeu levantando um sorriso de lado.

Edward sorriu e bebeu mais um gole da sua bebida.

Começou a tocar "Serenade" de Schubert, e Edward percebeu que Isabela se animou com a troca sonora.

—Conhece Schubert?

—Conheço.

—Quantos anos tem?

—O que minha idade tem haver com Schubert? – Perguntou divertida.

—Não é comum ver jovens gostarem de música clássica de qualidade.

—Acredito que uma boa educação não tenha haver com idade.

—Concordo, mas não posso deixar de elogia-la pois acredito que esteja na faixa dos
vinte e três anos, e mesmo assim, nunca encontrei ninguém na faixa dos trinta que apreciasse Schubert.

—Devo dizer então, que lhe falte mais repertorio nas pessoas com quem anda.

—Devo discordar, aprecio o intelecto de uma pessoa, e normalmente busco estar rodeado de pessoas que estejam a um nível superior. Mas a música é algo realmente raro hoje em dia.

—Meus pais apreciam a música, e por isso, aprendi muito com eles, mas o que o seu orgulho quer dizer quando diz “nível superior”?

Edward enrijeceu, sentiu um arrepio na nuca e fechou a boca em uma linha quase fina. O “atrevimento” dela dizer que ele era um homem orgulhoso o deixou irritado, e sua vontade era de faze-la sentar em seu colo e bater em sua bunda.

—Orgulho? - Perguntou com um tom de voz rouca.

—Sim, orgulho. O que te faz pensar que existam níveis superiores entre as pessoas? – Respondeu calma.

—Acredito que existam aquelas que buscam por excelência e outros que não. Aqueles que agem acabam sendo melhores dos que não o fazem.

—Acho muito genérico julgar as pessoas por excelência ou a falta dela, afinal não conhecemos a historia de ninguém.

—Acho que nossa história pessoal não tem nada ver com a excelência.

—Então acredita na teoria de Darwin, que o melhor é aquele que se adapta?

Edward sorriu de lado e respondeu:

—Acredito que essa seria uma forma de interpretar o que disse- Ele a encarou com desejo.

—Sim, acredito que sim- respondeu ela sorrindo e olhando para o drink dele- gostaria de mais um?

—Não, obrigado- respondeu – gostaria de saber de onde você é.

—O senhor é um homem muito curioso- respondeu ela olhando para ele- por acaso é um professor ou cientista, para estar flertando comigo de forma tão intelectual?

Ele riu baixo e apertou a mão que estava no banco, sentindo os nos dos dedos gritarem. Queria doma-la.

—Não, não sou professor e nem cientista, mas admito que o flerte tomou outra proporção.

—Sou brasileira- respondeu ela pegando sua bebida finalizada e lavando o copo na pia a sua frente.

Edward arqueou a sobrancelha surpreso, não imaginava que ela poderia ser de lá.

—O que? Não somos macacos, temos escola e asfalto nas ruas – respondeu colocando as mãos na cintura, claramente chateada com sua reação.

—Desculpa, minha supressa não era para ofende-la. Apenas me perguntava o que traria uma mulher tão interessante, tão longe de seu país.

Isabela baixou o olhar e voltou a atenção para o copo que deveria ser seco. Quando pensou em responder, seu chefe, um homem robusto e baixo, a chamou.

—Com licença- pediu e foi até Carlos.

Ele dizia que iria sair mais cedo e que ficaria encargo dela de fechar o bar, junto com sua filha Alice, que também trabalhava na Grooming, mas como sous chef. Quando voltou para o homem com quem estava conversando, viu que ele tinha desaparecido. Foi até onde estava o seu copo e algumas notas de dinheiro.

Isabela suspirou decepcionada, a noite ainda era longa e conversar com alguém interessante como aquele estranho, faria as horas passarem mais rápidas. Quando pegou as notas se assustou com a quantia. O melhor drink da casa não chegava aquele preço! Saiu do bar irritada e foi até a porta esperando encontra-lo, mas não obteve sucesso.

—Parker! - exclamou para o chofer – Parker! Você viu um homem, alto, loiro, usando um paletó chumbo sair por aqui?

—O senhor Cullen? - perguntou como se fosse obvio.

—Não sei dizer, mas se ele bate com a discrição, sim!

—Acabou de sair, seu motorista estava esperando na porta.

—Você saberia me dizer se ele frequenta o bar com frequência?

—Bom, fazia um tempo que ele não aparecia. Mas a julgar pelo senhor Cullen, ele é um homem que gosta de variar. Não duvido que ele possa voltar amanhã ou daqui a um mês, mas ele vem sempre por volta do mesmo horário.

—Ok Parker, obrigada.

—Disponha, Bela.

Isabela voltou para o bar com as notas nas mãos. Decidiu tirar o que era o preço do drink e guardar o resto para devolver ao senhor Cullen, esperando que um dia ele retornasse.

Alice apareceu uma hora mais tarde para ajudar Isabela com sua meia dúzia de clientes. Serviram drinks e comida quente, e quando chegava mais perto de fechar Isabela compartilhou sua conversa com o estranho senhor Cullen.

—Uau! É muito dinheiro!

—Eu sei, me sinto extremamente mal. Afinal o que ele acha que eu sou? Pensei que ele tinha se interessado pela conversa, e não que se sentisse na obrigação de me pagar por uma.

—Sinto muito amiga- disse tomando um gole de whisky escondido.

—Você ainda vai ser pega- disse Isabela, pegando seu copo e dando um gole também na bebida, fazendo Lice rir baixinho.

—Bom e o que você vai fazer quanto a isso?

—Devolver é claro! Como poderia ficar com essa quantia? Iria contra minha ética. Mesmo que a tentação seja grande.... Imagina, poderia fazer ótimas compras – as duas riram.

—Bom, você poderia pelo menos me pagar pelos inúmeros cafés que te banquei.

—Já disse Alice! Nosso sistema funciona por trocas, você me paga o café e eu te dou minha amizade.

—Você não presta!

—Você me ama.

As duas riram e deram mais um shot de whiskey para finalizarem a noite. Enquanto Isabela arrumava as coisas para encerar a Grooming, não deixou de pensar no homem com quem conversará mais cedo.

Um sujeito estranho, mas muito atraente. Sempre sentirá atração por homens mais velhos, e se sentiu elogiada por ele achar que ainda tinha vinte e três anos, mesmo que vinte e sete anos e meio faça tanta diferença. Então lembrou com peso a quantia de dinheiro que ele havia deixado para ela.
Tentou colocar de lado os pensamentos sobre o senhor Cullen e terminou seu trabalho. Depois de se despedir de Alice e vagar até sua casa, Isabela pensava em tudo o que tinha passado desde que havia chego a Nova York. Sentia falta de casa, mesmo que tivessem se passado apenas seis meses desde a sua chegada. Segurou algumas lagrimas e derrubou outras.

Entrou em seu apartamento e foi direto para a cozinha onde se serviu de uma taça de vinho e pegou um cigarro que guardava para dias mais intensos.

Abriu a janela e olhou para a rua vazia e quieta. Ainda não era inverno, mas já começava a sentir uma brisa mais gelada. Adorava o frio, e seria a primeira vez que passaria por um de verdade, com direito a neve, boneco de neve, bebidas quentes e muita das suas roupas favoritas.

Se sentiu velha de repente. Pensou que a essa altura já saberia onde queria estar e para onde queria ir. Esse ano sabático poderia ser benéfico, mas se sentia ansiosa e insegura. Respirou profundamente, acendeu o cigarro e observou a noite de Nova York.


Cullen chegou em seu luxuoso apartamento depois de ter passado na casa de uma de suas “amigas”. Tinha ido até Caterina porque sabia que ela gostava de apanhar, e como a garota do bar o tinha deixado louco para realizar tal desejo, foi sacia-lo com quem lhe permitia.

Ele era um homem solitário de certa forma, e não que ele não gostasse disso. Pelo contrario, era do tipo que apreciava a própria companhia. Gostava de ler livros, beber um bom drink e da companhia de uma mulher ou duas a noite. Mais não gostava quando os outros achavam que era orgulhoso ou arrogante, quando na verdade era apenas transparente. Sabia que deveria mandar a opinião alheia para o inferno, mas reconhecia ao mesmo tempo a vaidade que tinha.

Era dono de uma grande fortuna que adquiriu ainda muito jovem, quando ainda estava na faculdade, na época que ideias inovadoras eram realmente inovadoras, e poucos loucos tiveram coragem de empreender em propostas tão incertas.

Sua sorte foi ter ficado próximo a um professor influente e ter conseguido o networking necessário para sua empresa nascer em conjunto a mais dois sócios que eram seus melhores – e talvez únicos –amigos, Albert e Juan Francisco. Eles haviam se conhecido ainda na faculdade numa reunião de alunos estrangeiros. Um inglês, um alemão e um equatoriano se tornaram amigos sabe-se lá Deus como, mas o grupo funcionava.

Albert era do tipo polido, menos quando estava bêbado, mas um homem que levava a honra e a lealdade muito a sério. Era casado com Victória, que poderia ser considerado até romântico, já que os dois eram ingleses. Juan Francisco era o mais inteligente e gostava de esbanjar sua fortuna com festas e luxos excessivos. Não sabia dizer se aquele status todo era algo da cultura latina ou era apenas o vislumbre de uma vida que ele não imaginava um dia ter, mas também, tentava não julgar.
Preparou um Dry Martini e foi sentar na sala de estar e ligou a lareia. Lembrou da mulher com quem conversara mais cedo. Que criatura. Ela era tudo o que valorizava numa mulher, acima da beleza e sensualidade natural, ela era inteligente e educada, e para Edward isso sobressaia a qualquer beleza. Deixou uma gorjeta generosa para testa-la, queria saber sua reação diante de mil dólares de gorjeta.

Deu um leve sorriso para a lareira acesa e fantasiou ela nua deitada de bruços no tapete persa a sua frente, com apenas um lençol de seda verde sobre sua cintura. Imaginou ela o observando com o olhar baixo e os cabelos soltos pelos ombros. Imaginou uma gota de suor percorrer a testa e descer pelo pescoço até escorregar aos seios. Antes que pudesse pensar ele já estava se masturbando com a imagem projetada em sua mente fértil e tarada. Imaginou ela virando o corpo para cima, se apoiando sobre os ombros e mordendo os lábios, sem tirar os olhos dele. Tirou o lençol e o presenteou com seu sexo brilhante, apoiando as solas dos pés ao tapete.
Escorregou uma mão para um dos seios, quando a outra desceu atrevida até o meio das pernas onde ela começou também se masturbar, como se ela estivesse fazendo com ele o que ele fazia com ela, um verdadeiro convite de provocação, o que o deixou ainda mais duro. Tomou o Martini com uma golada e jogou o copo no sofá, onde pode segurar seu saco com uma mão e o pênis com a outra.

Fechou os olhos e imaginou agora ela em cima dele cavalgando em seu pau e oferecendo um seio para lambe-lo. Isso não o permitiu fantasiar muito mais, pois gozou no mesmo momento. Ofegante e satisfeito, Edward, subiu as calças e foi tomar um banho. Depois da prévia imaginativa, agora almejava pela verdadeira. Teria que tê-la.

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Notas finais do capítulo

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