My Fantasy That Turned Into Reality escrita por Nath-Garcia


Capítulo 13
Capitulo 11 – Praia (Parte 2)


Notas iniciais do capítulo

a 2ª parte está ai...e um aviso, eu vou dar duas semanas, se eu não receber pelo menos 2 comentarios eu vou excluir a fic, porque tem 13 pessoas acompanhando e 14 lendo.



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Depois disso o dia passou voando, e quando eu vi, já estávamos indo embora, minha sorte foi que como o Jacob tem ido embora com a gente ninguém desconfiou de nada, a não ser na porta do meu prédio, quando ele ficou comigo ao invés de ir com o pessoal.

– Jacob espera aqui na sala, fica a vontade, pode ligar a TV, o radio, enfim... eu vou trocar de roupa, e pegar minhas coisas. Ok?

– Uhum. Manu só uma coisa, onde eu posso beber água?

– Aqui. – eu mostrei pra ele, onde tinha as coisas, e sai.

Tomei um banho rápido, coloquei a roupa que tinha escolhido, e fui pra sala. Assim que eu entrei, ele se virou pra mim, e me olhou com um olhar super admirado.

– Você está linda. – foi à única coisa que ele disse.

Eu estava com um shorts jeans um pouco acima da metade da coxa, uma blusa listrada de branco com rosa com um decote em V, havaianas rosa clara com Strass e pra completar brincos e anel. E minha bolsa da Pulma, rosa e branca, com as minhas roupas.

– Obrigada. – senti minhas bochechas pegarem fogo pelo jeito que ele me olhava e com a intensidade com que ele falou. – Acho que a gente pode ir neh?

– Uhum. Você pegou tudo? Suas coisas pra fazermos lição e roupa pra praia?

– Sim. Tudo aqui. – e apontei para o sofá.

– Então vamos, que eu estou morto de fome. – a gente deu risada e saímos.

Deixei um bilhete para os meus pais, caso eles chegassem antes, e eu ainda estar com o Jacob, eu sempre levo o celular mais é sempre bom avisar.

Ele me ajudou a levar minhas coisas, mas achei desnecessário, ele levou a bolsa da escola e eu a das roupas. Quando chegamos à garagem ele colocou tudo no banco de trás do carro abriu a porta para eu entrar, e deu a volta. Eu abri com o controle as portas, e as fechei. E ele seguiu para a Villa.

Eu já tinha ido uma ou duas vezes lá, com as meninas. Porém ir com ele tinha um toque a mais, um gostinho diferente. Eu sentia que algo ia acontecer, só não sabia o que, e esperava não me arrepender, porque eu estava muito feliz de estar aqui com ele, dentro do carro indo para a Villa, e ouvindo musica. Que eu reconheci na hora, Dan Torres - I Can’t Live Without Your Love.

Don't be afraid if I go crazy for you
Don't be surprised if I fall at your feet
I don't care about what they think of me
I don't know what to do
'Cause I'm falling for you (for you)

Ele começou a cantarolar baixinho, eu olhei pra ele, admirada, e ele retribuiu meu olhar, o sustentando. Eu fiquei com medo dele bater o carro, mas ele não desviava nem um milímetro da onde estava.

When I look in your eyes
I can see me and you
Remember this time that will last 'til the end
When I find you in my dreams
I just won't let you go
I'll hold you in my heart
I can't live without you
I can't live without your love

Quando ele cantou os dois últimos versos ele voltou a me olhar, mais com muita intensidade, como se ele estivesse se declarando. Ele não parou de cantar um minuto se querer. E cada vez mais eu sentia que ele estava cantando com o coração.

Don't be afraid if I go crazy for you
Don't be surprised if I fall at your feet
I don't care about what they think of me
I don't know what to do
'Cause I'm falling for you (for you)

O caminho não é muito longo de carro, e enquanto a música tocava e ele ia cantando, o tempo passou rápido. E quando ficávamos em silencio era confortável, não era aquele silencio forçado ou constrangedor.

When I look in your eyes
I can see me and you
Remember this time that will last till the end
When I find you in my dreams
I just won't let you go
I'll hold you in my heart
I can't live without you
I can't live without your love

Ele foi estacionando, e desligou o carro. A gente soltou o sinto ao mesmo tempo, e quando eu fiz menção de abrir a porta, ele segurou minha mão que estava pousada no acento.

– Espera. – a voz dele estava um pouco mais rouca que o normal, e ele me olhava... Não sei explicar, mais era diferente, do modo que ele costumava olhar.

Eu assenti e esperei. Ele saiu do carro, abrindo a porta de trás em seguida, pegando as mochilas, e entrando na casa. Saiu e veio abrir a porta para mim.

– Pronto, agora eu deixo você sair. – ele disse com um sorriso nos lábios.

– Obrigada. – eu disse rindo.

Ele foi andando no meu lado, às vezes nossas mãos se encostavam, e eu sentia uma corrente elétrica passar.

A casa dele era simples, mais muito bonita. Era de madeira, pintada com uma cor clara, com o telhado vermelho. Quando eu entrei, pude perceber que era super aconchegante, nem pequena, nem grande. Na sala tinha um sofá de dois e de três lugares, uma televisão em uma estante com fotos e do lado uma escada, e eu conseguia ver a cozinha.

Eu reparei que eu tinha parado para observar a casa dele. Senti minhas bochechas ficarem vermelhas na hora.

– Desculpa Jacob, eu não devia estar analisando sua casa assim, é falta de educação.

Ele deu um sorriso de canto. – Relaxa, não me incomodo. Mais agora conta, gostou?

Eu dei um sorriso mega sem graça. – Uhum. É muito aconchegante.

– Bom você se importa se eu for tomar banho primeiro? Você pode ir ao banheiro da minha irmã tomar banho, se quiser.

– Não precisa, não. Eu já tomei em casa.

– Ok. Então pode ficar a vontade. Eu não demoro.

– Demora o quanto quiser, a casa é sua. – dei um sorriso.

Ele retribuiu e subiu as escadas.

Minha curiosidade, era tanta que eu fui até a estante ver as fotos...

Tinha um que era Jacob quando criança, uma mulher de uns trinta anos mais ou menos e duas meninas mais velhas que o Jacob.

Em outra era uma senhor com o Jacob.

Eu continuei vendo as fotos, até que a porta foi escancarada...

– Jake! Eu... – ele me olhou de cima a baixo e pareceu envergonhado por entrar daquele jeito. – Me desculpa eu não sabia que o Jacob tinha visitas.

Ele era um pouco mais baixo que o Jacob, tinha um corpo super definido, era moreno. Eu diria que ele era lindo, mais eu não conseguia achar mais ninguém bom o suficiente depois do Jacob ter entrado na minha vida.

– Não tem problema.

– Qual o seu nome? – ele me perguntou

– Manuela. Mais pode me chamar de Manu. E o seu?

– Seth, o que você está fazendo aqui? – eu ouvi a voz do Jacob vindo da escadas.

– É que o Sam estava te procurando, querendo falar com você. E pediu pra eu te avisar. – ele deu um olhar significativo para o Jacob.

– Diz pra ele que depois de deixar a Manu em casa eu falo com ele.

Me senti culpada por ele ter que deixar pra depois por minha causa.

– Jacob, pode ir. Eu não me importo. Eu pego um ônibus e volto pra casa.

– Lógico que não. Não é nada de importante, e eu tinha avisado o Seth que você vinha aqui. Não era nem pra ele ter vindo falar comigo, já que ele sabia a resposta.

– Desculpa de verdade. Mais o Sam me obrigou a vim aqui.

– Será que ele não entende que não pode obrigar você. Que saco viu. – ele estava muito irritado, já começando a tremer.

Senti que eles falavam em códigos, e me senti culpada por isso. Eu estava atrapalhando ele.

– Jacob acho melhor eu ir embora. Eu não quero atrapalhar. – eu falei sem graça.

– Claro que não. Seth fala para o Sam que depois a gente se acerta.

– Ok. Tchau Manu.

– Tchau Seth.

– Jacob eu estou falando serio...

– Eu também. – ele nem me deixou terminar. – eu marquei com você, e hoje eu vou passar o dia todo com você.

– Mais...

– Sem mais nem menos... – ele disse começando a ficar nervoso, mais depois abriu um sorriso. – eu estou morrendo de fome, e é melhor não deixar minha fome piorar se não você vai ficar realmente assustada com a quantidade de comida que eu como.

Eu gargalhei e ele me acompanhou. E foi seguindo até a cozinha, eu só o segui.

Ele começou a tirar as coisas da geladeira e pegar algumas panelas, eu só olhava tudo.

– Jacob?

– Hã?

– Você sabe cozinhar? – minha curiosidade foi maior que minha vergonha.

Ele virou pra mim com um sorriso malicioso... – Você vai ter que confiar em mim. – e soltou uma gargalhada.

– Você tem certeza que você é de confiança? – eu perguntei arqueando uma sombrancelha.

– Lógico. - Ele olhou me avaliando, com um sorriso brotando de seus lábios. – Você acha que eu vou te falar que eu não sou de confiança?

Eu bufei e puxei uma cadeira pra sentar. – Quer ajuda?

– Uhum.

Eu levantei e fui até ele, que começou a dizer o que era para eu fazer. Ficamos conversando, brincando e quando vi já tínhamos acabado de preparar. E ele começou a montar a mesa. Ele tinha feito frango assado no forno com batata cozida e arroz branco.

A gente sentou e começamos a comer, mais eu estava intrigada com uma coisa...

– Jacob?

– Fala. Não passei no teste? A comida está horrível?

Eu dei risada. – Não, a comida está ótima, passou no teste...

– Ah, ufa achei que não tinha passado. – ele falou brincando. – Mais fala o que foi?

– Se você não quiser responder pode falar, que eu acho que eu estou sendo intrometida, mais minha curiosidade venceu.

– Ok, fala. Até eu já estou curioso.

– Você mora sozinho?

– Não. Moro com o meu pai, e a minha irmã do meio. – ele parou e me analisou. – Você que saber por que a casa estava vazia, certo?

– Uhum. – eu queria ser menos obvia perto dele, era constrangedor a facilidade que tem para me entender.

– Ela está na casa do Paul, meu amigo, namorado dela. E meu pai foi pra casa de um amigo, assistir a um jogo do campeonato.

– Ah! Desculpa se...

– Relaxa. Pode perguntar o que quiser, eu não vou ficar chateado, e além do mais, eu gosto do seu jeito espontâneo de perguntar as coisas. Você até se preocupa com o que vão pensar, mais você pergunta, e isso é melhor do que ficar guardando.

Preciso dizer que fiquei vermelha, acho que não neh? Eu não disse nada, só olhei pra ele, e voltei a comer.

Quando a gente acabou, ele levantou e pegou um pote de sorvete de chocolate, e colocou depois duas taças e colheres.

Ele colocou duas bolas para mim e para ele.

– Se quiser mais pode pegar viu.

Eu assenti. – Você está aprovado. Ótimo Cozinheiro e um perfeito cavalheiro. Pode casar.

– Então casa comigo??

Ele perguntou assim, do nada, na maior cara de pau. Como se fosse a coisa mais normal do mundo pedir as pessoas em casamento.

– Relaxa Manu. Eu estou brincando. – ele com certeza reparou como eu fiquei sem reação e sem saber o que falar. – Vem, vamos fazer lição.

– Não. Eu vou lavar a louça, já que você fez o almoço.

– Nã...

Eu nem deixei ele terminar e fui pra pia lavar a louça. Ele ficou me olhando, e deixou a louça escorrendo. Quando eu acabei ele me puxou e a gente foi para a sala fazer lição, até eu que tinha pouca coisa pra fazer, mais ele estava chapado de lição. As mais difíceis eu deixei ele copiar, o que eu diria que ele copiou quase todas, mais isso fica só entre a gente.

– Vem Manu, eu não agüento mais ficar dentro de casa fazendo lição. Vai se trocar pra gente ir na praia.

– Ok.

Ele me mostrou onde eu podia me trocar, que foi no quarto da irmã dele.

Coloquei o biquíni e um vestidinho por cima e desci, ele já estava lá em baixo, só de bermuda. Ele está querendo o que? Que eu tenha um colapso? Ele tem um tanquinho perfeito que dá pra contar até os quadradinhos, mais eu não vou falar quantos tem se não vocês vão começar a babar no meu Jake. Quer dizer...

– Esta tudo bem?

Droga, isso é hora pra hiperventilar aqui Manuela.

– Lógico. Vamos?

– Uhum.

Saímos e ele só fechou a porta. – Não vai trancar?

– Não. Aqui todo mundo se conhece e não tem perigo.

Eu assenti, e fomos andando em direção a praia. Era incrível como a gente sempre tinha assunto, e mesmo quando ficávamos em silencio era um silencio gostoso, bom...

– O que você quer fazer? Jogar? Sentar na areia e ficar? Entrar no mar?

– Primeiro eu preciso passar protetor, se não eu vou descascar. Ai depois a gente pensa, pode ser?

– Claro.

Escolhemos um pedaço que não tinha muita gente, embora estivesse bem vazia a praia, tirei o vestido, ficando só de biquíni. O que me deixou hiper constrangida, por que eu não escolhi um biquíni maior? E também principalmente pelo olhar que ele me deu, me medindo de cima a baixo.

– Jacob?

– Hm... – ele estava totalmente vidrado.

– Me ajuda a passar protetor nas costas?

– C-claro. Vira. – me virei ficando vermelha, por saber que ele olharia meu corpo.

Ele começou a passar protetor no meu ombro e foi descendo, eu sentia sua mão quente percorrendo minhas costas, sua mão era grande, o que era melhor ainda, e ele fazia uma pressão boa. Definitivamente eu não sei onde estava coma cabeça, eu devia ter ficado quieta isso sim.

– Pronto.

– Obrigada. – eu agradeci, praticamente desmaiando, eu tinha ficado toda quente, meu estomago dava voltas, meu coração estava disparado.

– O que você quer fazer?

– Ah sei lá. Vamos andar, depois a gente vê. Pode ser.

– Claro, já falei que hoje estou a sua disposição.

A gente estava andando, meio sem rumo na beira da água. Eu estava olhando aquele mar azul, limpo, brilhando com o final de tarde. E eu me lembrei de uma curiosidade minha, que já fazia um tempo que eu me perguntava.

– Posso perguntar uma coisa, sem querer me meter na sua vida? E você não vai dar risada, nem levar na malicia?

– Pode... Só me deixa entender, você está mais preocupada se eu vou levar na malicia neh?

– Ah! É porque todo mundo pensa besteira.

– Ok. – ele deu risada. - Pergunta.

– Por que você é tão quente? – ele deu risada. – Você falou que não ia rir.

Sempre que a gente se tocava, além de sentir uma corrente elétrica passar, ele era mais quente que o normal.

– Desculpa. – ele parou de rir. - Eu não posso falar, mas uma hora você vai descobrir, dependendo do que aconteça.

– E por que você não pode me falar?

– Porque você pode julgar mal.

– Por que você não me fala então? Eu não vou te julgar mal, eu vou te ouvir, eu prometo. E você não pode saber se não me contar.

– Eu não posso, na hora certa eu juro que você vai saber, e por mim, mas agora eu não posso.

Eu olhei pra ele, eu já tinha reparado que eu tinha certo poder sobre ele, e porque não usá-lo...

– Por favor? – eu supliquei. – Por favor?

– Você é terrível. – eu dei uma risadinha. – Você sabe muito bem que tem poder sobre mim, e usa isso.

– Tenho que usar as armas que eu posso, e que eu sei que eu tenho.

– Você não tem noção de como eu queria te contar...

– Então conta, por favor. – eu supliquei.

Eu fiquei um tempo pensativa e depois soltei.

– Quando você vai poder me falar?

– No momento certo.

– E qual seria? – eu pressionei.

– Eu não sei, acho que vai depender do que aconteça.

– E o que tem que acontecer?

– Eu não posso falar você terá que descobrir.

– Sabia que é muito feio me deixar curiosa neh? E que eu odeio ficar curiosa?

Eu fiz cara de choro.

– Você não sabe como é difícil te negar alguma coisa...

– Então não negue.

Ele me olhou e não disse nada.

– Sabe uma coisa que eu já reparei?

– O que? – ele perguntou apreensivo.

– Você não é como os outros moleques...

– Não mesmo...

– Me Deixa terminar, por favor. – falei impaciente.

– Esse, por favor, eu atendo. – e deu risada, eu ignorei.

– Você é diferente, eu não sei explicar. – eu falei frustrada. – Por que você não pode me falar?

Eu sei que eu sou repetitiva e que eu to parecendo àquelas crianças mimadas, quando entram e uma loja de brinquedo, e que enquanto os pais não compram o brinquedo fica chorando e berrando pra todo mundo ver. Mais poxa, eu to curiosa e eu odeio ficar curiosa.

– Porque eu tenho medo, que você não me deixe falar, que você me odeie que tenha medo de mim e não me deixe nem ficar do seu lado, nem que seja como amigo. Eu te amo de verdade.

– Eu não teria medo de você, não tenho motivos. – mais sem querer, eu me lembrei daquele pesadelo que eu tive, eu fiquei angustiada.

– Agora, neh.

A gente ficou em silêncio por um momento, até que eu o quebrei.

– Posso falar uma coisa?

– Lógico que sim.

– Você ta me deixando angustiada, com medo.

– Eu não quero que fique assim. – ele fez uma careta e passou o polegar na minha bochecha enquanto falava, eu senti minha pele formigando e esquentando.

– Você meche comigo, você tem certo poder sobre mim também, eu não consigo ficar longe de você, nem quando eu quero.

Ele ficou parado me olhando, e eu continuei falando.

– Mas por mais que você mecha comigo, eu não posso ficar com você, mesmo que eu tivesse chance, eu não quero ser só mais uma. E você deve ter um monte de garotas, mais bonitas que eu, atrás de você.

– Eu devo ter mesmo, eu acho, devo ter um monte atrás de mim, mas a única que eu quero está na minha frente... E eu não fico com ninguém pra fazer contagem ou pra ter só mais uma, e eu nunca faria isso, muito menos com você. Eu gosto de você, eu te amo, de verdade.

Ele falou aquilo de verdade eu vi em seus olhos, eu não conseguia mais pensar direito.

– Então me beija. – eu falei sem pensar, ele olhou me olhou me avaliando, mas eu não estava olhando para ele.

– Tem certeza?

– Não é sempre você que fala que meus olhos falam tudo, então olha.

Eu falei e levantei o rosto, e ele olhou, eu tava hiper nervosa, eu nunca tinha ficado com ninguém, mas eu queria mais que tudo ficar com ele, eu sentia minha bochecha formigar, eu devia estar muito vermelha.

O sol já estava se pondo, dando aquele brilho rosado no mar, que agora estava calmo. Ele iluminava a gente, dando um toque especial no momento.

Ele colocou uma mão na minha cintura, me puxando pra ele, que pegada que ele tem, com a outra ele segurou o meu rosto e foi se aproximando. Eu coloquei uma mão no braço dele, que estava no meu rosto, e a outra foi pro pescoço dele. Ele colou nossos lábios em um selinho, a gente ficou um tempo assim, depois ele me puxou um pouco mais pra perto dele, com a mão que estava na minha cintura, e pediu passagem com a língua, eu abri minha boca. Eu tava tremendo, ele me apertou mais ainda. O beijo foi calmo, ele tinha agora a mão que estava no meu rosto na lateral do meu pescoço, enquanto o polegar dele ficou na minha bochecha. Sua língua era quente, na minha, ela percorria toda minha boca, cada pedacinho, era uma sensação mágica, única.

A gente se separou por falta de ar, eu encostei a cabeça no peito dele, enquanto nossa respiração voltava ao normal.

– Eu te amo. - ele sussurrou com o queixo apoiado na minha cabeça, olhando o mar.

– Eu também. – sorri boba, olhando o sol se pôr.

Quando o pôr do sol acabou, as nossas respirações já estavam normalizadas ele me afastou um pouco e perguntou:

– Eu sei que não é da minha conta, e se você não quiser responder, não tem problema. Mas quem foi o ultimo com quem você ficou?

– Você quer mesmo saber, Jacob? – eu não queria falar, eu senti minha bochecha começar a ficar quente de vergonha. Eu virei o rosto e fiquei olhando o mar.

– É só pra tirar uma duvida, pra ver se meu palpite está certo.

– Você. Você foi o ultimo com quem eu fiquei. – eu abaixei a cabeça e coloquei no peito dele, na hora, vermelha que nem tomate.

Ele levantou o meu queixo e perguntou: - Mesmo?

– Uhum.

Ele sorriu. – É realmente eu estava errado, mas você não tem cara de que era BV...

– Arrependido? – eu perguntei, arqueando uma sombrancelha.

– Não... – ele parou e pensou. – Pensando bem, nem um pouco.

– Hã?

– Dizem que toda primeira vez, nunca se esquece. E mesmo que você não queira ficar comigo, você sempre vai me levar com você.

– Você realmente acha que, eu não vá querer você depois que descobrir os seus segredos, neh?

– Não é isso, é que... – ele não conseguiu falar, e começou a se enrolar.

– É que...?

– Ah, sei lá. Acho que você não vai querer se misturar no meu mundo. – ele pegou minha mão e continuou - Manu, você é muito frágil, muito sensível, tanto fisicamente quanto emocionalmente.

Eu olhei sem entender, depois de um tempo eu entendi tudo.

– Você não me quer no seu mundo, por isso fica falando que não pode falar que eu não vou querer me misturar, por que assim você pode ficar comigo pelo tempo que você quiser, e depois me jog...

Ele me interrompeu, com dor nos olhos, eu já estava quase chorando. – Não diz isso Manu, você não tem noção de como dói ouvir você falando isso.

– Desculpa. Mas é a única explicação que eu posso dar pra mim mesma. – eu baixei a cabeça, triste por ele não me falar, e mais triste ainda por ver o que eu vi no olhar dele, e saber que fui eu a causar isso. Mas ele queria o que, ele não me falava, algum motivo tinha e eu só conseguia enxergar esse.

– Ei! – ele falou levantando meu rosto. – Vamos fazer um trato?

– Diz o que é depois eu falo se sim ou não.

– Sempre desconfiada. – ele riu. – Mais em fim... Espera dois meses, pra gente ver como vai ficar as coisas, e se em dois meses não se resolver nada, então continua tudo como está agora. Agora, se as coisas mudarem muito em dois meses, ai, eu te falo, só que tem que mudar pra melhor. Topa, ou não?

– O que teria que mudar?

– A gente.

– Como assim?

– Manu, a gente acabou de se declarar, acabamos de assumir que gostamos um do outro, e se esse beijo significar mais do que só um beijo, então é porque mudou.

– Mais não foi só um beijo... – ele colocou dois dedos nos meus lábios.

– Eu quero dizer, se a gente começar a ficar, e depois a namorar sério, eu conto, porque o que está em jogo, além do meu segredo, é a minha vida.

– Ok. Dois meses. – eu assenti, ele me deu um sorriso, assentindo também.

– Jacob?

– Hã?

– Acho melhor eu ir pra casa, está ficando tarde. E depois é ruim pra você ter que dirigir de noite.

– Ok. Vem então, você toma um banho e eu te levo pra casa. - A gente continuou andando, até a casa dele. – Pode usar o banheiro da minha irmã.

– Ok.

Entrei no banheiro, tirei meu biquíni e entrei no chuveiro. Demorei um pouco no banho. Quando sai me vesti minha lingerie e minha roupa.

Para depois sair do banheiro, e deixei tudo arrumado.

– Pronto Jacob! – eu disse quando cheguei ao topo da escada.

– Vamos? Eu já coloquei seu material da escola no carro, só falta à bolsa com as suas roupas.

Eu assenti, e fui.

O caminho até a minha casa foi silencioso, exceto pela musica que tocava, cada um mergulhado nos seus próprios pensamentos.

– Chegamos!

– Uhum... – eu não queria sair e ter que dizer tchau, mais era necessário. – Tchau Jacob. Obrigada por tudo. O almoço estava ótimo, a praia foi perfeita e...

Eu não sabia mais o que falar, e ele percebendo isso me calou com um beijo.

– Obrigado pela companhia.

A gente ficou se olhando por um bom tempo. – Eu preciso ir.

– É eu sei. – ele fez uma carinha tão triste, que deu vontade de pegar no colo e levar pra minha casa.

– Quer subir?

– Não obrigado. Vou pra casa, daqui apouco o velho chega, e eu ainda tenho que ver o que o Sam quer.

– Jacob desculpa d...

Ele me calou com outro selinho. – Para ok? Já falei que ele sabia que eu ia passar o dia com você, então não precisa ficar assim.

Eu assenti morrendo de preocupação, por ele não ter ido naquela hora, falar com esse tal Sam.

– Para de fazer essa cara de culpa. Eu estou falando serio, não vai acontecer nada.

– Ok. Estou indo.

– Até a manhã.

Eu dei um selinho nele e sai do carro, sentindo o olhar dele em cima de mim.


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Notas finais do capítulo

Roupa da Manu da praia:
http://www.flickr.com/photos/76525260@N07/7017594775/in/set-72157629307246764/
http://www.flickr.com/photos/76525260@N07/7017595845/in/set-72157629307246764/
http://www.flickr.com/photos/76525260@N07/7017596151/in/set-72157629307246764/
http://www.flickr.com/photos/76525260@N07/7017596227/in/set-72157629307246764/
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PS: estou com história nova, ela é com Nessie e Seth, resolvi mudar um pouco.
http://www.fanfiction.com.br/historia/131475/Eu_Nunca_Vou_Te_Esquecer



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