Oneshots Criminal Minds escrita por Any Sciuto


Capítulo 37
Long Nights




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— Temos algo! – Emily começou a arrumar a arma e distintivo. – Precisamos ir agora.

O endereço que a traidora, vulgo Meadows lhes dera era de um pequeno armazém afastado. Entrando na SUV a caminho do local, Luke segurava o pequeno gatinho de borracha que havia dado a Penelope no ano passado.

Como as coisas saíram de controle desse jeito? Por que ele não ficou com ela na BAU? Ele precisava ver ela e Spencer antes que entrasse em um lugar muito, muito escuro.

Penelope e Spencer foram empurrados para uma sala escuro, longe da entrada. Ela não sabia o porquê da repentina brutalidade dos capangas de Merva, mas algo não estava certo.

— O que está acontecendo? – Penelope temeu pelo o que for que pudesse estar acontecendo. – O que eles vão fazer?

— Nos matar. – Reid viu o estremecimento da amiga. – Desculpe, Pen. Eu não pretendia ser rude.

— Eu só quero sair daqui. – Penelope havia perdido o sorriso. – Eu só quero tomar um banho.

— O que eles fizeram com você? – Reid a olhou com medo. – Penelope?

Ela apenas desviou o olhar. Ela não poderia contar isso ainda.

A equipe chegou ao galpão, com apoio da Swat e esquadrão tático.

— Escutem! – Emily virou para os homens armados. – Temos dois agentes federais nesse prédio sendo mantido reféns. Entremos com cautela e os localizem.

— O agente Spencer Reid e a agente Penelope Garcia estão em um algum lugar nesse prédio. A moça é loira e curvilínea, fácil de identificar. O rapaz é alto, magro e tem cabelo na altura dos ombros.

Quando a primeira bomba de luz estourou no prédio, duas salas antes da qual ela e Spencer estavam trancados, ela sabia que ele estava aqui por eles.

Eles não perceberam a abertura acima da cabeça de Garcia. Era u lugar escuro e havia duas delas. Lisa se esgueirou por ela e com um pedaço de madeira a atingiu com força. Ela largou a madeira e fugiu do mesmo jeito que entrou.

Garcia se sentiu caindo quando alguém a atacou de repente e tudo o que ela viu a seguir foi escuridão.

Reid girou e tentou segurar Pen antes de ela cair no chão, porém foi inútil. A cabeça dela sangrava e ele pegou o casaco que ela usava em uma tentativa rápida de parar o sangramento.

Luke circulou os quartos e salas antes de entrar na certa e encontrar uma cena horrível.

Entrando na sala onde Penélope e Reid estava, Luke viu Spencer segurando um pano na cabeça de Penelope. Ele estava com sangue em suas mãos e no casaco. Seu sangue congelou e ele foi para o lado do amigo.

— Reid, sou eu. Luke. - Alvez pegou o pano do agente. - O que houve?

— Eles a atacaram. - Reid respondeu. – Eu não sei como ou quem, Luke.

Ele não sabia não se alterar. Luke sentiu um pulso, embora fraco demais para que ela voltasse a si.

— Preciso de médicos agora. – Ele falou no comunicador. – Urgente.

— Eu entendi. – Emily olhou para o restante dos amigos. – Vamos.

Eles correram, guardando suas armas nas bainhas e reprimiram um suspiro coletivo ao ver Luke tentando parar o sangramento que ainda escorria.

— Spence! – JJ correu para o amigo primeiro. – Eu fiquei com medo.

— Estou bem. – Ele olhou para Penelope. – Precisamos levar ela para um hospital agora.

— Garcie. – JJ chorou. – O que eles fizeram com ela?

— Não sei, JJ. – Luke não olhou para ela. – Aparentemente, alguém deu uma paulada na cabeça dela.

— Os paramédicos estão aqui. – Emily tentou fazer Luke se afastar. – Luke, deixe-os ajudar Penelope.

— Prentiss. – Matt viu a arma de madeira. – Pode ter impressões na madeira.

— Bem pensado. – A agente pegou luvas e depois a madeira. – Rustica e simples. Parece uma ripa grossa.

— Se aplicada com força suficiente. – Spencer começou. – Pode ser até uma fina.

— Você acha que ela vai ficar bem? – Tara observava os paramédicos em Garcia. – Eu não posso acreditar que isso está acontecendo.

— Estamos indo para o hospital. – O paramédico interrompeu a conversa. – Se quiser me seguir, apenas um e fique fora do caminho.

— Eu vou. – Luke pegou a mão dela na sua e não a largou. – Penelope precisa de mim e eu vou ficar com ela. O tempo todo.

As meninas suspiraram. Luke claramente era apaixonado pela analista loira.

Se elas soubessem onde Lisa estava agora, elas mandariam uma foto apenas para mostrar o que o namorado dela era. Penelope deveria ter ficado com ele. Nunca Lisa.

Lisa passou pelo bloqueio da polícia vestida de paramédica e saiu em um carro alugado diretamente para o hospital. Ela queria ver como Penelope se sairia depois de ser atendida. Porém o que ela veria seria mais combustível. Ah sim. Ela iria se arrepender em fazer o que fez.

A ambulância rumou para o hospital, com os técnicos de emergência tentando a qualquer custa estabilizar Penelope. Ela estava conectada a um aparelho de monitoramento cardíaco e uma IV, um caninho de oxigênio nasal e um curativo na cabeça.

— Precisamos chegar rápido. – O técnico ouviu as linhas do monitor se alinhando. – Pegue o desfibrilador!

A mão de Luke foi desconectada e ele observou a luta para trazer Penelope de volta.

Ele se sentiu em um filme em câmera lenta, à medida que os enfermeiros a ressuscitavam. Era quase uma tortura. Então, quando os bips voltaram ele deixou as lágrimas caírem. Não era o fim. Ainda.

Avançando boas quatro horas desde que ela foi levada para a cirurgia, Luke precisava de café ou qualquer coisa que oferecesse conforto. Ele precisava ver Roxy e a abraçar. Ela lhe lembrava Penelope sempre.

Cada membro do time estava perdido em seus próprios mundos sombrios. Spencer foi checado e liberado, mas ele não foi embora. Emily olhava para uma foto dela e Penelope com JJ e Tara na noite das garotas. Ela começou a chorar. Foi como um revival de onze anos atrás.

Rossi apenas olhava para o espaço. Ele não sabia como reagir a isso. Ela sempre esteve em hospitais com seus amigos e colegas. E agora eles estariam aqui para ela.

JJ ligou para Will em busca de conforto. Ela precisava ouvir Henry e Michael antes de afundar completamente. Tara foi a capela do hospital. Ela não queria que os ouros a vissem quebrar. Ela precisava de espaço para isso.

Matt olhava para o corredor e ocasionalmente para o celular. Kristy lhe enviou uma mensagem de apoio e Jack Garrett outra dizendo que estava há poucos metros. Garcia era como uma filha para o agente. Ele não sabia quando aconteceu, porém, Penelope poderia iluminar um estádio com seu sorriso.

Um médico apareceu com o avental sujo de sangue. Ele olhou para o grupo de agentes na sala de espera. Ele percebeu o quanto a garota era querida pelos agentes na espera.

— A senhorita Garcia teve sorte. – Ele ouviu o suspiro coletivo. – Drenamos o liquido que se acumulou e fechamos o ferimento. Ela precisa ficar sedada por umas cinco horas. Mas ela vai ficar bem.

Lisa ficou o tempo todo observando os agentes. Luke estava derrotado e mesmo sabendo que ela estava trabalhando, ele não foi falar com ela. Nenhum minuto durante as quatro horas.

Cinco horas depois...

Penelope estava em recuperação no momento. Usando seu acesso de médica, ela foi até a UTI. Observando a mulher dormindo, ela pensou bem n que estava prestes a fazer.

Ela desligou o ventilador que levava ar para Penelope. Quando os aparelhos começaram a parar, ela virou e deu de cara com Luke a observando. Ela correu pela porta adjacente com Luke a seu encalço.

— Lisa! – Luke gritou a plenos pulmões. – Volte aqui!

— Eu só a queria fora da sua vida! – Ela sabia que todos a estavam olhando. – Eu a queria morta!

Emily e Rossi correram junto com Luke. Ela estava indo direto para o telhado. Todos sabiam o que iria acontecer.

JJ e Matt correram para o quarto de Penelope, enquanto os médicos tentavam estabilizar Penelope. JJ não aguentou e começou a chorar em Matt.

Abrindo a porta do telhado, Lisa olhou para o horizonte a sua frente. Não havia jeito. Ela estava pronta para morrer.

— Lisa. – Luke tentou convencer a ex a não pular. – Podemos resolver como pessoas civilizadas.

— Não! – Ela gritou. – Ela sempre vai estar entre nós. Eu precisava acabar com ela.

— Você achou que matando Penelope iria me ter para você? – Luke estava assustado. – A verdade é que eu sempre fui dela. Mas eu prometo que não vou te deixar sem um fim adequado.

— Por que Luke? – Ela avançou para a borda. – Por que ela e não eu?

— Lisa. – Luke não queria que isso acabasse assim. – Ainda dá tempo para voltar.

— Não. – Lisa o olhou com tristeza. – Eu te amei Luke. Mais do que qualquer outra pessoa.

— Nãoooooooo! – Luke tentou pegar ela. – Lisa!!

Ela caiu para o ar e então atingiu o chão. Luke olhava assustado enquanto alguns enfermeiros tentavam socorrer Lisa. Ele desceu para o térreo.

— Eu sinto muito. – O médico que atendeu Lisa o encontrou. – Ela não sobreviveu.

Luke chorou pela morte dela. Ela pode ter tentado matar Penelope, mas esse não era o fim que ele queria.

— Eu vou pagar pelo funeral dela. – Ele viu os olhares dos colegas. – Vocês sabem que Pen iria gostar de saber.

— A senhorita Garcia está acordada. – O médico o informou. – A pancada foi reparada e ela não tem nenhum dano. Acredito que ela tenha chamado você, agente Alvez.

Luke sorriu por Penelope. Uma mistura de conflitos e sentimentos estavam colidindo.

— Ei. – Ele sorriu para Penelope ao entrar. – Sobre que nossa deusa residente está acordada.

— Luke. – Ela pegou a mão dele em um apego. – Eu tive medo de morrer.

— Eu tive medo que você morresse. – Ele tocou a bochecha dela. – Alguém disse a você o que houve?

— Emily. – Pen ficou triste. – Ela contou sobre Lisa.

— Eu sinto muito, Pen. – Ele se sentiu mal. – Foi por minha causa.

— Você vale a pena. – Ela brincou e estremeceu. – Acho que eu poderia usar um pouco de morfina agora.

— Provavelmente. – Ele sorriu para ela. – Mas quando saímos daqui eu vou querer te fazer minha namorada.

— Bem. – Ela sorriu para ele. – Um pouco de Homem latino foi o que o doutor recomendou para recuperação.

Luke não saiu do lado dela durante o tempo em que ela precisou ficar no hospital. Como prometido, ele pagou o funeral de Lisa. Ele se culpou por não perceber que a garota tinha problemas psicológicos a tempo.


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