Oneshots Criminal Minds escrita por Any Sciuto


Capítulo 27
Rosas e Espinhos.




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Era dias como esse que Spencer não queria viver. Ele estava em um hospital para se curar, no entanto, ele quase fora morto outra vez.

Não só isso, uma das únicas pessoas que ele nunca considerou ser alguém de armas, havia conscientemente atirado em seu algoz no hospital. Ele a olhou com medo de que ela não estivesse indo bem, mesmo que na manhã seguinte, ela tenha dito que estava.

Eram quatro da manhã e Reid, estava lendo na sua poltrona. O livro que Maeve deu a ele ainda estava com ele e as credenciais de Alex também. Ela fez a escolha de ir embora e ele não poderia mudar isso. Ele precisava ver como Penelope estava.

Nos últimos anos eles passaram sua própria dose de aventuras trágicas. Sequestros, balas na perna e a pior que ele se lembrava, Penelope sendo baleada. Ele a tomou como uma irmã depois de ela gravar uma mensagem para a mãe dele durante o caso antrax e quando ela encontrou o corpo.

Pegando sua bolsa, um copo de café e suas chaves, ele foi para o apartamento dela. Ele tinha que ver ela. Era uma necessidade, desde que Derek lhe contou que ela estava tendo pesadelos.

Ele bateria na porta. Se ela estivesse dormindo, ele entraria com a chave que ele copiou de Derek e a checaria. Se ela estivesse em no meio de um pesadelo, ele a acalmaria. Se ela estivesse acordada, ele conversaria com ela.

A viagem foi curta, mas pensativa para ele. A imagem de ela cavando na bolsa do hospital, levantando a arma e atirando ainda chutavam em Spencer. Como diabos ela conseguiu acertar o ombro daquele homem? Não havia jeito de ela acertar em centro de alvo, mas o lógico era perder o tiro.

Não que ele reclamasse. Ele estava vivo por causa disso e estava contente. Ela atirou com as duas mãos e ficou muito assustada.

Batendo na porta com a chave pronta para ser usada, ele ouviu passos lentos e a porta abrindo.

— Spencer? – Ela parecia muito cansada. – São quase cinco da manhã. Aconteceu algo?  

— Eu só precisava vir. – Reid falou. – Posso entrar algum tempo?

— Claro. – Ela o deixou entrar. – Eu sinto muito pela bagunça.

— Você está bem? – Reid observou a face de Penelope? – Eu soube por Morgan sobre seus pesadelos.

— Eu não consigo dormir. – Ela sentou na poltrona dela. – Eles são piores todos os dias.

— Eu queria poder dizer que ficam melhores depois de um tempo. – Reid alcançou a mão dela. – Mas eu já tive a minha cota.

— Eu sei que deveria sentir algo. – Penelope bocejou. – Quer dizer, ele ia te matar e eu não poderia deixar. É só, que eu já sacrifiquei tanto por esse trabalho.

— Você precisa relaxar, Penelope. – Reid estava preocupado com a amiga. – Você não vai deixar de ser menos rosa por causa de uns espinhos.

— Eu estou cansada, Spencer. – Ela deu um sorriso discreto. – Então eu preciso que me explique essa coisa de rosas e espinhos.

— Você é a rosa, Garcia. – Reid começou. – Você vê o bem nas pessoas, então você precisa ser colorida e amável. Os espinhos são os Unsubs. Eles podem roubar seu protagonismo as vezes, mas é você que no final é admirada.

— Acho que não sei mais rosa. – Ela disse melancólica. – Eu queimei meu carma atirando naquele homem e mesmo assim, me sinto bem. – Ela olhou para baixo. – O que isso me faz?

— Alguém melhor. – Reid se aproximou e a abraçou. – Por favor, nunca mude.

— Obrigada. – Ela bocejou. – Isso é gentil.

Eles ficaram trocando conversa enquanto Penelope ficava cada vez com vontade de dormir. A primeira em dias.

A porta foi batida depois de meia hora.

— Deixa comigo. – Reid disse. – Tente fechar os olhos um pouco.

— Kay... – Ela fechou os olhos e dormiu.

O sono da ultima semana finalmente a alcançando. Ela não notou quando Derek entrou com Spencer e a carregou para a cama.

— Ela finalmente dormiu. – Reid se sentou no sofá. – Acho que pode cuidar da gente Morgan?

— Estarei aqui. – Derek prometeu. – Durma também Spencer.

Ele não contou a Spencer que ele e Penelope estavam começando um relacionamento. Indo para o quarto dela, ele se acomodou entre as cobertas e a trouxe para perto dele.

Tudo o que ele desejou era ter Garcia ao seu lado, dormindo e acordando. E isso aconteceu agora. Ele cheirou o cabelo dela e passou a mão na cintura dela, a acalmando.

Ele havia estendido um cobertor sobre Reid que dormiu no sofá de Penelope. Ele entendeu o porque ele estava aqui quando ele voltou. Ambos passaram por tanta coisa nos últimos dias, que se ele pudesse tornar isso bom para ambos, então eles poderiam ser família.

Quando Penelope acordou, Reid e Derek já estavam de pé rindo na cozinha. O cheiro de café a atraiu, porém, ao colocar um dos pés no chão, uma dor caiu sobre eles e ela acabou caindo em um baque surdo no chão.

Largando as xicaras no chão, Derek e Spencer correram até o quarto e a encontraram caída no chão. Derek a levantou e ela estremeceu um pouco.

— Baby Girl. – Derek a acomodou. – O que dói?

— Eu não sei Derek. – Pen gemeu de dor. – Eu coloquei meu pé no chão e então, eu estava no chão.

Derek olhou para o pé da cama e viu o que iria persegui-lo por dias. Uma aranha grande estava caminhando. Spencer pegou um vidro e engarrafou o bicho. Derek puxou Penelope para seus braços e assistia impotente sua menina ficar cada vez menos lúcida.

Eles chegaram a emergência e Penelope foi medicada com soro. Ela estava relaxando no quarto, com Derek e Spencer ao seu lado.

— Eu estou com ela Spencer. – Derek confessou. – Desde o Texas. Queríamos manter, sabe, em segredo.

— Por isso você estava no apartamento dela? – Reid subiu uma sobrancelha. – Ninguém poderia ter previsto isso.

— Mas eu estava lá. – Derek pegou a mão dela. – Eu deveria ter....

— O que? – Reid estava tentando trazer Derek de volta. – Ter salvado? Você a trouxe aqui logo que ela nos alertou. Ela está sendo medicada.

— Acha que ela vai gostar do anel? – Derek estava em suas próprias fantasias. – Eu comprei um, simples. Eu sei que ela ama jóias, então eu não sei se devo dar.

— Eu acho que qualquer coisa que você der. – Reid o abraçou. – Ela vai amar.

— Obrigado. – Derek sorriu. – Eu acho que você deveria ligar, sabe, para a equipe.

— Claro. – Reid se levantou. – Só garanta que ela ainda seja rosa, Derek.

— Rosa? – Derek não entendeu. – O que isso quer dizer?

— Ela sabe. – Reid saiu e ligou para a equipe, sempre observando seus dois amigos.

Quando Derek olhou para Penelope, ela estava olhando para ele atenta a tudo.

— Vejo que Reid te falou sobre rosa. – Ela o olhou com ternura. – E eu acho que a aranha é o espinho.

— Você está bem? – Ele ignorou a brincadeira. – Você me deu um susto.

— Esse anel é para mim? – Ela olhou para a caixinha. – De verdade, Hot Stuff?

— Claro. – Derek pegou a mão dela e beijou. – Baby Girl. Nos últimos anos eu tenho uma quantidade de mulheres erradas comigo e quando começamos a namorar depois do Texas, eu decidi que você deveria ser minha esposa logo. Nada aqui é garantido.

— Não enrole Derek. – Ela chamou a atenção dele. – Eu quero dizer sim logo.

— Se controle, bebezinha. – Ele a beijou. – Penelope Garcia, você aceitaria se casar comigo?

— Oh, deus, Derek! – Penelope se aproximou dele, ainda na cama. – Eu quero sim.

Derek suava e sua mão tremia ao colocar o anel, mas ele não se importou. O anel entrou e o dedo dela era perfeito com a pedra.

— É lindo Derek. – Ela suspirou. – Eu te amo.

— Eu te amo mais, minha rainha. – Ele se sentou ao lado dela. – Agora peça um casamento e eu te dou.

— Nunca pensei que chegaríamos a isso. – Ela confessou. – Não sei por onde começar. Eu queria minha mãe e meu pai, mas eu quero você e nossa equipe lá. Sua mãe e irmãs.

Reid sorriu e ligou para Rossi discretamente. Eles fizeram planos de casamento para os dois. Ele teria que combinar com Derek e sabia que ele queria o mesmo.

— Topam bebidas na casa do Rossi? – Reid perguntou. – Ele vai abrir aquele vinho.

— Ela ainda tem remédios para tomar. – Derek pulou na frente. – Então apenas água ou refrigerantes hoje.

Penelope fez beicinho e Derek a beijou. Nada mais lindo que sua Deusa fazendo biquinho.

Quando eles chegaram, o lugar estava decorado e toda a equipe estava lá. Emily também estava lá. Penelope recebeu das duas amigas um vestido lindo de noiva.

A cerimônia foi linda e mesmo que ninguém soubesse que eles estavam namorando há meses, eles ficaram contentes que seus amigos estavam enfim se casando.

— Então você ainda será rosa. – Reid abraçou Penelope. – Nunca mude, ok?

— Nunca, Spencer. – Ela deu um beijo na bochecha dele. – Obrigado por tudo.

O casal saiu em uma lua de mel que Rossi insistiu em dar de presente. Nas praias do Brasil, bem longe do eixo Rio-São Paulo. Era nas praias calmas do Rio Grande do Sul.

Ela e Derek curtiram durante uma semana antes de voltarem para casa.


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