Penelope Garcia acordou de um sonho. Ou melhor, um pesadelo. Ela não fazia idéia de onde ela estava, porém ela se sentiu menos perdida ao ver Reid a sua frente, acordado.

Ela sabia que seu corpo tinha hematomas significativos. Ela olhou para a porta do galpão escuro que ela estava trancada e nem percebeu Spencer ao seu lado.

—Você está bem? – Ele perguntou preocupado. – Eu fiquei com medo de você não acordar.

— Onde estamos? – A voz dela saiu assustada. – Por que estamos aqui?

— Eu não sei. – Ele a puxou para ele. – Eu não vou permitir que nada aconteça a você.

— Alguma hora a equipe perceberá. – Ela tentou soar confiante. – Eu sei que sim.

— Vamos esperar que sim. – Reid apertou seu abraço. – Algo dói?

— Eu não sei. – Penelope confessou. – Sinto como se algo tivesse me furado.

— Uma seringa. – Spencer olhou para o espaço. – Fomos drogados a caminho daqui.

Nada mais foi dito entre os dois quando dois homens fortes entraram e pegaram Penelope a força e a levaram embora.

— Não! – Spencer gritou. – Me pegue. Me deixe ir no lugar dela. Não!

Ele gritou quando Penelope desapareceu e a porta foi fechada. Sentando no chão, apoiado a parede, ele chorou.

— É a bolsa de Penelope. – JJ estava se sentindo derrotada. – Eles a levaram.

— A arma de Reid estava próxima ao elevador. – Luke bateu o punho na parede. – Por que eles a levaram também?

— Porque ela é uma parte do plano. – Emily falou. – Eu não sei o que eles planejaram, porém isso, é muito maior que um simples culto.

— Vamos encontrar ela, Luke. – Matt colocou uma mão no ombro do amigo. – E Spencer.

— E se for tarde, Matt? – Luke começou a chorar. – E se for tarde para encontrar ela quando fizermos?

— Não vai. – Rossi o fez virar para ele. – E quando a encontramos, qual vai ser a primeira coisa que você vai falar a ela?

— Que eu amo. – Luke tinha coragem nos olhos. – E que eu vou proteger ela a partir de agora.

Rossi sorriu. Ele sabia que precisava fazer Lisa estar fora de sua vida para sempre.

Pegando o telefone ele discou o número de lisa. Ele esperou que ela estivesse com ele ligado.

— Luke? – A voz de Lisa o irritava agora. – Algum problema?

— Podemos nos ver em algum lugar? – Ele pediu. – É urgente. Na cafeteria do FBI.

— Seja o que for, Luke, fale. – Ela tinha uma noção sobre o que era. – Eu posso aguentar.

— Eu preciso terminar isso que temos. – Luke disse de uma vez. – Você sabe que eu não deveria ter começado.

— Sei. – Lisa foi fria com ele. – Então você simplesmente vai jogar fora nosso amor por causa da sua amiga gordinha?

— Ela é mais que você pode entender, Lisa. – Luke não permitiria que Penelope fosse chamada assim. – E sim, é por causa dela. Então Lisa, adeus.

Ele desconectou a chamada e foi a procura do amor da sua vida.

Reid percebeu que era de dia, um raio de sol escapou pela porta. E Penelope nunca voltou. Seja o que for que ela estivesse passando, ele nunca se permitiria se perdoar se ela morresse.

— É um prazer finalmente estar na sua presença, senhorita Garcia. – Benjamin beijou a bochecha dela. – Você é tão linda quanto me disseram.

— O que você quer de mim? – Ela perguntou assustada. – Por que está fazendo isso?

— Eu sempre quis conhecer a maravilhosa analista que o FBI recrutou. – Ele apalpou seus ombros. – Eu vou te tornar ainda mais famosa.

— Por favor. – Ela se esquivava dele o máximo que podia. – Não me machuque.

— Não vou machucar essa pele linda. – Ele assoprou atrás dela. – Preparem ela. Acho que posso dizer que embora eu seja contra a violência contra mulheres do seu tipo, eu ainda preciso de uma companheira.

— Não. Por favor. – Penelope gritou ao ser arrastada. – Eu não quero ir para cama com você. Não! Me solta! Solta!

— Ela é uma coisa gotosa. – Um dos capangas comentou. – Seria indelicado pedir uma prova?

— Cale a boca, Peter. – Benjamin disse. – Eu não vou estuprar ela de verdade.

— Não? – Peter o olhou. – Vai simular um estupro?

— Drogas e roupas mexidas. – Ele explicou. – O bastante para mandar uma foto para os agentes.

— Estamos nos arriscando aqui. – Peter falou. – Tudo por causa de uma garota.

— Tudo ao seu tempo, Peter. – Benjamin andou. – Tudo ao seu tempo.

— Acho que sei para onde eles levaram Garcia e Reid. – Emily gritou da sala dela. – Venham aqui!

Ela entregou uma folha de papel para cada um e explicou.

— Benjamin Merva tem uma propriedade em St. Michigan. – Ela mostrou em sua tela. – Essa pesquisa foi feita diretamente do sistema de Penelope. Duas horas antes do sequestro.

— Por que ela pesquisaria isso? – Rossi estava intrigado. – A menos que ela queria ter certeza.

— A morte de Meadows nos abre uma janela de tempo. – Emily explicou. – Tem uma cabana no meio do mato, logo depois ma casa maior. Deve ser o complexo deles.

— Presumindo que Spencer e Garcia estão lá... – Tara ofereceu.

Os celulares zumbiram ao mesmo tempo e JJ foi a primeira a gritar de horror.

— Meu Deus! – Tara desviou o olhar. – Que horror.

— Penelope. – Luke caiu de joelhos. – Eu não aguento mais. Eu não quero mais isso.

Matt caminhou até o amigo. Ele nem olhou para a foto. Penelope estava apenas de roupa intima e marcas de mordidas nas coxas e amarras nos pulsos. Ele abraçou o amigo e o levou para fora daquilo tudo.

Era um clima ruim dentro da sala de Emily. Rossi não queria ver, porém ele precisava analisar a foto. Tentando não se concentrar em Penelope e na roupa intima dela, ele analisou os hematomas.

— Acho que seja um cavalo de troia. – Ele disse. – As marcas nos pulsos claramente são reais. – Mas as de mordidas são perfeitas demais para serem de verdade.

— O que está tentando dizer, Dave? – Tara levantou. – Ele quer que o encontremos?

— Sim. – Rossi falou. – Ele está nesse lugar.

— Vamos resgatar nossos amigos. – Emily pegou a arma e o distintivo. – Voltamos com eles ou não voltamos.

Penelope foi jogada na sala com Reid outra vez. Sua roupa estava no lugar, ajeitada rudemente. Ele tentou não pensar nisso agora. Ela estava ainda muito drogada então ele a arrastou para um canto com ele.

Ele fez um plano rápido. Pegar a arma de um guarda, abrir a porta e conseguir ajuda a Garcia, seja onde eles estivessem agora. Ela era prioridade aqui.

Quando o guarda fatídico veio, ele se preparou e se jogou em cima dele, tomando cuidado. A arma disparou e o guarda caiu, morto no chão.

Fazendo um voto de promessa a Garcia, ele saiu pela porta com a arma. A visão da terra molhada e das muitas arvores, com o céu azul, deu uma noção que eles estavam na floresta e já era de dia.

Benjamin meditava na sala de descanso e sabia que seu fim era próximo. Reid chegou atrás dele e ele se virou, ciente que não venceria esse confronto.

A equipe chegou nesse instante e ouviu dois tiros dentro da casa. Rossi, Matt e Luke foram para o deposito onde Penelope estaria. Eles viram primeiro o guarda morto e Penelope jogada ao chão.

Luke chegou ao chão ao lado dela, torcendo para que ela estivesse viva.

Ele viu Matt o ajudar a pegar Penelope e levarem para fora. Abrindo os olhos devagar, ela sentiu a luz machucar. Matt chamou a ambulância, enquanto Luke e Rossi a ajudaram a ficar acordada.

— Você é real? – A voz dela era dolorida. – Eu não quero outro sonho.

— Eu sou real. – Ele passou um dedo pela bochecha. – Ele já era, Pen.

— Ele morreu? – Ela bocejou. – Ele me...

— Vamos levar você para o hospital. – Rossi se ajoelhou ao lado dela. – Vamos checar você.

— Obrigado. – Ela o fez pegar sua mão. – Por me encontrar.

— A ambulância está aqui. – Luke a pegou em estilo noiva. – Está pronta?

— Onde está Reid? – Penelope se preocupou. – Eu preciso do Spencer.

— Estou aqui! – Reid gritou. – Ele está morto, Pen. Eu te salvei.

— Obrigada. – Ela sussurrou. – Por tudo.

Penelope foi carregada para o hospital. O corpo de Benjamin foi levado a quântico para analisar. Cada parte seria analisada e catalogada.

Luke confessou a Penelope o que sentia durante o caminho para o hospital em Virginia. Eles começaram a namorar desde aquele momento.

Desde aquele dia, a equipe mostrou a Penelope o quanto ela significava para a equipe. Seus exames vieram limpos de qualquer traço de estupro.

Ela teve uma primeira noite com Luke e eles se apaixonaram cada vez mais. Tudo acabou bem. Reid ganhou uma menção honrosa no Senado americano. Era o mínimo que eles poderiam fazer depois de tudo isso, ser resolvido.