Drunk in love escrita por wldorfgilmore


Capítulo 1
Capítulo 1




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— Seu Manuel, eu quero a outra – gesticulou Elisabeta, com os olhos um tanto quanto sem foco, apontando para a garrafa de bebida atrás do homem.

— Elisabeta, suponho que tenha bebido em demasiado. – tentava, pela milésima vez em meia hora, podar Elisabeta de uma bebedeira. E fora inútil.

— Estou pagando. Eu pago minhas contas, sabia? – explicava. - Agora eu estou desempregada. Sim, estou – pensou Elisabeta, colocando uma das mãos no queixo e voltando a se apoiar no balcão daquele bar -, mas eu tenho dinheiro guardado... olha – abria as mãos que continham um punhado de moeda – guardei tudinho, tudinho, tu-di-nho – expressava-se pausadamente – pra uma ocasião especial como essa.

Elisabeta levantou-se da cadeira onde estava cambaleando desajeitada pra trás.

— Opa. – riu de maneira quase estridente.

 A moça deu a volta no balcão.

— Já que o senhor não quer me servir. – Elisabeta era compreensível, apesar de proferir algumas das palavras de forma lenta e levemente embolada. - Eu mesma pego. Sou uma mulher independente. Ente. Ente. Ente.

Seu Manoel tentou pegar a garrafa da mão da moça, mas a tentativa foi inútil.

— Ei ei, é meu. – bradou.

Elisabeta voltou a sentar no balcão. O homem já estava com o semblante preocupado. Quando Elisabeta lhe pedira a primeira cerveja, estranhara. Normalmente a moça sempre andava acompanhada de seus amigos, mas não se opusera. Depois de pedir o terceiro litro da bebida, o homem já mostrava sinais de preocupação, não era do feitio da moça cair na bebedeira.

— Elisabeta, receio por você! A senhorita precisa parar de...

Fora interrompido pela moça.

— Shhhhhh! – colocou um dos dedos sobre a boca, em sinal de silêncio. – Sh! Sh! Sh! – continou. – Shhhhhh! Eu sei o que esssstou fazendo – falou de maneira arrastada -, eu estou comemorando o casamento.

Elisabeta colocara um sorriso debochado no rosto.

— O casamento de meu noivo. – encarou seu Manuel – É engraçado, né? O meu noivo está se casando com uma jararaca. Ja-ra-ra-ca. Ops. – Elisabeta levou a mão na boca. – Perdoem-me jararacas, vocês não devem ser comparadas com aquela sirigaita. Ops, de novo. – corrigiu-se, estreitando os olhos. – Perdoem-me sirigaitas também.

Elisabeta levantou do banco, parando no meio do bar e levantando o copo em uma mão e a garrafa na outra.

— Vamos brindar seu Manuel. – seu tom de voz aumentara. – Brindar ao amor, ao amooorrrrrr, ao seu amor deitando-se com outra – a face de Elisabeta mudara instantaneamente para uma expressão chorosa –, ao seu amor beijando e acariciando e... – Elisabeta girou no meio do bar -, com quem será? Com quem será? Com quem será que...

Elisabeta rodopiou continuamente e perdeu o equilíbrio, caindo com seu corpo para trás. Sentiu grandes mãos a segurarem antes de debruçar-se sobre o chão.

— Elisabeta, o que pensa que está fazendo? – a voz de Darcy ecoou no bar, ainda mais para os ouvidos já sensíveis de Elisabeta. Darcy a colocou em seu colo e Elisabeta, instintivamente, entrelaçou seus braços ao redor do rapaz.

— Você é uma miragem? – perguntou Elisabeta, confusa com a presença de Darcy ali, afetada pelo efeito do álcool. – Que miragem bem feita. Eu acho que aceito ficar com o protótipo do meu noivo. – riu com os próprios pensamentos e deitou a sua cabeça no ombro de Darcy. – Tens até o mesmo cheiro.

Darcy ignorou as indagações de Elisabeta, sabia que a mesma não estava em seu juízo perfeito.

— Seu Manuel, obrigada pela ligação. – agradeceu, segurando Elisabeta.

— Senhor Darcy, desculpe-me ter deixado chegar neste estado, quando dei por mim, Elisabeta já estava fora do seu juízo. – justificou o homem, preocupado com o estado de Elisa.

— Não se preocupe, Seu Manuel. Sei o quão Elisabeta é persuasiva quando quer. – sorriu para o dono do bar, tranquilizando-o.

Alguns minutos após sair do bar, Darcy abrira a porta do quarto de Elisabeta no cortiço. Durante todo o percurso que percorrera com ela no colo, a moça não parou de beijar o seu rosto e proferir palavras avulsas sobre miragem, o suposto Darcy de carne e osso e casamento do seu noivo com outra noiva. Nesta ordem. Repetidamente.

— Que romântico – disse Elisabeta -, parece que acabamos de sair da igreja e estamos vindo para a lua de mel.

Darcy deitou Elisabeta na cama.

— Deita aqui, Elisabeta. – disse, pegando a água que estava do lado da escrivaninha e colocando em um copo.

Elisabeta obedeceu, acompanhando o movimento de Darcy.

— O que é isso? – apontou pro copo.

— Água, Elisabeta.

— Mas eu não quero água. – olhou em volta. – E minha garrafa? Eu não acredito que esquecemos minha garrafa. – fez um sinal de levantar da cama, mas Darcy a deteve.

— Elisabeta, toma essa água. – disse que maneira incisiva.

Elisabeta olhou nos olhos de Darcy e pegou o copo de sua mão, obedecendo.

— Você parece de verdade. – encarando Darcy.

— Mas sou eu, Elisabeta. – sentou na cama ao seu lado, passando o mão no rosto da amada. – Sou eu, e estou aqui com você.

— Mas não pode ser – deitou na mão dele que estava em seu rosto -, agora você está na cama de Susa...

— Eu não estou em cama alguma – falou com calma -, na verdade, eu estou aqui na sua cama.

Elisabeta estava enjoada com o segundo copo de água que bebera, mas sua primeira fantasia a respeito da miragem de Darcy já começava a cessar.

— Você não se casou? – encarou Darcy, com um sorriso travesso nos lábios, tombando devagar a cabeça pro lado.

— Não, meu amor. Mas você não está bem para eu te explicar o que houve e...

Elisabeta colocou o seu dedo indicador sobre os lábios de Darcy, em um pedido de silêncio.

— Shhh! – fez o som com a boca. – Eu não quero saber isso – pausou -, não isso. Eu quero saber outra coisa.

De súbito, Elisabeta subiu em cima de Darcy na cama, encaixando uma perna de cada lado de seu corpo, impossibilitando o seu movimento.

— Elisabeta, o qu...

— Shhhh! – colocou novamente o indicador sobre os lábios de Darcy.

Darcy tentou levantar-se, mas Elisabeta foi mais rápida e jogou o corpo sobre o de Darcy, levando sua boca direto ao pescoço do rapaz. Um arrepio subiu pela espinha de Darcy ao sentir a língua quente de Elisabeta beijar-lhe o pescoço.

— Elisabeta – disse de olhos fechados -, nós não podemos... Você está bêbada.

Elisa ignorou os dizeres de Darcy, subindo seus beijos por seu queixo e logo invadindo a boca do amado com sua língua. Darcy tentou conter-se, mas a tentativa foi inútil. Entrelaçou a língua de Elisabeta com a sua, com um beijo voraz e molhado.

As mãos de Darcy já começavam a criar vida própria, de forma que passeavam livremente pelo corpo de Elisabeta. A moça, um tanto ousada, abaixou uma das mãos e levantou um pouco se quadril para poder acariciar o membro de Darcy. Mas, no instante que sentiu a mão de Elisa apertar seu órgão, Darcy recobrou a situação em que estava e, de imediato, direcionou Elisabeta para o lado da cama, que caiu deitada ao seu lado.

— Não, não, não. – balançava a cabeça negativamente. – Elisabeta, desculpa, eu...

A moça se pronunciou:

— Não sente mais desejo por mim? – questionou, sentando-se na cama, encarando seus olhos.

— Não, não. Claro que sim. – apressou-se, não queria que ela pensasse aquilo por momento algum em sua vida. – Eu sinto muito desejo por você, meu amor. Sempre sentirei. – acariciou os lábios de Elisabeta.

— E então?

— Elisabeta – segurou as mãos da moca -, não é certo fazermos amor com você neste estado. Além do mais – falava devagar, para tornar-se compreensível para ela -, eu quero que você lembre de todas as vezes em que eu te amar. Cada detalhe. – levou os lábios para sua bochecha – Cada toque.

Elisabeta fechou os olhos sentindo o aperto de Darcy em sua cintura, assim como o roçar dos lábios do amado em seu rosto.

— Mas – começou – eu queria saber se ela te beija como eu. – em um movimento rápido, Elisabeta capturou o lábio inferior de Darcy e mordeu, puxando para si e soltando em um movimento mais sensual.

— Elisa, para... – Darcy respirou fundo. – Você não escutou nada que eu falei, né?

— Escutei – sussurrou no ouvido de Darcy –, mas não concordo.

Elisabeta pôs-se novamente sobre o corpo de Darcy, deixando seu peso cair sobre ele.

— Eu só queria saber você reage ao corpo dela como reage ao meu. – Elisabeta roçou toda a extensão do seu corpo sobre Darcy. – Hein? – perguntou de forma rouca, afastando o tecido que cobria o ombro do amado, roçando os lábios em sua clavícula.

Darcy respirou fundo novamente, tentando não cair na tentação, mesmo com o corpo em chamas. Em um ímpeto, conseguiu girar seu corpo sobre o de Elisabeta, que arfou ao girar, soltando uma risada baixa.

— Elisabeta, eu já disse que não tive nada com Susana e não faremos nad... O que?

Elisabeta que parecia acordada há segundos atrás se encontrava embaixo de Darcy com os olhos fechados e a respiração profunda. Darcy olhava-a incrédulo.

— Isso não é possível – riu, balançando a cabeça negativamente. – Meu amor, eu vou te lembrar dessa noite pra sempre. - posicionou-se, colocando a cabeça de Elisabeta no seu ombro, abraçando-a.

Já passava das 11 da manhã quando Elisabeta acordou, a luz ambiente a incomodou um pouco a principio, mas logo se acostumou com a claridade. Estava meio zonza e sentia seu corpo pesado, mas seu maior pesar veio depois das cenas que sua mente projetaram acerca da noite anterior.

— Bom dia, meu amor. – disse Darcy ao perceber os olhos de Elisabeta se abrindo. Beijou sua boca.

— Não, não e não. – Elisabeta levou as mãos ao rosto. – Esquece, Darcy! Apaga de sua mente a noite de ontem.

Darcy pôs-se a gargalhar.

— Meu amor, você estava como nunca. – comentou com uma expressão de divertimento.

— Nããão, por favor! Não quero que fale ou comente nada.

— Impossível. – Darcy abraçou Elisabeta, trazendo seu corpo pra si.

— Eu não acredito que me deixei a bebedeira me deixar daquela forma. Ai, eu queria muito acordar sem lembrar de nada.

— Então lembra de tudo?

— Claro, até o seu discurso sobre não fazermos - pausou -, você sabe.

Darcy riu. E Elisabeta continuou:

— Por quê? Eu queria. – disse de pronto, colando sua boca em Darcy em um selinho. – Inclusive, estou começando a ficar sentida com a sua recusa. – encarou-o.

— Você estava bêbada. Eu nunca faria nada.

— Mas eu queria. E lembro-me de tudinho. Inclusive sobre a minha curiosidade. – inclinou seu corpo sobre o de Darcy.

— Qual curiosidade?

— Sobre... – Elisabeta roçou o corpo de Darcy no seu. – Se seu corpo reage com o dela, como reage com o meu.

Elisabeta tomou a boca de Darcy sem aviso, beijando-o de forma urgente. A intensidade fez com que Darcy correspondesse ao beijo a altura.

— Agora estou sóbria, e eu quero você com a mesma urgência de ontem. – sorriu na boca de Darcy.

— Você não tem jeito.

Darcy girou seus corpos, encaixando-se em cima de Elisabeta. O choque de seus corpos quentes ao acordarem os incendiou mais. Com o desejo acumulado em razão da noite anterior, Darcy logo desceu sua boca para o pescoço de Elisabeta, tomando conta de toda a região com sua língua em chamas. Raspou seus dentes por toda a região do ombro de Elisa, dando mordidas por toda a trilha que traçara. Elisabeta roçava seu corpo no de Darcy enquanto tentava encaixar suas intimidades, abriu ligeiramente a perna para deixar-se sentir. Darcy, ao perceber seu membro em contato com o de Elisabeta, começou a apertar-se contra seu ventre, em movimentos de vai e vem, simulando uma penetração.

As roupas já estavam causando impaciência no casal, que não demorou muito a retirar peça por peça, redescobrindo a pele nua que causava arrepio em ambos. Com o contato total de sua pele com a de Darcy, Elisabeta girou seus corpos na cama, segurou a mão de Darcy e levantando-as, a moça prendeu as mãos de Darcy com as suas do lado da cabeça do amado. Em cima de Darcy e o mesmo já com o membro duro, Elisa posicionou na boca de seu membro, desceu seu corpo de súbito e deixando-se ser invadida por aquele membro ereto. Ao sentir Darcy completamente dentro de si, Elisabeta soltou um gemido manhoso, que culminou no aumento do prazer de Darcy. Os movimentos de seus corpos começaram a se fazer presentes. Elisabeta subia e descia de maneira ritmada sobre o membro de Darcy, ele por sua vez inclinava o seu quadril para cima e para baixo, aumentando o ritmo das estocadas. A expressão de prazer que Darcy fazia embaixo de Elisabeta também a fazia enlouquecer de prazer. Elisabeta soltou as mãos de Darcy, deitando o corpo inteiro sobre o dele, sem deixar de movimentar-se em seu pênis, queria sentir os lábios de Darcy sobre os seus. Atravessou a língua para dentro da boca de Darcy, buscando a de Darcy com intensidade. Ao sentir a língua de Darcy molhar a sua, fez movimentos lentos e ondulatórios dentro da boca de Darcy, na mesma medida que começava a rebolar no seu membro. Darcy gemeu contra a boca de Elisabeta, sentindo seu corpo começar a tremer embaixo do dela. O orgasmo chegava para Darcy e ao senti-lo estremecer completamente dentro de si, o ápice do prazer também chegou a Elisabeta.

O corpo de Elisabeta caiu ao lado do corpo de Darcy, ambos fecharam os olhos para se recuperarem do ato.

— E, um adendo! – Darcy começou, chamando a atenção de Elisabeta, que o encarou. – Eu adoro sua falta de jeito. – Elisabeta gargalhou, tendo a certeza que seu corpo era o único que Darcy queria possuir.


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