Sem A Máscara escrita por JennyMNZ


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Miraculous me deu cáries.
Ladrien é perfeição.
Já cansei de vomitar arco-íris.
Não acredito que escrevi isso.
Mas é tão fofo que eu quis algodão doce.
Ladrien June 2016.
"Inseguranças"
Tenham uma boa leitura.
Espero que vocês gostem.
:D



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Ladybug estava agindo de maneira estranha.

Primeiro ele pensou que ela só estava passando por algum tipo de problema relacionado à sua vida pessoal, então ele decidiu não se intrometer nos seus assuntos privados e acabar fazendo com que ela se afastasse dele ainda mais. E já que ela não se sentira à vontade em puxar o assunto primeiro, ele não iria forçá-la a conversar sobre ele. Então, todas as noites nas patrulhas, ele iria agir como se não tivesse notado seu comportamento incomum, agindo como Chat Noir sempre agia.

Mas então ela começou a parecer deprimida perto dele também, tanto Chat quando Adrien, e ele começou a se perguntar se ele estava fazendo algo errado.

Ele prestava cuidadosa atenção nela depois disso, tentando entender por conta própria o que estava a incomodando, buscando por pistas nas suas conversas e na sua linguagem corporal que indicassem o que ela estava tão relutante em compartilhar com ele. Tentando ajudá-la sem pressioná-la a botar pra fora quaisquer que fossem os segredos que ela guardava dele.

O problema era que Ladybug era excelente em esconder coisas tanto de Chat Noir como de Adrien, especialmente se fosse algo relacionado à sua identidade secreta. Ele iria analisá-la de novo e de novo, numa tentativa de atribuir algum sentido aos sinais que ela continuava a mostrar, mas não podia dizer exatamente o que os estava causando.

Sua namorada era ótima em tudo, incluindo em fingir que não havia nada de errado com ela, e isso o frustrava.

Então, uma noite, depois que ela mais uma vez evitou seu olhar e mudou o assunto da conversa com uma voz fria e automática, ele desiste de ser discreto e toma o rosto dela com suas mãos, virando seus olhos para ele.

— Você pode me dizer o que há de errado, sabia?

Ela sacudiu a cabeça e abriu a boca para negar tudo, mas ele não deixou. Ele sabia que alguma coisa estava acontecendo, e, pela expressão no rosto dele, ela sabia que ele não ia descansar até descobrir o que a estava incomodando.

Ela suspirou então, desistindo da luta antes mesmo que ela começasse, erguendo suas mãos para tirar as dele do seu rosto e segurando-as juntas.

— Me diga, — ele sussurrou se inclinando para mais perto dela.

— Eu só estava pensando… — ela começou um pouco incerta — Sobre isso… Isso que está acontecendo entre nós… E eu acho… Eu não sei como dizer… — Ela sacudiu a cabeça novamente ao perder a linha do pensamento.

Um arrepio frio desceu a coluna dele, coração congelando e um medo irracional fechando sua garganta.

— Eu fiz alguma coisa errada?

— Não, é claro que não! — Ela se apressou em acalmar suas preocupações e reassegurá-lo, — Não é por causa de você, você tem sido perfeito, é… Sou eu, na verdade. — Ela disse simplesmente, e ele ficou em silêncio por um momento, processando o que ela acabara de dizer.

— Então você está dizendo que…

— Me deixa explicar, — ela o interrompeu, segurando-o pelos ombros, antes que ele ficasse mais preocupado do que já estava, então respirou fundo e disse tudo de uma vez só, — Eu estou com medo. E eu sei que eu não devia estar porque eu sou Ladybug e Ladybug não teme nada, mas eu não quero te perder e ainda assim eu sei que no momento que eu tirar minha máscara tudo isso vai acabar, então eu não posso te dizer quem eu sou, mas eu não posso ser injusta com você e nunca deixar você saber quem eu sou e eu não quero arriscar tudo isso, mas eu estou com medo e eu não sei o que eu vou fazer.

— Tudo bem. Tudo bem. — Ele a tomou nos braços numa tentativa mista de interrompê-la e acalmá-la, — Eu entendi. Mesmo que você tenha sido bem desconexa, — ele tentou brincar e ela tentou rir, mas acabou soando como um animal sendo espremido.

— Desculpa, — ela soluçou um pouco, impedindo as lágrimas de encharcarem a camisa dele.

— Não se desculpe. Eu é quem deveria me desculpar por fazer você se sentir dessa maneira.

— Você não…

— Eu não te dei confiança o bastante, e agora você está se sentindo insegura, — ele disse com uma voz firme, seu coração doendo um pouco, — Desculpa. Eu devia ter te dito mais vezes que eu te amo, quem quer que você seja.

Ela suspirou outra vez, dessa vez se preparando para uma discussão.

— Você ama uma máscara, — a voz dela era firme agora, — Adrien, você...

— Não. — Ele a interrompeu, antes que ela começasse seu discurso frequente.

— Você poderia me reconhecer sem ela? — Ela continuou, sua voz agora impaciente ao invés de triste.

— Bem, se eu pudesse então sua máscara não teria propósito em primeiro lugar! — Ele argumentou, — Seus pais te reconheceriam com ela? Chat Noir lhe reconheceria sem ela? Você reconheceria Chat Noir sem a dele? — A voz dele estava tão resoluta quanto a dela sempre estava toda vez que usava o argumento do ‘você não sabe quem eu realmente sou’.

— Chat Noir é diferente…

— Mas você o reconheceria?

Ela ficou em silêncio por um tempo, tentando encontrar uma maneira de retrucá-lo. Ela já podia ver a direção que seu argumento estava tomando, mas ele era tão sensato que ela simplesmente não podia contradizê-lo e ela não tinha opção exceto concordar com ele no fim das contas.

— Eu acho que não, — ela cedeu.

— Você confia nele menos por conta disso?

— Não... — Ela deixou seus ombros caírem, aceitando a derrota.

— Pronto. — Ele tomou o rosto dela em suas mãos mais uma vez, dessa vez trazendo os lábios dela para mais perto dos seus, — Eu amaria você sem a máscara do mesmo tanto.

Talvez até mesmo mais.


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Notas finais do capítulo

Opiniões são bem-vindas.
Elogios sempre aceitos.
Críticas apreciadas.

:)