Darth Zone escrita por EzuzsTheOwl


Capítulo 1
O que realmente deseja?


Notas iniciais do capítulo


Apenas não cobrem muito do meu português, sou um escritor completamente amador! se divirtam ! :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/765356/chapter/1

 

O ranger da porta invade e rasga as cortinas dos meus sonhos, o fulgor quente toma a janela do meu quarto, o calor aprazível no meu rosto inevitavelmente me faz despertar. Iço-me contra minha vontade e rastejo-me até o banheiro... Olho nos olhos que se refletem no espelho, o mesmo tom de verde dos rios que via na minha infância e me causam nostalgia, um calafrio toma meu corpo sobe a minha nuca como uma brisa gelada que me faz pensar na morte por algum motivo, hoje é só mais um dia habitual, mais um dia inútil na minha vida patética e recursiva. Um dia em que sinto que ando sobre as vistas da morte, sinceramente desejo que desta vez o ranger da porta e o fulgor me acordem, porém eu já estou desperto!

 
A água da torneira parece mais gélida do que deveria ser quando se colide com o meu rosto, completo meus afazeres matinais e me desloco até o armário, são 07:35 da manhã tenho cerca de 20 minutos para chegar até o colégio caro onde estudo, não me importo, pois, a caminhada é de apenas 15 minutos não a tempo para colocar algum sob o meu estômago, no caminho comerei o mesmo lanche de todos os dias, isso me faz pensar no princípio foi uma experiência notável! Sair da casa dos meus pais me tornar um homem, viver sozinho até mesmo me lembra do gosto que senti quando comprei o lanche que hoje é um castigo matinal. A primeira vez, havia acordado atrasado, o sabor agridoce dominou meu paladar e decidi que sempre compraria... Agora mesmo me lembrando exatamente do gosto não sou incapaz senti-lo após fazer algum tantas vezes seu cérebro simplesmente ignora aquilo para poupar o tempo de sentir novamente, me traz apenas a recordação do que seria sentir esse sabor... O mesmo trajeto as mesmas pessoas os mesmos colegas de classe os mesmos professores... Cada dia que se passa me náufrago em mim. 

O professor de química está comentando mais uma vez sobre fatos as quais não me importo no fim sempre me fará uma interrogação por não está prestando atenção eu responderei, ele ficara acomodado olhando como se quisesse ter meu sangue numa jarra e meu crânio sobre a mesa. Comovente... Queria que ele o fizesse! Qual quer coisa seria melhor que conservar-se nesse castigo, desejo uma fuga... Morte? Talvez. Mas não existe força, porque sou tão covarde? Ainda com a lâmina sobre o meu pescoço lembro-me das pessoas que sofreriam com minha ausência. O amigo que cresceu comigo que até hoje me espera todos os dias após as aulas para irmos a nossa banca favorita. Não é justo que ele sofra pela minha ausência que ele fique sozinho só porque eu fugi, hoje eu vivo por ele pela minha mãe e irmã... Consigo viver por todos, menos por mim.

Esse corredor sempre parece mais longo quando estou prestes a sair daqui, consigo observar a silhueta de Marcos imóvel me aguardando no próprio lugar, dentre o poste e o portão principal. No caminho mais “destes” vagando com sorrisos no rosto... Olha a eles me deixam vulnerável precipito o andar. Marcos está sucessivamente palestrando sobre quão as revistas estão extraordinárias sempre de olho na publicação seguinte do “Capitão plasmo” nosso herói preferido, no fundo confio que ele se apega a isto para ocultar sua apatia com o mundo real. No fim não somos tão desiguais.

Não demora até chegarmos a zona, as paredes rubras e maceradas formam a Fachada, a vitrine coberta de carimbos, pequenos dedos grudentos... A porta sempre range assim que incidimos por ela e o odor doce invade nossas ventas não é para menos esse lugar está sempre enfestado de crianças que se empanturram de açúcar, Marcos as vezes resmunga lances do tipo “Esses pestinhas deixam as revistas em um caos!” Apoio numa prateleira enquanto Marcos vai cumprimentar o dono, um sujeito branco com uma penugem rala e bochechas avulsas ele não é baixo nem alto eu o dito como somente normal sempre com um óculo daquele “fundo de garrafa”. Apenas aceno para ele

Uma moça que aguardava seu irmãozinho selecionar uma revista atrai a atenção de Marcos, permaneço analisando enquanto ele falha suas tentativas de se aproximar da garota. Em mãos tenho um dos títulos mais afamados do Capitão: “Capitão plasmo e a caveira de fogo” Entendo que lhes faltaram criatividade para os nomes dos personagens, mais o roteiro é genuinamente bom. A porta de entrada vem a ranger novamente cativando todos olhares a uma forma encapuzada parada ainda com a porta entre aberta, consigo ver sua boca enrugada batendo múltiplas vezes como em um ato convulsivo e vicioso mais não consigo identificar o que ele profere. Meu corpo se congela como ainda nesta alvorada e a figura com capuz de couro persiste a passos firmes ao balcão. Tento mirar meus olhos voltarem a revista mais simplesmente não consigo parar de encara-lo. Não sei o que, mas ele mostrou algum para o balconista e ele simplesmente permaneceu inerte e gélido. Olhei para Marcos como se pretendesse o dizer que estamos em má situação, porem ele continuava flertando com a garota. A voz rouca do homem encapuzado tomou o recinto. - Fiquem todos parados! Revelou sua arma engatilhada dirigida para o balconista e continuou. – Eu apenas vou pegar a grana e vou embora, não quero alardes, ok? Garanti acenando enquanto olhava para Marcos que certamente estava pasmo agora, a garota do seu lado estava assustada e não cessava chamando pelo irmão aquilo deixou o homem encolerizado, ele pedia para que ela se calasse de alguma forma isso me fazia perceber que era a primeira vez que fazia algum assim. Quanto mais ele coagia a garota mais ela gritava, foi quando intuí que seu dedo indicador resvalava para o disparo, não sei se por extinto, adrenalina, ingênuo anseio pela morte ou desprezo pela vida que me levou a tentar pará-lo, só me dei conta da minha atitude quando ouvi o estalar de ossos sendo triturados e sentia a bala fazer seu trajeto pelo meu crânio.

Não havia segundos derradeiros, ultimo rosto para qual olhar, história da vida perante os olhos, havia apenas penumbra. Eu não conseguia sentir meu corpo, ambiente, direção apenas vazio para onde quer que eu olhasse, de repente após alguns instantes vagando sem saber onde estava mais considerando a morte eu pude ouvir um som que descontinuou o ensurdecedor silêncio, corri para sua direção e vi uma figura agachada, me aproximei de forma arrastada, seria um anjo para conduzir o meu espectro perdido? Ou o demônio que me castigaria pela morte que tanto ambicionei e agora possuía. Sinceramente eu não me importava com o destino que viria mais a cada passo eu ainda conseguia sentir meu coração pulsando mais forte.

A coisa se voltou a mim e senti minha carne se rasgando, no lugar dos olhos haviam cavidades que despejavam um liquido negro, sua boca transportava uma mandíbula a beira da queda, pele gris e murcha me fizeram lembrar-me dos clássicos zumbis que o Capitão enfrentava em suas peripécias, mas distinto destes ele tinha pés alongados que se comportavam como patas de uma fera e garras longas como laminas, dei um passo para traz aterrorizado e a criatura emitiu um som violento e agudo a sensação era de múltiplas agulhas penetrando meu cérebro. Comecei a correr contra sua direção o trajeto continuava escuro eu não fazia ideia de mim estaria indo vi vultos no meu caminho mais notei que havia o despistado, meu braço queimava veementemente, notei pequenas fendas que emitiam uma pequena luminescência, não sei onde estou mais sei que não estou morto, ao menos até que aquela coisa me alcance. O frio sobrepujou esse lugar está cada vez mais difícil de evitar que meus dentes se choquem uns contra os outros, mas eu permaneço andando, meu braço agora não somente abrasava como também parece pesar mais do que deveria.

Um ponto fulgente me chama atenção meu corpo estremece mais persisto imutável em frente, a esta altura sei que não a muito que posso fazer, me vem à mente a minha família, meu amigo, essa circunstância era diferente de apontar uma lâmina para o próprio pescoço, não podia desistir não era eu quem estava munido. Coliguei a fonte de luz como sendo um cadáver e ao me aproximar entrei em espante vi que era eu caído ali com uma perfuração de bala na testa. Desmoronei de joelhos, compreendi a quão sádica poderia ser a morte, inesperadamente tirou tudo que eu possuía agora, senti falta de tudo que eu menosprezava. Era tarde para mim, queria regressar e deixar que a garota morresse. Me entreguei ao desespero o meu braço parecia querer arrebentar senti o liquido escuro e víscido caindo sobre meus cabelos e manando sobre minha face senti as lâminas dos seus dedos perfurarem minha carne conduziu meu rosto a voltar-se para cima deixando meu pescoço inteiramente exposto, facilmente, não resisti, somente um movimento ligeiro com suas armas pontiagudas e seria o fim daquela aflição. – Mate-me!!

As lagrimas cruzavam minha face e queimavam minha pele, o remorso me causava mais dor do que qualquer outra coisa. Suas garras já arranhavam minha carne quando subitamente a criatura parou, seu corpo foi atirado para traz, me virei lentamente tremulo e desapontado.  Foi quando a notei, uma mulher bem alta de cabelos vermelhos, usava roupas estranhas que me lembravam as personagens de Mangá de ação em suas mãos uma espada que apontava para criatura. Ela me olhou de canto e eu senti um total desprezo sobre mim foi como se o próprio deus estivesse me jugando como um ser patético e insignificante. Avistei quando a criatura logo se recompôs e partiu em uma investida sobre suas enormes patas traseiras, queria ter avisado que a criatura estava vindo mas seu olhar me deixou congelado, não sei se por sorte ou habilidade ela facilmente desviou sem nem mesmo olhar para trás apenas movendo-se para o lado o deixando desequilibrado tombou contra o chão e saiu arrastado até que suas garras quase me tocassem, permaneci de joelhos a criatura tentou me atacar mais ela enfiou sua espada em suas costas o prendendo contra o chão em seguida veio lentamente em minha direção cada passo era mais firme que o ultimo senti que estava pisando em minha alma e quando finalmente ficou perto suficiente para me tocar agarrou-me pelos cabelos e puxou com tamanha força que em segundos me pôs de pé e eu posso jurar que por alguns segundos eu não senti nem mesmo o chão.... Abriu seus lábios lentamente para finalmente falar: - Inútil. Seus cabelos balançavam mesmo com a ausência de uma brisa se quer. – Quem é você? Perguntei de modo que minha voz se enguiçou. – Você ainda quer morrer? Ignorou completamente meu questionamento e continuou. – Ele se soltara em breve e quando isso acontecer ele irar estripar seu corpo e devora-lo ainda vivo, eu não irei impedi-lo.... Todo caso a uma escolha, pegue a espada antes disso e mate-o você mesmo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Darth Zone" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.