Gênio conhece gênio escrita por Matt the Robot


Capítulo 1
Bem-vindo à Escola Nerd


Notas iniciais do capítulo

Eu queria muito fazer um crossover com Big Hero 6, porque amo demais essa animação, e aí surgiu a ideia de colocar o Jimmy Neutron pra estudar na SFIT, já que é uma universidade pra gênios da ciência, robótica e tal. Espero que gostem da leitura! :3



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Depois do fim de umas férias bem agitadas, com direito a lutas contra o mal junto com sua equipe, Hiro Hamada se preparava para mais um período de aulas que estava prestes a começar no San Fransokyo Institute of Technology. Ele não via a hora de reencontrar seus amigos — mesmo que os tivesse visto três dias antes, quando a Big Hero 6 impediu um terrível crime e depois todos foram comer pizza —, assistir as aulas das matérias novas e continuar desenvolvendo seus projetos na universidade.

— Hiro, não esqueça seu lanche! — disse tia Cass quando Hiro já estava esquecendo o lanche.

— Obrigado, tia Cass — disse Hiro sorrindo. Ele hesitou antes de começar a andar e virou-se para ela. — Último abraço!

Depois desse ritual que o menino e a tia sempre faziam, ele estava pronto para ir.

— Vamos, Baymax — Hiro chamou o grande robô branco que era seu companheiro pessoal de saúde. Mas Baymax estava muito ocupado acariciando Mochi, o gato fofo da família, e não deu a mínima para o menino.

— Pe-lu-dinho! — disse Baymax enquanto Mochi ronronava.

— Baymax! Vamos! — chamou Hiro novamente, impaciente. O robô deu atenção a ele dessa vez e o seguiu.

Hiro e Baymax foram andando até a San Fransokyo Tech, como sempre faziam. Baymax ficava atento a todo o momento para eventuais “ai!” que as pessoas pudessem exclamar na rua, para ajudá-las com suas dores e machucados. A universidade não ficava muito longe da casa dos dois, de forma que o percurso demorava no máximo 20 minutos, nos dias em que eles andavam mais devagar — o que nunca acontecia nos primeiros dias de aula, então eles chegaram lá em menos tempo. Algumas vezes, o menino e o robô eram acompanhados por seus quatro amigos, GoGo Tomago, Wasabi, Honey Lemon e Fred, que os visitavam antes da aula, ou tinham passado a noite. Outras vezes, todos estavam na casa de um dos quatro (principalmente a mansão de Fred) e partiam de lá. Mas na maioria dos dias, cada um tomava seu caminho (Hiro e Baymax tomavam o mesmo caminho, no caso) e todos eles só se encontravam nos terrenos da SFIT, como agora.

— Ei, olha, Hiro e Baymax chegaram — anunciou Fred para os outros três.

— Oi, Hiro! Oi, Baymax! — exclamaram todos.

— E aí, galera! — disse Hiro.

— Olá — disse Baymax.

Hiro notou algumas pequenas mudanças na aparência dos amigos desde a última vez que os vira — isto é, três dias atrás. GoGo tinha pintado outra mecha do cabelo dela, e agora, além da mecha roxa de antes, a cor preta natural também contrastava com um verde. Honey Lemon havia trocado os óculos e cortado o cabelo, ou talvez “aparado as pontas” seja o melhor termo, porque as madeixas loiras da garota continuavam bem longas, só um pouco menos do que antes. Wasabi não tinha pintado nem cortado o cabelo dele, na verdade seus dreads castanhos pareciam estar maiores. E Fred continuava igual, com os mesmos cabelos loiros compridos com o mesmo corte, cobertos pela mesma touca.

— Então, animados para o novo semestre? — perguntou Honey Lemon, empolgada, enquanto a turma andava pelo campus.

— Com certeza! — exclamou Wasabi, animado. — As matérias estão ótimas, e agora acho que vou finalmente conseguir melhorar meus lasers.

— Também tô animado — disse Hiro. — Vou trabalhar em mais melhorias para o Baymax. — Baymax virou-se para ele e o encarou, curioso.

— Ei, Hiro, a professora Granville me disse que tá com saudades suas — brincou Fred. Os outros três mais velhos deram risinhos.

— Haha, muito engraçado — disse Hiro. Ele e a rígida professora, que assumira o lugar que antes era de Robert Callaghan, tinham algumas diferenças, pode-se dizer, embora ela apoiasse os talentos robóticos dele.

Baymax virou-se para o menino. — Mas você, não está, rindo — disse o robô, confuso.

— Foi ironia, Baymax... — explicou Hiro, revirando os olhos.

A turma continuou andando pelo enorme prédio, em direção aos seus respectivos laboratórios, conversando sobre coisas aleatórias.

— Eu queria muito que nesse semestre, alguém da minha idade entrasse na Escola Nerd — disse Hiro em um momento, mais para si mesmo do que para os amigos, com uma voz um pouco desanimada. Depois apressou-se em dizer: — Não me entendam mal, eu amo vocês. Mas queria não ser o único mais novo.

— Mas tem alguém aqui que é até mais novo do que você. Bom, mentalmente, pelo menos — disse GoGo em tom de sarcasmo, apontando para Fred. Houve mais risinhos de todo mundo, até de Fred, que dava risada de todas as piadas que o envolviam.

— Não, tô falando sério — disse Hiro. — Me sinto meio deslocado sendo o único aluno de 15 anos daqui.

— Bom, jovens prodígios da sua idade não são uma coisa que se vê todo dia — disse Wasabi. — Na verdade, nem da nossa idade! — Ele apontou para GoGo, Fred e Honey.

— Acho que sim... — conformou-se Hiro.

Mas então, o pedido de Hiro foi atendido.

— Goddard! — gritou alguém por perto, cuja voz foi seguida por latidos. — Não corra!

Hiro, Baymax e os outros se viraram na direção dos sons; o dono dos latidos se revelou, surgindo em uma esquina do campus e indo em direção a eles.

— Isso é um cachorro robô? — perguntou Honey Lemon. — Que demais!

O cachorro robô era quase todo metálico e prateado, tinha um corpo retangular, pescoço e pernas sanfonados e no topo da sua cabeça, havia uma redoma com plasma e raios de eletricidade dentro. Ele parou de correr quando viu Baymax, e ficou olhando para ele, inclinando a cabeça, curioso.

— Não parece muito com um cachorro, tho — comentou Go Go.

— Ah, mas ele é bonitinho! — disse Wasabi.

— Olá, amigo, de onde você saiu? — perguntou Hiro ao cachorro. Ele latiu e colocou a língua para fora.

— Acho que ele não fala — disse Go Go.

— Olá, companheiro robô — disse Baymax, e se inclinou para tocar nele. — Você, não é, peludinho.

Então todos começaram a brincar com o cãozinho e acariciá-lo (na medida do possível), até que três garotos apareceram na esquina de onde o cão tinha vindo, chamando a atenção da turma. Eles pareciam ter mais ou menos a idade de Hiro — o que chamou mais ainda a atenção dele —, dois eram mais altos e magros e um era mais baixinho e gordo. Um dos mais altos tinha um cabelo castanho que formava um grande topete no alto da cabeça, o outro tinha cabelo preto espetado e o mais baixo tinha cabelo ruivo cacheado.

— Caramba, esse campus é enorme, Jimmy! — exclamou o menino de cabelo espetado, com empolgação na voz.

— É muito fácil se perder aqui... — murmurou o garoto ruivo, um pouco intimidado.

— A gente não vai se perder, é só... — O garoto de topete olhou na direção de Hiro e seus amigos. — Ah! Aí está você — disse ele, provavelmente falando com o cachorro.

Os três foram na direção do cão, e o cão veio na direção deles.

— Eu te disse pra não correr, não foi? — repreendeu o garoto de topete. A parte da frente do corpo do cachorro se abriu e revelou uma tela de computador, onde apareceu a palavra “Desculpe”. — Ah, seu bobo, eu não consigo ficar bravo com você.

— Oba, finalmente encontramos pessoas aqui — falou o garoto de cabelo espetado. — E aí, galera!

— O-oi... — falou o garoto ruivo timidamente.

Quase todos acenaram e disseram “oi” ou “e aí” ou “olá”. Mas quando os três iam se apresentar, repararam em Baymax e arregalaram os olhos.

— UAU! — disseram eles, maravilhados.

— Correção: finalmente encontramos pessoas e um robô! — disse o menino de topete.

— Olá. Eu, sou Baymax, seu companheiro, pessoal de saúde — Baymax disse sua clássica frase de apresentação.

— Companheiro pessoal de saúde? Que legal! Já tô adorando essa universidade — disse o menino. — A propósito, meu nome é Jimmy Neutron, e esses são Sheen e Carl. E acho que vocês já conhecem o Goddard.

— Parece um marshmallow gigante! — exclamou Sheen, ainda encarando Baymax.

— Foi o que eu disse quando conheci ele — disse Hiro, rindo. — Eu sou Hiro Hamada, e meus amigos são Go Go, Wasabi, Honey Lemon e Fred. — Houve um breve momento de explicação a respeito dos três apelidos.

— A propósito, Goddard é muito fofo — disse Honey Lemon. Jimmy sorriu e Goddard latiu, e na sua tela apareceu “Obrigado”.

— Vocês estudam aqui? — perguntou Jimmy.

— Com certeza! — respondeu Fred. — Bom, na verdade, eles sim. Eu sou o mascote da escola.

— Mascote? Que demais! — exclamou Sheen.

— Que ótimo, ainda bem que encontrei vocês — disse Jimmy. — Eu sou novo na San Fransokyo Tech, hoje é meu primeiro dia de aula, e tô bem perdido.

A expressão de Hiro se iluminou de felicidade. Os quatro amigos dele se entreolharam e sorriram.

— Vocês dois também vão estudar aqui? — perguntou Wasabi a Carl e Sheen.

— Oh, não — respondeu Carl. — O gênio de 15 anos é só Jimmy.

— É, nós somos nerds, mas nem tanto — completou Sheen. — Só viemos acompanhar ele.

— Bom, nós podemos mostrar a vocês tudo por aqui — sugeriu Hiro, animado. — Não é, galera?

Mas os amigos do garoto disseram que não podiam acompanhá-lo no seu tour. Wasabi disse que precisava verificar seu projeto antes que a primeira aula começasse, e entrou no prédio dos laboratórios de robótica; Go Go virou-se para Honey Lemon e disse que tinha conseguido aquela coisa que elas estavam precisando para fazer o negócio, Honey comemorou e as duas misteriosas também entraram no prédio e seguiram para o laboratório de Go Go; e Fred disse que tinha atividades de mascote para fazer, e foi embora para algum outro lugar do campus. Hiro ficou em dúvida se os quatro realmente precisavam fazer essas coisas com tanta urgência ou se só inventaram desculpas para deixá-lo a sós com a pessoa da idade dele que ele tanto queria que entrasse na universidade. Mas de qualquer forma, ele e Baymax mostrariam o local a Jimmy e seus amigos.

— Bom, então parece que só sobramos eu e Baymax — disse Hiro. — Venham, vamos mostrar tudo a vocês.

— Sim, vamos lá — concordou Baymax.

— Legal! — disse Jimmy, e ele, Sheen, Carl e Goddard seguiram os dois.

...

— ...e esse é um corredor com mais laboratórios — disse Hiro aos três garotos —, porque nesse prédio só tem isso mesmo, laboratórios de robótica, então não tem muito pra ver. — Os quatro garotos e os dois robôs já haviam andado por diversas partes do campus, entraram em alguns prédios e passaram por outros sem entrar, percorreram corredores, subiram e desceram elevadores e escadas, entraram em salas, passaram por portas de salas sem entrar, olharam através de janelas que davam para os jardins e prédios vizinhos, e também leram quadros de avisos, placas e viram vários estudantes e vários robôs. Mas mesmo assim, ainda não tinham visto nem metade dos terrenos da SFIT, porque ela era gigantesca.

— Caramba, um prédio inteiro só de laboratórios, que coisa incrível — comentou Jimmy.

— Bom, acho que por agora é só, vocês já devem estar cansados de ficar rodando — disse Hiro. — Ainda tem mais coisa pra ver, mas posso mostrar em outros dias.

— Eu, não posso, ficar cansado — explicou Baymax. — Eu, sou um, robô.

Goddard latiu, provavelmente concordando com ele.

— Eu não sou um robô, mas também não tô cansado — protestou Sheen. — Minhas pernas são fortes.

— Eu tô um pouco cansado... — disse Carl.

— Relaxem, vocês vão ter tempo de sobra pra ver tudo — falou Jimmy. — Afinal, eu vou estudar aqui e vocês podem vir sempre.

— Tudo bem, tudo bem — conformou-se Sheen.

— Então... como última parada do tour, querem conhecer meu laboratório? — convidou Hiro — É bem nesse corredor.

— Sim! Vamos — animou-se Jimmy. Os outros concordaram.

Hiro e Baymax levaram os quatro até a porta do laboratório, um pouco mais adiante à esquerda no corredor, e eles entraram. Jimmy tinha um laboratório na sua casa (e não era dos pequenos), então aquele ambiente não era exatamente uma coisa inédita para ele, ou para seus amigos. Mas eles não deixaram de olhar admirados tudo à sua volta, se perguntando o que seriam as invenções ali presentes, e para que serviriam. Hiro explicou algumas invenções, Baymax explicou alguns projetos de invenções, e outros permaneceram sem explicação.

— Ei, Hiro — chamou Sheen após um tempo de observações. — O que são essas coisinhas?

Hiro foi até onde Sheen estava. O garoto mexia em uma porção de objetos pequenos e pretos, que se encontravam dentro de um grande balde em um canto do laboratório.

— Ah, são meus microbots! — respondeu Hiro. — Eu já ia mostrar a vocês.

O garoto pegou um punhado de microbots e ficou observando-os, sorrindo.

— Eles foram minha primeira invenção — disse ele, orgulhoso. — Foi o que eu apresentei na exposição, e que me garantiu a entrada na SFIT.

Hiro, então, se dispôs a explicar aos três garotos (Goddard estava ocupado brincando com Baymax) como funcionavam os microbots. Ele mostrou o neurotransmissor que os controlava, falou sobre as inúmeras formas que os robozinhos poderiam criar ao se agruparem, demonstrou algumas e ressaltou a importância que eles teriam para o mundo. Jimmy, Sheen e Carl ficaram impressionados com a tecnologia.

— Eu tinha feito muito mais — disse Hiro depois de terminar as explicações. — Vários baldes. Mas houve um... acidente, e perdi quase todos. — Os três amigos acharam melhor não perguntar o que foi o tal acidente, já que Hiro não parecia disposto a falar sobre. E ele realmente não estava disposto, já que o assunto envolvia a participação dele e dos amigos no conflito com Robert Callaghan e o portal interdimensional, tantos meses antes; e contar isso às pessoas significaria revelar que ele e os amigos são os heróis que combatem o crime na cidade, coisa que ele não poderia fazer.

— A invenção que eu apresentei na exposição foi um raio encolhedor — contou Jimmy. — Foi um sucesso, fiquei super empolgado quando me entregaram a carta.

— Sério? Que demais! — exclamou Hiro. — Eu preciso ver isso.

— AHÁ! Eu disse que isso era ciência! — gritou Fred, aparecendo na porta do laboratório do nada, e sumindo no corredor em seguida. Todos se assustaram e não entenderam como ele conseguiu brotar ali.

— Bom, eu deixei ele em casa — explicou Jimmy para Hiro —, mas posso trazer outro dia e te mostro. Mas é só para objetos, não funciona com seres vivos.

— Continua sendo fantástico — disse Hiro, deixando Jimmy sem jeito. — Eu queria ter ido nessa exposição, mas... estava doente. — Na verdade, Hiro e os outros da Big Hero 6 estava lidando com uma vilã muito esperta no dia da exposição à qual Jimmy compareceu.

— Será que podemos brincar um pouco com eles? — perguntou Sheen com um sorriso amarelo, mostrando os microbots.

— Podem, claro! — respondeu Hiro.

Os dois amigos de Jimmy ficaram se revezando com o neurotransmissor, fazendo com que os microbots se agrupassem em vários formatos e se divertindo. Jimmy continuou olhando o laboratório, e Hiro o acompanhou.

— Ei, Hiro — disse Jimmy. — Eu queria dizer que tô feliz de ter encontrado alguém da minha idade aqui. Achei que fosse ser o único, já estava me preparando para conhecer só gente mais velha.

Jimmy sorriu para Hiro, que retribuiu o sorriso.

— Também fiquei muito feliz de conhecer você! — exclamou Hiro. — Eu era o único da minha idade aqui, até agora. Inclusive era disso que eu estava falando com meus amigos, antes de vocês chegarem.

— Talvez apareçam mais pessoas depois — sugeriu Jimmy, esperançoso.

— Acho que quando aparecer mais gente da nossa idade, nós é que vamos estar mais velhos — disse Hiro, e os dois riram.

— Ah, e eu preciso te dar os parabéns pelos microbots e por Baymax — falou Jimmy. Ao ouvir seu nome, Baymax virou-se na direção dos dois, curioso. — Os microbots são brilhantes, totalmente úteis pra muita coisa. E mesmo eu não sabendo ainda tudo que o Baymax pode fazer, tenho certeza que ele também é incrível.

— Muito obrigado, que bom que gostou deles!  — disse Hiro meio sem jeito. — Mas na verdade não fui eu quem criou o Baymax, só dei algumas melhoradas. Quem criou ele foi meu irmão, Tadashi.

— Ele também estuda aqui? — perguntou Jimmy. — Tenho que conhecê-lo, tô muito curioso para saber tudo sobre esse robô.

A expressão de Hiro se entristeceu. — Não, ele... morreu — murmurou ele. — Em um incêndio que aconteceu na exposição.

Jimmy pegou no ombro de Hiro, tentando consolá-lo. — Eu sinto muito, mesmo — disse ele.

— Tudo bem — disse Hiro, sorrindo.

— Foi esse incêndio que destruiu seus microbots? — perguntou Jimmy.

Hiro hesitou por uns segundos, mas assentiu, já que era essa a mentira que ele dizia a todo mundo, porque ninguém teria como saber que não foi assim.

— Eu comecei a construir mais — disse ele —, mas ainda não tive muito tempo, por causa das outras invenções e projetos que fui desenvolvendo, e as aulas, trabalhos, os upgrades que fiz no Baymax, e... — E as lutas contra o mal junto com meus amigos, ele pensou. — É, só isso mesmo.

— Uau, bem que me disseram que aqui na universidade o pessoal trabalha duro — disse Jimmy. — Gosto disso.

— Eu ajudo, Hiro, a fazer mais, robôs minúsculos — disse Baymax, surgindo na conversa. — Mas tenho, meus deveres, como companheiro, pessoal, de saúde.

— Ei, eu posso construir mais microbots com você — ofereceu-se Jimmy. — Se você quiser.

— Sério? Ah, quero sim! — disse Hiro. — Vai ser divertido.

Jimmy pegou seu celular e olhou as horas. — Nossa! A aula vai começar em poucos minutos — falou ele. — E eu preciso achar minha sala nesse labirinto tecnológico.

— Vamos — falou Hiro. — Me diga qual é sua sala que te levo até lá.

Os dois chamaram Sheen e Carl, que devolveram os microbots e o neurotransmissor aos seus lugares, e Goddard, que examinava uma das invenções de Hiro com curiosidade. Todos saíram do laboratório de Hiro e em seguida, do prédio de laboratórios de robótica; depois de ver onde era a sala de aula de Jimmy, Hiro e Baymax foram mostrando o caminho até o prédio.

— Ei, Hiro — chamou Sheen. — Eu também quero ser mascote da escola, que nem o seu amigo Fred! Será que posso?

— Acho que não, Sheen — disse Carl.

Jimmy olhou para Sheen com um sorriso e uma expressão de quem já sabia que o amigo iria querer aquilo. Hiro deu uma risadinha.

— Bom, você vai ter que falar com a professora Granville — disse Hiro —, a diretora da escola. Mas acho que pode, sim. Precisamos mesmo de mais mascotes. E olha que coincidência, ela tá bem ali. — Ele apontou para a diretora próxima de uma árvore, mais à frente.

Sheen disse a Jimmy que o encontrava depois que a aula dele acabasse, e foi atrás da diretora. Carl foi atrás dele, para garantir que não fizesse alguma bobagem. E Hiro, Baymax, Jimmy e Goddard continuaram andando em direção à sala de Jimmy.

— Bem-vindo à SFIT — disse Hiro sorrindo, quando eles chegaram à porta da sala. — Ou, como eu costumo chamar, a Escola Nerd.

Jimmy também sorriu, em agradecimento. — A gente se vê por aí!

— Até mais!

Enquanto Jimmy e Goddard entravam na sala e procuravam um lugar para sentar, e Hiro se afastava em direção à sala dele com Baymax, os dois garotos pensavam a mesma coisa: Hiro Hamada e Jimmy Neutron seriam grandes amigos.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam do nosso conhecido menino gênio indo estudar na escola do Hiro? Com certeza eles terão muita coisa sobre tecnologia e robôs pra conversar!
Comentários são muito legais, se quiser deixar um :3
Tchau, até outra hora! xD



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