Outlander-Viajantes no tempo escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 1
Capítulo 1: Bree.


Notas iniciais do capítulo

Grace-Rag'n'Bone Man.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/765005/chapter/1

P.O.V. Bree.

Minha mãe me conta histórias sobre as pedras mágicas e as moças dançando de vestidos brancos. 

Todo anos a gente vem de férias para a escócia e a minha mãe sempre me leva para as ruínas do castelo de Lallybroch. Ela me fez decorar o caminho.

Nós estamos no hotel e eu vi pela janela as luzes acesas e se mexendo e a música.

Eu sai para ver. Então, tudo começou a rodar. 

Quando eu acordei eu ouvi coisas explodindo e fiz o que a mamãe mandou eu fazer caso isso acontecesse. Correr para o Castelo de Lallybroch. 

Tinha gente atrás de mim. Um monte de gente.

P.O.V. Jenny.

Eu vi aquela menininha entrar correndo pelos portões de Broch Tuarach.

—Socorro! Socorro! Os homens malvados estão atrás de mim.

—Calma menina, você está segura aqui.

—Você é Jamie Fraser?

—Não. Jamie é meu irmão. Eu sou Jenny Murray.

—Eu sou a Bree. Briana Ellen Randall Fraser Mackenzie.

—Randall Fraser Mackenzie?

—É. Eu tenho muitos sobrenomes.

—Quantos anos você tem?

—Sete.

—E qual é o nome da sua mãe?

—Claire. Claire Randall.

—Claire. Mas, Randall? Como Black Jack Randall?

—É. Ele é ancestral do meu pai. Frank.

—Ancestral?

—O que foi Jenny? Quem é a menina?

—Ela é filha da Claire.

O Murtaugh fez uma cara...

—Em que ano você nasceu menina?

—Mil novecentos e quarenta e oito.

—E que dia você nasceu?

—Vinte e três.

—Você não pode ter nascido em mil novecentos e quarenta e oito.

—Ela pode sim. Claire nasceu em mil novecentos e dezoito.

—Você tem a marca no braço?

—Eu tenho uma marca de nascença no ombro.

—Eu me refiro á vacina.

—Tenho. Porque?

—Marca de nascença?

Ela mostrou a marca no ombro. Todos os Fraser tem uma igual, no mesmo lugar.

—Porque você veio pra cá?

—Porque a minha mamãe falou que se algum dia eu atravessasse as pedras e ouvisse as coisas estourando ao meu redor, era pra eu vim pra Lallybroch e procurar Jamie Fraser. Ela me fez decorar o caminho.

—Venha, vamos entrar.

Eu levei a menininha pra dentro. Ainda tentando processar o que estava acontecendo.

P.O.V. Murtaugh.

Eu fui falar com o Jamie.

—Jamie. Tem uma pessoa que você precisa conhecer.

Então, eu comecei a ouvir a voz infantil cantando.

—Voz de criança? Não é a voz de nenhuma das minhas sobrinhas.

—Não, Jamie. Não é.

—E de quem é?

—Da sua filha.

—Filha? Eu não tenho filha.

—Você tem sim. Claire teve uma filha. E eu vi o cabelo ruivo e a marca no ombro dela. A menina é uma Fraser.

P.O.V. Jamie.

Eu me vesti e sai, eu vi a menininha sentada na mesa, pintando no papel e cantando. As perninhas balançando. Ela também usava meias e sapatilhas iguais as de Claire quando a encontrei na floresta.

—Olá.

—Olá.

—Qual é o seu nome?

Ela respirou fundo e respondeu:

—Briana Ellen Randall Fraser Mackenzie, nascida vinte e três de novembro de mil novecentos e quarenta e oito em Boston Massachusetts. Mas, todo mundo me chama só de Bree.

—Bree. Bom, eu sou Jamie Fraser.

—Muito prazer, senhor.

—Igualmente. Você disse que o seu pai é Frank Randall?

—É.

—Não. Não é.

—É sim.

—Eu sou seu pai.

—Não! Não é não! O nome do meu pai é Frank Randall!

—Já se perguntou porque você é ruiva e o seu pai não é?

—Não. 

Jenny me puxou.

—O que pensa que está fazendo?!

—Ela é minha filha.

—É uma menina de sete anos! Uma menininha de sete anos que viajou no tempo e acho que nem sabe. Quer você queira quer não, para ela, na cabeça dela, esse Frank Randall é o seu pai.

—Mas, ele não é.

—Para ela é. Ela ainda é muito jovem Jamie, se ela descobrir assim, agora só Deus sabe o que vai fazer. Como vai reagir. Ela pode ficar irritada e sair correndo lá pra fora. Para a linha de fogo!

—Senhora Murray?

—Sim querida?

—Eu não quero ser inconveniente, mas... estou com fome. A senhora tem alguma coisa pra comer?

—Claro. Vou mandar a criada fazer alguma coisa para você comer.

—Eu não posso tomar leite e nem comer queijo. Sou intolerante a lactose.

—O que?

—O queijo e o leite me dão dor de barriga.

—Certo. Pode me chamar de Tia Jenny está bem?

—Tudo bem. Tia Jenny.

—Então, Bree. O que a sua mãe falou sobre mim?

—Que você é amigo dela. E que você deu isso pra ela e ela deu pra mim.

Eu vi o anel pendurado no pescoço dela. Eu sorri.

—Ela disse que ia me proteger.

—E ela falou alguma coisa sobre Black Jack Randall?

—Falou que ele era um homem malvado. E que ele parecia muito com o meu pai Frank. Mas, você quer saber se eu sei que eu viajei no tempo. Eu sei.

—Ótimo. 

—E eu sei que não foram as moças de branco ou as pedras que me trouxeram. Fui eu.

—O que?

—A minha mãe não sabia. Porque a vovó morreu e elas não se davam bem, ai ela nunca abriu os diários que a vovó Clarisse deixou pra ela. Somos viajantes. Não foram as pedras ou as mulheres de branco que fizeram a gente viajar no tempo. A minha mãe só... acidentalmente canalizou aquele poder e veio parar aqui.

—Canalizou?

—Viajantes são... não. Eu não posso contar. Mamãe disse pra eu não contar pra ninguém.

—Pode contar pra mim. 

—Não. Porque se eu contar ou vão me internar ou tentar me queimar viva.

—Pode me contar querida, eu não vou contar pra ninguém. Nem te internar ou te queimar.

—Você jura?

—Eu juro.

—Viajantes são bruxos de um tipo muito especial. Se canalizarem poder suficiente, podem viajar no tempo. Bruxos são servos da natureza, o nosso poder vem da terra, do fogo, do ar. Da natureza. Essa não é a primeira vez que eu viajo. No meu aniversário de seis anos, minha mãe me levou para o século vinte e um.

—Aqui Briana. Galinha preparada ao modo húngaro. Era a favorita da sua mãe.

—Obrigado tia Jenny.

Jenny colocou as velas na mesa e Briana começou a comer.

—Que droga. Não consigo encontrar o acendedor.

—Deixa, tia Jenny, eu acendo.

Então, as velas simplesmente acenderam.

—Você fez isso?

Como estava de boca cheia, ela simplesmente fez que sim com a cabeça.

—Como?

—Magia. Os cientistas chamam de pirocinése. A habilidade de gerar fogo com a força da mente.

—Pode fazer mais coisas como essa?

Ela engoliu e respondeu:

—Posso. Mas, os cristãos ingratos. Mentirosos. Nos forçaram a se esconder, a mentir. Os mortais falam de Deus, de paz e matam porque acham graça. Deus criou todas as coisas, mas foram os homens que decidiram o que era... errado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Outlander-Viajantes no tempo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.