A Change of Life escrita por Raykel


Capítulo 3
Oliver Queen


Notas iniciais do capítulo

Esto aqui de volta, pessoal
Sinto muito se demorei, mas quero dizer que ainda estou dentro do que prometi (seria essa semana mas sem dia fixo)
Eu gostei muito de escrever esse capitulo, me senti como se estivesse dando um conselho a uma amiga, espero que sintam isso ao ler.

Boa Leitura...



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Quando olho rapidamente para o banco de trás, vejo The a Tommy conversando com Felicity e a fazendo rir constantemente. Não estou prestando muita atenção no assunto deles agora, mas o simples fato de saber que eles se deram bem com minha namorada, me tranquiliza de uma forma que eu não sei explicar.

Descemos do carro, quando o mesmo para em frente ao hotel.

— Então, Oliver Queen mora em um hotel? – Tommy diz, e eu sei que ele está me provocando – Sua mãe vai ficar doida quando souber disso.

— No momento, não me importo com a opinião dela sobre como estou levando minha vida.

— Isso mesmo – Thea aparece ao meu lado – Não deixa a mamãe te controlar.

Felicity segura minha mão, enquanto eu mostro o caminho. Eu já havia feito as reservas pra eles, então só avisei que eles chegaram, para pegarem as chaves.

— E quando vamos conhecer a cidade? – Thea pergunta assim que entramos no elevador.

— Depois do almoço podemos caminhar na Avenida, basicamente aqui ficam os nossos lugares preferidos, certo Felicity?

— Sim – Ela parece animada quando responde – Nós podemos ir na Casa das Rosas, acho que você vai gostar de lá, Thea. Existe um mistério que ninguém consegue resolver sobre aquele lugar.

— Um mistério? – Pergunto confuso, não me lembro de nada disso quando estivemos lá.

— Você não estava prestando atenção no guia quando te levei lá. Não tirava os olhos de mim.

— Porque você era a rosa mais bonita naquela casa. E eu estava preparando em minha mente o discurso pra te pedir em namoro, naquela varanda.

— Cuidado! – Tommy diz nos assustando – Vou acabar com diabetes, com toda essa doçura de vocês dois.

— Eu achei fofo – Thea nos encara sorrindo – Quero muito conhecer esse lugar, pelo mistério e pelo toque romântico.

O elevador apita, avisando nossa chegada no andar solicitado, e as portas se abrem antes que alguém possa dizer mais alguma coisa.

— Esses são os quartos de vocês – Aviso, indicando as portas, uma de frente para a outra – O meu é o do fim do corredor. Felicity e eu vamos esperar lá embaixo, enquanto vocês se arrumam pra irmos almoçar.

— Eu preciso mesmo de um banho – Thea diz, já abrindo sua porta.

— Ah, mais uma coisa – Digo me voltando para os dois – Não estamos em Starling City, seguindo as rígidas regras dos nossos pais. Então vou levar vocês pra almoçar no Top Center Shopping, e não num restaurante chique que idolatra nossos sobrenomes.

— Acho melhor irmos no Shopping Cidade São Paulo, ele é mais perto e eu estou com fome – Felicity diz, e eu assinto rindo de seu comentário.

— Vamos almoçar num shopping, legal – Minha irmã diz com um largo sorriso no rosto.

— Top? – Meu amigo parece confuso – Tipo, ele é superior a todos os outros Shoppings daqui?

— Achei que Top fosse uma gíria aqui no Brasil – Minha irmã passa a ficar confusa também.

— Não se preocupem – Felicity os tranquiliza – É apenas mais um shopping comum. E aqui no Brasil, Top é usado tanto como uma gíria em alguns lugares, como pra indicar uma classificação dos melhores de algo. Mas não sei porque esse é o nome de um shopping.

— O português é confuso mesmo – Eu completo – As vezes, acho que eles aqui dizem muita coisa da forma errada, e eu acabo não entendendo.

— Ou você que é péssimo mesmo – Tommy diz, e entra no quarto fechando a porta antes que eu possa alcança-lo.

— Não se preocupa, maninho – Thea me encara – Um dia você aprende a falar português.

E a mesma também entra no quarto, fugindo de mim, assim como o irmão fez. Felicity apenas ri da cena, depois começa a me puxar de volta em direção ao elevador.

— O que achou deles? – Pergunto quando ficamos sozinhos no elevador.

— Incríveis – Ela tem um largo sorriso no rosto – Eles são mais divertidos do que eu imaginei.

— Você não sabe como isso me tranquiliza – Eu a abraço por trás, permitindo que ela apoie a cabeça em meu peito.

— Posso ver o quanto vocês três se amam – Ela parece pensativa – Thea é uma graça, já quero fazer dela a irmã que eu nunca tive. O Tommy diz algumas bobagens e adora te provocar, mas sei que ele é leal o suficiente pra te ajudar a esconder até um corpo, se precisar.

Respiro aliviado. Tudo que eu mais queria do dia de hoje, era que as três pessoas mais importantes da minha vida se dessem bem, e funcionou.

Eu e Felicity conversamos sentados em um sofá do saguão do hotel, até que avistamos Tommy e Thea saírem do elevador, os dois parecem discutir.

— Eu disse pra você ir falar com ela antes de ir me buscar, antes de entrarmos no avião – Ouço Thea dizer, quando eles se aproximam de nós.

— Eu ia, mas ela estava dormindo – Tommy também parece nervoso – Esqueceu que nós saímos de lá a noite?

— Isso não justifica, Tommy. Deveria ter pelo menos avisado ela assim que pousamos.

— Não deu tempo – Tommy levanta os braços, depois os deixa cais na lateral do corpo, parece frustrado com alguma coisa.

— O que aconteceu? – Felicity quem pergunta.

— Aconteceu de eu ser presenteada com dois irmãos, um é esperto, e aparentemente mantem sua garota por perto – Thea troca o olhar entre mim e Felicity – Já o outro, é tão inteligente como uma porta, e está prestes a perder sua garota por uma besteira.

— Eu não estou prestes a perder ela – Tommy reclama, parece não se ofender pelo comentário sobre sua inteligência, mas ficou irado por falarem dele perder essa tal garota.

— O Tommy tem uma garota? – Eu pergunto surpreso.

— Não terá por muito tempo se não fazer alguma coisa a respeito.

— Eu vou ligar pra ela, daqui a pouco – Tommy ainda está nervoso, e eu ainda não entendo o porquê.

— E que garota é essa? – Aguardo uma resposta, mas Tommy parece que nem me ouviu, e Thea o encara esperando que ele faça algo.

— Você lembra daquela ruivinha que estudou com a gente no colégio? – Ele finalmente me olha.

— Claro, ela sempre te batia quando descobria que você tinha colado dela nos testes de química e biologia – Eu me lembro dos tempos da escola – Como era o nome dela mesmo?

— Caitlin – Tommy suspira quando diz o nome dela – O nome dela era Caitlin.

— Eu ainda não te conheço muito bem – Felicity diz ao meu lado – Mas isso aí foi um suspiro apaixonado?

— Foi sim, Felicity – Thea se aproxima de Felicity, e entrelaça seus braços no dela – Mas ele é lerdo demais, e vai deixar ela escapar.

— Então você está apaixonado pela Caitlin? – Toco no ombro de meu amigo, o puxando para a saída, enquanto Felicity e Thea nos seguem ainda grudadas e agora cochichando uma para a outra – Me conta essa história direito.

— A gente se encontrou a mais ou menos um mês – Tommy caminha ao meu lado, colocando as mãos nos bolsos e se rendendo a me contar a história – Ela estava linda, e eu a reconheci logo de cara. Nos esbarramos na entrada de uma lanchonete, e ela começou a me xingar por ter derrubado seu lanche no chão. Ela não me reconheceu, pois aceitou voltar e deixar que eu comprasse outro pra ela, ficamos conversando por muito tempo, até que...

— Ela lembrou que te odeia – Eu o interrompo.

— Sim – Tommy sorri – Mas nós nos demos tão bem. Chegamos a sair outras vezes juntos, mas ela parece ser o tipo de garota que gosta de dar um rotulo ao relacionamento, e você sabe que nunca namorei alguém sério, não sei ter algo com alguém como você e Felicity.

— Então aqui foi o primeiro encontro de vocês? Que fofo – Ouço Thea dizer atrás de mim, quando passamos em frente ao MASP e Felicity ri, antes das duas voltarem a conversar.

— Cara, e você acha que eu sabia o que estava fazendo quando chamei Felicity pra sair?

— Vendo vocês hoje, parece que você já tinha tudo isso planejado.

— Tá vendo esse Starbucks aqui? – Eu aponto para o local de trabalho de Felicity – Eu entrei e sai daqui por uma semana enquanto criava coragem pra chamar Felicity pra sair comigo.

— Eu não disse que ele estava querendo me chamar pra sair a muito tempo? – Ouço a voz de Felicity.

— Então ele estava nervoso quando foram ao museu? – Sorrio ao perceber que as duas atrás de nós estão falando de mim.

— Eu tenho medo de fazer besteira – Tommy abaixa a cabeça.

— Não precisa ter medo, afinal, você vai fazer no mínimo uma besteira, isso é garantido.

— Como tem tanta certeza?

— Eu dei um soco em um vizinho da Felicity quando vi os dois se abraçando e rindo um pro outro, pois pensei que ela estava me traindo quando estávamos namorando a dois meses. E eu não esperei uma explicação dela, não acreditei nela, alguns dias depois vi que aquele cara era casado e tinha filhos, então decidi conversar com ela. Felicity me perdoou, mesmo eu tendo agido feito um idiota.

— Você foi mesmo um idiota – Thea diz quando dá três socos nas minhas costas, Felicity apenas ri.

— Eu sei, e essa minha besteira não nos impediu, pois nos amamos.

— Então acha que eu devo arriscar, mesmo correndo o risco de fazer alguma besteira?

— Eu acho melhor você não fazer nenhuma besteira – Felicity acelera um pouco o passo e fica ao lado de Tommy – Se essa garota for realmente importante pra você, você deve sim arriscar entregar seu coração a ela.

— Mas ele já fez uma besteira – Thea também acelera, ficando ao meu lado, caminhamos assim pela larga calçada – Tommy não respondeu quando ela perguntou se eles estavam namorando, ele apenas saiu de onde estavam e foi arrumar as malas pra vir ao Brasil. E como ele não avisou que estava vindo visitar você, Oliver, ela provavelmente acha que ele não quer um relacionamento sério.

— É, você já fez uma besteira – Toco no ombro do meu amigo.

— Não tão tensa como o que você fez – Ele me olha começando a rir.

— Não tente mudar de assunto – Felicity chama a atenção dele – O que Oliver fez já ficou no passado, vamos nos concentrar em você e sua garota.

— Podemos encontrar um lugar pra comer primeiro. Nós chegamos, certo? – Tommy aponta para o alto prédio do shopping.

— Vamos entrar, e encontrar um lugar. Mas Felicity tem razão, você não vai fugir desse assunto – Digo, olhando para o semáforo aberto aos pedestres, atravesso a rua enquanto os outros me seguem.

Deixo que Tommy e Thea escolham o que comer. Depois de alguns minutos de discussão dos dois, eles optam por pedir um prato no Giraffas, vai ser a primeira vez deles comendo da culinária brasileira.

— Isso é maravilhoso – Thea diz, fechando os olhos e aproveitando o sabor.

— Mas você só comeu as batatas fritas – Tommy parece indignado.

— Não interessa, a batata daqui é diferente, é melhor – Ela diz antes de comer outra batata.

— E então, Tommy? – Felicity pergunta, e meu amigo a olha espantado – Conte-nos mais sobre sua garota.

— O nome dela é Caitlin, Felicity – Ele respira fundo – Ela é incrível, e eu até quero um relacionamento sério com ela, mas tenho medo de magoa-la, de faze-la sofrer, tenho medo de não saber como ser um bom namorado.

— Não existe um anual de instruções sobre namoro – Digo tomando um pouco de meu suco, antes de continuar – Isso se chama vida, não tem como saber que você está fazendo a coisa certa, até que dá certo.

— Mas e se não der certo? – Ele parece gosta dessa garota, pois está realmente interessado no que dizemos.

— Também faz parte da vida sofrer, mas você nunca vai conseguir viver se fugir de tudo que acha que pode dar errado. Você precisa acreditar em suas próprias ações, ter absoluta certeza de todas as decisões que tomar, e nunca fazer besteiras. Mas se acabar fazendo, saiba que sempre tem como concertar, ainda mais se for amor, quando se ama alguém, e é correspondido, então também exististe o perdão.

— Sabias palavras, meu amor – Digo a Felicity, depois do seu breve discurso.

— Pessoal, isso aqui é magnifico – Thea diz, com seu prato quase vazio.

— É arroz, feijão e filé de frango. Isso é o básico aqui no Brasil – Felicity sorri vendo minha irmã se deliciar.

— Eu tenho absoluta certeza de que quero ter a Caitlin em minha vida – Tommy nos encara sorrindo – Ainda não sei se ela sente o mesmo, mas estou disposto a descobrir.

— Daqui a pouco você liga pra ela, e se declara como quiser – Thea segura o braço de Tommy – Mas agora, você precisa provar essa comida. Eu já disse que amo o Brasil?

— Eu espero que dê tudo certo entre vocês dois – Felicity diz, se concentrando em seu prato.

— Eu também. Caitlin era legal na época da escola, nunca fomos próximos, exceto quando eu colava dela nos testes de física, mas diferente do Tommy, ela nunca descobriu que eu fazia isso.

— Eu já volto – Thea diz se levantando da cadeira – Eu vou ali comprar mais um pouco de batata frita.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso... Esse capitulo foi bem simples, me foquei em mostrar que Olicity esta firme e forte, o suficiente para dar conselhos ao nosso tão querido Tommy (olha o sorriso dele de quem ta apaixonado *-*)
Thea definitivamente esta apaixonada pelo Brasil, e podem esperar que ela vai continuar elogiando as coisas por aqui.
Eu quero saber o que estão achando, então aguardo vocês nos comentários.
O próximo capitulo será, como prometido, na semana que vem.
Bjs e até a próxima,



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