A Marota escrita por Ray Black


Capítulo 6
Capítulo 5




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Jane Potter

Isso não pode estar acontecendo, eu não estou apaixonada pelo amigo do meu irmão que eu nem conheço. É tudo um mal entendido, eu só gostei do perfume dele, ou melhor, do cheiro do perfume dele, só isso. Não posso nem pensar em gostar dele, tudo bem que ele é lindo, mas não o conheço, ele é meu primo e melhor amigo do meu irmão.

Tirei um livro da bolsa e cruzei as pernas começando a ler. Era um livro interessante, o titulo era 'Animais fantásticos e onde habitam' de Newt Scamander. Olhei pra o lado novamente e Sirius continuava a me observar e eu estava incomodada.

— Gente, eu vou lá dentro. Nos vemos depois. - digo e eles assentem.

Me levantei, guardando o livro e indo em direção ao castelo. Entrei e continuei caminhando pelos corredores até que ouço passos atrás de mim mas não me viro, continuo andando até alguém puxar meu braço.

***

Sirius Black

Quando vi Jane levantar e voltar pra o castelo, não me segurei e decidi ir atrás dela.

— Já volto. - disse para James que estava distraido olhando sua ruiva e nem me deu atenção.

Dei de ombros e levantei indo para o castelo. Andei em alguns corredores até achar ela, com seus lindos e sedosos cabelos negros balançando atrás de si enquanto andava tranquilamente pelo corredor. Andei um pouco mais rápido para alcançar ela e a puxei pelo braço fazendo seu corpo vir de encontro ao meu.

— Fugindo de mim? - sussurro em seu ouvido e sinto ela se arrepir. Sorri e olhei em seus olhos.

— N-não. Só não estou bem... - gagueija e olha pra baixo.

Caminho devagar empurrando ela a encostando na parede.

— Está sentindo o que? - pergunto cinicamente a mantendo na parede pelos ombros.

— Sirius... E-eu... Não sei. - diz parecendo desnorteada e eu ri chegando meus lábios perto dos seus.

— E como você iria na enfermaria sem saber o que sente? Não teria como Madame Pomfrey te curar... - digo olhando seus lábios mordendo o meu inferior. — Já eu, poderia te curar em um piscar de olhos.

— Sirius... - tenta dizer mas eu coloco um dedo em seus lábios.

— Shiii, não fala nada. - sussurro e beijo o canto de sua boca chegando a seus lábios e iniciando um beijo calmo.

Minhas mãos deslizam para sua cintura a puxando pra mim enquanto a mesma fica paralisada, apenas correspondendo o beijo com os lábios, as mãos ao lado do corpo. Começo a aprofundar o beijo e finalmente suas mãos sobem para meus ombros chegando aos meus cabelos. Sorri entre o beijo e a encostei na parede novamente indo junto, o beijo começou a ficar intenso e ela puxava levemente meus cabelos me causando arrepios por todo o corpo. Derrepente, ela posiciona suas mãos em meu peito e me empurra de leve separando nossos lábios.

— O que foi? - pergunto confuso, olhando para ela que estava de cabeça baixa.

— Não devíamos ter feito isso... - diz olhando em meus olhos agora.

— Hey, foi só um beijo. - digo rindo e ela balança a cabeça negando.

— Não, Sirius, não pode acontecer nada, nem um beijo, entre a gente. Você não entende. - diz e se solta de mim andando para o outro lado do corredor.

— Por que, Jane? - pergunto ainda mais confuso.

— Porque não, Sirius, sinto muito... - responde e sai correndo pelo corredor, sumindo de vista.

Droga, Sirius Black! Por que você beijou a irmã do seu melhor amigo e ainda esta sentindo esse vazio por ter sido rejeitado por ela? Será que... Não, não, eu sou Sirius Black, não me apaixono e eu mal conheço ela. Só a desejo por ser tão bonita, por ter aquelas curvas bem desenhadas, aqueles lábios perfeitos, aquele jeitinho que enlouqueceria qualquer um, e aquele cheiro maravilhoso de flores. Para Sirius, está parecendo um idiota.

Balanço a cabeça afastando esses pensamentos e começo a caminhar de volta para os jardins.

***

Jane Potter

Sai correndo dali e lágrimas escorreram em meu rosto. As enxuguei rapidamente e entrei em outro corredor esbarrando em alguém.

— Ah, me desculpe. - digo e olho para cima.

Era Theodore que estava parado ali, sorrindo pra mim.

— Acho que isso já virou destino. - diz colocando as mãos nos bolsos da calça.

— Err... Coincidência eu diria. - digo sorrindo de lado e tirando os cabelos do rosto.

— Pode ser também. Mas por que você está com essa carinha? - pergunta segurando meu queixo me fazendo encarar seus olhos claros.

— Não estou com carinha nenhuma. - digo e seguro sua mão a abaixando devagar.

— Vou fingir que acredito. - diz e se aproxima. — Eu estava mesmo te procurando, queria saber se... Não quer dar um passeio qualquer dia ou... Ir a Hogsmead no próximo final de semana, o que me diz?

— Pode ser Hogsmead no próximo final de semana. - digo sorrindo e ele sorri também.

— Okay então. - diz e me da um beijo na bochecha. Escuto passos e olho pra trás.

— Theodore eu estava... - era Régulo, mas não terminou a frase assim que me viu. — Olá, "priminha"!

— Oi, Régulo. - digo e abaixo a cabeça ao ver ele me olhar de cima em baixo mordendo o lábio.

— Theodore, preciso falar com você. - diz Régulo ainda me olhando.

— Claro! Jane, nos vemos por ai. - diz Theodore — Vamos, Régulo?

— Um minuto, Theodore, preciso falar com Jane. Vai indo na frente que eu já vou. - diz Régulo e Theodore assente andando pelo corredor. — Então, eu vi o clima entre você e meu irmãozinho no outro corredor.

— É muito feio espionar. Não devia fazer isso... - digo envergonhada olhando pra baixo.

Sinto sua mão gelada levantar meu rosto e segurar meu queixo me fazendo encarar seus olhos sinistramente azuis. Os olhos de Sirius passavam confiança e felicidade. Já o de Régulo, davam medo e eram bem mais escuros.

— Vocês estavam em um lugar onde qualquer outra pessoa poderia estar. - diz e me olha de cima em baixo novamente. — Você é muito linda...

—Obrigada.. Eu tenho que ir, se você puder soltar meu rosto... Eu agradeceria. - digo com medo do que ele poderia fazer.

Ele era bem mais alto que eu como todos os outros, bem mais forte e tinha desejo nos olhos.

— Mas por que eu te soltaria? - pergunta cínico.

— Por favor, me solta Régulo. - peço com as mãos segurando o pulso da mão que, agora, apertava meu rosto. — Régulo...

— Larga ela, Régulo. - manda uma voz conhecida atrás de Régulo.

***

Narradora

Sirius estava incomodado com a demora de Jane. Ele a procurou por todos os corredores de Hogwarts mas não a achou. Ouviu vozes em um dos corredores perto das masmorras e se aproximou.

— Por favorme solta Régulo. - ele conhecia essa voz. — Régulo...

Entrou no corredor e viu Régulo de costas pra ele, andou mais um pouco e viu que ele segurava fortemente o rosto de Jane. O sangue subiu a cabeça e ele foi na direção deles.

— Larga ela, Régulo. - diz Sirius e Régulo olha pra trás sorrindo diabolicamente.

— Ora, ora, ora, se não é meu querido irmãozinho. - diz Régulo soltando Jane que se encolhe na parede com uma mão no local onde Régulo apertava segundos antes.

— Por que ela? - pergunta Sirius se aproximando mais um pouco.

— Porque ela é linda, tem todas essas curvas. São muitas para uma garota de 14 anos. - responde Régulo olhando pra Jane novamente e a menina se encolhe mais ainda na parede.

— Não se atreva a tocar nela novamente. - diz Sirius fuzilando o irmão mais velho com os olhos.

— Ou vai fazer o que, irmãozinho? - pergunta Régulo debochado.

— Isso! - e como se fosse ensaiado, Sirius e Régulo pegam as suas varinhas juntas e apontam um para o outro. — Jane, sai daqui. Vai para o salão comunal, James está lá.

— Mas, Sirius... - a morena tenta dizer mas é interrompida.

— Vai, Jane! - diz Sirius e a garota assente começando a correr em direção ao salão comunal da Grifinoria.

***

Jane Potter

Subi correndo todos os degraus da escada até chegar no retrato da mulher gorda. Dei a senha e entrei ofegante, me encostei na parede e respirei fundo tentando controlar a respiração. Ouvi risos e sai de trás da parede vendo James, Remo, Pedro e um garoto moreno sentados rindo.

— James... O Sirius tá lá em baixo perto das masmorras, acho que duelando com o Régulo. - digo quase chorando.

James me ajuda a sentar em uma poltrona e se ajoelha a minha frente. Explico tudo o que aconteceu e quando estava terminando, Sirius entra pelo buraco do retrato. Eu me levanto e vou correndo ao seu encontro pulando nele lhe dando um abraço super apertado que o mesmo retribuiu.

— Nunca mais faça isso... - digo assim que me solto dele e seguro seu rosto fazendo o mesmo olhar pra baixo.

— Mas... - tenta dizer mas o interrompo.

— Mas nada, Sirius Black! Me promete não fazer isso nunca mais, ainda mais por mim. Você nem me conhece direito, não faça isso, e ele é seu irmão. - digo e ele me da um beijo na bochecha.

— Não posso prometer mas por enquanto vou fazer isso só porque me pediu. - diz sorrindo e eu escuto o grito de três loucas descendo as escadas do dormitório feminino.

— Jane, você não sabe como ficamos preocupadas. - diz Lily depois de quase ter me matado sufocada de tantos abraços junto com Jessy e Lene.

— Você vai pro dormitório com a gente e nos contar tudo. - diz Lene com um sorriso malicioso e eu corei. Ela está falando de mim e Sirius.

— Okay.. - digo e vou ate Sirius lhe dando um beijo na bochecha e agradecendo pelo que ele fez. Dei um beijo em James dando boa noite aos outros e subi para o dormitório com as três loucas.

— Pode nos contar tudo. - diz Jessy me sentando na cama e ficando a minha frente assim como as outras duas.

— Bem, o que exatamente querem saber? - me faço de desentendida.

— Sobre o Sirius e você no corredor. - dizem juntas e eu me assusto.

— Okay. - digo e lhes conto tudo o que aconteceu fazendo as mesmas ficarem de boca aberta. — É isso. - digo quando termino.

— Nossa, não sabia que o Régulo tinha esse lado pervertido. - diz Lily ainda surpresa.

— Isso é de familia. Sirius também é assim, não é? - diz Lene e Jessy concorda.

— Eu não acredito! Você beijou o Sirius. Ou o Sirius te beijou, sei lá só sei que beijou! - grita Lily fazendo eu tapar os ouvidos.

— Isso ai, mas não devia ter acontecido. - digo soltando um suspiro cansado. — Melhor dormimos, amanhã tem mais um dia de aula cansativo.

Digo e elas assentem. Me troquei e deitei na cama dando boa noite as meninas e me virando para a parede na intenção de dormir. Mas os lábios rosados e os olhos azuis de um certo maroto não saiam da minha cabeça, me fazendo sorrir ao lembrar do beijo que ele me deu no corredor. Não foi meu primeiro beijo, mas nunca tinha beijado alguém tão profundamente. Com esses pensamentos, acabei pegando no sono.


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