Guerra Fria escrita por Annelise Pierrot


Capítulo 1
Capítulo Unico


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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A jovem mulher se olhou no espelho, corrigindo a maquiagem borrada pelas lágrimas.

Lágrimas falsas e forçadas.

Ela acabará de voltar da execução da própria irmã, execução armada por ela.

Ela ria pela estupidez de todos ao seu redor, eles julgavam facilmente e não precisavam de muitas provas para dar um veredito, o único crime de sua irmã foi ser albina e amar vestidos brancos.

Patético! 

Apenas por isso ela foi acusada de traição quando o rei e a rainha apareceram mortos com seus corpos totalmente congelados.

Os juízes nem se quer olharam para a outra princesa que se vestia do mais rubro vermelho e tinha uma personalidade explosiva, era irreal pensar que ela tinha algo a ver com gelo e frio.

Mas a verdade é que ela era extremamente fria, com um coração congelado e sem sentimentos.

Prova disso foi quando ela entrou no quarto de seus pais e os congelou até a última gota de sangue; ou quando correu até o calabouço aparentando desespero por sua irmã estar sendo a acusada de traição.

E agora chorava falsamente, pedindo a todos que a cercavam que tirassem uns dias de luto, antes de a coroar como a nova rainha.

Trancada em seu quarto, com suposta indisposição, ela revisava todos os tratados de comércio que o reino mantinha, decidindo seus próximos passos.

(...) 

Sua coroação foi grandiosa e em pouco tempo o povo aclamava pela nova rainha, apesar do coração frio, ela era gentil e amava seu povo.

É verdade que tinha alguns inimigo, principalmente depois do fim de alguns tratados e algumas alianças inesperadas, 

Mas tudo não passava de um jogo para ela, sentada em seu trono criava um inferno para todos que se levantavam contra ela.

Nada mais justo, afinal, ela era a senhora do fogo.

O que poucos percebiam é que o gelo também queima, e aqueles que perceberam foram congelados até virar cinzas.

Ela fez tudo isso com um sorriso calmo e inocente no rosto.

Cada guerra, cada morte, cada fim e cada começo.

Tudo manipulado com uma frieza digna de alguém como ela.

Todos ao seu redor eram fantoches, movidos por um coração distorcido e um sorriso caloroso.


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Notas finais do capítulo

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