Meia Lua escrita por Nanda Vladstav


Capítulo 31
Sobre o fim do mundo (e outras festas)




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— Que raridade, Cássio. Você bebendo?

— Essa merda ainda tem gosto de limpa-vidros, mas é o que vai me ajudar hoje.

Os cantos da boca estavam levantados, o olhar repleto de melancolia. — Estamos mais velhos agora que nos meus sonhos mais otimistas, o Fred casou com a Marina, Odin vai finalmente sair dessa lata de sardinhas tecnológica. É uma ocasião feliz, e não tivemos muitas dessas nos últimos anos... Só preciso de mais dois ou três desses pra aceitar que nunca mais verei vocês.

— Nada disso. Você não é obrigado a salvar o mundo ou seu tio, Cássio. Nunca foi. Se virem que não dá, venham pra casa, não é vergonha alguma. E se vocês conseguirem, nós voltaremos um dia. Isso não é um adeus.

— Além disso, você não vai se livrar de mim tão cedo, seu paspalho. — Mauro acrescentou, equilibrando outra garrafa e copos numa mão, batendo nas costas do ciborgue com a outra. — Vou cuidar do latinha aqui, Odin.

— Como você abriu a adega se a chave está comigo?

— Um mágico nunca... Ah, você sabe. — Sacou uma lata de goiabada de dentro da camisa.

— Não teria nenhum pacote de bolachas aí na cartola, teria?

Mesmo Cássio sorriu um pouco com a memória.

— Lembra mesmo o penúltimo aniversário do Cas, Fred. Da parte boa, pelo menos.

— Mau, se continuarmos bebendo com essa frequência, Marina vai pensar que somos um bando de alcoólatras. E tira o cavalinho da chuva, não durmo abraçado com ninguém hoje. Não bebo daquele jeito nunca mais.

Fred e Luca se entreolharam, e o loiro agradeceu em silêncio, enquanto Luca dava um sorriso matreiro, como se aquela lembrança amarga hoje fosse uma piada só dos dois.

A culpa e a raiva persistiram depois do suicídio de Joaquim, e dormir era tão impossível quanto usar a internet. Então Fred bebia das garrafas exóticas acumuladas numa sala, presenteadas por seu antigo chefe. O álcool o entorpecia o suficiente pra apagar por algumas horas e fingir estar bem no dia seguinte.

Era um lugar pra fugir, e teria bebido por mais que algumas noites se Luca não o tivesse flagrado. Sentiu-se tão envergonhado de si mesmo que lhe entregou as chaves do lugar e não retornou mais. Aprendeu sua lição, e Luca nunca mencionou o assunto.

— Então que sorte que ela está com sono tão cedo, não é Mauro?

O mago olhou por sobre o ombro e confirmou com a cabeça, num sorriso lupino.

— Ela está indo pra cama agora. Só vai acordar pela manhã.

— Nessas horas me pergunto quantas vezes você já fez esse truque de “dormir cedo” comigo. — Fred respondeu olhando desconfiado pra Luca e Mauro.

Mauro riu e estendeu o copo num brinde.

— À Festa do Fim do Mundo. — Os três se juntaram e beberam.

— Ei, tem mais daquela bebida verde por aí, Fred?

— Claro que não, ou o Mauro teria bebido tudo de novo. Estávamos muito malucos, bebendo absinto puro daquele jeito.

— Você não disse há um minuto que não iria beber demais dessa vez? Não precisa de desculpa pra dormir daquele jeito de novo, Cas. É só pedir, seu ciborgue enrustido.

— Ah, vai te ferrar, Mau, não sou você. Quando chegamos naquela garrafa verde, certeza que você beberia até álcool combustível se tivesse por aqui. Não sei como não morreu de coma alcoólico.

— Porque eu sei e aguento beber, paspalho. Numa aposta, eu enterraria os três fracotes aí tranquilamente. O que foi, Fred? Aonde você vai?

— Tenho certeza que guardei a embalagem por aqui. Aqui está. — Voltou com uma bela garrafa de vidro e pôs no centro da roda. Os quatro olhavam pra ela, com sorrisos repletos de nostalgia.

***

Cássio tinha perdido a perna havia dois meses, e uma temporada chuvosa deixou tudo mais difícil. Tudo aquilo, aliado à fome constante, os deixou excepcionalmente mal-humorados. Naquela noite, Luca chegou pra jantar com uma sacola grande e uma expressão feroz pouco comum.

— Rapazes, hoje é aniversário do Cas. Estamos com fome, nessa chuva que não para, como diria o aniversariante, fodidos de todas as formas possíveis.

Os outros se juntaram, sem saber onde Odin queria chegar.

— Se nada mudar, a participação de todos nós nessa comédia trágica está perto do fim.

Desceu da cadeira e retirou metodicamente copos, uma faca, dois pacotes de bolachas e uma lata de goiabada, toda a comida restante no laboratório.

Por último, bateu uma garrafa de saquê no chão num gesto teatral.

— Então hoje eu digo: Vou comer como rei dos mortos que sou, e encher a cara até cair, e me divertir até não poder mais. Vou fazer dessa uma noite memorável, mesmo que seja o início do fim do mundo e não reste ninguém pra lembrar.

“Vocês estão comigo?”

O primeiro a pegar um copo foi Cássio.

— Gostei de ver, Odin. Melhor queimar de vez que apagar aos poucos. Tô dentro.

— No amanhã a gente pensa depois.

Fred olhou pra ele e não conseguiu disfarçar a tristeza.

— Não há esperança, então?

— Sempre há, Fred. Mas às vezes é preciso saltar com tudo pra ver o que se esconde do outro lado. Quer encontremos uma saída, quer acabemos na mais absoluta miséria, quero ter isso pra lembrar. Você vem?

O homem pegou o copo restante, uma luz diferente nos olhos.

— Estou com vocês, aqui e em qualquer lugar depois desse. Abre logo, Odin.

Beberam, e nenhum deles estava acostumado com aquilo. No fim da segunda garrafa, já tinham matado toda a comida. Cássio e Mauro estavam com um sorriso meio bobo na cara. Luca cantava, ainda muito afinado, as músicas de uma tristeza imensa. Os outros gritavam, riam e faziam pedidos, que eram atendidos.

***

— Como alguém esquece que perdeu uma perna, pelo amor de Deus? Não são as chaves de casa, porra! Como você queria dançar numa perna só?

Cássio riu alto em resposta. — Eu ainda a sinto lá. Meu pé até coça às vezes. Só esqueci de olhar, ué. E você nem avisou, só veio dançar também.

Fred fez uma careta ao lembrar. — Céus, vocês dois são horríveis dançando. Deve ter uma gravação daquilo no purgatório pra punir as almas perdidas.

— Mas ainda não sou pior que o Mauro cantando, disso eu lembro.

— Você fala demais, Cas. Deve ter sido por isso que eu te transformei numa girafa.

— Não foi sonho? Eu virei mesmo uma girafa? E um bule?

— Bule não, só girafa. É mais simpático como girafa, inclusive. Só foi difícil te segurar no lugar pra te transformar de volta. Passei duas semanas inteiras com dor pra respirar depois do chute que você me deu.

— Mas a melhor parte é que girafas são mudas.

— Na verdade, Odin, elas emitem sons, mas não é comum. Tem bramidos, mugidos, assobios... — Luca o interrompeu com um gesto.

— Deixa de nerdice, Fred. Aquela girafa ali era muda. — Apontou pra Cássio, que tentou fazer cara feia, sem sucesso.

***

Só o que conseguia fazer era rir e amaldiçoar os músculos doloridos depois de tantas quedas. Mauro estava mais barulhento que ele, até que mandou todo mundo ficar calado, olhando para os lados. Luca pareceu ficar sóbrio instantaneamente e apurou os ouvidos, tentando ouvir o que estava errado. Só o que ouviu foram guinchos distantes.

— Mas o que diabos... — O sorriso do mago era maníaco.

— Ratos! Tem ratos aqui!

Luca xingava baixo, daria um trabalho infernal se livrar daquelas pestes. Olhou pra Cássio, não entendeu o entusiasmo dos dois. O olho de Cássio brilhava, e ele quase salivava.

— Carne, Luca. Carne fresca. Vou pegar os garfos.

— Peraí, os garfos que a gente usa pra... — Fred olhou pra Luca enojado, mas os dois sumiram e por vários minutos, só ouviram o barulho de coisas caindo. — Acho que vou vomitar.

Os dois voltaram rindo, Cássio quase caindo e puxando Mauro junto. Chegaram aos trambolhões e ele foi meio sentado, meio jogado de volta na roda.

— Vocês...

— Amanhã a gente arruma a bagunça, tá?

— O que foi, estava com pena do rato, Fred? Ele escapou de nós dois e fugiu. Tapamos o buraco, Odin. Mas foi divertido, amanhã a gente tenta de novo.

***

— E depois de vocês voltarem da caça ao coitado do rato (que vocês assustaram tanto que nunca mais voltou), é tudo um borrão. Só me lembro de acordar na cama no dia seguinte, com uma ressaca do inferno. Algum de vocês dois lembra?

— Depois que voltamos, você nos apresentou a Senhorita Fada Verde. E aí... Sei que eu acordei abraçado no Mauro, e vocês dois não estavam em lugar nenhum.

— Fred, você saiu empurrando Odin, esqueceu? No fim da garrafa, você tava com uma expressão sinistra da porra nos encarando, parecia aquele cara do Iluminado.

— Você ainda é virgem, né Odin?

Os três encararam Cássio. — Você não tá tão embriagado assim, porra. Esse não é o tipo de coisa pra se brincar.

— Você tem razão, Mau. Me desculpem, falei mesmo merda. Claro que o Fred nunca, jamais...— a voz foi morrendo ao ver o Fred parado numa máscara de choque, encarando arregalado o vazio.

— Vocês podem nos dar um minuto? Agora? — Luca encarou os dois. Mauro agarrou-o pelo colarinho e puxou Cássio pra fora, enquanto ele ainda se desculpava.

— É a nossa deixa, imbecil. Cala a boca, não piora o estrago, Cássio.

— Puta que pariu, nem hoje eu consigo parar de falar besteira. Desculpe, Fred, eu não queria-

— Que inferno, Cas. Cala. A. Maldita. Boca. — Os dois saíram pelo corredor, Mauro ainda xingando Cássio pela sua burrice, pela boca grande, pela simples existência.

— Fred...

— Você vai dizer que eu nunca seria tão monstruoso assim... Mas eu não consigo lembrar. E no que posso me basear pra afirmar que jamais faria isso? Na minha sanidade? No meu autocontrole? Eu machuquei você, Luca? De qualquer forma?

— Não, Fred, claro que não. Você não me feriu ou me forçou a nada. Pare com isso.

— Eu sei que era descontrolado na época. Que já te espanquei antes, quase quebrei teu braço uma vez. Você e Mauro já mentiram pra cacete sobre os “dias ruins” — Carregou as duas últimas palavras de uma amargura irônica. — E o fato é que eu poderia. Eu não seria o primeiro ou o último filho da puta intoxicado a fazer sexo ou surrar alguém e não lembrar de nada no dia seguinte.

Olhou com nojo a garrafa vazia a um metro dele. — Merda, nunca deveria ter bebido de novo na vida. — Encarou Luca, o medo e a compreensão brilhando nos olhos.

— Você usou camisas compridas uma semana inteira. — Franziu a testa, esforçando-se pra recordar mais alguma coisa. — Em algum momento... Você estava no meu quarto. Por que você estava lá, Odin? Se te feri... Se existe a chance de eu machucar a Marina, por favor fala. Ou me impeça, pelo amor de Deus.

Luca olhou pra ele como um domador de feras num turno extra. — Você não fez nada comigo, Fred, quantas vezes tenho que dizer? Pela milésima vez: Não aconteceu nada, você me largou no caminho, deitou e DORMIU. Eu não consegui voltar pro meu colchonete, acabei dormindo lá. É sempre um esforço colossal pra te convencer que você não é um monstro, porra! Casei a Marina contigo, acha que faria isso se acreditasse que ela não está segura?

O fato é que também não lembrava de nada, só de acordar — Vestido, graças aos céus — ao lado de Fred. Tinha hematomas nos braços que não conseguia explicar, e o corpo doeu por uma semana inteira. Então criou uma verdade (bem plausível, na sua opinião), e a sustentaria até o fim da vida.

Parte de Fred sabia que Luca escondia algo, mas engoliu o desespero até só sobrar a obediência. Por um minuto, Luca sentiu-se numa volta distorcida do tempo, em que todos pareciam cachorros loucos e os obrigava a obedecê-lo com mentiras e ameaças. Ver Fred tanto tempo depois só calando e aceitando como um escravo o deixava com gosto de bile na garganta.

— Eu lamento, Fred.

Fred não levantou os olhos até ouvir a alteração na voz de Luca. O encontrou segurando seu braço, a testa franzida.

— Percebi só agora, nunca falei em voz alta. Lamento tanto.

Fred tentava entender a consternação na expressão do homem à sua frente. Estava um pouco tonto, mas Luca não fazia sentido algum.

— Lamenta pelo quê, Odin? O que você fez?

— Não veremos mais o Cássio por minha causa.

— O quê?

— Tudo que quis foi que vocês permanecessem vivos, mas olha o que fiz de vocês. Te reduzi a essa pessoa insegura e dependente. Mauro e Cássio, mas principalmente o Cas... Eu sabia, eu deveria saber o que matar tanto faria a eles, mas os obriguei mesmo assim. Agora ele não sabe mais viver como gente normal.

Pegou o copo meio cheio ao seu lado e bebeu o restante, tentando manter a coragem.

—  Não sei se algum de vocês me verá como algo além de Odin de novo. Droga, nem eu consigo ver além do filho da puta amoral que me tornei há tanto tempo. Não me arrependo do que fiz, farei ainda pior e mais rapidamente se necessário, porém ver vocês sofrerem as consequências das minhas escolhas... Isso eu lamento. De verdade.

— Espera, cara. Não é assim.

— Fiz o melhor que pude. Para nos manter o máximo de tempo vivos, proteger vocês. Sabem disso também, não é? Fred, por favor, não fique de joelhos.

— Não tenho cadeiras, e detesto conversar de cima. Precisávamos de alguém como você no controle. Mantendo um mínimo de normalidade, até que pudéssemos pensar direito. Droga, sem alguém mandando duvido que eu lembrasse de comer todo dia. Você é o melhor para tomar as decisões difíceis. Mesmo que eu não tenha gostado de muitas...— Viu uma das sobrancelhas do outro levantarem.

— Admito, de nenhuma, e ainda pense que deveríamos ter deixado o Jeremias entrar, nenhum de nós estava pronto praquilo. Diabos, como você estava?

Luca apontou pras pernas. — Depois que o mundo acaba uma vez, é mais fácil. Não nasci paraplégico.

— Você nunca me disse.

— Lembro pouco do acidente, eu tinha cinco anos. Mas lembro como era correr. Minha mãe uma vez me pegou em cima de uma árvore. Foi glorioso, e levei o maior sermão da minha vida. — Deu uma risadinha. — Mas é tudo história antiga. Do tempo que havia crianças, e quintais seguros.

— Quero dizer, Od... Luca, que você não é um filho da puta. Você é um sujeito generoso, paciente e altruísta como nunca vi. Não deveria olhar só os pontos negativos. Tem o direito de pensar nas vidas que salvou tantas vezes.

“Não tenho como agradecer o suficiente. Vou cuidar da sua saúde, como eu fazia aqui, e você vai morar comigo pelo tempo que quiser. Sei que a Marina vai concordar. Odin é só uma parte sua, e não te chamo mais assim se preferir. Não precisa carregar mais nenhum fardo sozinho. Eu estarei lá. Não como peso adicional, e sim como um amigo, se eu ainda puder.”

Fungou, enquanto olhava pro chão. — Mas só seu nome não expressa o respeito, a gratidão ou o amor que sinto. Mesmo com todos os defeitos, ainda é um amigo incrível. — Engoliu em seco, procurando as palavras certas. — Então gostaria de chamá-lo de pai, se pudesse. Eu posso?

Ouviram a briga no corredor, e a voz de Cássio se aproximando:

— Me solta, cacete! Eu preciso me desculpar direito! Chamei Fred de estuprador, porra! Eu não podia ter feito isso!

Num minuto, Cássio apareceu, com Mauro o segurando pelo braço. Viram os dois à beira das lágrimas.

— Odin, você tá chorando? Merda. Fred, você nunca faria isso, bêbado surtado ou não. De jeito nenhum, tenho certeza. Mauro me falou como era sua doença, você é um cara controlado pra cacete. Não tinha ideia do quanto. Nem precisa me desculpar, só... não faz nenhuma besteira por minha causa, pelo amor de Deus.

— Está tudo bem, Cas. Relaxa. Sem ressentimentos.

— Já passou, Cássio. E Fred...você pode. Obrigado.

***

Olhou o relógio. Depois que todos os outros dormiram, passou a ajustar as configurações do computador principal e dos auxiliares, mas tinha terminado. Caminhou pelos corredores um bom tempo, com medo de esquecer algo, até que parou ali. Luca o encontrou sentado diante do Arquivo. Nem sabia há quanto tempo encarava a parede transparente.

— Fred, estamos prontos. Sua bagagem e ferramentas estão lá. Você está bem? Precisa de mais tempo?

— Não, estou bem. Só estava lembrando. Boa parte da minha vida estava naquelas caixas, mesmo as ideias mais antigas, e agora é um ossuário. Meus projetos são cinzas. Aconteceu o mesmo com o mundo inteiro, acho. Meu lar virou uma prisão, e mesmo sabendo que não podemos mais viver aqui, deixar tudo pra trás e talvez nunca voltar é muito triste. Não sei se consigo explicar.

— Acho que entendo. Em nenhum outro lugar estaríamos vivos hoje, mas vi paredes e máquinas suficientes pra três vidas. Tanta coisa foi perdida, é lamentável mesmo. Você vai levar essa caixa?

— Não. É meu último invento nessa dimensão. — Abriu a caixa de sapatos e virou uma chave. O pequeno robô apoiou-se nas quatro patas pela primeira vez, e um visor acendeu onde seriam os olhos. Fred pousou a mão num afago, cruzando as pernas no chão.  

— Código de ativação 1959. Seu nome é Bidu II. — Em resposta, o robô balançou a cauda curtinha. — Ele vai manter as coisas ativas por aqui até... alguém voltar. Espero que seja eu. Cuida das coisas que amei por mim, Bidu?

O cãozinho robótico latiu uma vez, animado. — Você pode conversar com o computador principal quando quiser. Ela vai interagir com você, o nome dela é Titânia. Sua plataforma de carregamento é ao lado das telas, não esqueça de recarregar toda semana. Você é blindado e a prova d´água, mas não exagere. Cuide de si mesmo, está bem?

Deu um abraço tão sentido no robozinho que Luca sentiu-se um intruso. Fred levantou-se e enxugou o rosto. — Acabamos aqui, Luca. Vamos embora.


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Notas finais do capítulo

* Tem gente que bebe e fica alegre, diz besteiras ou metido a valente. E tem pessoas que nunca deveriam beber. Fred é uma delas. Depois disso, nem Fred nem Cássio beberam álcool novamente.

* Ninguém foi estuprado em nenhum ponto da história, ponto. Mas o que realmente aconteceu naquela noite... Isso é assunto pra uma outra hora.

*"O Iluminado (The Shining)". Se algum deles estivesse sóbrio o suficiente pra prestar atenção no Fred, se trancaria por uns quatro capítulos. Com um machado do lado.

* Eu precisaria ser uma escritora bem melhor do que sou pra descrever a relação entre Luca e Fred. É bem mais complicada que Cas e Mauro, e depois de muito lutar, a melhor definição que encontrei foi a desse capítulo.

* Existe toda uma conversa entre Cássio e Mauro ocorrendo em paralelo, mas não encontrei nenhum espaço pra colocá-la no texto. É basicamente Mauro dando uma baita bronca, porque Cássio não tinha ideia do que podia causar com uma frase daquelas para o Fred.

* Continuarei agradecendo a todos vocês, até o final.

* A seguir: Quem tem medo do escuro?



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