Danmed Curiosity escrita por Asiral


Capítulo 1
Danmed Curiosity


Notas iniciais do capítulo

Então... E-Eu ainda não sei como isso aconteceu haha

Eu sempre quis escrever algo com o Sesshōmaru, pois ele é um dos personagens que mais admirei quando criança, porém nunca imaginei que conseguiria, pois diferente do que estou acostumada a escrever, esse homem maravilhoso é frio, calmo e calculista.

Estranhei eu simplesmente começar a escrever sobre ele quando tentava pensar em outra fanfic ><
Esta musica anda presa na minha mente, pois eu planejo utilizá-la novamente (além do fato de ser linda), então foi inesperado acabar desenvolvendo uma fanfic com base nessa música, especialmente sobre esse casal ♥

Espero que gostem ♥



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"What are you smiling about?

I simply asked a question.

I don't care, I'm just curious."

― Sesshoumaru, InuYasha.

Ao longe os dourados olhos dele já podiam encontrar a pequena vila onde a humana que seu meio-irmão escolhera para viver juntos, residia. Algo semelhante como casar. Uma união. Patético, na opinião dele, porém aquele seria o mínimo que poderia vir a esperar de alguém como InuYasha. Uma aldeia simples e sem graça, carente de qualquer luxo. Mesmo sendo contra, no início, lembrou-se que aquilo fora uma decisão dela. Um pedido tímido e inocente o qual ele não conseguira forças para negar.

Enquanto viajava, caminhando e sentindo o vento balançar seus longos cabelos em tons prateados, ele se perguntava como havia chegado àquele ponto. Em seu misterioso silêncio, ele deixava sua memória voltar no tempo, recordando da primeira vez que a encontrou.

Estava esgotado. Sentado ao pé de uma árvore ele tentava se recuperar de sua última luta contra seu desprezível meio-irmão. Sentia-se irritado, frustrado por ter seu corpo e seu orgulho feridos pela arma que mais desejava possuir, a herança deixada pelo seu pai, a temível espada chamada Tessaiga. Uma bela lâmina capaz de matar mil inimigos em apenas um golpe, um presente que ele acreditava que deveria ser seu.

Silencioso, o platinado repreendia a si mesmo em pensamentos, repetindo que iria vigar-se e conseguir aquela espada para si, quando facilmente percebeu que estava sendo observado. Recordou-se que exigiu que seu observador se revelasse, não precisava utilizar quais quer ameaças, o simples tom sério e profundo de sua voz orgulhosa eram o suficiente para amedrontar até o mais forte dos monstros.

Então ela a viu. Com longos e ligeiramente bagunçados cabelos castanhos e de pele clara, uma miniatura de uma humana o observava com encanto, parecia suja e retardada o suficiente para não conseguir falar qualquer palavra. O guerreiro apertara os olhos levemente, desconfiado, não acreditando que tinha sido encontrado por uma criança e surpreendeu-se quando a menina desobedeceu suas ordens, aproximando-se dele timidamente, trazendo-lhe comida e água. Coisas desnecessárias, supérfluas. Ele não precisava da piedade de alguém tão baixo e nojento como um ser-humano. Ofendido pela gentileza da criança.

Era teimosa. Insistente. Todos os dias trazendo alguma coisa para ele, mesmo quando aparentava ter sido espancada, ela vinha até o platinado. Encontrou-se curioso com tamanha devoção, coisa rara para ele que dificilmente encontrava interesse em seres tão minúsculos. Sua curiosidade fora tanta que chegou a dirigir a palavra a ela, questionando aquele comportamento e estranhou quando a única resposta que ela deu, fora um feliz e largo sorriso. Encontrou-se intrigado, e sem perceber começou a aceitar a presença da menina, aceitando a rotina de sempre encontra-la em uma determinada hora do dia.

E em um especial, ela deixou de vir. Não que ele, o poderoso e famoso cão demoníaco, o lorde Sesshoumaru, se importasse com a vida de uma reles humana, porém a curiosidade parecia lhe cutucar a nuca, foi quando seu fino e sensível nariz sentiu o cheiro de fumaça e sangue. “Teria algo acontecido com ela?” Questionava-se curioso.

Libertou-se de suas lembranças quando seus pés ricamente vestidos encontraram um rio cristalino. O cheiro da terra molhada liberou outras lembranças, especificamente as quais o fizeram reviver do momento que reencontrou aquela garotinha de cabelos castanhos.

Era uma coisinha praticamente morta. Jogada no chão como uma mendiga, as roupas estavam aos trapos, todas rasgadas e sujas, e a pele tinha vários hematomas, cortes e machucados diversos. Lembrou-se que quase se permitiu a ter pena daquela criaturinha, porém o poderoso lorde não deveria se diminuir ao ponto de ajudar um ser humano.

Contudo algo naqueles dolorosos olhos castanhos o fizeram hesitar em sua decisão de deixa-la a própria sorte. Lembrou-se da pequena curiosidade que teve quando sentiu Tenseiga – uma espada considerada inútil por Sesshōmaru, pois tudo que ela podia fazer era ressuscitar criaturas, não mata-las. Um insulto em forma de herança que fora obrigado a carregar consigo – desejar salvar aquela criança que mal conseguia forças para falar um simples: “Ajude-me.” e como o seu orgulho parecia impedi-lo de larga-la ali. Convencido de que mesmo que fosse desnecessário e supérfluo, a menina desejou ajuda-lo e se esforçou em tentar cuidar dele, mesmo que o lorde tentasse inutilmente impedi-la.

Talvez tenha sido a sua curiosidade o verdadeiro motivo dele ter desejado utilizar a Tenseiga naquela criança semimorta. Sempre havia impedido a si mesmo em desembainha-la, pois nunca tivera qualquer interesse em salvar uma criatura prestes a morrer. Contudo aquela menina havia se provado ser digna de tal. Digna de ser salva pelo lorde Sesshoumaru.

Todavia nunca imaginou que após impedir a morte da garota, esta milagrosamente começasse a falar, apresentando-se como Rin e seguindo-o para todos os cantos, muitas das vezes irritando e provocando um de seus servos mais bajuladores, Jaken.

Suas viagens eram longas, quase intermináveis. Provavelmente essa seria a razão de ter acabado por sentir certa afeição por aquela criança. “Afeição, huh?” Pensava quase que desacreditando em suas próprias memórias. De fato, não sabia dizer quando Rin conseguira atravessar suas barreiras geladas, sutilmente conseguindo um lugar em seu coração de aço, ganhando espaço entre seu orgulho e seu dever.

Vai ver eu, Sesshoumaru, fui enfeitiçado.” Ironizava em pensamentos, deixando um mínimo sorriso aparecer em seus finos e elegantes lábios, criando uma desculpa pelas suas ações impensadas e tão incorretas perante ao seu código de honra. Fechando os olhos por um breve momento, ele respirou fundo, inalando os vários odores presentes na aldeia, procurando um em especial. Procurando por ela.

Quando finalmente sentiu o cheiro adocicado, percebeu algo de diferente em seu corpo. Parecia estar ansioso por reencontrá-la após tanto tempo. Por conta de suas viagens e vida eterna, era difícil para o platinado dizer quanto tempo havia se passado desde a última vez que a viu. Era inevitável questionar-se como Rin estaria e lá no fundo, mesmo querendo negar, torcia para que ela não tivesse envelhecido tanto.

Sesshoumaru seguiu o delicado odor, adentrando no bosque silenciosamente. Escutava a grama estalar a cada passo que dava, desviando cautelosamente pelas árvores e arbustos. Quando o cheiro se tornou forte, apertou os brilhantes e curiosos olhos, procurando por ela. Sabia que estava perto, podia sentir.

Então ele a viu. Sentada ao pé de uma árvore, ela observava a cristalina água correr preguiçosamente. Fora difícil para o platinado lidar com o pequeno choque ao deslumbrar a beleza jovial da moça. Arregalou os olhos ao perceber seu folego ser roubado ao encarar o corpo desenvolvido e delicado coberto por um quimono alaranjado, decorado com flores e galhos de cerejeira, e surpreendeu-se ao perceber que havia comentado mentalmente que as novas curvas combinavam com a jovem.

O rosto havia amadurecido, florescido. Tornara-se fino e delicado, enriquecido pelos olhos brilhantes, os lábios recheados, curvados em um tímido sorriso e contornado pelos longos e escuros cabelos castanhos. Ela parecia distraída, talvez fantasiando algo em sua mente criativa? Ele não sabia dizer.

Só sabia que seu corpo havia sido afetado por ela. Nunca pensou que seria enfeitiçado daquela forma, descer ao nível de seu estúpido meio-irmão e de seu adúltero pai. Jamais imaginaria que um dia desejaria ter uma humana como mulher. Tê-la em seu luxuoso leito. Tomá-la para si e satisfazer todo e qualquer capricho até então escondidos por sua elegante aparência fria e calculista.

Após um pequeno momento necessário para que o demônio pudesse absolver toda aquela informação, Sesshōmaru decidiu que era a hora de aproximar-se dela. Ele sabia que aquilo era errado. Muito errado. Algo que sua mãe o censuraria e que provavelmente seria julgado por todo e qualquer outro demônio que soubesse daquilo.

Porém aquela curiosidade o instigava, o provocava. Fazendo-o querer saber mais, conhecer mais sobre os segredos que Rin agora guardava dentro de si. Ansiava por assistir as expressões e reações da moça diante o seu toque elegantemente ganancioso e orgulhoso, ouvi-la falar seu nome com diversos tons de voz...

Senhor Sesshoumaru...” Ele acordou ao ouvir a madura voz da moça, acordando de seus desejos primitivos. Quando deu por si não estava mais rodeado pela vegetação, mas parado a frente da margem do calmo rio. Ela estava de pé, surpresa por vê-lo ali. Nas bochechas o carmim estava presente e os olhos castanhos brilhavam, encantada por encontra-lo.

Eu voltei, Rin.” Falou a grave e profunda voz dele, finalmente. Amaldiçoando-se internamente por ter deixado sua curiosidade enfeitiça-lo novamente, contudo não negava o sentimento de rendição, estranhamente desejando perder aquela batalha interna e ceder a aqueles misteriosos encantos.


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Notas finais do capítulo

Notas Finais:
O que acharam?
Espero que tenham gostado!

Como sempre, todo e qualquer comentário é mais do que bem-vindo ♥
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Beijos!



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