Lady Killer escrita por Asiral


Capítulo 1
Lady Killer


Notas iniciais do capítulo

Esta fanfic foi um presente dado à uma grande amiga ♥

Esta história foi postada anteriormente no site Social Spirit c:

Espero que gostem ~



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Com um suspiro, o jovem rapaz de curtos cabelos negros alongou seu cansado pescoço na tentativa de relaxá-lo e se libertar da tensão que era ficar em pé a noite toda recebendo os clientes daquele bar e restaurante. A noite estava fria e úmida, a cada minuto que passava, o moreno vestindo trajes ligeiramente elegantes para um funcionário se perguntava em pensamentos o porquê de ter aceitado aquele trabalho.

Tá certo que o pagamento é bom...” Pensava o rapaz fazendo uma careta. “Também ganho duas horas de intervalo para fazer o que eu quiser, eles preparam o meu jantar com base no menu e na minha escolha, volto para casa de carona...” Listava mentalmente as vantagens daquele emprego, utilizando os dedos para não se perder.

Também tenho a oportunidade de ver mulheres bonitas todas as noites...” Comentou em sua mente ao ver uma bela jovem caminhar pela entrada, cumprimentando o rapaz com um sorriso e um “boa noite” educado. “Esquece, esse é o melhor emprego do mundo!” Comemorou silenciosamente, apertando as mãos em punho em uma tentativa de segurar sua animação noturna.

Avistando um carro esportivo extremamente luxuoso e chamativo, o recepcionista imediatamente corrigiu sua postura, mantendo-se ereto diante de um cliente que nunca havia visto. Apertou os olhos ao ver um homem desembarcar do lado do motorista, parecia ser alto, possuía exóticos cabelos celestes, olhos quem compartilhavam da mesma cor, e vestia um terno azul marinho sem a gravata – arriscou-se em concluir que o estranho poderia ter vindo do trabalho –, o homem aproximou-se do recepcionista com uma expressão ligeiramente tediosa no rosto e adentrou no local sem nem se dar ao trabalho de cumprimenta-lo. “Eh... Esqueci que preciso lidar com gente assim também...” Murmurou com ironia, rolando os olhos perante o comportamento um tanto rude do recém chegado.

O azulado atravessou o salão do restaurante recebendo alguns olhares, os funcionários mais antigos acenavam discretamente para ele, este retribuía com um sorriso de canto e um mínimo movimento de cabeça. Com as mãos enterradas em seus bolsos, ele continuou o seu despreocupado andar até encontrar o seu objetivo: o balcão do bar.

Olha só quem resolveu aparecer.” Ionizou uma grave voz, o dono desta rapidamente apareceu no campo de visão do homem vestido de azul. O barman tinha longos e ondulados cabelos castanhos presos em um frouxo rabo de cavalo baixo, utilizava uma blusa social branca com os quatro primeiros botões desabotoados, revelando o largo e forte peito moreno e ligeiramente cabeludo, e os suspensórios pretos foram usados como um acessório para aumentar o seu charme, assim como sua barba por fazer. “Esqueceu que este lugar existe por acaso?

“Pois é, eu passei um tempo procurando um lugar melhor do que esta espelunca.” Ironizou o recém chegado, alargando seu sorriso provocador. “Não, mas sei que andastes sentindo falta do meu dinheiro na droga da sua conta bancária, não é Shunsui?” Retrucou o de cabelos azuis com um sorriso largo enquanto se sentava em um dos altos bancos dispostos à frente do escuro balcão de mogno. “Me dê o de sempre.” Pediu ao mesmo tempo que escutava o funcionário gargalhar.

Ah, Grimmjow, tu não mudas mesmo, huh?” Comentou Shunsui, já começando a preparar a bebida do amigo. Não se demorou em pegar a garrafa de whisky mais cara e despejar o ardente líquido âmbar em um copo com três cubos de gelo. “Por onde esteve? Resolveu tentar outros bares?” Perguntou curioso, apoiando os cotovelos na madeira lisa.

Não exatamente.” Respondeu Grimmjow provando sua bebida e estalando a língua ao sentir a amargura e a ardência se instalarem em sua boca, e descerem por sua garganta. “Na verdade, eu ando ocupado no trabalho.” Revelou com um pequeno dar de ombros. “A empresa andou tendo alguns problemas e eu quase tive que ficar noivo de uma maluca.” Suspirou com certa irritação. “Não sabes nem da metade.

Espera, espera.” Falava Shunsui balançando a mão direita à frente do amigo, claramente desacreditando naquela história que o castanho julgava ser absurda. “Tu, Grimmjow Jaegerjaquez, noivo?!” Ironizava quase que escandalosamente. “Desculpa parceiro, mas eu não acredito que uma mulher conseguiu te segurar até esse ponto.” Comentou de forma sincera e brincalhona.

Eu sei. Não faço ideia no que eu estava pensando.” Compartilhou da ironia enquanto ajeitava-se em sua cadeira, apoiando o lado esquerdo do corpo no móvel. “Mas chega de falar de mim. Percebi que resolvestes mudar algumas coisas aqui.” Observou enquanto deixava seus olhos celestes vagarem pela nova decoração do restaurante.

Sim, a Nanao abriu os meus olhos e resolvi mudar praticamente tudo aqui dentro.” Conversava tranquilamente, aproveitando enquanto não tinha qualquer pedido para atender. “Depois que nos casamos, ela me apresentou um novo projeto, então resolvemos abandonar as stripers e transformar o bar em um restaurante mais familiar.

As inesperadas novidades de Shunsui quase fizeram com que Grimmjow se engasgasse com o licor ardente, tossindo enquanto dava leves batidas no peito. “As stripers acabaram?!” Repetiu o azulado, deixando claro que tal assunto era mais importante do que o casamento do amigo. “E como pretendes me entreter agora? Só com a sua maldita bebida cara?” Questionava o cliente mudando sua posição, sentando-se de frente para o barman e apoiando o peso de seu tronco nos cotovelos a cima da bancada escura. “Aliás parabéns pelo casamento, mesmo que eu custe a acreditar que casastes com a sua administradora.” Ironizou com uma pequena parabenizarão, dando de ombros.

Antes de Shunsui pudesse retrucar as provocações de seu antigo cliente, a atenção de ambos fora roubada por uma voz feminina que ecoou pelo salão acompanhada pelo delicado som do piano. Grimmjow imediatamente encarou o pequeno palco iluminado com curiosidade, apertando os olhos em prol de conseguir enxergar melhor aquela que cantava uma melodia calma, falando sobre amor e paixão.

Ele arqueou as sobrancelhas ao se deparar com tal talentosa cantora. De estatura mediana e vestindo um longo vestido verde escuro, os orbes safiras dele se dedicaram a explorar as curvas da moça. O vestido o impedia de analisar as pernas, porém delineava bem os arredondados quadris, a fina cintura e o busto farto. A frente única da vestimenta cobria boa parte do dorso da jovem, porém criava um decote comportado, além de valorizar seus ombros claros e os braços finos.

Grimmjow ajeitou-se no banco mais uma vez, curvando o corpo na direção do palco até conseguir ver o rosto da moça. Ela era linda. Tinha cabelos em um tom que misturava o castanho claro e o ruivo alaranjado, os fios em tons semelhantes ao cobre estavam presos em um coque alto e simples, enriquecendo as delicadas e discretas joias usadas pela cantora. Os olhos dela eram mais claros do que o tom âmbar de sua bebida cara e ardida, eram brilhantes e extremamente concentrados em sua atuação graciosa. “Mas olha só isso...” Comentou o azulado em meio tom, assistindo a aquele show com um interesse fora do normal.

Opa, opa, opa!” Exclamou o dono do estabelecimento na tentativa de censurar as prováveis atitudes que Grimmjow tomaria a seguir. “Nada de dar em cima da minha cantora!” Proibiu o amigo de cabelos azuis e quando este questionou aquela reação escandalosa do amigo com uma careta confusa, Shunsui respondeu: “Eu te conheço muito bem, Grimmjow. Deixe-a em paz.” Orientou com firmeza. “Não sabes como foi difícil conseguir uma cantora talentosa e bonita para trabalhar aqui.” Reforçava o homem, torcendo para que seus argumentos fossem o suficiente para que o amigo desistisse de seus planos.

Mas eu não fiz coisa alguma.” Respondeu Grimmjow com um falso tom de confusão, fingindo não saber do que seu alarmado amigo dizia. “Estou... Apenas admirando sua mais nova atração, Shunsui.” Falou sem se dar ao trabalho de esconder seu tom sarcástico. “E devo dizer que é uma atração e tanto.” Comentou elevando o copo para cima, propondo um silencioso brinde à moça e lançando uma piscadela esperta para o barman antes de beber o líquido caro.

Nem pense nisso, Grimmjow.” Alertou Shunsui debruçando-se no escuro balcão enquanto estreitava os olhos castanhos em uma expressão quase ameaçadora e inclinando-se na direção do amigo de cabelos azuis, imediatamente expondo uma responsabilidade e preocupação fora do seu personagem o qual sempre preferia agir com uma postura relaxada e bem-humorada, facilmente demonstrando o quão sério era aquele assunto.

Grimmjow desviou o olhar da iluminada jovem cantora no palco até o companheiro barman, estudando o rosto sério de Shunsui por poucos segundos até resolver dar de ombros, dizendo: “Eu já pensei Shunsui, tarde demais.” Ironizou com um sorriso malando, arqueando as sobrancelhas anis brevemente em uma tentativa fajuta de fingir se sentir mal por aquele “pequeno acidente.” Logo soltando uma abafada risada e murmurando enquanto levava o copo de vidro mais uma vez aos lábios: “Já pensei em muitas coisas.” Comentou discretamente, voltando a encarar a talentosa ruiva continuar a cantar aquela delicada e apaixonada canção.

Grimmjow, estou falando sério!” Insistia o dono do estabelecimento dando um soco no mogno polido, fazendo um barulho surdo alto o suficiente para conseguir novamente a atenção dos olhos celestes de Grimmjow. “Não vá se engraçar para cima da Orihime!” Anunciou torcendo que o azulado desistisse daquela ideia perigosa e problemática.

Oh, ‘Orihime’, huh?” O rapaz repetiu apertando os orbes safiras rapidamente, ignorando a frustração presente no rosto de Shunsui e estudando a face da cantora com cuidado. “Que nome interessante.” Comentou enquanto observava os brilhantes de grandes olhos castanhos claros da garota, assim como os recheados lábios rosados, a pele clara de seu rosto, descendo até o fino pescoço nu. “É... Até que ela tem essa cara de princesinha mesmo...” Observou com um sorriso predador, não disfarçando o cinismo presente em sua voz grave. Ele pôde ouvir um suspiro pesado de Shunsui, logo perguntando discretamente: “Estou curioso, como é que vocês se conheceram?

Na verdade, ela é uma amiga da Nanao...” Revelou o barman distraidamente, sem perceber que estava sendo desviado do assunto e entregando toda e qualquer informação sobre Orihime para aquele que ele mais desejava manter longe dela, Grimmjow. “Ela apareceu aqui quando reinauguramos o lugar, eu a vi cantar no karaokê... E então depois fui atrás dela com a proposta de emprego.” Comentou com um sutil dar de ombros enquanto realizava um movimento com a mão direita, chamando um garçom e entregando-o três drinks diferentes. “Aqui, Izuru, pode levar.” Falou para o funcionário da cabelos loiros e depressivos olhos azuis.

Oh, amiga é?” Repetiu o azulado arqueando as sobrancelhas, revelando uma surpresa verdadeira, mesmo que cheia de sarcasmo. “Engraçado, eu não sabia que a Nanao escondia amigas tão bonitas assim.” Brincou enquanto girava o copo em sua mão direita, fazendo as pedras de gelo tilintar contra o vidro, logo repousando o copo no tampão de madeira escura, e imediatamente apontando para o recipiente, sinalizando em silêncio que estava vazio e que desejava uma segunda rodada.

Grimmjow, por favor.” Pediu Shunsui desistindo de ameaçar o amigo de cabelos azuis, logo preparando um segundo copo de whisky com gelo, já imaginando que repetiria essa ação várias vezes naquela noite. Afinal Grimmjow nunca bebia apenas um copo ou dois, e isso era ótimo para os negócios. “Isso não é uma boa ideia.” Falou finalmente, colocando o copo a frente do seu freguês problemático.

Por que não?” Questionou o azulado deixando sua bebida descansar por alguns segundos antes de leva-la aos lábios e saborear o líquido ardente. “Ela é casada por acaso?” Questionou após sentir o drink levemente gelado descer pela garganta, criando um rastro quente.

Shunsui fez uma careta pensativa enquanto encarava a figura graciosa de Orihime cantar e caminhar lentamente pelo palco até um piano negro disposto no lado direito da plataforma de madeira, cuidadosamente se sentando e se preparando para a próxima música. “Bom, não que eu saiba...” Respondeu ingenuamente, rapidamente fechando os olhos com força, profundamente se arrependendo de ter revelado isso à Grimmjow.

Então não vejo motivo para não a conhecer melhor.” Declarou o azulado aproveitando a tola brecha criada por Shunsui, adquirindo uma postura vencedora com traços de arrogância e relaxamento. “Se bem que mesmo que ela fosse casada, isso não iria mudar muita coisa.” Ironizou dando de ombros, provavelmente não seria a primeira vez que ele se envolveria com uma mulher comprometida e “se daria bem”.

Grimmjow, qual é cara?!” Irritou-se Shunsui, socando mais uma vez o balcão. Já estava ficando cansado de tentar persuadir o amigo de cabelos azuis pela razão, decidindo apelar para a amizade deles como último recurso. “Somos amigos há muito tempo, será que não podes deixa-la pra lá?” Pediu torcendo para que sua nova tática funcionasse.

Até parece que não sabes com quem estás falando, Shunsui.” Respondeu Grimmjow com uma risada debochada, imediatamente dando um grande gole de seu conhaque, voltando a repousar o copo vazio no balcão e sinalizando com o dedo para o barman de cabelos castanhos lhe preparar outra bebida. “Ah, aproveita e me trás uns petiscos.” Pediu com um sorriso malandro, sabendo que mesmo que Shunsui estivesse furioso com ele, nunca iria expulsá-lo dali. Afinal, mesmo sendo um criador de problemas, Grimmjow era um cliente cheio de dinheiro.

É sério.” Insistiu o homem de longos cabelos ondulado com um suspiro, enquanto servia o terceiro drink de Grimmjow e preparava uma tábua de frios para o freguês. “Ela é extremamente rígida com o contrato dela, não sabes como eu sofri com o advogado dela.” Revelou Shunsui enquanto terminava de cortar e dispor cubos de queijos, e fatias de salame e lombinho. “Quando a convidei para trabalhar aqui, o cara me fez jurar que ninguém tentaria se aproveitar dela.” Explicou colocando a robusta tábua de madeira clara em cima do balcão, aproveitando para roubar um dos cubos de queijo parmesão.

Advogado?” Repetiu com certa surpresa, enquanto beliscava uma fatia de salame e deixava Shunsui pegar alguns dos queijos sem se preocupar muito com a gula do amigo. “Uh... Destemida, huh? Gosto disso.” Comentou com um quase elogio, voltando a encarar a jovem vestida de verde, a qual agora tocava um solo de piano com graça e simpatia, conseguindo facilmente entreter o público ali presente. “Mas confesso que ela não parece ser tão rígida assim... Ela me parece ser bem flexível na verdade.

Bom, sim ela na verdade é bem tranquila, o advogado dela que...” Shunsui se interrompeu ao perceber um novo olhar no rosto de Grimmjow. Um olhar de quem claramente estava se referindo a outro assunto. “Ah... Tá. Estás falando de outro tipo de flexibilidade não é?” Questionou o homem com um suspiro desaprovador, internamente questionando a maturidade do risonho azulado, o qual apenas se divertida com as reações do amigo, gargalhando alto. “Grimmjow, é sério, se ela comentar com o advogado que está sendo assediada, eu terei de pagar uma enorme indenização.” Falava o barman, imediatamente relembrando a gigantesca multa que teria de pagar e precocemente sentindo o peso em seu bolso. “Sem contar que a Nanao vai querer me matar!”

Isso é ridículo.” Protestou Grimmjow finalmente assumindo uma postura mais séria, porém sempre atento a qualquer chance de sarcasmo que poderia vir a aparecer. “Mais da metade dos caras aqui dentro estão olhando para ela e provavelmente pensando em como leva-la pra cama, e só eu recebo a bronca?” Questionou usando uma certa lógica a qual o azulado assumira que Shunsui não poderia discordar.

É porque és o único insistente o suficiente para conseguir isso.” Retrucou o barman diretamente, com uma voz ríspida e tediosa. Nem um pouco surpreso com a tentativa tola de Grimmjow em distribuir a culpa para todos os homens presentes naquele restaurante e sair quase impune.

Então achas que eu tenho chance?” Questionou o azulado debruçando-se novamente no balcão, ignorando mais uma vez as preocupações do amigo e já começando a planejar os seus prováveis movimentos, enquanto escutava Shunsui bufar de frustração. “Aliás, ela tem algum drink preferido?

Isso não vem ao caso!” Interrompeu o barman, começando a sentir a sua grande paciência ser esgotada e finalmente percebendo como é estar no lugar de Nanao, e ter de lidar com uma pessoa teimosa e que em momento algum lhe dá ouvidos. “Já tens o nome sujo na praça, Grimmjow!” Revelou em alto e bom som, apontando com o dedo indicado para o rosto do amigo de cabelos azuis. “Já se deitastes com quase todas as garotas que trabalharam aqui!

E daí?” Protestou Grimmjow dando de ombros, assumindo novamente uma postura arrogante e despreocupada. “Eu, certamente, não estou reclamando.” Ironizou com um largo sorriso, cheio de malícia e óbvias segundas intenções.

Mas eu estou!” Exclamou Shunsui socando mais uma vez o tampão de madeira escura, logo se afastando de Grimmjow, e dando a si mesmo alguns poucos segundos para respirar e recobrar a calma, escutando a voz de sua esposa, Nanao, repetindo em sua mente dizendo que não deveria ser visto perdendo a compostura na frente dos outros clientes. “A dor de cabeça que tive com as garotas choramingando e tendo ataques de ciúmes por sua causa.” Murmurou o castanho alto o suficiente para que o azulado escutasse e quando se viu mais calmo, voltou a se debruçar no balcão de mogno, e dizer: “Estou te pedindo, não como dono, mas como amigo, por favor não tente nada com a Orihime.

Ora, Shunsui, estás sendo melodramático.” Observou Grimmjow apoiando o cotovelo esquerdo na mesa do bar, lançando um olhar sério e reprovador para o amigo de longos cabelos ondulado. “Sabes que eu faria nada além do que ela quisesse.” Falou verdadeiramente, demonstrando que apesar de sua postura galanteadora – e mulherenga – ele sabia respeitar um bom “não”, mesmo que isso acabasse chocando-o inicialmente.

Shunsui se deixou soltar um pesado e cansado suspiro enquanto levava as mãos até as têmporas, massageando-as com força. “Esse é o problema.” Falou o castanho voltando a fitar o azulado. “Sabes muito bem como manipular as garotas e depois se aproveitar delas.” Revelou com uma incrível certeza, como se tivesse visto aquele teatro de sedução milhares de vezes – o que ele de fato havia assistido – e não havia gostado do resultado. “No início és todo charmoso e galanteador, e depois que consegues o que querias dás um pé nelas e some!

Oh, por favor, estás falando exatamente como a Nanao.” Protestou Grimmjow, apontando mais uma vez para o seu copo vazio e sinalizando que gostaria de mais uma tábua de frios como acompanhamento. “E se por acaso ela for a mulher pela qual eu vou realmente querer me casar?” Supôs com uma pergunta retórica, desviando sua atenção para Orihime que já estava em pé novamente no palco, cantando uma música descendente do jazz e do pop, a qual pedia para que seu “amor” não a deixasse, que ele ficasse com ela. “Imagina só! Podes estar no caminho da nossa felicidade!” Brincou Grimmjow com a possibilidade de eles ficarem juntos.

Ah, não me venha com essa!” Protestou Shunsui distraído enquanto preparava os queijos e a bebida, não percebendo Grimmjow discretamente chamar um segundo barman e sussurrar um pedido secreto. “És um perigo para essa garota!” Falava o homem de cabelos castanhos, finalmente entregando o pedido do azulado e arregalando os olhos ao perceber um delicado drink de cor azul celeste repousar na frente de Grimmjow. “Hey, o que está fazendo?” Questionou confuso quando percebeu o amigo chamar o garçom de cabelos loiros, Izuru, com um acenar de sua mão direita.

Enviando um presentinho.” Respondeu brevemente enquanto escrevia um pequeno recado em um guardanapo e, após terminar, imediatamente colocar o drink e o bilhete em cima da bandeja do garçom, e discretamente apontar para Orihime. “Esse drink é uma cortesia minha, okay?” Falou com uma piscadela esperta, aproveitando para dar uma gorjeta generosa para Izuru.

Ah, essa não...” Murmurou Shunsui ao perceber o loiro se afastar do bar e calmamente caminhar até o palco, oferecendo o drink para a cantora vestida de verde. “E lá vamos nós...” Falou já prevendo as possíveis confusões que aconteceriam, após perceber o olhar gentil e agradecido de Orihime cruzar com o oportunista e predatório de Grimmjow.


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Notas finais do capítulo

Enfim... O que acharam? Espero que tenham gostado ♥
Como sempre, todo e qualquer comentário é sempre bem-vindo! ♥

Até a próxima! ♥



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