O Corvo e a Cotovia. escrita por Lauren Judge


Capítulo 1
Primeiros Contatos.


Notas iniciais do capítulo

Olá Pessoal. Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Recentemente comecei a ler umas fanfics de extrema qualidade sobre O Fantasma da ?“pera aqui, e me senti inspirada a fazer a minha também.
No meu caso, é um crossover entre fantasma e Os Miseráveis, e peço que tentem não se incomodar com a liberdade que tomei de manipular a linha do tempo de ambas as histórias para que elas pudessem coincidir.
Bem, eu sinceramente espero que gostem, e peço que deixem seus feedbacks nos comentários. Eu apreciarei muito tudo o que vocês tiverem a dizer!
Sem mais delongas, aproveitem a leitura!



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Paris,1835.

Naquela noite, a ópera de Paris brilhava em todo o seu esplendor habitual. Coches e mais coches com os maiores figurões da alta sociedade parisiense paravam em frente á elegante fachada do teatro. Estavam naquele mesmo dia reinaugurando o teatro após o trágico incêndio que o deixara bastante danificado pouco menos de 1 ano antes. Todos sabiam que o culpado era aquele que conheceram como Fantasma da Ópera, o gênio louco que manipulava os diretores da ópera sempre em favor de seus interesses, chegando mesmo a serem exibidas composições de sua autoria no local. Ele agora era um homem procurado pelas autoridades, mas todos imaginavam que, se estivesse vivo, sem dúvida havia de se esquivar de mais esse pequeno problema.

A peça que estavam apresentando naquela noite era “Fausto”, e a cantora principal seria, é claro, Christine Daae, que todos criam ser anteriormente a amante do misterioso Fantasma, mas que já estava casada com o Visconde Raoul de Chagny havia mais de 6 meses. A peça tornou-se célebre no ano anterior por conta da própria cantora, que fora sequestrada, pelo fantasma, sem dúvida, no fim da execução, deixando a plateia de cabelo em pé. Todos perguntavam-se se a cena se repetiria naquela  noite.

Destoando das luxuosas carruagens, chegou ao teatro um coche bastante simples, de onde desceram duas figuras: Um homem mais velho, trajando um elegante terno preto, e sua filha adotiva, já na casa de seus 20 anos, usando um belo vestido rosa claro com um decote redondo e respeitável. Suas louras melenas estavam presas em um coque despojado, com um pente de prata decorando-o. Seus nomes eram Jean Valjean e Cosette.

Jean Valjean era a personificação da capacidade de redenção da humanidade. Na juventude, pouco depois da revolução Francesa, Valjean costumava roubar comida para ajudar no sustento de sua irmã e seus sobrinhos, mas um dia fora apanhado e levado para as galés, onde fez trabalhos forçados por muitos anos. Quando recebeu sua liberdade, foi acolhido por um padre em sua casa, mas cometera novamente o erro de tentar roubar castiçais e talheres de prata de lá. Mas o padre, Benevolente, deixou que Valjean tomasse posse dos objetos, desde que usasse aquilo que por eles ganhasse para se tornar um novo homem. E foi isso o que Valjean fez. Não voltara á sua terra natal, uma vez que recebera a triste notícia de que sua família havia morrido, mas isso não o abalou por completo. Desde que tivera contato com o bondoso sacerdote, ele já fora industrial, prefeito de uma pequena cidade e agora, em Paris, tendo anteriormente sido o jardineiro do convento onde Cosette estudou, estava agora aposentado, tendo como única ocupação cuidar de seu dinheiro guardado e de sua filha, fazendo todas essas coisas sob identidades falsas, é claro.

Mas nem tudo eram flores na vida de Valjean: Após o episódio do quase roubo dos castiçais, um dos criados do padre o denunciara para a polícia, e ele teria sido preso, não fosse a intervenção do bondoso homem, que como já dito, alegou que havia lhe dado os objetos. Isso, contudo, não foi suficiente para tirar a polícia de encalço, e sempre que a situação se mostrava perigosa, Valjean tratava de mudar de identidade e endereço o mais rápido possível, pois se o pegassem, descobririam sua identidade como Jean Valjean, e isso o enquadraria como reincidente em seu crime, o que o condenaria á morte.

Cosette era sua razão de ser: Amava aquela jovem mais que sua própria vida, e esmerava-se em ser para ela o melhor pai possível. Assim como ele, Cosette também tinha uma trajetória dolorosa: Sua mãe, Fantine, a teve quando era extremamente jovem, fruto de uma noite com um homem com quem não era casada. Estando á caminho de sua cidade natal para procurar um trabalho, fez amizade com a dona de uma taberna, que prometera cuidar de Cosette em troca de uma pequena ajuda mensal. Fantine se alegrou com isso,pois acreditou que sua filha estaria melhor lá, mas Cosette era muito destratada naquele lugar, pois a viam como se fosse uma criada. Muitos anos se passaram naquela situação, até que um dia Fantine fora demitida de seu trabalho, a ajuda que devia ao casal Thenardier, que cuidava de Costte, aumentou, e ainda por cima viu-se muito doente. Jean Valjean, que era prefeito da cidade naquela época, compadeceu-se com a situação de Fantine, e prometera buscar Cosette para que pudesse ficar com a mãe. Mas justo nesses tempos, a polícia estava á seus calcanhares, e por isso, infelizmente, Valjean não conseguira reunir mãe e filha, pois Fantine morreu antes. Valjean, então, decidiu que ele mesmo cuidaria da menina. Foi então á taberna dos Thenardier, pagou-lhes uma boa soma de dinheiro, juntamente com uma pequena carta de Fantine, e levou Cosette para viver com ele. Ele e a menina já haviam vivido diversas situações juntos, e ao longo dos anos, sua relação não fez se não crescer em amor e carinho mútuo.

 Cosette estava deslumbrada com o teatro, pois era a primeira vez que ia á ópera, e estava segura de que nunca vira mais belo local em sua vida. Seu pai também parecia bastante impressionado com o lugar, embora demonstrasse um pouco menos de entusiasmo do que a moça. Enfim chegou a hora de todos se acomodarem em seus lugares, pois o show iria começar em poucos minutos. Sentados lado a lado, Valjean e Cosette apreciaram a linda apresentação daquela noite, que felizmente correra sem maiores surpresas, como na última vez. Realmente, não era exagero algum dizer que a voz de Christine era a mais a mais cristalina que Paris já tivera o prazer de conhecer. Mas tudo estava prestes a mudar na vida da jovem, ainda naquela noite.

Lá pelo fim da ópera, Cosette olhou de relance, coincidentemente para o Camarote número 5, aquele que diziam ser assombrado pelo fantasma da ópera, e que devia ser mantido vazio. Qual não foi sua surpresa ao perceber, por trás das cortinas da parte traseira do aposento, um objeto branco que dava a ideia de ser... Uma MÁSCARA!!!

Pelos Deuses! Então eram reais as crendices sobre o fato de o fantasma ainda estar vivo! Para não dar bandeira sobre sua descoberta, Cosette virou o rosto imediatamente e ficou estática. O mascarado devia ter percebido que ela o vira, pois olhando discretamente com sua visão periférica um minuto depois, não havia mais nada. Cosette então relaxou. Acreditou que fora somente impressão sua, e que nada havia de especial no camarote 5, pelo menos não mais.

“E então, meu amor? Gostou da ópera ?”

“Gostei muito, papai. Foi lindo.Obrigado por nos trazer aqui.”

“Sem problema nenhum, meu anjo. Só quero vê-la feliz!”

Então ambos embarcaram no coche que rumou para o sobrado que os dois habitavam. Após pagar a condução, Valjean e Cosette entraram na casa, e esta, sonolenta, apenas se despediu de seu pai e rumou para seu quarto, pronta para uma boa noite de sono.

Mas assim que atravessou a porta, uma coisa lhe chamou a atenção. Depositada sobre sua penteadeira, estava uma linda rosa vermelha, decorada com uma fita preta. Cosette, ingênua, começou a pensar em quem poderia ser o pretendente, ou mesmo se não era coisa de seu pai,enquanto uma figura negra que acabara de pular a cerca da casa rumava de volta á Ópera Populaire.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal,foi isso. Como eu disse lá em cima, eu apreciarei muito se vocês me deixarem comentários, e conforme for eu posso continuar a fic. Um muito obrigado a você que leu até aqui, um beijo, e tchau!



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