A chefe escrita por Little Girl


Capítulo 7
Capítulo 07


Notas iniciais do capítulo

Olá, obrigada aos que comentaram *-*
Boa leitura!!



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Um mês depois daquele domingo, Emilly não me chamou mais pelo nome, nem me tratou bem como antes. Tinha cumprido sua promessa e me dado mais trabalhos, depois do sucesso com o refrigerante. Mas não pense que ela me deixou em paz ou mudou meu cargo. Ainda continuava sendo capacho dela. 

 As visitas de Matt tinham se tornado mais frequentes e cada vez mais demorada, só Deus sabe o que eles faziam ali, eu apenas imaginava. Aquilo me incomodava mais do que deveria, com quem Emilly transava ou não, não era da minha conta, mas insistia em me importar..  

 Minha vida amorosa estava uma verdadeira merda, não conseguia dormir com ninguém e cada vez que um sabor diferente invadia minha boca era estranho. Queria sempre está tentando advinha se a boca de Emilly teria aquele gosto da desconhecida da vez ou ela sempre tinha gosto de hortelã como na noite do nosso beijo. 

Tinha revisado uns documentos que precisavam da aprovação da Emilly para enviar ao cliente, mas Matt já estava na sala dela a meia hora e não saia. Resolvi ligar para sua sala, talvez assim não pegasse nada no meio se abrisse a porta. Surpreendentemente, Emilly atendeu no primeiro toque. 

—Sim? - falou sua voz doce do outro lado da linha. 

—Preciso te entregar uns documentos. 

—E por que não veio antes? 

—Eu achei que você... – a ouvir suspirar. 

—Só venha logo, Austin. - falou me interrompendo.  

 Levantei com uma pasta mão, mas antes de abrir a porta, ela se abre e eu vejo Matt sair sorrindo para mim. Irritado passei por ele e fechei a porta, quanto menos eu o visse, menos o imaginaria com ela. 

  Me aproximei em silencio e entreguei a pasta. Quando estava pronto para sair, Emilly me chama e eu viro novamente para olha-la. 

—Por que você não entrou?  

—É que... 

—Achou que eu estava com Matt? Eu falei pra você na sua casa que seria apenas aquela vez. 

—Sua vida não me interessa. - falei amargo sem olha-la. Tinha medo de olhar e ela ver minha decepção. - Trouxe esses documentos para você liberar o envio. 

 -Você pode. 

—Obrigado. - Abri a porta. 

—Austin, feche a porta. - falou. -Vem aqui, por favor. 

 Relutante, atendi ao seu pedido. Eu estava gostando de não ter tido tanto contato com ela esse tempo, me fez esclarecer às coisas.  

 Ela levantou, descalça, como sempre ficava quando estava sentada em sua confortável cadeira. Não queria olha pra ela, mas foi mais forte, tinha adorado que a morena passou a usar jeans mais vezes, a deixava mais sexy que o normal.  

 -Emilly, não vamos nos complicar. - queria me afastar, mas seus olhos lindos me seguravam parado. 

—Eu quero nos complicar, Austin.  

 Falou se aproximando, não me mexia, agora não queria. Ansiava pelo seu toque. Queria tomá-la em meus braços. Beija-la até cansar.  

—Emilly... 

 Ela ficou tão próximo que eu conseguia senti sua respiração, a baixinha definitivamente tinha gosto de hortelã sempre. Fechei meus olhos, esperava que Emilly me afastasse e mandasse embora. Talvez recebesse outro tapa por estamos tão próximo. Talvez até fosse demitido. 

 -Austin? – sussurrou.  

 -Hum?- murmurei engolindo seco.  

 -Você acredita em mim, não é? Sabe que não fiquei mais com o Matt, certo?  

 Então era isso, estava usando seu poder de sedução que ela sabia que exercia em mim, queria ter certeza que eu não falaria dela pelo escritório. Abri os olhos e me deparei com os dela tão próximo que me assustei.  

 -Não se preocupe, senhorita. Sua vida não... 

 Não terminei de falar. Emilly me beijou. Colou nosso lábios tão forte que pude sentir meu lábio inferior se machucar com meu dente. 

 Passei os braços em sua cintura e a puxei para mais perto. Meu peito explodia com a sensação de tê-la tão perto. Sua língua Invadiu minha boa sem aviso, me fazendo gemer.  

 Suas mãos foram parar no meu cabelo loiro os desarrumando quando passou seus dedos delicados entre eles. Segurei os seus também, realizando meu maior desejo dos dias atuais, seus fios macios faziam cócegas em meus dedos. 

 Nós paramos de nos beijar lentamente. Do jeito que estávamos nenhum de nós queríamos nos afastar. Ela sorriu ainda abraçada a mim. Com mais um selinho, Emilly se afastou.  

 -Austin,  preciso pensar.  

 -Como assim? Achei que... 

 -Eu venho querendo te beijar desde aquele domingo no boliche. Te beijei agora, foi muito bom.  

—Então, o que você tem pra pensar ainda?  

—Isso, você é meu funcionário... 

 Estendi a mão para que ela parasse de falar. Respirei fundo para não estourar com ela, não estava acreditando no que ouvia. Maldita pirâmide hierárquica.  

 -Posso sair mais cedo hoje?  

—Austin... 

—Eu posso sair mais cedo hoje?- repeti.  

—Austin, Eu gostei do beijo.  

—Emilly.  

 Pedi olhando fixo em seus olhos, talvez assim ela visse a raiva que estava sentindo agora.  

 -Você, pode. Mas... 

 -Obrigada. 

 Sai como um relâmpago daquela sala tão grande, mas que me sufocava. Eu não acreditava no que estava acontecendo, criei tanta expectativa que acabei me decepcionando de quando o que queria finalmente aconteceu.  

 ... 

Era sexta-feira e Emilly não tinha vindo durante toda a semana. Estava frustrado, queria vê-la, mas ao mesmo tempo queria que ela não viesse nunca mais.  

 Suspirei, irritado por ter tanta dúvida em relação a uma mulher que até um mês atrás não suportava.  

 Já estava arrumando minhas coisas para ir embora quando Dez chega e senta em minha mesa.  

 -Levanta, aí não é um banco. Vai amassar meus documentos.- reclamei.  

 -Cara, Emilly te deixou bem rabugento. Acho que a chatice dela passou pra você através do beijo.  

 -Não seja idiota. - falei arrependido por ter contado a ele sobre meu beijo com Emilly. 

 -Vamos sair hoje?  

 -Não sei. 

 -Como não sabe? – Dez me encarou divertido- você vai mesmo deixar de fazer o que sempre faz porque Emilly te deu um fora?  

 -Não é isso... 

 -Então nem fala nada. Vai pra casa e toma banho, te pego as nove.  

—Vai se foder, Dez.  

   ... 

 Não era nem duas da manhã e eu já estava bêbado. Tudo girava e eu sorria muito, tirando o enjoo que ia e vinha. Dez beijava uma loira alta e bastante bem-feita de corpo. Eu dava fora em qualquer uma que se aproximasse de mim.  

 Estava com raiva de mim, queria ter uma mulher que só me dispersava.  

 Fui para fora da boate e tirei meu celular do bolso. Ligaria para ela, falaria o que estava preso. Liguei cinco vezes até Emilly atender.  

—Você sabe que horas são? - falou. 

—Você não pode fazer isso. 

—Isso o que? - falou confusa. 

—Ser uma vadia asquerosa, quando tudo o que você quer sou eu.  

—Olha como fala... 

—É isso mesmo. - falei irritado sentando na calçada. - Você me beijou porque queria. 

—Você também queria. - ela soou irritada. 

—Queria mesmo. Não tem uma noite que eu não queira você na minha cama, sua rabugenta. 

—Austin... 

—Shii... Cala a boca. Eu vou na sua casa, agora. 

—Não... 

 Antes que ela falasse algo, desliguei. Um táxi estava parado perto de mim. Acabei brigando com um casal por tomar o táxi deles, mas eu iria ver minha garota e ninguém me impediria. 


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