Mais lindo que a Lua escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 11
Híbridos no mundo


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/5nRi7hiknZk-Os irmãos reagem á morte da mãe.



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P.O.V. Doutora Danman.

Saber que vampiros, lobisomens e bruxas existem é uma descoberta científica sem precedentes.

P.O.V. Victória.

Ela revelou o segredo para o mundo! Vou esfolar ela viva!

—Como você pode fazer isso?!

—Foi sem querer!

—Sem querer?!

—Foi, mas quer saber... eu não me arrependo! Por gerações as nossas linhagens protegeram e mantiveram o equilíbrio e eles! O mundo é nosso também! Temos o direito de existir!

—Meu Deus!

—Ela meio que tem razão.

—Seremos caçados! Cobaias de laboratório!

—Então, lutamos. Nada mais de se esconder. Eu prefiro morrer lutando, do que viver nessa morte mais um dia!

—Agora vamos mesmo ter que lutar. Tem policiais e acho que a S.W.A.T. cercando o prédio.

—Eu vou sair.

—Não. Sem mim você não vai.

P.O.V. James.

Minha irmã acidentalmente revelou para o mundo que o sobrenatural existe, agora tem policiais e agentes do governo cercando o prédio.

—Saiam com as mãos para cima...

Falou o homem no megafone.

—Você esqueceu que eu e a minha mãe temos audição sobrenatural? Eu posso ouvir o seu coração batendo a dez quilômetros de distância!

—Coloque as mãos pra cima.

—Porque? Não sou criminosa. E você maninho? É criminoso?

—Credo não!

—Então, acabou a conversa.

—Fomos autorizados a usar força letal.

—Se você foi, então eu também. Não queremos lutar com vocês, só... cansamos de nos esconder.

—Rendam-se agora!

—Se você não parar de gritar... eu juro por Deus que eu vou quebrar o seu pescoço como um galho. Os seus gritos estão me deixando com raiva.

—Fogo!

Eles atiraram na gente, mas nenhuma das balas pegou em mim. Pegaram na nossa mãe.

—Mãe?

—Mamãe?

—Meu Deus, Senhorita Lyndon!

—Mãe! Não!

A nossa reação gerou uma massiva liberação de energia mística que fez todos os soldados voarem longe.

O meu pai desceu as escadas correndo bem á tempo de ver o corpo da nossa mãe entrar em combustão espontânea.

—Victória? Meu Deus! Victória!

Os soldados começaram a se levantar e eles pararam para ver o que estava acontecendo.

—Podemos trazer ela de volta. Vá buscar a pá de lixo e a urna que a mamãe colocou encima da lareira.

—Tudo bem.

—E traga uma faca!

P.O.V. General Hagar.

Eles colocaram as cinzas da mãe dentro da urna. Fizeram um corte na mão de cada um.

—O sangue de dois irmãos e as cinzas de um morto.

Eles misturaram o sangue deles ás cinzas da mãe e começaram a recitar um feitiço e logo a mulher estava inteira de novo. Vivinha da silva.

—Mãe.

Eles estenderam um anel para ela e ela colocou no dedo.

—Ninguém, tenta matar os meus bebês e vive. 

Senti os dentes da mulher afundarem no meu pescoço e então... escuridão.

P.O.V. Robert.

Desgraçados.

—Seus cretinos! Mataram a minha mulher! Vocês é que são os monstros.

—Você é o que?

—Humano. Mas, eu com certeza, não sou como você. Graças á Deus.

—Devia estar do lado do seu povo.

—Eles disseram que não queriam lutar. Mas, vocês invadiram a nossa casa e atiraram no meu filho, na minha enteada e na minha mulher. Quando eu casei com Victória, eu sabia exatamente o que ela era. Sabia sobre Marie-Jeanne, sobre o ex-namorado dela... eu sabia tudo. E eu a amo mesmo assim. Eu jurei amá-la e protegê-la enquanto ambos vivêssemos, eu estava lá quando ela se transformou em vampira e eu a amo mesmo assim. Vocês são uns brutos, uns ignorantes. Se não fossem as bruxas, o nosso mundo á muito já teria se afogado no próprio sangue. 

Eu ajudei a minha mulher a se levantar, tirei a minha camiseta e dei para ela vestir.

—Vamos. Vamos voltar pra dentro. Você não está bem.

Ela estava fraca e cansada. Assim que chegamos ao nosso apartamento, Victória desmaiou.

—Victória?!

—Ela não vai morrer. É só um efeito colateral do feitiço. Ela vai dormir por um tempo.

—Quanto tempo?

—Alguns dias pelo o que eu entendi. 

P.O.V. James.

Eu sou Kemble, minha irmã é Fiorentino, mas nós dois somos Carter. Porque Carter é o sobrenome de solteira da nossa mãe.

Depois do que pareceu ser uma eternidade ela finalmente acordou.

—Ai.

—Mamãe!

Nós a abraçamos.

—Você esteve dormindo por três dias.

—Suponho que ser gerada das cinzas seja muito para aguentar. Eu to com sede.

—Claro.

Depois dela se alimentar ela finalmente notou a presença de Neville.

—E você é amigo de quem?

—Meu. Bom, nosso.

—Nosso?

—Olá senhorita Lyndon.

—Oi Neville. Olhe pra você, já é um moço.

Ela se levantou e abraçou Neville.

—Espero que tenha ouvido meu conselho.

—Ouvi sim. Como se sente?

—Meu corpo todo dói, mas estou viva. Bom, morta viva.

—Acho que vai precisar de um fisioterapeuta.

—Agora que todo mundo sabe que eu sou uma vampira, vai ser meio complicado.

—Vamos arrumar alguém pra te ajudar mãe. Agora vai deitar.

Eu comecei a ouvir a confusão se formando lá embaixo e eu não fui o único.

Nós descemos correndo.

—Incrível!

—Dá pra me por no chão?

—Foi mal.

A minha irmã me colocou no chão.

—Cara como eu queria ser metade vampiro.

—Eu lembro de você. Está mais velha, mas... é você. A médica do hospital, eu lembro do seu cheiro. Você estava lá quando a minha mãe se transformou.

—Eu sou a Doutora Emily Danman.

—Marie Jeanne Carter Fiorentino.

—Eu sou o James Carter Kemble.

—Você é vampiro?

—Não. Eu sou bruxo, mas o meu pai é humano como você. Só que ele é um humano que literalmente nasceu no século errado.

—Como assim?

—Meu pai é o Conde de Macclesfield. Conde Robert Kemble. A fada madrinha desastrada dele acidentalmente o fez nascer no século errado.

—Fada madrinha? Fadas existem?

—Existem. Nomeei o seu veneno. Fadas, vampiros, lobisomens, bruxos e até mesmo o próprio Diabo. Ele era nosso vizinho quando morávamos em Los Angeles. Ele achou que seria engraçado tirar férias na cidade dos Anjos.

—O Diabo?

—Ele gosta de justiça. Ele é a justiça divina. Fomos no casamento dele e temos os filhos dele no facebook. Somos sobrenaturais não aberrações.

—O bebê de Rosemary existe mesmo? E tem mais de um?

—Eles são boas pessoas. E como os Nefilins são mais poderosos do que o anjo que os gerou e Lúcifer é o arcanjo mais poderoso já criado... Aaron e Jack podem fazer qualquer coisa. Aaron é o redentor.

—Redentor?

—Ele pode redimir qualquer um, de qualquer pecado não importa quão grave ele seja. Ele manda os anjos de volta pro paraíso.

—Redenção total?

—É. Mas, ele decide em quem ele usa. O poder é dele.

—E Jack?

—Se ele se sentir ameaçado ele vai te fazer atravessar a sala como um reflexo. Como um espirro.

—Eles fizeram a mãe deles voltar da morte! Com sangue, velas e as cinzas da defunta!

—E você a matou!

—Como você trouxe a sua mãe de volta?

—Magia. Não podemos trazer os mortais de volta, a morte é diferente para os sobrenaturais. A maioria de nós não vai nem pro céu e nem pro inferno, vamos pro outro lado.

—Outro lado?

—Uma espécie de limbo sobrenatural. Um feitiço feito á dois mil anos atrás por uma bruxa poderosa, pirada, obcecada e rejeitada.

—Feitiços podem durar tanto tempo?

—Podem. Feitiços antigos e poderosos são atados ou ancorados a algo ainda mais poderoso. A lua, um cometa, uma duplicata... qualquer coisa poderosa o suficiente. O outro lado foi feito a dois mil anos atrás e ainda existe o que significa que a Qetsyiah o ancorou em algo que pudesse existir tanto quanto ele. Uma imortal. Aquela que a traiu e roubou sua imortalidade e o seu noivo.

—A âncora... é uma pessoa?

—É. Amara não é mais a âncora. Foi feita uma troca e Qetsyiah teve seu poder drenado e dai ela morreu. E como ela, assim como você não passava de um ser humano não sobrenatural ela passou direto e foi embora.

—Embora pra onde?

—Provavelmente o inferno.

—Você é humano?

—Sou. Só que eu sou sobrenatural. Meu pai é humano e a minha mãe era uma bruxa, só que ela tinha essa ferida que não curava... ai ela bebeu sangue de vampiro e alguém afogou ela. Ela voltou em transição, completou a transição e agora ela é uma vampira.

—O que mais tem?

—O que quer dizer?

—De seres sobrenaturais.

—Eu sei lá. Sabe, o Frankeinstain? De Mary Shelley?

—Sim.

—O nome dele é Adam.

—O monstro de Victor Frankenstain... existe?

—Existe. E ele não gosta muito de ser chamado de monstro. Ele é caçador de demônios.

—Demônios também?

—É.

—E Grimms e a ordem de gárgula.

—Gárgula? Como os enfeites das catedrais?

—Não. Os enfeites das catedrais. Os Gárgulas foram enviados para a terra pelo próprio arcanjo Miguel para lutar contra as sessenta e seis mil legiões de hordas demoníacas enviadas pelo Satã na sua fase raivosa.

—Na sua fase raivosa?

—Eles são a primeira e mais complicada família do mundo! Lúcifer ficou puto da vida com o pai dele por te-lo expulso de casa e literalmente o mandado para o inferno. Ai ele decidiu criar os demônios e mandá-los para massacrar os mortais. Mas, o papai todo poderoso tinha um plano de contingência secreto. A Ordem de Gárgula. O que a gente chama de Apocalipse, eles chamam de almoço de domingo.

—O Apocalipse está vindo?!

—Não! O Apocalipse já veio e já foi e você nem percebeu.

—E o monstro de Frankeinstain?

Uma voz raivosa falou:

—Meu nome é Adam!

P.O.V. Doutora Danman.

Eu olhei para aquele que falava e... minha nossa! Dava pra ver as suturas. No rosto dele. Imagine o resto do corpo. Ele estava armado. Um machado de duas lâminas. O machado parecia pesado.

—Adam, larga o machado.

—Não. Não Terra.

—Você está assustando as pessoas querido.

—Agora que o mundo mortal sabe que os sobrenaturais existem, os demônios vão se aproveitar. Eles vão lançar uma guerra, contra o seu povo... exterminar a maioria, escravizar os que sobrarem.

—Demos um jeito no Naberius, destruímos os cadáveres humanos que ele armazenava de baixo do Instituto Wessex.

—Mas, não acabou.

—Agora a Ordem de Gárgula tem a ajuda do Jack e do Aaron. Eles sempre trazem de volta os que ascenderam. Menos Ophir e Keziah.

—Eu sinto falta deles. Eu me lembro de quando ela ascendeu, eu estava lá. Ofereci minha ajuda, mas ela queria ascender para poder estar com ele. Keziah era uma boa guerreira. Eles eram meus amigos.

—Eu sinto muito Adam.

—É uma pena que eles tenham trazido Guideon de volta. Ele é insuportável.

A moça riu.

—Ele é só rabugento.

—Lá vem eles!

Um verdadeiro exército de pessoas veio pulando de prédio em prédio.

—Eu vou buscar os sacramentais.

Num piscar de olhos Marie Jeanne foi e voltou armada até os dentes. Com flechas, um arco, facas, machados.

—Vai passando.

—Estamos bem. Obrigado.

—Isso não vai ajudar. Me dá as armas. Se eu não marcá-las não vai adiantar.

—Marcá-las?

—Vão ter que confiar em nós se quiserem viver!

P.O.V. Comandante O'Brian.

Eles fizeram um desenho nas armas.

—Pronto. Agora funciona. Mete bala nos desgraçados, não há almas dentro dos corpos.

Nós lutamos contra aquela horda de criaturas. Sempre que eles morriam, o corpo queimava e uma espécie de fogo descia para dentro do chão.

O Monstro de Frankeinstain e a moça, Terra eles assassinaram brutalmente as criaturas. Os sobrenaturais tinham reflexos inumanos.

Acho que levou uma hora para acabar com os monstros.

—O que foi aquilo?

—Você acaba de descender muitos demônios meu amigo. Demônios não tem alma, eles descendem ao inferno após a morte. É o fim para eles. Eles vão para o vazio.

—E como gárgulas descendem?

—Eles não descendem. São seres de luz e bondade, eles ascendem. Para o céu.



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