Invisível escrita por GraziHCullen


Capítulo 9
Bomba




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/76446/chapter/9

Como saber o que ainda não aconteceu? Como adivinhar as mortes alheias, sendo que elas ainda nem foram planejadas? Como demarcar vitimas, se elas ainda não foram escolhidas? Essas perguntas simplesmente não tem respostas, levando em conta que e impossível.

 

Eu tinha aceitado de bom grado a missão de ser a Garota Invisível, mas como cumprir com a minha palavra?

 

Quando eu sai do hospital eu estava decidida a salvar pelo menos uma vida. Talvez, em meu subconsciente, eu poderia ter acreditado que salvando lima vida eu compensaria a da mulher que morreu por minha causa. Mas, o que eu, jovem como era não conseguia entender e que cada vida tem seu especial, e que não pode ser recompensada.

 

Eu, de uniforme e transparente, fiquei andando pelas ruas. Tantas coisas ruins acontecem... Mas, onde acha-las?

 

Cheguei em uma parte onde, ate onde eu sei, costumam ocorrer assaltos. E onde, também, acontecem a venda de drogas. E, em ultimo caso, onde os mendigos dormem.

 

Mas, esse beco que sempre era frequentado, e pelas piores pessoas possíveis, estava vazio. A não ser por uma figura encapuzada, na qual demorei para notar.

 

Eu ainda mantinha-me invisível, portanto tinha a confiança de estar segura. Doce engano.

 

_Eu posso sentir você...- a figura falou. Sua voz era rouca, masculina e sexy. Eu conhecia aquela voz.

 

E eu também conhecia a pistola que ele apontava exatamente para mim.

 

A adrenalina imediatamente correu por minhas veias. Voltei a ficar visível já que isso parecia ser insignificante no momento. A figura escura se aproximou de mim, mostrando-me seu rosto, ainda encobrindo-o com sombras, deixando-o com uma aparência obscura, quase diabólica. Edward...

 

A frase que ele me disse na nossa ultima aula de tiro veio em minha mente:” Você esta apontando a arma para o cara errado...”

                                                                                                                                                                     

E agora ele estava apontando para mim. Tao irônico!

 

_Edward, abaixe a pistola. Você sabe tão bem quanto eu que ela não ira funcionar.- falei. Notei que minha voz tremia ligeiramente. Notei que minhas pernas estavam bambas. Notei que meu coração batia rápido e minha confiança desapareceu.

 

_Você esta certa, Isabella. Mas como matar algo geneticamente mudado para não ser morto?- ele perguntou. Com a pistola ainda apontada pra mim, deu outro paco para mais perto. Eu, sem nem pensar, me afastei. Algo nele gritava perigo, e meus sentidos estavam em alerta

 

_Você quer me matar Edward? Por que?

 

Eu senti os olhos dele nos meus. Eu pude ver lá dentro, mesmo com todas as sombras que o escondiam. Aquela cor intensa me deixava fixada, e eu soube que ele não queria estar ali.

 

_Você não quer fazer isso...- eu terminei, enquanto, com uma bravura idiota, me aproximei dele. Agora, apenas uns dois passos nos separavam, um deles, preenchido pelo seu braço estendido e a pistola, que mirava para o centro da minha testa.

 

Ele sorriu em escarnio e sarcasmo.

 

_Você não sabe de nada! Você não sabe o que eu estou passando. Sua vida fácil não e como a minha, então  não simule me entender, por que você simplesmente não faz. Ninguém faz!- Ele disse, alto demais, mas sem gritar.

 

“Aproveite a coisa que eu mais desejo no mundo... Liberdade”

               

Ele tinha me dito isso antes de eu me livrar do laboratório. Ele tinha me soltado. Qual era o sentido de ele tentar me matar agora?

 

Meu sangue gelou quando um barulho de carro derrapando foi ouvido. Ele tinha parado na entrada do beco e um homem saiu de lá. Um homem auto, loiro, bonito e de aparência bondosa.

 

Carlisle.

 

_Eu te dei uma ordem, Edward. Você não a cumpriu.- Ele disse para o próprio filho. Ele tirou algo do bolço e simplesmente jogou ao chão do beco. Esse objeto apitava- A traição e algo imperdoável!- ele terminou, entrando correndo no carro. Edward deu disparou com sua arma, só que a mesma já não apontava pra mim. A bala errou o Carlisle. O mesmo já se encontrava dentro do carro.

 

Eu acordei do meu choque, e tentei correr em direção ao carro, com uma esfera impenetrável já se formando em minha mão pronta para jogar em seu belo e caro carro importado e mandar tanto o carro quanto o dono para o inferno. Mas senti dedos em meu braços. Eles eram longos e finos, e mesmo com o tecido do meu uniforme entre nossas peles e senti o calor que me passava.

 

_vamos sair daqui!- Ele gritou- aquilo e uma bomba!

 

E antes que eu pudesse reagir, a bomba explodiu. Senti um puxão do Edward, e ele envolveu seu corpo em volta do meu, em um escudo humano. No segundo seguinte, tudo estava escuro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oque você quer que aconteça no próximo capitulo?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Invisível" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.