La Luna- Reescrita escrita por Lua Stew


Capítulo 12
Happy B-Day


Notas iniciais do capítulo

Voltei como prometido e sem mais delongas, mais um pouco de La Luna



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Passamos o dia no atelier entre uma prova e outra, Rose estava indecisa entre qual seria a melhor peça e era preciso fazer alguns ajustes. Meu conforto era que Jasper teve que passar pela mesma coisa e hora ou outra a ajudante de Rose acabava espetando ele o que era motivo de muita risada, pelo menos pra mim.

Depois de dá um pouco de atenção aos meus pais eu fui para meu quarto e dormi quase no mesmo minuto. Meu corpo estava cansado da viagem e tudo mais.

Acordei um pouco mais tarde no outro dia. Levantei e fui no banheiro fazer minha higiene e quando voltei estavam todos no meu quarto com largos sorrisos no rosto. Começaram a cantar parabéns enquanto eu sorria para eles, depois cada um veio me dá um beijo e um abraço e as lágrimas já empossavam em meus olhos.

—Nada de choro, vamos logo entregar os presentes. –Minha mãe falou animada. –Eu começo.

Sentei na cadeira que ficava no canto do meu quarto e meu pai me entregou uma caixinha com um pequeno laço em cima.

—Antes de abrir quero te dizer que eu e sua mãe pensamos muito no que te dá de presente, queríamos algo que tivesse realmente significado para você e algo útil na sua vida. –Meu pai começou a falar. Ele estava abraçado com minha mãe e ela mantinha um leve sorriso no rosto. Era a cena que mais me alegrava, todos eles felizes e serenos, já era o melhor presente que eu poderia receber. –Passamos por esse lugar e era realmente... sua cara.

Abri a caixa lentamente e dentro tinha uma chave presa em um chaveiro de uma miniatura do Big Ben. Meus dedos passaram pela chave e pelo chaveiro delicadamente tentando entender o que aquilo significava. Quando virei o chaveiro tinha uma pequena gravação. “La Luna 2.0”. Meus olhos encheram de lágrimas e naquele momento eu era um misto de felicidade e surpresa.

—É realmente o que eu estou pensando? –Questionei já com a voz embargada. –Eu não acredito que fizeram isso.

—Seu primeiro restaurante você batalhou para construí-lo sozinha, você passou por apertos até chegar no nível que está hoje. Apenas pensamos em te dá uma força para ir mais além. –Minha mãe disse. –Você pode optar por não abrir uma filial aqui, ou abrir se quiser. O espaço é seu filha, faça dele um paraíso se assim desejar.

—Oh mãe. –Levantei rápido e abracei os dois. As lágrimas já rolavam livremente e eu podia perceber que eles choravam também.

—Só pra deixar claro, isso não foi com a intenção de você ser forçada a voltar... Mas se quiser eu aceito. –Minha mãe informou rindo e eu ri lhes soltando.

—Você gostou? –Meu pai perguntou enquanto disfarçava que estava chorando.

—Claro pai, o senhor vai ter que me levar nesse lugar em.

—Pode deixar.

—Agora que começou desse jeito alto, já quero ir ali e te comprar um carro. –Jasper brincou.

—Há há, não precisa isso. Vocês sabem que se não me derem nada eu ficarei igualmente feliz.

—Sabemos, mas é muito melhor ver essa carinha de surpresa e felicidade. –Rose informou e me entregou um envelope.

—Tenho aqui ações ou o documento de uma casa? –Brinquei.

—Abre logo engraçadinha. –Jasper pediu educadamente. –Esse é meu e da Rose.

Abri o envelope e continha duas passagens para a Espanha. Minha boca abriu em um perfeito ‘O’ e depois eu sorri largo indo abraçar os dois.

—Muito obrigada. Eu queria muito voltar lá. –Agradeci

—Eu sei, você fala tão bem de quando foi lá e foi tão importante pra você porque você voltou determinada. –Jasper lembrou. –E a outra passagem é para o cara misterioso e isso foi ideia da Rose, está sem data então se programe e divirta-se. –Ele falou sobre o cara misterioso baixo para que somente eu ouvisse.

—Vocês são os melhores que alguém poderia ter. –Falei alto e demos um abraço em grupo. –Agora vamos tomar café porque eu estou morrendo de fome.

Quando terminamos o café, Esme ligou pedindo para minha mãe passar na S&C porque um cliente importante pediu uma nova alteração muito perto do prazo de entrega. Então fiquei apenas sentada no sofá lendo as mensagens de felicitações e atendendo os telefonemas. Estava assistindo o vídeo que o pessoal do restaurante havia me mandado. Estavam todos sorrindo e inconscientemente comecei a procurar um rosto naquele grupo, ele provavelmente ainda estava em casa.

Respondi mais algumas mensagens e deitei no sofá, quase no mesmo minuto o celular começou a tocar e atendi sem prestar atenção em quem se tratava.

—Bom dia, Swan! –A voz carregada de sotaque surgiu na outra linha e sorri brevemente.

—Bom dia, Cullen! –Respondi.

—Eu não sabia muito se deveria lhe enviar uma mensagem ou uma ligação... Acabei ligando mesmo. –Ele pigarreou meio nervoso e eu tive que rir da sua falta de jeito quando não sabia o que falar. –Eu quero te desejar um feliz aniversário, que tenha sempre o melhor que o mundo pode lhe dar. Não só hoje como em todos os dias e todas as coisas clichês que se deseja no dia do aniversário.

—Obrigada. –Ficamos em silencio. Era possível ouvir sua respiração regular, mas não tinha nada que pudesse ser dito assim a distância. –Você vem?

—Eu não estou conseguido passagem para a sexta de noite ou o sábado de manhã, mas se eu conseguir vou sim. Você me pediu, então...

—Porque não vem sexta pela manhã?

—Porque eu ainda tenho que trabalhar, tenho uma chefe muito rigorosa sabe.

—Tenho certeza que sua chefe concorda com isso.

—Se é assim, vou falar com Garrett e Kate e se eles concordarem eu estarei ai, mas eu quero uma coisa.

—Que seria?

—Quero que saia comigo na sexta, dá uma de turistas e apenas curtir Londres juntos.

—Posso fazer isso.

—Então combinado. Até sexta, Swan

—Até sexta, Cullen. –Alguns segundos em silencio e desliguei o telefone. Suspirei e me acomodei mais no sofá, quando olhei para o lado Jasper me olhava com curiosidade.

—Ou você passou de inimiga a melhor amiga de Edward ou ele é o cara misterioso. –Jasper falou pensativo e foi andando devagar para se sentar ao meu lado. Merda.

Meu coração perdeu uma batida pelo susto de ter sido pega. Eu sabia que isso iria acontecer, mas não esperava que fosse por agora. Na verdade, eu rezava que não fosse por agora. Fiquei calada e após alguns segundos Jasper explodiu em gargalhadas.

—Você quer parar de rir? –Resmunguei cruzando os braços.

—Desculpe, mas você sabe o quanto é irônico e engraçado isso tudo? –Ele questionou o que me fez bufar e rolar os olhos.

—Eu sei disso.

—Tudo bem, tudo bem. –Ele passou o braço pelos meus ombros e deu um beijo estralado na minha bochecha. –Eu já percebi que não é um assunto fácil, então deixaremos para outro dia. Mas vai ter que contar uma hora ou outra.

—Outra hora então... –Dei um meio sorriso para ele.

Está com Jazz era fácil, ele sempre sabia o que eu estava passando sem que eu precisasse falar algo, assim como sabia quando eu estava aberta para conversar ou não. Isso facilitava as coisas quando eu tinha algo a dizer e não sabia como começar, mas em momentos como esse é quase impossível esconder algo.

O resto da manhã foi respondendo mensagens e atendendo ligações. Meus pais chegaram quase no horário de almoço e fiz algo para comermos. Assistimos alguns filmes e fomos jantar fora pela noite. Foi como em todos os aniversários da família, nada de conversas sérias e o máximo de horas juntos. No final do dia já sorria e me sentia muito mais leve.

A semana passava rápido principalmente porque cada minuto estava ocupado, trabalhei boa parte da manhã em todos os dias e em alguns até pela tarde, fiz mais algumas provas do vestido do aniversário, passei um tempo com minha família e mantive um contato diário com Edward por telefone.

Eu não sei como aconteceu, mas quando vi já nos falamos toda noite. Conversávamos sobre tudo, como amigos íntimos de anos ou assim parecia algumas vezes. Isso só fez com que Jasper rondasse mais para que eu lhe explicasse tudo enquanto eu fugia dessa conversa. Nada mais justo que eu conversasse com Edward antes de contar algo pra alguém e isso aconteceria na sexta.

Era quinta à noite, meus pais dormiam porque já estava um pouco tarde, Jasper havia saído mais cedo para encontrar uma mulher e eu estava jogada na cama divagando sobre a manhã seguinte. Na verdade, a ansiedade estava me dominando enquanto eu tentava formar imagens e diálogos agradáveis do próximo dia. Algo como final feliz.

A aproximação de Edward contribuiu para que eu repensasse algumas coisas sobre o que eu achava e atitudes englobadas a isso. Tentar novamente era a principal decisão, não criar ou pelo menos tentar não criar barreiras para o que quer que estivesse por vir. Claro que para mim não seria fácil, mas o que custa tentar não é?

Na verdade custa muitas coisas que não deveriam ser postas em jogo.

Era um fato que tentar requer uma força enorme de mim. Força para não deixar que minha mente entre em contradição e confusão e me traia completamente. E pior do que isso é conseguir, seguir e mais a frente perceber que apenas estou indo para a mesma direção. Traição, jogos psicológicos...

Mas eu não podia ficar pensando nisso, eu tinha que esquecer isso e tentar, não é? Fazer por mim e de alguma forma me permitir ser feliz.

Senti o celular vibra e peguei rápido já pensando que poderia ser Edward, e realmente era.

Bell, não vou poder te ligar hoje. Nos vemos amanhã de manhã, durma bem. ~Edward

Sorri pelo apelido que ele tinha me dado nos últimos dias, mas logo o sorriso sumiu. Eu estava ansiosa para conversamos essa noite e ele não poderia me ligar. Uma careta surgiu quase no mesmo segundo.

O que ele faria de tão importante?

Bufei e comecei a digitar uma resposta, um simples e indiferente ‘ok’. Era o melhor que eu poderia fazer naquele momento e pensando nisso desliguei a luz e me aconcheguei na cama. Ficar chateada fazia parte das expectativas que tinha criado em conversar com ele, mas ele não tinha obrigação ou culpa sobre isso, eu só poderia dormir. Desejei que magicamente as coisas em minha cabeça se organizassem e eu pudesse resolver cada assunto que poderia me puxar para o passado.

Meus passos eram calculados para que eu não fizesse barulho, mas ainda parecia que eu carregava pesos por todo corpo. Meu coração batia loucamente no peito e eu poderia jurar que estava vermelha, não pela vergonha, mas sim pela raiva.

As vozes e os gemidos ainda rompiam o silencio que eu fazia e reconhecer aquelas vozes fez meu estômago embrulhar. Engoli em seco, tentando segurar o que havia comido mais cedo, eu não daria a eles o gostinho de me ver expressar qualquer reação.

Agora eu estava ainda mais perto do quarto, podia ver a porta aberta, podia ouvir mais alto o ruído nauseante dos corpos em atrito, dos sons de satisfação. Me sentia em um show de horror, no mais terrível pesadelo.

—Agora me diz se aquela songamonga, faz você se sentir homem assim. –A voz feminina tão conhecida soou entre os gemidos de James e o próprio.

—Ela nunca vai me dá metade do que você me dá, sabe que meu interesse em Isabella é outro e agrada nós dois. –James respondeu e aquilo foi como o belo soco no estomago. O bolo começou a subir e eu sentia que até respirar mais forte seria o bastante para romper.

Limpei as lágrimas rapidamente e andei até o quarto, agora com mais determinação. Eu queria olhar nos olhos dele quando jogasse a aliança em sua cara, queria bater nele e nela e deixar marcas tão fundas quanto a que eu sentia se abrir em mim. Eu queria acabar com os dois, mesmo que para isso eu tivesse que encarar a cena mais... intragável que já tinha visto. Mas alguns breves passos e eu estaria perto.

—Isabella nunca será uma mulher verdadeiramente, será sempre um projeto mal resolvido de gente. Agora vamos fazer o que fazemos de melhor.

 

Levantei em um solavanco, o suor misturava-se as lagrimas que rolavam livremente. Como eu desejei nunca ter vivido aquilo, mas era apenas uma lembrança a pior delas. A muito tempo não pensava nessas palavras de James, apesar delas terem influenciado muitas coisas na minha vida. Elas foram o motivo de eu abrir mão do restaurante assim que eu me formei, foi o motivo de eu viajar para tentar me encontrar e por fim foi o meu gás sempre que eu pensava em desistir. Queria provar a ele que eu era alguém capaz de fazer o que eu quisesse com a máxima excelência. Eu era alguém e não um projeto.

Tentei controlar as lagrimas e soluços, mas estava sendo em vão. Eu estava me sentindo novamente como naquele dia, a vergonha, o medo, a decepção estavam martelando em mim e como reflexo me encolhi na cama. Me apertando como se assim conseguisse sufocar tudo que estava sentindo. Quando o choro foi cessando, o sono foi me tomando sem que eu realmente percebesse.

Acordei com o afundar do colchão e um braço rodeando minha cintura. Me espreguicei e virei rápido quando reconheci o perfume da pessoa em meu lado. Edward me olhava divertido, mas seus olhos procuravam o sinal para se afastar.

—O que faz aqui? Achei que pegaria o avião agora de manhã. –Perguntei e depois percebi que tinha acabado de acordar e provavelmente não estaria com um hálito agradável, então coloquei a mão sobre a boca. –Espera ai.

Fui correndo para o banheiro, escovei os dentes e tentei arrumar o cabelo. Quando voltei para o quarto Edward estava sentado na ponta da cama olhando com curiosidade para mim.

—O que foi isso? –Ele questionou.

—Eu tinha acabado de acordar e não tinha escovado os dentes, então... –Dei um meio sorriso e sentei na cama enquanto Edward soltava uma gargalhada. –O que?

—E eu aqui preocupado achando que estava passando mal ou algo assim. Que besteira, Bell. –Me virei rapidamente e deitei na cama para que Edward não visse a reação que eu tinha com esse apelido. Eu sentia meu rosto esquentar como uma maldita adolescente.

—E então, o que faz aqui essa hora?

—Quis fazer uma surpresa, vim ontem à noite. Por isso não liguei para você. –Ele deitou na cama e de novo passou o braço em volta de mim. –Só passei em casa para deixar minhas coisas, me arrumar e pegar o carro emprestado de Emmett e vim para cá.

Me virei para ele ficando com o rosto a centímetros do seu, podia sentir sua respiração batendo levemente no meu rosto e comecei a sentir como se algumas peças colassem em minha mente. Parecia certo está ali, como no dia que ficamos presos, aquele momento estava sendo natural.

Meus olhos foram fechando no mesmo ritmo em que seus lábios se aproximavam do meu e então começou um beijo lento cheio de carinho. Durou menos do que eu gostaria e mantinha um sorriso preso nos lábios até repensar todo o momento e me afastar lentamente dele enquanto minha mente gritava que era intimo demais e repassava as imagens do meu recente sonho.

Edward tinha percebido, mesmo que eu tivesse tentado ser discreta. Eu não queria magoa-lo, mas era inevitável. Até que eu estivesse segura sobre isso ou até resolvesse alguns assuntos, isso seria a única coisa que eu poderia lhe oferecer.

—Você contou a Jasper? –Ele tentou mudar de assunto. –É que ele me olhou meio... estranho e falou para eu subir sem que eu falasse nada.

—Ele descobriu em uma das nossas conversas, juntou uma coisa com a outra. Até hoje não sentei para contar direito, afirmar ou negar.

—Está com vergonha de contar ou... Quer que eu vá embora antes que mais alguém chegue? Posso voltar depois pra te buscar.

—Não é nada disso. Eu apenas não estava com cabeça para contar e tecnicamente nem tínhamos mais nada.

—Tudo bem... Vai se arrumar. Tem uma cesta cheia de comida lhe esperando no carro. –Ele abriu seu famoso sorriso de arrancar suspiros.

—Onde vamos primeiro?

—Em um parque fazer um piquenique, depois vamos passar em alguns pontos turísticos. Seremos apenas turistas hoje. –Ri da forma animada que ele falou e me levantei da cama sendo seguida por ele.

—Ok, estarei pronta em alguns minutos.

—Te espero lá embaixo. –Ele falou e saiu do quarto rapidamente.

Tomei um banho rápido, escolhi uma calça e uma blusa com manga 34 e um sapato confortável porque parecia que iriamos andar bastante. Passei apenas um batom leve nos lábios e fiz uma trança na lateral do cabelo deixando o resto solto.

Quando desci Jazz e Edward estavam sentados assistindo algo na televisão e quando apareci, ambos levantaram.

—Espero vocês acordado? –Jazz questionou divertido.

—Jazz, ainda é de manhã. –Respondi e rolei os olhos, mas sorria levemente.

—Como se isso me dissesse algo. –Ele riu e me deu um beijo na bochecha. –Se divirtam e tomem cuidado. Ah, e volte a tempo para a festa se não Rose te acha e te traz pelos cabelos.

—Ela estará aqui no horário. –Edward garantiu e riu apertando a mão de Jazz.

Nos despedimos e saímos rapidamente, entramos no enorme Jipe. Chegamos rápido ao parque já que não tinha muito transito. Estava um pouco vazio já que as pessoas provavelmente estariam trabalhando. Escolhemos um lugar perto de uma árvore e dali conseguíamos ver algumas crianças e alguns adolescentes em seus próprios momentos. Estendemos uma toalha que Edward havia trazido e espalhamos a variedade de coisas que ele colocou na cesta.

Começamos a comer enquanto Edward me contava como foi o dia anterior no restaurante, assim como Claire estava se adaptando na nova função. E acabei me lembrando de comentar com ele sobre mudar seu horário já que ele havia se formado, ele merecia uma mudança de cargo, era evidente, mas eu não poderia me precipitar com isso.

—Esse parque lembra minha adolescência. –Edward começou a divagar. –Eu sempre vinha aqui quando estava estressado. Sentava aqui para apenas imaginar como estava realmente as pessoas que passavam aqui. Não por curiosidade, eu apenas aprendi a observar.

—Profundo, você consegue ler expressões também?

—Um pouco na verdade. –Edward riu um pouco. –É mais difícil com você, porque seu rosto mostra uma coisa, seus olhos outra e eu rezo para ser outra. Interferências demais.

Me mexi desconfortável e olhei para ele tentando parecer séria, mas logo ele abriu um sorriso que me fez sorrir também. Eu vivia em constante conflito perto dele e agora eu sabia que ele já percebia isso.

—Mas de uma coisa eu tenho certeza. –Ele falou e se aproximou de mim. –De alguma forma eu te faço bem.

Nossos lábios se encontraram em um beijo comportado, afinal estávamos em público ainda.

—Vamos continuar nosso cronograma, vem. –Edward me chamou e levantamos da toalha.

Guardamos tudo na cesta de novo e seguimos lado a lado no parque. O dia estava muito bonito e a brisa leve que passava me fazia sorrir. A muito não ficava apenas aproveitando a natureza e mesmo que por pouco tempo, eu me senti ainda mais leve com esse piquenique.

 Pelo resto do dia demos uma de turistas como ele disse, tiramos muitas fotos e até compramos alguns suvenires dessas lojinhas para turistas mesmo. Erámos como crianças fazendo palhaças na rua e conversando sobre besteira. Em um momento até discutimos sobre qual era a melhor série enquanto uma senhora olhava a nossa discussão achando graça. Nunca havia me divertido tanto em um só dia. Quando deu o horário de almoço fomos almoçar em um restaurante dentro do shopping e de lá fomos assistir um filme.

—Agora que nossa excursão está chegando ao fim, queria te levar em um lugar. –Informei quando estávamos indo para o estacionamento.

—E quem disse que está chegando ao fim? –Edward deu um sorriso malicioso. –Mas onde vamos, você manda agora.

—Surpresa. Não é nada de muito extraordinário, quer dizer, pra mim é muito.

—Se é pra você, devo gostar também. Me mostra como faz para chegar.

Dei as instruções para Edward e fomos rápido enquanto ele tentava descobrir onde era o lugar o que só me fazia rir. Estava sendo involuntário dá esse passo com ele, pensei muito sobre isso e não duvidei em nenhum momento a decisão de mostrar isso a ele. Mostrar o próximo passo da minha vida, compartilhar com ele o que foi motivo de choro de emoção.

Quando chegamos ao lugar os olhos de Edward brilhavam e sua boca estava aberta de surpresa e fascínio, ele estava como eu fiquei olhando para o próximo passo da minha vida. Meu novo plano de vida, o empurrão que eu precisava para tomar essa decisão, o novo La Luna.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram da reconciliação do nosso casal? Foi o jeito que eles encontraram de se aproximar antes de uma conversa propriamente. Momentos ne.
Me contem o que acharam e o que estão achando da história.
Nos vemos na próxima terça.
Um grande cheiro ♥



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