MacGyver escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 11
De onde vem os bebês?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/764291/chapter/11

P.O.V. Caroline.

O Angus já saiu do hospital, mas ainda está com a perna engessada. E a bandagem no ombro e no peito, porque ele quebrou uma costela.

—Papai, você tá parecendo uma múmia.

Eu ri.

—É. E eu vou pegar você.

Foi a vez da Melissa rir.

—Não vai não. Você é muito lerdo com o gesso.

P.O.V. Mac.

Ela é muito sincera. Aquela sinceridade de criança.

—Que tal me ajudar a fazer o jantar?

—Vamos fazer canja de galinha pro papai?

—Ah, acho que o papai já tá bom pra comer comida. O que acha papai?

—Com certeza.

—Então, a regra da casa é... o doente escolhe o jantar. O que vai ser?

—Tudo menos sopa.

—Que tal comida brasileira?

—Nunca comi brasileira.

—Vai comer então.

P.O.V. Melissa.

Mamãe beijou o papai na boca.

—Eca.

—Vou começar a fazer o jantar porque logo, o povo chega ai.

—Posso ajudar? Eu quero ajudar!

—Tudo bem. Só... nada de facas e cuidado com o fogão.

Mamãe e eu fizemos o jantar. Eu até coloquei um avental. Tá. A mamãe colocou em mim, mas eu fiquei linda de avental.

—Pronto. Agora vamos colocar numas tigelas bem bonitas.

Nós colocamos a toalha na mesa, a comida nas tigelas bonitas e os pratos chiques.

—Pode atender a porta por favor?

—Tá.

Eu abri a porta e o tio Jack, a tia Matty, o tio Bozer e a Riley estavam lá.

—Oi.

—Gente, é assustador. Como você faz isso? Nós nunca nem chegamos a tocar a campainha.

—A mamãe tá me ensinando a sentir a presença.

—Credo. Parece aquelas coisas de filmes de terror.

—Entrem. A mamãe fez comida brasileira.

P.O.V. Caroline.

Nós todos sentamos em volta da mesa. E começamos a comer e a conversar.

—Posso tomar aquele?

—Aquele o que?

—Aquele que tá todo mundo tomando menos, você e eu.

—Não. É vinho. Bebida alcoólica. Mocinhas não podem tomar aquilo.

—Mas, eu quero.

—Não.

Ela emburrou. E eu ri.

—Porque eu não posso?

—Você é muito pequena.

—A tia Matty é pequena e ela está tomando.

—Não, Melissa. Você é menor de idade. É criança. Agora toma o refrigerante e seja boazinha.

Se eu soubesse o que ela ia falar, teria impedido.

—Tia Matty, você é a adulta mais baixinha que eu conheço. Porque você é tão pequena? Você não comeu muitas verduras e por isso você não cresceu?

—Ai Meu Deus!

P.O.V. MacGyver.

A Caroline queria morrer. Ela ficou vermelha que nem um pimentão, escondeu o rosto com as mãos.

—Melissa!

—Mas, foi só uma pergunta!

—Não. Tudo bem. Eu nasci com um problema genético, chama nanismo. Por isso eu sou pequena.

—Então se você tiver um bebê, o seu bebê vai ficar pequeno também?

—Talvez.

—Mamãe, de onde vem os bebês?

—Bom, quando um papai e uma mamãe se amam muito mesmo... o papai coloca uma sementinha dentro da mamãe e a sementinha vai crescendo, crescendo e vira um bebê.

—E por onde o bebê sai?

—O médico, faz um buraco na barriga da mamãe e tira o bebê. Aqui ó.

Caroline mostrou a cicatriz da cesariana.

—Foi por esse buraco que você saiu.

—E doeu?

—Não. O médico dá um remedinho. Uma picadinha de agulha e a mamãe não sente nada.

—E o papai plantou a sementinha em você?

—Plantou.

Caroline deu uma garfada e ficou de boca cheia.

—Na verdade foi aquela médica louca que ao invés de te examinar te engravidou.

A Caroline se afogou.

—Jack!

—Mas, a mamãe disse que o papai tem que plantar a sementinha pra sair o bebê. 

—Só que...

Riley pegou uma garfada de comida e enfiou na boca do Jack para calá-lo.

—Só que nada. O papai plantou você dentro da sua mãe e ai o médico fez um buraco nela e puxou você pra fora.

—Existem outras pessoas que são grandes, mas pequenas, igual você tia Matty?

—Existem.

—Riley, porque você fez isso?

—Porque você tava falando besteira.

—A médica que insemina a Caroline sem querer e eu que falo besteira?

—O que é insemina?

—Nada. É besteira que o tio Jack vive falando.

—E o que os bebês comem enquanto estão nas barrigas das mamães?

—A mamãe come e o bebê come o que a mamãe come.

—Legal!

O Jack voltou a falar sobre inseminação e a Melissa não entendeu nada.

—Oh, tio Jack você tá confundindo a minha cabeça. Acho que a sua mamãe deixou você cair quando você era bebê e ai você ficou com problema nos pensamentos.

Todo mundo riu. Melissa tinha chamado o Jack de debiloide.

—Dalton, vem comigo um pouquinho.

Matty arrastou o Jack para um canto.

P.O.V. Matty.

Eu me pergunto como ele tá vivo.

—Caramba Jack! A Mel só tem sete anos.

—E dai?

—E dai? Pra ela tem que ser uma resposta simples. Papai planta sementinha na mamãe e o médico tira o bebê pelo buraco.

—Mas, a médica...

—Eu sei. Só que ela não. Melissa é criança Jack. Tudo bem, ela é uma criança bruxa, mas é criança. Pra ela o MacGyver é o pai dela e a Caroline é a mãe.

—Mas, o MacGyver não é o pai dela.

—O que? O meu papai não é meu papai?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "MacGyver" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.