Ironias do Amor escrita por Lyse Darcy


Capítulo 21
CAP 21 Um resgate irônico




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A noite estava avançada Nicolas entrou em um recinto repleto de remédios e materiais hospitalares, retirou de uma gaveta uma agulha e seringa descartáveis e mais à frente num pequeno refrigerador apanhou uma ampola que iria aplicar em Rey.

O local tinha um odor intenso uma mistura de éter e álcool a luz fluorescente deixava o local com tons azulados e o médico tinha uma expressão sinistra que lhe era ressaltada por aquela iluminação e nem se dava conta com a situação caótica quando se apercebesse que Rey não estava mais sedada.

Assim o homem saiu e cerrou a porta atrás de si e percorreu o corredor com o material na mão, até chegar a uma porta. Abriu e entrou no quarto e para a sua grande surpresa era o canto mais vazio daquela imensa propriedade.

Sentiu um calafrio percorrer por todo o seu corpo ‘como ela fugiu? Como se explicaria para o seu patrão? Ou para aquele engomadinho? ’

Correu pelo corredor apressadamente até chegar a uma sala onde se encontrava um grupo de homens sentados totalmente relaxados.

— A garota desapareceu! – Sua voz saiu ofegante e desesperada.

Os sujeitos olharam para o homem transtornado à frente deles e um sujeito um tanto confuso e em tom de surpresa.

— Como assim? Ela não estava dopada?

— Ela acordou! Não temos tempo para discutir o como e o porquê. O relevante é que ela deve ter acordado agora a pouco, não deve estar muito longe. Andem logo se espalhem e procurem em cada cômodo desse lugar.

E todos se apressaram em se levantar e sair corredor afora se espalharam por toda a propriedade a procura da jovem fugitiva. E um dos capangas antes de sair olhou para o médico.

— E você irá avisar ao Jabba sobre o sumiço?

— Vou esperar encontrarem a garota, ela não está longe. – E ambos saíram em busca da desaparecida.

A agitação se apropriou de todo o local e o som dos sapatos ecoava por todos os corredores.

Ben e Rey se aperceberam de toda aquela agitação e sabiam que a situação tinha se agravado. Ele a olhou.

— Já sabem que você não está mais em seu quarto. – Respirou fundo. – Agora temos pouco tempo para sair daqui.

— E quanto mais tempo ficarmos aqui parados, mais chances temos de sermos pego. – Se adiantou a garota. E o homem assentiu com a cabeça e, completou.

— Precisamos alcançar a porta que dá acesso ao estacionamento logo.

 

(...)

 

Mark olhou para a sua esposa e ambos sabiam que precisavam continuar com o plano já pré-estabelecido. Mirou o relógio atado ao seu pulso.

— Lis, precisamos ir para o local que o Estranho nos mandou o endereço. Prepare tudo o que você vai precisar para auxiliar a Rey.

— Já está tudo dentro do carro, vou chamar a Rose e já podemos ir.

 

(...)

 

O quarto estava todo na penumbra e um rapaz sentado na beira da cama não conseguia se entregar ao sono esperava por notícias, embora seu corpo inteiro estivesse cansado e retesado por tamanha preocupação por sua querida amiga. Quando o écran do seu celular se iluminou, ele fitou o aparelho e o levou a seu ouvido.

— Oi, Rose!

— Já estamos indo para o local. Vamos seguir o plano combinado. – A voz saía preocupada. – Avise a Poe, para ele seguir o combinado.

— O Esquentadinho já deu sinal de vida? E Rey?

— Não sabemos dele ainda, desde a sua última ligação, e é por isso que vamos seguir o que foi acordado. Pega a minha scooter e já te passo o endereço onde estaremos. – Antes de desligar. Recomendou. – Não esqueça de avisar seu amigo.

 

(...)

 

Rey queria muito sair dali, porém necessitava muito mais saber como Ben Solo sabia da criança. Todavia tinha receio de perguntar, como ele soube?  

A última vez em que estiveram juntos, não foi muito agradável. Ela soluçou baixinho ao se lembrar. Então Solo se apercebendo da angústia dela se antecipou e sentindo a fragilidade da garota, a abraçou e ela aceitou o afago. A mágoa era tangível, porém Ben não queria que esse sentimento se tornasse maior e ele não pudesse contornar e controla-lo.

— Precisamos ficar juntos nesse momento para sairmos daqui! E se tudo seguir como o combinado temos a ajuda nos esperando lá fora. – Respirou fundo e falou agora mais para si, do que para Rey. – Espero que estejam lá nos aguardando!

 Ela se afastou um pouco dele e os seus olhos pousaram no homem à sua frente, e começou a ponderar consigo por ter conseguido chegar até a metade do caminho sozinha, no entanto, ter ajuda para completar o restante de sua fuga seria muito melhor, admitiu.

Afinal de contas ele alegou que não estava sozinho e que tinha suporte. E isso vem bem a calhar, raciocinou consigo. Mas agora vinha o grande problema, como.

A garota estava zonza não sabia se por causa dos efeitos dos medicamentos ou, se tudo aquilo parecia muito surreal, tentava avaliar o homem a sua frente e não conseguia acompanhar aquele turbilhão, em determinados momentos ele era explosivo e temperamental e em outros cuidadoso e prestativo, todavia as suas chances de sair dali aumentavam consideravelmente com a sua presença.

— Ótimo! Então qual é o seu plano, Solo? – Ao ouvir seu nome sair de modo tão formal da boca dela, sentiu uma pontada de tristeza, pois gostava de ouvir o som da voz de sua amada chamando o seu nome de modo mais pessoal, meneou a cabeça para afastar tais sentimentos, a olhou ternamente.

— Não temos tempo. Já ouvimos que eles estão à sua procura. Então para colocar o plano em prática primeiro temos que sair dessa cozinha e ir em direção daquela porta. – Apontou na direção esquerda do corredor. O grande problema era que todas as luzes estavam ligadas e iluminava todos os ambientes, facilitando o encontro da fugitiva.

Quando Ben virou as costas para a porta para preparar ela para correr, um grandalhão adentrou o recinto que golpeou o homem que cambaleou para frente devido a pancada repentina que levou.

Rey correu em direção oposta sentindo seu coração bater a mil e zumbir seus ouvidos, então pegou uma panela pesada em cima do fogão e desferiu um golpe na nuca do homem com toda a sua adrenalina e por alguns instantes ele ficou desnorteado e, assim virou o seu tronco com muita fúria em direção do ataque que sofreu e notou que foi da garota que todos estavam procurando, com isso se formou um sorriso sinistro em sua face.

— Agora você ... – E o semblante do homem foi se desfazendo na frente da mulher que estava encurralada.

Ben Solo pegou uma seringa e encheu de um líquido esverdeado que estava sobre um balcão, ele apenas aplicou o conteúdo no sujeito que ameaçava a vida das pessoas mais preciosas de sua vida, mal sabia ele que havia colocado detergente na corrente sanguínea do sujeito. Olhou para Rey que estava em choque.

— Você está bem? Consegue correr meu amor? – Alisava suavemente o rosto de Jakkes que anuiu em meio ao atordoamento do momento, Solo pegou na mão dela e correram corredor a fora.

Alcançaram a sala que o advogado havia apontado estava escura forçaram a vista para se ambientar com a penumbra olharam para uma placa luminosa escrita SAÍDA DE EMERGÊNCIA, precisavam atravessa-la para alcançar o outro corredor que dava acesso a porta do estacionamento e, nesse ínterim ouviram uma voz sinistra atrás deles.

— Vejam só, o resgate da donzela indefesa! – E com os dedos ossudos ligou as luzes do local.

A dupla de fugitivos piscou os olhos para adaptar a visão a claridade e, se depararam com um sujeito extremamente magricela de jaleco com dois brutamontes um de cada lado, o sujeito que aparentava ser um médico trazia consigo uma injeção e, olhou maliciosamente para o casal.

— Ora, ora o que temos aqui! – O homem dava pequenas estaladinhas no invólucro em sua mão. E continuou. – Deixa eu adivinhar uma coisa muito curiosa de se ver. Você deve ser o herói que meu “amigo” tanto avisou para despistar para não atrapalhar os planos dele. – Sorriu desdenhoso.

— Não vai aplicar essa porcaria nela, seu calhorda! – Vociferou como um leão preso numa jaula. Nesse momento os dois sujeitos haviam prendido o homem colérico, enquanto que Rey acuada pensava em como libertar Ben e ela de tudo aquilo. Se lembrou do bisturi que carregava consigo, no entanto tinham muitos homens para deter, e seu corpo se retesou todo ao ouvir.

— E quem disse que vou aplicar nela? – A voz saiu sombria. – Eu irei aplicar em você um veneno letal!

Nesse momento ela não pensou em mais nada empunhou o objeto cortante e desferiu um golpe preciso na mão do homem e o sangue começou a jorrar, e objeto de sua mão caiu próximo a ela que apanha depressa do chão e aplica num dos grandalhões que prendia Benjamin.

O homem raivoso pressionava seu ferimento que alcançou as veias, precisava suturar a ferida o mais rápido possível, então esbravejou.

— Sua vadia! Você me feriu. Seu idiota prenda essa garota!

O outro homem estava atônito ao ver seu colega cair lentamente, em decorrência do líquido que adentrou em sua veia. Nesse momento Solo o golpeou na face com um soco extremamente potente que o deixou zonzo e Rey vendo aquilo jogou o bisturi no ar e Ben o apanhou e aplicou uma pequena incisão nos seus olhos e se abaixou e fez uma fissura por trás de seu joelho para o impedir de ir atrás deles, o corte foi superficial, mas o suficiente para atordoa-lo, e assim pegou a mão da mulher e correram em direção da saída.

O homem com o jaleco todo ensanguentado, estava tonto devido à perda rápida de seu fluído vital então, reuniu um pouco de força que tinha e foi em direção ao interfone totalmente desesperado.

— A garota está fora do quarto não deixe que alcance a saída. – Agora sua voz ficou gélida. – E o homem que está a ajudando ... mate-o!

(...)

A respiração de ambos estava descompensada o coração parecia que iria fugir do peito, e a cada vez que sorvia o ar os pulmões ardiam, tentavam controlar as emoções precisavam manter a racionalidade. Com isso Ben Solo a olhou de modo terno.

— Vamos sair daqui querida, confie! – Sorriu de modo sincero. – Veja aquela porta dá acesso ao estacionamento. Rey o fitou e sentiu uma pontada de incomodo só não sabia afirmar se foi por causa do homem a sua frente lhe chamar de querida, ou se por ele estar tentando se mostrar tão otimista. O fato era que o homem a quem amava e esperava um filho dele estava ali, e o que mais a mexeu foi perceber que ele se importava com ela e, era genuíno, era real.

Continuava observando o sujeito que estava absorto digitando algo em seu telefone, nisso ele a olhou apaixonado. Ela deu-lhe um sorriso tímido.

— Eu tenho ... – Pigarreou tentando reunir forças. – Eu preciso te contar algo muito importante. – A garota falou vacilante.

   – Não se agite, precisa ficar tranquila. – Colocou sua mão carinhosamente em seu ombro ele sabia o que ela tinha a dizer, mas queria que ficasse focada em sair dali. – Quando escaparmos daqui você me conta. – Afagou o rosto dela gentilmente, enquanto que ela cerrou seus olhos para receber aquele carinho que tanto ansiava. E assim, silenciou e não falou mais nada.

 

(...)

 

O telefone estava silencioso o que deixava a senhora elegante muito mais aflita caminhava de um lado para o outro fitando o aparelho que insistia em ficar mudo. Seu irmão a observava e então falou brandamente.

— Andar compulsivamente pela sala não irá fazer o telefone tocar.

— Eu sei, Luke, mas Poe não nos liga há horas. – Leia estava impaciente.

Nesse momento tudo estava muito esclarecido com relação ao sumiço de Rey, e quem havia a sequestrado, contudo a motivação de tal ato vil não estava claro e a juíza esfregava com seus dedos as têmporas na tentativa de encontrar lógica naquela ação hedionda.

Luke conhecia muito bem a irmã e sabia exatamente o que a deixava mais aflita, era saber que seu único filho estava envolvido naquilo tudo, e o que a deixava triste era saber que ele estava tão distante dela.

Todavia o que mais surpreendeu os gêmeos, foi saber que Rey Jakkes, a mais nova funcionária do escritório Skywalker, era alguém muito importante para o rapaz. E por esta razão estava ajudando com tanto afinco para que a moça fosse resgatada ilesa. E isso alegrou o coração de Leia pois, sentiu uma brisa de esperança, sentimento esse que há muito não se permitia sentir.

E nesse momento o telefone tocou.

— Alô! – A voz da mulher saiu temerosa.

— Leia, seu filho está nesse momento no local onde Rey está sendo mantida presa. Ele já deu o sinal de que está com a garota e que está quase saindo o amigo dele e a esposa dele que é médica já estão a postos.

A mulher levou a mão a boca ao ouvir aquilo, ela sentiu uma estranheza ao ouvir a palavra médica esperando por eles, sentiu um arrepio correr por sua espinha e, nisso Skywalker a olhava com apreensão a isso ela redarguiu.

— Poe, não deixe o meu filho sozinho e, mais uma coisa ... você já tem as fotos de todos eles?

— Sim tenho! Já estou te enviando pelo celular, assim você e Luke podem cruzar com as fichas da polícia.

— Ótimo! Assim vai ser mais fácil expedir mandados de prisão para esses facínoras. – Luke estava à frente de sua irmã e ouvia tudo aquilo atentamente e antes de desligar o telefone recomendou o moço.

— Dameron, tome muito cuidado e, por favor cuide do meu filho.

— Acho que ele não iria querer isso, além do mais ele já é bem crescidinho. – Sorriu ao falar para a juíza. Assim os dois se despediram e ambos foram agilizar suas partes nesse plano de resgate da jovem.

Os passos do plano precisavam ser seguidos minunciosamente para que tudo fosse perfeito e nada desse errado e Rey saísse incólume daquilo tudo.

Leia juntamente a Luke agilizavam todo o processo de mandados de prisão e de busca e apreensão nos estabelecimentos indicados por Poe Dameron. As imagens dos suspeitos iam uma sendo ligadas as fichas policiais dos criminosos, exceto Hux Armitage, que não tinha qualquer passagem na polícia.

A mulher meneou a cabeça em consternação seu irmão se aproximou percebendo a preocupação dela.

— O que foi que houve, Leia?

— Acho que o principal mandante disso tudo não conseguiremos prender!

— Por que você diz isso?

— É simples, meu irmão, Hux não está no local, e para completar não tem passagem pela polícia. – Sua expressão era de desânimo

— Anime-se, querida! A menos vamos conseguir prender alguns desses canalhas que há anos estamos tentando prender. Além disso já sabemos o que pretende ficaremos alertas – Pousou suas mãos nos ombros da mulher de modo consolador.

— Nisso você tem razão! – Suspirou pesadamente. – Mas ainda há o perigo rondando na cabeça de Rey porque o advogado tenho certeza que sairá ileso disso tudo e, o pior ele tem algo contra a garota ou queira se vingar dela ... – Hesitou um pouco. – Ou do Ben, todos ainda correrão sérios riscos.

Luke Skywalker concordou com cada palavra proferida pela irmã, pois ambos sabiam que embora Rey e Ben fossem sair daquele prédio antigo sãos e salvos, a real razão de tudo aquilo ter começado ainda não se extinguiu e Armitage poderia a qualquer momento fazer algo contra eles.

Nesse momento o telefone tocou novamente os tirando daquele transe sinistro e dessa vez Luke atendeu.

— Alô! Skywalker falando.

—Alô aqui quem fala é Samuel Klein do departamento de polícia, os mandados já foram expedidos. Avise a juíza Organa, que vamos executar as prisões.

— Obrigado, meu jovem, a juíza ficara muito satisfeita.

— Estamos indo para os dois locais indicados. – Se adiantou o oficial. E desligaram os aparelhos logo em seguida.

(...)

Solo caminhava mais à frente e de mãos dadas com a garota que o seguia sem se desvencilhar das mãos do homem e seu coração batia acelerado, desejava alcançar aquela porta que dava acesso à rua o mais rápido possível.

Ele olhou para trás para se certificar que não estavam sendo seguidos e, sorriu aliviado para Rey que devolveu o sorriso. E sem pronunciar qualquer palavra apontou para ela a direção da saída que ficava apenas a alguns passos. Quando o telefone vibrou no bolso da jaqueta de Benjamin, a garota o olhou confusa como poderia atender o telefone num momento tão crítico como aquele?

Assim o indivíduo com o celular no ouvido que apenas escutava não esboçava nenhuma expressão em seu rosto. Ela o olhava com preocupação tentando decifrar o que lhe diziam. E nesse momento o homem magrelo reapareceu diante deles com o jaleco todo sujo de sangue e sua mão direita enfaixada com gazes.

— Aonde pensam que vão? A festa está apenas começando... – Mostrando mais uma vez uma injeção cheia de um líquido amarelado. E com um sorriso macabro nos lábios continuou.

— É hora do remedinho.

Ben Solo num ato de proteção puxou Rey para trás de si. Nesse momento o telefone caiu de sua mão ainda ligado.  E rugiu.

— Venha me enfrentar se for homem!

O sujeito com a seringa entre os dedos se acovardou diante da estrutura grande do homem que o desfiava então tentou fugir, mas Solo já havia o pego pelo colarinho e lhe desferiu um soco que deixou o médico tonto sangue escorreu pelas narinas e boca e ele estava tomado de raiva quando foi aplicar mais um golpe, Rey falou firme.

— Vamos embora essa “lombriga” não merece o nosso tempo.

— Mas Rey! – E nesse momento a polícia entrou.

— Mãos para cima todos!

Rey ficou aliviada ao ouvir aquilo, pois significava uma coisa: TUDO aquilo havia acabado. Então, Poe juntamente com Mark adentraram o local de modo repentino tentando explicar que Ben estava ali para ajudar resgatar a garota sequestrada.

Nicolas tentou fugir pelo corredor e escapar daquele cerco, mas era tarde demais ele foi pego e algemado conduzido para fora para entrar em uma das viaturas. O cenário parecia estar todo em câmera lenta. Avistava todos os seus comparsas serem presos uma a um. Olhou com raiva para a garota que estava sendo iluminada com luzes rubras e azuis envolta de um lençol de flanela, e ao seu lado o homem que colocou tudo a perder, trincou os dentes ao pensar em uma única coisa: vingança.

(...)

Rey estava exaurida de todo aquele processo traumático estava recostada nos ombros de Ben que passava as mãos em seus braços, afim de aquece-la, sentia que a medida que a adrenalina diminuía percebia que ainda estava sob os efeitos dos medicamentos aplicados, seu corpo inteiro pesava. Quando ouviu a voz da médica.

— Rey, meu bem, você precisa ser examinada! – A loira a olhava desconfiada, enquanto pegava o estetoscópio e o colocava em seu tórax.  – Desculpe eu ter contado ao Estranho, quero dizer, Ben sobre o Bebê. Eu jurava que você tinha ido a piscina para contar a ele... – Mark colocou a mão no ombro da esposa e disse sereno.

— Lis, agora não meu bem. Só cuide dela. – Ela olhou para o marido e anuiu um pouco envergonhada por sua atitude intempestiva.

Jakkes estremeceu um pouco com a revelação da doutora, embora já soubesse que ele sabia da existência do Bebê. Se afastou só um pouco de Ben e olhou para todos ali atônita, piscou um par de vezes para absorver aquela informação. Poe e Finn olharam um para o outro surpresos com a notícia, mas com esse detalhe apresentado, todas as atitudes de Ben Solo faziam todo sentido e mostravam que o sujeito tinha coração afinal, não era a pedra que todos julgavam ser.

Rose nesse instante se aproxima da amiga com lágrimas nos olhos trazendo na mão o ursinho que Rey tinha por muitos anos, então Rey caminhou em direção da amiga e se abraçaram e o choro se misturou com risos de alívio, todos sentiram a mesma sensação de desopressão que as amigas compartilhavam. Então chamaram Finn e Poe para o abraço coletivo e todas as sensações de alegria e conforto se misturavam.

  – Parabéns, Rey! – Finn Falava sorrindo. – Espero que não seja intempestivo como o pai. – Mordeu o lábio inferior por ter falado demais. Poe soltou uma gargalhada, mas logo a engoliu ao ver Benjamin olhando a todos muito sério, nisso Rey se desvinculou do abraço e caminhou até o trio que observava tudo muito silenciosos.

— Eu sou imensamente grata por tudo que fizeram por mim. Nunca poderia pagar o ato tão generoso de todos vocês!

— Desculpe-me por ter invadido sua privacidade e atropelado toda a minha ética médica e... – Rey meneou a cabeça e colocou a mão nas mãos da doutora e falou conciliadora.

— Agora já não importa mais. Além disso um dia todos iriam saber. – Então abraçou a mulher calorosamente. Mark se aproximou delas e num sorriso sincero.

— Rey é muito bom ver que estás bem todos nós, e muito mais o Estranho, estávamos torcendo para tudo isso acabar bem. – Pousou a mão no ombro dela e olhando para o amigo. – Cuide-se muito e ainda mais do meu sobrinho “postiço”.

Rey sorriu e olhou para o pai de seu filho que a olhou com um semblante aliviado por tudo ter acabado bem e que agora poderia construir algo real juntos. Se aproximou dela e a abraçou como que não pudesse a perder de novo beijou o topo de sua cabeça e uma voz despertou-os daquele momento.

— Com licença, todos vocês precisam ir para a delegacia prestar depoimento. – O casal se entreolhou e logo a realidade caiu crua entre eles o problema não havia acabado estava apenas começando.  


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Notas finais do capítulo

Beijocas e até a próxima



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