Follow Your Soul escrita por Nez


Capítulo 34
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Como eu disse..irei postar todos os capitulos q tenho!



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Capítulo 32

-“Cheguei!” – disse cantarolando e pousando as chaves na mesa junto a entrada. Como ninguém respondeu avancei e dirigi-me para o meu quarto.

Como não estava ninguém em casa aproveitei e tirei a minha mala de viagem – consciente que tinha que começar já a preparar a mala para ir embora amanha. Comecei a arruma-la , deixando de parte a roupa que iria vestir amanha.

-“Prima tas aqui? Posso entrar?” – perguntava a Carolina do outro lado da porta.

-“Claro tontinha. Entra!” – respondi.

-“Prima vais-te embora?!” – perguntou ela, mal me viu com a  mala de viagem pronta em cima da cama. Reparei que tinha uma expressão triste e que se não lhe respondesse rapidamente iria começar a chorar.

-“Vou passar as ferias com a minha mãe. Ela convidou-me.”

-“Ah! A tia ligou-te?”- Já devia saber que isto era uma pergunta que ia ouvir muito. A minha mãe não me ligava desde que cheguei a Tavira, pelo que ninguém acreditava.

-“Sim. Ligou-me hoje quando estava com o Sérgio no jardim.”- a sua expressão mudou logo. Sentou-se ao pe de mim na cama bombardeando-me com perguntas.

-“Como correu? Ele trata-te bem? Foram a que jardim? O que fizeram? Beijaram-se?” – era uma pergunta atrás da outra. Nem conseguia acompanha-la como deve ser.

-“Calma Carolina, mais devagar senão não percebo nada!”

-“Oh. Desculpa!” – disse rindo-se.

-“Não faz mal. Foi maravilhoso. E sim, beijamo-nos! Claro, nos agora namoramos.” – fiz uma pausa, reflectindo no que tinha acabado de dizer.

-“O que foi?!”

-“Nada. Acho que ainda não me habituei a esta palavra. Namorar com o Sérgio e coisa que nunca imaginei acontecer por várias razoes!” – e ela percebeu exactamente ao que me referia.

-“A minha irmã não te vai atrapalhar prima. Eu não vou deixar que ela te faça infeliz!”

-“Obrigada linda! Espero que não. Agora vou passar as férias longe dele e já sinto saudades.”

-“E minhas não vais ter?!” – olhei para ela , que fazia beicinho. Não aguentei, tive que me rir .

-“Claro que vou ter saudades tuas priminha linda. Eu adoro-te!” – e enquanto lhe fazia uma grande ataque de cócegas disse-lhe: -“Adoro-te mesmo muito muito!”

-“O que se passa aqui?” – perguntou a minha tia entrando no meu quarto . devia ter ouvido os gritinhos histéricos  da Carolina. Também a minha tia fez a mesma pergunta assim que viu a minha mala de viagem. Contei-lhe tudo e ela ficou muito feliz pela irmã ( minha mãe ) me ter chamado para estar com ela ao fim destes meses todos.

Nem queria acreditar quando me deitei na cama. Estava exausta! O dia tinha sido cansativo. Acabei de fazer a mala, a minha tia convidou a Ana para jantar connosco – num género de despedida. Estar sem a Ana, o Sérgio e os outros ia ser complicado. Mas também sei que quando chegasse a Lisboa iria matar saudades das minhas amigas de lá e da minha família. Ao pensar nisso adormeci com um sorriso na cara.

-“Então querida , viste bem as horas do autocarro?” – perguntava-me a minha tia Dalila.

-“Sim tia. Lá dizia as 9h30m. Deve estar atrasado. Só pode!” – disse já meia nervosa e questionando-me se tinha visto mesmo bem as horas da viagem ou não. Fui a bilheteira para tirar a minha dúvida. Mas a fila era enorme. Ferias! – pensei para mim. Bem limitei-me a ficar ali especada em pé ate chegar a minha vez.

-“Inês!” – ouvi uma voz meia rouca sussurrando mesmo junto do meu ouvido , o que me deixou sobressaltada. Dei meia volta para ver de quem se tratava. Mas não tinha ninguém atrás de mim. Fantástico, começam as férias e começo a ficar maluquinha!

Finalmente chegou a minha vez. Fiquei mais descansada quando a senhora me informou de que havia um atraso no autocarro, devido a um acidente. Estava uma hora atrasado.

Liguei para a minha mãe a avisa-la de que chegaria um pouco mais tarde.

-“Bem tia se quiser ir embora eu não me importo!” – disse-lhe.

-“Oh querida não sejas parva. Não te vou deixar aqui sozinha. Não estaria descansada e a tua mãe também não.”

-“Oh! Eu já sou crescidinha tia. Sei cuidar de mim não e?!” – detesto quando me tratavam como um bebe. Não e justo, sempre me comportei bem.

-“Sim sim… já tens 17 anos. És quase tão adulta como eu não e´ querida?” – perguntou com o seu sorriso malandro.

-“Exactamente!” – disse retribuindo-lhe o sorriso.

Uma hora passou-se num instante e, mal me apercebi, já aqui estava o autocarro para Lisboa. A minha tia ajudou-me com a mala que estava um pouco pesada. Já sentia um no na garganta. Não faltaria muito ate as lágrimas começarem a cair. Apressei-me a despedir-me da minha tia – as minhas primas tinham ficado em casa a dormir – não querendo que me visse chorar.

Entrei no autocarro e procurei um lugar agradável a janela. Sentei-me mentalizada que era agora, eu ia para Lisboa rever a minha mãe, avo, amigos, iria rever a minha antiga vida.

O autocarro já estava a andar e eu acenava melancolicamente a minha tia pela janela. Também o seu rosto estava carregado de tristeza. Mas mesmo assim mandou-me um beijo e sorriu.

A viagem corria normalmente. Ia ouvindo as minhas musicas e observando a paisagem a medida que o sol se ia erguendo lá bem em cima. Já devia ser meio-dia. Mas ainda iríamos parar numa estação de serviço para descansar um pouco o rabo de cadeira.

Comecei a pensar no que iria dizer a minha mãe. Já não nos falávamos há algum tempo. Mas pelo último telefonema ela parecia-me bastante diferente, desde a última vez que a vi. Agora, parecia-me alegre e de bem com a vida. Sentia-me feliz por isso. Mas perguntava-me qual seria a razão por trás de tanta felicidade.

Já eram 13h25m quando finalmente cheguei a Lisboa. Nem queria acreditar. Parece que estava noutro planeta. Tanto movimento, tanto barulho. Já me tinha habituado a calma de Tavira.

Peguei no telemóvel para telefonar e reparei que tinha uma sms. Não tinha dado conta de a ter recebido.

Mensagem: Já chegaste linda? Nem acredito que a porcaria do despertador não tocou. Queria ir ter contigo a estação. Já tenho saudades tuas. Em breve estamos juntos outra vez. Adoro-te tanto. Beijos*

Apressei-me a responder-lhe. A mensagem já tinha sido enviada há mais de uma hora. Ele ainda ia pensar que não queria responder.

Destinatário: Sérgio

Mensagem: Cheguei agora. Ai Sérgio sinto-me tão nervosa. Quem me dera que estivesses aqui comigo. Vou agora avisar a minha mãe que já cheguei, para saber onde ela anda. Quando chegar a casa aviso-te. Beijinhos*

Sentia um nó no estômago. Ali estava eu na minha cidade completamente confusa e perdida. Estava a marcar o número da minha mãe quando parecia que alguém me chamava ao longe. Imediatamente senti-me mais calma.

-“Inês? Inês? “ – gritava feita doida como sempre. Que saudades. Ela corria na minha direcção e eu apenas abri os meus braços para a receber. 


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Notas finais do capítulo

proximo - Reencontra de mae e filha :)



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