Entre duas paixões (Pausado) escrita por Diário Digitado


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, houve um probleminhas, mas já foi resolvido!
E agora, mais um capítulo!!
Boa leitura!



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— Eai, tá gostoso? - ele me pergunta quando mordo um pedaço do sanduíche feito pelo mesmo.

— Não sei é porque eu estou com fome ou é porque isso aqui tá bom mesmo, mas olha, dá pra viver com isso aqui hein - brinco e ele ri numa careta. Estamos sentados na mesa da cozinha comendo relaxados - O que tem aqui?

— Você nunca saberá - se levanta e me dá um selinho - Já viu mágico contar seus segredos? - abre a geladeira e pega o suco. Observo o sanduíche.

— Você nem sabe o que pôs aqui não é? - semicerro os olhos e ele dá de ombros - Ai, nunca tinha comido um sanduíche com tudo que tem na geladeira!

— Você prefere sair e ir comer em restaurantes ou pedir delivery de comida chinesa - ele comenta voltando para o lugar e paro pra pensar no que disse, é realmente isso o que faço.

— É, você tem razão - voltamos a comer e não conversamos muito até o término, admito que amo estar aqui com ele mas estou bastante angustiada com a história de hoje mais cedo, estou com medo mas ao mesmo tempo preciso desabafar, preciso que alguém ponha minha cabeça no lugar, quer dizer, não que eu não consiga fazer isso sozinha, mas não custa nada.

— Você não consegue relaxar né? - ele me tira dos meus pensamentos - Ou este copo de suco está bastante interessante - percebo apenas nesse momento que estava encarando o suco na minha mão e sorrio para ele dando de ombros.

— Desculpa, mas está um pouco complicado mesmo - ele levanta pondo os pratos na pia e se volta, me puxando pela mão e me trazendo até o sofá.

— Quer conversar? Falar sobre? - me encosto em seu peito o abraçando e ele beija o topo da minha cabeça. Assinto.

— Eu tô muito confusa Dante, não sei o que pensar, não sei como agir e não sei em quem posso confiar, sabe? - sinto ele respirar fundo e continuo - Eu sei que não posso agir como uma garotinha perdida, sou uma mulher que é responsável por uma empresa e por milhares de empregos e.... - ele levanta meu queixo e me cala com um beijo.

— Shiu! - ele coloca o dedo sob meus lábios - Você pode agir como uma garotinha porque você é a minha garota e eu vou estar aqui para te apoiar e não só a mim, sabe disso? - aceno - Então para um pouco de se preocupar com os outros e foca no que você esta sentindo. Sei que sua empresa é importante mas você precisa se acalmar pra pensar e a partir daí, tomar uma decisão. Só...respira. - ele finaliza massageando minhas costas e meu coração se aquece.

— Acho que estou envolvida com tráfico de mulheres! - solto de uma vez e ele me assusta se engasgando, levanto e espero ele acabar de tossir, quando termina, me olha - Talvez eu tenha contado muito rápido - dou um sorriso amarelo.

— Isso é...sério? Você? Como assim? Não faz sentido - ele levanta e eu me preocupo com sua reação - Você...trafica pessoas? - ele não consegue me olhar nos olhos e anda pela sua sala ventilada e clara.

— Não, calma. - eu levanto - Eu abomino essa ideia com todas as minhas forças, não faço nada disso. - ele parece relaxar um pouco mas ainda não me olha - Parece que a empresa está envolvida com gente que mexe com isso, entende? Pode sentar aqui e falar comigo, por favor. - ele finalmente me encara e senta de frente para mim - Olha, lembra daquele cara que foi preso?

— O Oscar Swarosky? - ele indaga com a testa franzida.

— Exatamente. Faz umas semanas que encontrei uma lista confidencial na empresa e o nome dele estava lá, na verdade, o dele não foi o único, mas...

— Tem outros? Quais são os outros? - ele me interrompe.

— Não sei - ele franze a testa - Esse é um dos problemas! Sumiu! A lista evaporou, foi apagada, sei lá! - me exalto e ele apenas assente - O que foi?

— Nada, mas..isso é no mínimo estranho, como pode os nomes sumirem desse jeito? E você consegue lembrar de mais algum?

— Não, lembrei do nome dele por causa da reportagem.

— Entendo - ele comenta e passa a mão pelos cabelos.

— Sabe - me encosto no sofá - Me sinto tão incompetente - ele me olha - Meu pai deixou a empresa em meu nome, ele poderia ter dado para o Ramírez assumir ou qualquer outra pessoa, mas ele não fez isso. Cresci vendo ele trabalhar dia e noite naquilo, mas mesmo assim não me deixou em nenhum momento, a não ser agora...

— Não é assim - ele me abraça, me fazendo deitar em seu peito - Você sabe que seu pai estaria com você se pudesse, na verdade, ele está - o olho - Sim, ele está. Se você o sente, ele está e deve estar muito orgulhoso de quem você se tornou e do que fez da empresa dele. Qualquer pessoa estaria.

— Obrigada - não sei muito o que dizer, só maturar o que ele me disse - Você é incrível por me dizer essas coisas, mas  e se eu não souber resolver essa história? Se eu.. - sinto minha garganta fechar pela vontade de chorar mas não permito que ele veja - ...Se eu não conseguir? Preciso fazer o que for preciso para manter tudo o que ele construiu intacto e em perfeito estado.

— E isso começa por você - ele me abraça mais forte - Não conheci seu pai, mas tenho certeza que ele prezaria pela sua saúde mental e por você, em qualquer situação. - como ele consegue dizer coisas perfeitas na hora certa, sempre? Sorrio. - Pensa nisso, anjo, fica bem.

— Estou tentando, eu juro - suspiro forte - Só queria aqui para me dizer o que fazer, a única referência que tenho comigo e que me viu crescer foi o tio Ramírez e agora estou achando ele bastante estranho, entende? Nem mãe eu tive.

—Não? - indaga e sinto humor em sua voz.

— Não nasci de chocadeira - ele ri e relaxo ao sentir seu peito subir e descer - Minha mãe morreu quando eu nasci. Ela não resistiu ao parto e bem, papai teve que escolher entre uma das duas e ele me escolheu. Sempre me senti culpada por isso - dessa vez, ele nada diz mas continua o carinho no meu braço.

— Entendo que seja difícil pra você falar sobre isso. E desculpe por não saber como te confortar.

— Não precisa disso - seco uma lágrima teimosa que desce sem permissão - Meu pai fez de tudo para me tirar esse sentimento, mas querendo ou não, é inevitável não pensar isso - ele me beija os cabelos - Só ouço histórias sobre como eles se amavam e de como eram bonitos juntos - rio - Aí eu cheguei e mesmo com o consentimento dos dois, ela se foi porque eu vim ao mundo. Eu sei que pode parecer melodramático mas não deixa de ser verdade. - me sinto confortável em dizer isso para ele, não sei como aconteceu tão rápido mas ele me faz sentir em paz, me faz calma e desperta em mim uma paz interior que nunca havia sentido.

— Por favor, para. - estranho sua fala e ele se senta, me fazendo me consertar - Olha pra mim - obedeço - Não pode dizer essas coisas, é demais. Precisa entender que é especial, pra todos e principalmente pra mim! Seus pais fizeram uma escolha e trouxeram você ao mundo para ser essa mulher admirável que é hoje, forte, bonita, inteligente, boa e eu poderia ficar horas citando suas qualidades, mas não vou fazer isso. Dói ouvir você dizer isso e talvez eu esteja sendo mau e egoísta ao colocar dessa forma, mas ter te conhecido e te ter aqui comigo me faz agradecer pela escolha do seu pai - arregalo meus olhos - Desculpa, me desculpa mesmo te dizer isso dessa forma mas em que entender o quão importante você é e como faz a diferença para as pessoas que te cercam, tanto que me apaixonei em horas - ele joga a bomba no meu colo e eu não sei como reagir, ele despertou várias emoções com sua fala e ainda não decidi qual ouvir primeiro

— Forte. - ele está com a cabeça baixa - O que você me disse foi...forte. Obrigada. - ele levanta a cabeça e sorri, levando a mão até o meu rosto e o acariciando. Seu toque me arrepia e me aquece o coração de um jeito bom, ele é bom e eu finalmente me achei, achei meu lar - Eu acho que..não, na verdade, eu não acho, eu tenho certeza que eu te a... - sou interrompida bruscamente pelo Fred que aparece do nada e pula no sofá nos assustando. Rimos e eu decido deixar para falar depois, afinal, temos tempo pra isso e vou preferir ficar tranquila assistindo um filme nos braços de Dante e com Fred ao meu lado.


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Notas finais do capítulo

Obrigada!!



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