Eclipse-Nova Versão escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 10
A Chocante verdade




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P.O.V. Hope.

Assim que ele chegou eu soube que ele sabia. Desceu do carro e veio na  minha direção, mas passou direto batendo em mim e indo direto para a floresta.

Eu o segui e logo nós estávamos no meio da floresta.

—Pergunte. Eu te contarei o que quiser saber. Te contarei tudo.

—O que você é?

—Você sabe. Se não soubesse não estaríamos aqui.

—Não. É impossível.

—O impossível é só questão de opinião Scott.

—O que você é?!

—Scott, tudo o que você conhece, cada crença que tem está prestes a mudar. Está pronto pra isso?

—O que... você é?

—Eu sou uma híbrida. Parte bruxa, parte vampira. Como a minha mãe. Apesar de a minha parte vampira ser uma característica recessiva, eu ainda tenho sede de sangue.

—Eu... não devia ter vindo aqui.

P.O.V. Scott.

Eu tentei correr, mas ela era mais rápida.

—Não! Fique longe de mim.

—Scott, eu não vou machucar você. Se eu quisesse te machucar, já teria machucado e você não poderia fazer absolutamente nada á respeito. Só... por favor não fique com medo de mim.

—Meu Santo Deus!

—Eu fiz isso pra você. Tem uma erva dentro. Verbena, impede que seja controlado e se beber, faz o seu sangue virar veneno e impede a transformação.

Ela me estendeu o colar.

—Pega Scott.

Eu peguei o colar.

—Use. Eu não sou a única por aqui e a maioria não é vegetariano como a minha família.

—Vegetariano?

—Meus parentes, exceto eu e minha mãe. Eles não bebem sangue humano, apenas animais. Antes que você pire, nós nunca matamos ninguém. Bebemos sangue doado. Mas, eu admito que você e o seu cheiro são incrivelmente atrativos. Só posso imaginar o gosto.

—Se você me morder...

—Não. Eu não posso transformar ninguém e nem a minha mãe. Mas, podemos usar o nosso sangue para transformar lobisomens em híbridos.

—Lobisomens? Lobisomens existem também?

—É claro. A história dos lobisomens começa mil anos antes da cidade de Nova Orleans ser fundada, duas tribos rivais decidiram se unir. Eles acharam que se unindo em paz, entrariam numa nova era de paz e prosperidade, um casamento foi arranjado, não só um casamento. Um casamento cerimonial, dois bruxos poderosos se unindo para criar um Coven unificado e desse casamento saiu uma criança. Por nove meses os anciões das tribos visitaram a mãe. Usando magia para conceder a criança grande poder, esperando que o recém nascido se tornasse um símbolo de paz e prosperidade. Mas, eles não faziam a menor ideia do que estavam trazendo para este mundo.

—E o que era? Tipo o bebê de Rosemary?

—Pior. Ela foi chamada de Inadu e logo ficou claro que ela era mais forte do que qualquer um poderia ter imaginado e que ainda assim ela tinha uma terrível fome por mais poder. Ela dizimou vilarejos inteiros e quando seu mal se tornou demais para suportar, os anciões da tribo conseguiram capturá-la usando nós místicos. Mas, ainda assim, Inadu era muito forte. A morte parecia ser a única solução. Eles forjaram um machado mágico e ficou decidido que sua mãe, aquela que foi responsável por dar-lhe a vida, seria responsável por tirá-la. Entretanto, antes de morrer, Inadu lançou um último feitiço. Um empoderado pela energia de sua própria morte e ela o atou a lua cheia. Condenando sua tribo á uma vez ao mês se transformar na mesma besta que usaram para caçá-la. O lobo.

—Ser lobisomem é maldição?

—É. Eles tem que quebrar cada osso do seu corpo quando se transformam. Você já quebrou algum osso?

—Já. E doeu. Muito.

—Entretanto, ser lobisomem tem suas vantagens. Eles são muito velozes e muito fortes quando estão transformados e sua mordida é letal para vampiros.

—E os vampiros?

—Marcus Corvinus. Um humano, mordido por um morcego. Ao invés de contrair raiva ou morrer ou os dois. Ele se adaptou á doença, moldou-a a seu benefício e virou o primeiro vampiro. Entretanto, a natureza é toda equilibrada, ela exige um equilíbrio. A erva verbena é um modo dela revidar. A verbena queima os vampiros e protege os humanos de qualquer tipo de controle mental. Alguns vampiros queimam ao sol outros... brilham como um diamante em forma humana. De alguma forma, a raça predadora encontrou uma maneira de evoluir. 

—E você?

—Não sou imune á verbena, mas beber todos os dias me fez desenvolver tolerância. É como engolir lâminas de barbear. Não é agradável.

—Você disse que consegue transformar lobisomens em híbridos. Híbridos de que?

—Metade vampiros, metade lobisomens. Lycans, não lobisomens, chamar um Lycan de lobisomem é ofensivo.

—Você tem dentes afiados?

—Tenho. Isso tá implícito.

—Me mostra.

—É melhor não.

—Por favor. Eu quero ver.

—Não.

—Ah, vamos não pode ser tão ruim assim.

—Não é ruim. Mas, pode ser perturbador para um humano.

—Eu não me importo.

Ela estava considerando.

—Por favor. Eu quero muito ver.

Ela virou de costas e então se virou lentamente na minha direção.

Os olhos dela eram de um azul tão gelado quanto o polo norte, frios como um morto e os dentes eram presas, caninos afiados.

—Caramba. Isso é...

Ela retraiu as presas e os olhos voltaram ao azul normal.

—O que foi?

—Jack. Posso ouvi-lo. Está se aproximando. Você vai ter que me perdoar por isso.

—O que?

Ela me beijou, praticamente se jogou encima de mim. E foi... demais.

—Ah, achei vocês. Matando aula irmãozinho? Eu pensei que eu fosse o irmão malvado e você o Nerd.

—Jack, vá embora. Não tá vendo que estamos... meio ocupados?

—Finalmente vai perder a virgindade.

—Cai fora Jack!

—To indo. To indo.

Jack foi embora.

—E não conte pra mamãe!

Passaram-se uns dez minutos.

—Pronto. Eu não escuto mais ele.

—Não escuta mais ele?

—É. Eu sou telepata. Leio mentes que nem a minha mãe e o meu avô. Os híbridos herdam as habilidades dos pais e por tanto, cada geração é mais potente do que a anterior.

—E você quer beber o meu sangue?

—Quero. Eu quero muito, mais do que o de qualquer outro humano. Eu nunca bebi sangue direto da fonte, mas... dá pra sentir o calor.

Ela passou as unhas levemente no meu pescoço.

—O meu avô falou que... se alimentar e... fazer amor ao mesmo tempo é a experiência mais extracorpórea que um vampiro pode experimentar.

—Fazer amor, você quer dizer...

—Eu quero dizer exatamente o que você está pensando.

—E você quer transar comigo?

—Você quer transar comigo? Agora que sabe toda a verdade sobre mim?

—Quero. Eu sei, é loucura.

—Mas, eu não quero fazer isso aqui. No meio desse mato, você merece algo melhor. Meu virgenzinho.

—Eu não sou...

—Nem adianta. Sangue de virgem tem um cheiro diferente, é ainda mais atraente. Não se preocupe, eu não conto se você não contar.

—E você? Você é...

—Virgem? Não. O meu primeiro foi um lobisomem. E nós usamos camisinha. Mas, foi só... físico. Atração animal. 

—Estacas funcionam?

—Dependendo da raça, funcionam. Mas, chegou á um ponto onde apenas um é capaz de matar o  outro e é difícil. Tem que pegar, segurar, esquartejar e depois queimar os pedaços.

—E se eu te enfiar uma estaca?

—Você só vai estragar meu uniforme. Veja.

Ela pegou uma pedra e a esmagou com a mão. Depois me mostrou a mão.

—Nada de nada. Balas, canhões nada funciona.

—Você tem que ser divina. Você é incrível. Você é linda.

—Linda? Posso te matar numa fração de segundo Scott.

—Eu não me importo. Você é... incrível. Eu te amo. 

Ela sorriu pra mim e passou a mão no meu rosto.

—Eu também te amo, meu frágil, doce e virgem ser humano. Não pode contar pra ninguém sobre mim. Você saber é perigoso, de tantas maneiras. Caius está louco, ele quer arrumar qualquer desculpa para me matar.

—Os seus parentes podem sair no sol. Como?

—Sinto muito, esse segredo eu não posso dividir. E nem todos os meus parentes podem sair no sol. Caius, Marcus e Aro não podem. Eu não posso libertá-los nesse mundo e não vou. Seria um banho de sangue. Vamos, o sinal acabou de tocar.

Nós chegamos e eu estava segurando a mão fria dela. Não era muito fria, mas era mais fria que a minha.

—Quer que eu pare de passar perfume?

—Não. Passe perfume, ajuda a mascarar o cheiro.

—Que cheiro?

—O seu cheiro. E sim, seria uma honra conhecer os seus pais esse fim de semana.

—É meio estranho saber que você está lendo meus pensamentos.

—Desculpe. Eu bloqueio o máximo que eu consigo.

P.O.V. Mary.

Ele chegou em casa feliz.

—Vai me dizer o porque dessa felicidade toda filho?

—O pai vai estar em casa no fim de semana certo?

—Sim. Vai. Porque?

—Porque... eu arrumei uma namorada e eu vou trazer ela pra conhecer vocês.

—Não acha que está indo muito depressa?

—Não! Ela é diferente. Ela é especial.

—Tudo bem. Se você acredita que essa moça é tão especial assim.

—O nome dela é Hope. Hope Cullen Volturi.

—Bom, considerando que você nunca se interessou por uma garota antes. Vai ser bom conhecê-la.

—Ela é bonita, é inteligente, é boa em esportes e é líder de torcida.

—Uau! Ela parece realmente incrível.

—Ela é sim.


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