Celle, o retorno escrita por Nany Nogueira


Capítulo 48
O batizado




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Um mês depois...

Mabel segurava Alana no colo, ao seu lado estava Eddie. Ao lado deles, Alison levava Leonard nos braços e Nick ao seu lado. Os padrinhos atentos às palavras do padre. Os bebês receberam a água benta nas cabecinhas, provocando susto e choramingo, amparados pelas madrinhas, enquanto os padrinhos seguravam as velas batismais.

Isabelle e Cristopher observavam de perto, emocionados. Ele disse à esposa:

— Obrigado por permitir que nossos filhos recebam o batismo na minha religião.

— De nada. Tenho certeza de que vai chegar o momento do Bar Mitzvah.

Os dois sorriram e se abraçaram, ainda atentos ao padre, que finalizava o batismo.

Em seguida, o almoço comemorativo deu-se no restaurante de Sam e Gibby.

Mabel disse à prima:

— É bom me sentir parte da família novamente.

— Você nunca deixou de fazer parte da família, Bel. Lamentamos quando esteve equivocada, mas, nunca desistimos de você.

— E eu sou muito grata por isso.

— Imagina, família é pra isso mesmo.

Mabel observou Ellie brincando com Alana e Leonard, ambos no colo de Cris e comentou:

— Ellie adora ter irmãos.

— É verdade. Temi que ela sentisse ciúme, fico feliz que não.

— É muito bom que ela não tenha ciúme, porque em breve terá mais um irmãozinho – levando as mãos ao ventre.

— Meus parabéns, Bel! – disse Isabelle, sorridente, abraçando a prima – Muita saúde pro bebê e felicidades para a família. O Rick deve estar muito feliz, ele sempre quis ser pai.

— Está mesmo! Radiante, eu diria.

— Vocês merecem.

Richard se aproximou e Isabelle o parabenizou:

— Parabéns, Rick! A Bel acabou de contar a novidade! Desejo felicidades para vocês.

— Valeu, Belinha! Já estamos muito felizes – beijando Mabel no rosto e sorrindo.

Alison chamou Isabelle e ela foi falar com a amiga, sentada a uma mesa perto dali com Greg.

— Tenho uma novidade, Belinha!

— Será mais um bebê chegando a esse mundo? Minha prima acabou de me contar que está grávida...

— Longe disso!

— Então vocês vão se casar! Quero ser madrinha! – olhando para ela e Greg.

— Tá frio! Vou falar logo, porque você é péssima de adivinhação. Eu e Greg vamos morar na Inglaterra!

— Tão longe! Por quê?

— Conseguimos bolsas de doutorado. Não é maravilhoso?!

— Claro, amiga! É maravilhoso! Meus parabéns para ambos! Hoje batizamos meus filhos e só notícias boas.

Numa mesa perto dali, Sam tomava um choque e não era de eletricidade.

— Mãe, eu pensei que a senhora fosse ficar feliz por mim, digo, por nós – falou Eddie, olhando para Valentina ao seu lado.

— Eu estou feliz... Que mãe não ficaria feliz pelo casamento de um filho? Mas, precisam mesmo ir morar em Los Angeles?!

— Tia Sam, eu arrumei um emprego lá, tem a minha família... – explicou Valentina.

— Claro, os teus interesses! Saí levando o meu bebê e pronto!

— Mãe, olha o mico – reclamou Eddie.

— Eddie, você sempre foi o meu garotinho. O mais amoroso, o mais amigo, o meu pequeno príncipe. Senti tanta a sua falta quando foi para a faculdade, mas eu sabia que era importante. Agora vai se casar e morar longe, me privar novamente da sua companhia e dos netos que vão nascer?

— Tia, eu não pretendo ter filhos tão cedo... – falou Valentina.

— Mais essa agora! Quer levar o meu filho e nem quer lhe dar uma família completa. Se você não fosse a filha da minha grande amiga Cat, eu juro que...

— Mãe! Para! Está parecendo a vovó Marissa!

Sam respirou fundo e falou:

— Agora você pegou pesado! Sabe que eu detesto que me comparem à minha sogra!

— Então não aja como ela e fique feliz por mim, pode ser?

— Eu vou fazer um esforço – disse Sam, com a cara fechada, saindo da mesa do casal.

Nick jogava no celular com Júnior, filho de Spencer e Audrey. Sam observou o filho, já crescido, mas ainda se portando como um adolescente. Pensou que Eddie, ao menos, estava seguindo o curso da vida e conseguiu respirar fundo, ainda sentindo o peito apertado.

Freddie aproximou-se da esposa, percebendo o desconforto dela no ar. Depois de quase 3 décadas de casados, conhecia a esposa até pela energia:

— O que houve, amor? – passando o braço sobre o ombro dela.

— Nosso pequeno príncipe vai embora.

Freddie não mostrou surpresa e ela percebeu:

— Você já sabia, não é?

— Sabia, Eddie estava receoso de lhe contar e veio falar comigo. Pedi que ele fosse honesto com você.

— Mais honesto do que foi, só se me desse um soco na cara...

— Sam, ele está feliz. A Valentina é uma boa moça, que conhecemos desde que nasceu. Devemos ficar felizes por ele também, está formado e encaminhado na vida, quer constituir família, é o curso natural da vida...

— Eu sei de tudo isso e não sou contra meus filhos seguirem o curso da vida, mas, ele precisava fazer isso em Los Angeles?

— Nós fizemos isso em Los Angeles. Foi lá que o nosso casamento, a nossa família começou, e fomos felizes, não fomos?

— Você sabe que sim.

— Eddie também será e nós vamos visitá-lo sempre e ele a nós.

Sam conseguiu abrir um sorriso fraco e Freddie a abraçou.

6 meses depois...

Na casa de Cat e Robbie, Sam, Freddie, Nick, Isabelle, Cris, Alana e Leonard hospedaram-se para o casamento de Eddie e Valentina.

Carly, Gibby e Sophie hospedaram-se num hotel próximo dali.

Cat estava muito contente, com a casa movimentada e o casamento da filha mais velha.

Isabelle foi em direção a Cris, aguardando-a no lado externo da casa. Os dois haviam combinado dar uma volta na praia. A moça tinha boas lembranças de momentos felizes em Los Angeles, a sua cidade natal. Estava feliz por poder compartilhá-los com o marido.

Cris observou Isabelle sorridente.

Ela sorriu de volta e perguntou:

— Qual a graça? – provocou ela.

— Você é a graça. Sem você, minha vida não tem a menor graça – tomando a mão da esposa e a beijando – O que fez para estar ainda mais linda hoje?

— Eu? Só pode estar brincando! Desde o nascimento dos gêmeos, convivo com uns quilos a mais – rindo.

— E você ficou ainda mais linda assim – aproximou-se do ouvido dela e cochichou – As suas curvas ainda mais evidentes, ainda mais gostosa – mordiscando a orelha dela.

— Para – dando tapas no braço dele – Tá cheio de gente aqui.

— Ninguém está prestando atenção – dando um beijo no pescoço dela.

— Melhor irmos logo. Você está muito assanhado.

Na praia, os dois caminharam de mãos dadas. Isabelle rememorava momentos da infância e os narrava ao marido. Ele se sentia feliz ao ver a felicidade nos olhos da esposa.

No dia seguinte, todos se arrumavam para o casamento “Valeddie”.


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