Celle, o retorno escrita por Nany Nogueira


Capítulo 28
A boa nova para Ellie




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Na saída do Tribunal, Sam falou para Doug:

— Eu não queria me meter nesse rolo com a Melanie, mas, ela difamou a minha filha. Agora ela vai passar uma vergonha também. Vou abrir a minha boca, quero que você me coloque de testemunha.

— O que a senhora sabe de relevante para o caso?

— Muitas coisas – garantiu Sam, deixando Doug interessado, marcando um horário com ela no seu escritório para dali a uns dias.

Todos voltaram ao Bushwell e Cris ficou muito feliz ao reencontrar Ellie, que assistia a um desenho na TV, no colo de Sophie.

Ao ver o pai, a menina correu para o colo dele. Cris a pegou e a abraçou bem forte, desejando nunca ter que largá-la. Sabia que tudo estava suspenso, não havia garantia de nada e parecia estar bastante encrencado até então, por isso, desejou que o tempo parasse.

Ellie pediu para descer, correu até a mesinha de centro, pegou um desenho e entregou para Cris, dizendo:

— Olha, papai. Sou eu, você e a Belinha – apontando para cada personagem.

Ellie estava no meio dando as mãos aos dois adultos. Cris elogiou:

— É realmente muito bonito. Eu posso ficar com ele?

— Sim, é o meu presente.

— É o mais bonito que já recebi.

— Você vai mostrar para a Belinha também?

— Vou sim. Ela deve estar na casa dos pais dela agora, mas logo iremos voltar, juntos, para a nossa casa.

Enquanto isso, Isabelle explicava a Freddie tudo o que havia acontecido pouco antes de ir para Nova York, em Nova York e, finalmente, em Seattle.

Freddie comentou:

— Quando você me contaria que eu vou ser avô? Quando o bebê nascesse?

— Pai, eu não tinha contado nem para o Cris. Fiquei traumatizada com o aborto espontâneo que sofri em Nova York.

— Mas, você contou para a sua mãe.

— Está com ciúme, pai? – aproximando-se de Freddie e o abraçando - Não precisa. Eu amo os dois da mesma forma. Mas, tem coisas que é mais fácil falar com uma mulher.

— Eu posso acreditar nisso se você me deixar escolher o nome do meu neto.

— Nem sabemos ainda se será um menino.

— Mas, se for, você deixa?

Sam manifestou-se:

— Não faça isso, Belinha! Seu pai tem os piores nomes para meninos. Eu consegui salvar Eddie e Nick, não garanto que vou conseguir salvar meu neto também.

Isabelle rebateu:

— Tenho certeza de que o papai vai pensar em nomes muito bonitos para o seu primeiro neto.

Freddie sorriu, satisfeito.

Mais tarde, Isabelle, Cris e Ellie já estavam de volta ao lar e ela falou de uma vez para o rapaz:

— Se for menino, meu pai quer escolher o nome do nosso filho.

— E você concordou?

— Eu fiquei com pena dele. Tadinho, tava tão magoado por ser o último a saber que estou grávida.

— Mas, eu sou o pai! Eu quero escolher o nome do meu filho!

— E eu sou a mãe, também poderia escolher, só passei esse direito ao meu pai.

— Não cola, Isabelle.

— Pode ser uma menina, aí você escolhe. Combinado?

— Não vamos combinar nada agora. Mas, bem que eu gostaria de escolher o nome de uma menina.

— Não escolheu da Elena?

— Não, foi a Mabel.

— Mas, é bonito.

— Sim, isso é.

— E Ellie é muito fofo, combina com ela.

— Eu também acho.

Ellie ouviu o nome dela e se aproximou:

— Vamos brincar?

— Já está quase na hora de dormir – advertiu Cris.

Isabelle falou:

— Mas, antes de colocarmos ela na cama, acho que precisamos contar a novidade a ela – sentando-se no sofá e puxando a pequena para o seu colo.

— Começa você.

— Ellie, você quer ter um irmãozinho?

A pequena respondeu rapidamente:

— Não.

Isabelle e Cris trocaram um olhar frustrado, mas a pequena prosseguiu:

— Eu quero ter uma irmãzinha.

Os dois trocaram um olhar sorridente dessa vez. Cris explicou:

— Filha, tem um bebê crescendo dentro da barriga da Belinha. É meu filho e dela, será o seu irmão ou a sua irmã.

Ellie colocou a mãozinha sobre a barriga de Isabelle e disse:

— Vai ser uma irmãzinha.

Isabelle rebateu:

— Se for um irmãozinho, você não vai gostar?

— Não!

— Mas, quando você vir ele bem pequenininho, tenho certeza de que vai gostar.

— Não vou não!

Ellie saiu do colo de Isabelle e correu para abraçar as pernas no pai, pedindo colo:

— Me leva para dormir agora?

— É claro que sim – pegando a menina no colo – A Belinha também vem.

— Não, papai. Só você hoje!

Cris trocou um olhar triste com Isabelle, que apenas assentiu. Ele levou a menina para a cama.

Mais tarde o casal conversava na sua suíte. Ela começou:

— Acho que a Ellie não ficou muito contente com a minha gravidez.

— Ela é muito pequena, é normal sentir ciúme no começo. Mas, ela falou que quer uma irmãzinha.

— E se for um irmãozinho?

— Ela vai gostar do mesmo jeito, pode apostar. Melhor a gente dormir agora, foi um dia cheio – apagando o abajur.

— Você tem razão.

Os dois se deitaram e ele abraçou a moça pela cintura, virada de costas, vindo rapidamente a adormecerem.

Nas primeiras horas da manhã seguinte o casal foi acordado com a insistente campainha. Isabelle, sonolenta, começou a dar tapas no ombro de Cris:

— Acorda! A campainha.

— Se você ouviu, por que não foi atender?

— Vai logo, a Ellie vai acordar.

Cris levantou-se rapidamente, com cara de sono e os cabelos desgrenhados. Abriu a porta e deu de cara com Sam, que disse sorrindo:

— Bom dia para o meu genro preferido.

— Acho que sou o único.

A loira foi entrando mesmo antes de ser convidada:

— Cadê a preguiçosa da minha filha? Aposto que ainda está dormindo!

— Meio que acordou com a campainha.

Isabelle já adentrava à sala com Ellie no colo, a qual, de fato, havia acordado com o barulho. Cris correu para pegar a filha, dizendo:

— Isabelle, não carregue peso, olha o bebê!

— Ela estava chorando.

Sam falou:

— Belinha, vai se arrumar logo! Tem uma mega promoção numa loja de vestidos de festa. Já deve ter uma fila enorme! Não podemos perder!

— Desde quando se importa com promoções em lojas? Pensei que gostasse de promoções em lanchonetes! Hoje é sábado, eu quero dormir.

— Desde quando faltam poucos dias para as minhas bodas de prata. Eu quero arrasar! Mostrar para todo mundo que eu não estou velha. Apesar de estar casada há 25 anos e estar prestes a me tornar avó... Minha nossa!

— Crise de idade agora, mãe? – rindo – Você só tem 43 anos! Quem mandou começar família cedo. Devia me agradecer que sou vou te dar um neto agora. Se eu tivesse na idade que você me teve, seria avó antes dos 40.

— E eu te mataria por ter cometido o mesmo erro que eu. Agora chega de conversa e vai logo se aprontar.

Isabelle não se moveu e começou a rir. Sam quis saber:

— Qual é a graça?

— Você vivia reclamando que a vovó Marissa aparecia lá em casa de manhã bem cedo nos finais de semana só para te encher o saco, já chegando dando ordens. Agora tá fazendo igual.

— Eu me tornei a Senhora Benson? Alguém tem um formicida para eu beber?

— Você está realmente dramática hoje, mãe. Essa crise de idade está te deixando mal. Se tornou a Senhora Benson quando se casou com o meu pai. Acho melhor eu ir logo me aprontar.

Sam virou-se para Cris, enquanto a filha seguia para a sua suíte:

— Mil perdões pelo transtorno. Acho que sei como se sente com uma sogra louca! Prometo que não vai se repetir. Acho melhor eu ir esperar lá no meu apartamento.

Ele respondeu:

— Imagina, Sam. Sempre será muito bem-vinda nesta casa, na hora que for.

— Sei que está sendo apenas gentil para não desagradar a Belinha. Isso é muito legal, porque eu não tinha essa consideração com o Freddie.

— Na verdade, você é muito bem-vinda porque faz as melhores panquecas com Nutella que eu já comi na vida!

— Acho que entendi. Tô indo para cozinha enquanto a Belinha não se apronta.

Pouco depois, mãe e filha foram juntas às compras, enquanto Cris e Ellie deliciavam-se com as panquecas.


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