P.O.V.- Bloom

Vi o Riven se afastar com a Darcy e destransformei-me. Olhei para os meus amigos.

—Vocês acreditam em mim, certo? – perguntei eu - Foram as Trix que transformaram o ogre no Timmy, que me deu aquele capacete. Quando as vi tentei ir avisar o Riven, mas…

—Não vejo motivos para não o fazer – disse a Stella – Ainda para mais, chegar a bruxa e levá-lo é suspeito de mais. Estamos contigo, Bloom.

—Obrigada!

—Sim! Não vemos motivos para nos estares a enganar – disse o Brandon (Sky).

—E que tal continuarmos o nosso passeio pela cidade e aproveitarmos a festa? – perguntou o Sky (Brandon).

—Claro! – disse a Stella.

Vi o Sky (Brandon) colocar a mão na cintura da Stella e guiá-la pelas ruas de Magix. Eu e o Brandon (Sky) limitamo-nos a segui-los, parando de vez em quando para ver algo pelo caminho.

—Acho que estamos a mais – sussurrou-me o Brandon (Sky) ao ouvido.

—Também acho.

—Queres dar uma volta e deixá-los sozinhos?

Olhei para ele, que sorria.

—Posso só dizer à Stella?

—Claro!

Aproximei-me da minha amiga.

—Stella! – chamei eu.

Ela virou-se para mim.

—Sim?

—Eu e o Brandon (Sky) vamos dar uma volta, ok?

A Stella dirigiu-me um sorriso malicioso.

—É só para vos deixar sozinhos, não penses coisas.

—Tudo bem… e… obrigada. Quando for para ir para Alfea, porque vou precisar de me trocar para ir para o Baile, eu ligo-te, ou envio-te uma mensagem.

—Está bem!

Voltei para junto do Brandon (Sky).

—E então?

—Tudo bem e ela agradece.

Ele sorriu.

—Queres ir onde?

—Não conheço bem a cidade, não sei.

—Acho que já vimos tudo o que havia para ver no festival, queres que te leve a conhecer melhor a cidade?

—Pode ser.

—Só não te percas, ok?

—Já sou grandinha!

Ele sorriu e segurou na minha mão, senti-me corar.

—Para prevenir – disse ele olhando para mim e abrindo um sorriso ainda maior- Tudo bem?

—Sim, claro!

Começamos a caminhar pela cidade, o Brandon (Sky) foi-me contando a história da cidade e de cada edifício até chegarmos a um parque.

—Queres parar um bocadinho? – perguntou o Brandon (Sky).

—Está bem.

Sentamo-nos no chão, inconstados a uma árvore.

—Desculpa-me, Brandon (Sky).

—Pelo quê?

—Por ter colocado o Riven ainda mais contra ti.

—Ele já não gosta nada de mim, não foi a pior coisa que ele já me disse.

—Mas…

—Ele estava a merecer, só para começar, tratar-vos como objetos sem poderem decidir se querem ou não sair com ele… Ele realmente mereceu o que lhe fizeste. Não se trata assim as pessoas. Odiei que ele te tivesse escolhido a ti, as coisas não funcionam assim. E depois, não acreditou que poderia ter sido uma armadilha das bruxas, depois delas nos terem atacado algumas vezes. É ridículo! O Riven devia ter acreditado em ti, investigar, ver a veracidade dos factos…

—Tu acreditas em mim?

—Sempre vou acreditar.

—Obrigada! Mas…

—Pára! Se eu te levar ao Baile de logo à noite vais deixar de tocar nesse assunto? Eu acredito em ti e sei que foi uma armadilha, tu nunca irias inventar que o Timmy te deu o capacete. Não sabias que ele não estava cá, não poderias saber que era uma armadilha.

—Tu convidaste-me para o Baile da Rosa?

—Sim…

—Brandon (Sky)… eu…

—Vens comigo?

—Eu não… e o que levo?

—O vestido que usaste naquela abertura do ano letivo está perfeito. Estavas linda… tu és linda!

Senti o sangue subir para o meu rosto e de certeza absoluta que estou levemente corada.

—Obrigada! Eu… posso te responder mais tarde?

—Claro! Leva o tempo que precisares… só não leves todo o tempo, porque é já logo à noite.

—Tudo bem, eu digo.

Olhei para o Brandon (Sky), que encostou a cabeça no tronco da árvore e olhou para o céu, pouco depois fechou os olhos e respirou fundo.

—Posso te fazer uma pergunta, Brandon (Sky)?

—Claro!

—O que foste fazer para Fonte Vermelha?

—Como?

—Porque entraste lá?

—Desde pequeno quero usar uma espada, saber me defender, proteger quem amo, tornar-me um herói e uma pessoa melhor. Ir para Fonte Vermelha pareceu o ideal.

—Porquê Fonte Vermelha?

—Acho que é uma boa escola e tem tanto prestígio como Alfea. Porque perguntas?

—Não sei o que faço aqui.

—Estás a realizar o sonho de queres ser uma fada, certo?

—Sim, mas foi tudo tão rápido, eu vim para cá sem saber o real motivo de o querer fazer.

—Seguiste o teu coração. No teu inconsciente precisavas de vir e vieste.

—Achas?

—Sim. Mais tarde, na hora certa, vais saber o porquê disto te ter acontecido.

—Obrigada, Brandon (Sky).

—Porquê?

—Por me ajudares a descobrir o porquê de estar aqui.

—Na boa. Estou aqui para ti.

—Obrigada!

O Brandon (Sky) sorriu.

—Tens fome? – perguntou ele.

—Um bocadinho.

—Queres ir almoçar?

—Sim, pode ser.

O Brandon (Sky) levantou-se, estendeu-me a mão, segurei nela e ele ajudou-me a levantar. Mantive a minha mão na sua e começamos de novo a caminhar, desta vez em direção a um restaurante. O Brandon (Sky) parou em frente a um edifício.

—Pode ser aqui?

—Eu não conheço, almoçamos onde quiseres.

—Ok!

Ele largou lentamente a minha mão e abriu a porta do restaurante para eu entrar.

—Obrigada! – disse eu, adentrando o local.

O Especialista veio imediatamente atrás de mim. O funcionário indicou-nos uma mesa e nós sentamo-nos.

********************************

Já terminamos a refeição e estamos novamente a passear pela cidade. Olhar as pessoas, a festa…

—Brandon (Sky)! – chamei eu, enquanto passeávamos por uma rua mais calma.

—Sim?

—Com que frequência tens pesadelos ou sonhos estranhos?

—Pesadelos não mais que 4 vezes por meses, pelo menos aqueles que me lembro quando acordo, às vezes nem tanto.

—E sonhos estranhos?

—Estranhos como?

—Já te apareceu alguém nos sonhos a falar contigo, uma voz que te parece extremamente familiar e que chama por ti? Às vezes nem se quer em sonhos. Já pensaste ter visto essa pessoa na rua e afinal é só a tua mente a enganar-te?

—Nunca. Com que frequência tens esses sonhos? Porque suponho que tenhas, pelo que descreveste.

—Pesadelos constantemente desde que vim para Alfea, se não são pesadelos, sonho com uma mulher que me chama para ir ter até ela.

—Ela já te disse onde está à tua espera?

—Não, só diz que me quer ajudar e proteger.

—Não te preocupes.

—Mas pareceu-me vê-la em alguns sítios, ainda há pouco pareceu-me ela a dançarina, mas rapidamente voltei à “realidade”.

—Não te preocupes, ok? Se ela diz que te vai guiar e proteger não tens com que te preocupar.

—Gostava de saber quem é…

—Acho que só tens de esperar. Na hora certa vais conhecê-la.

—Ok! Tens razão.

Um homem carregado com algumas cestas de rosas pegou numa e entregou-a ao Brandon (Sky).

—Para os namorados! – disse ele, seguindo depois o seu caminho.

—Nós não… - tentou dizer o Brandon (Sky), mas o homem já se tinha afastado.

Ele olhou para mim e sorriu.

—Bem… para ti, Bloom!

O Brandon (Sky) entregou-me a rosa, dando-me depois um beijo na bochecha. Olhei para a rosa e depois para ele.

—Não precisavas…

—Não gostaste?

—Não recebia uma rosa há séculos, não estou habituada. É linda!

O Brandon (Sky) sorriu.

—Tu também és.

Corei, inevitavelmente. O que ele me está a fazer sentir?

—Queres voltar para o parque? Não estamos a fazer nada na cidade.

—Sim, quero.

Fizemos o caminho para o parque em silêncio. Um silêncio agradável. Notei que o Brandon (Sky) sempre que conseguia roçava o seu braço no meu, fazendo-me sentir bastante confortável. Assim que chegamos sentamo-nos no chão, encostados a uma árvore novamente. Sentados mesmo ao lado um do outro.

—Acho que aceito ir contigo ao Baile.

O Brandon (Sky) olhou para mim e sorriu.

—Obrigado! Vais fazer com que esta noite seja fantástica!

—Não sei se…

—Claro que sim, adorei a nossa outra dança e a noite foi incrível, esta vai ser ainda melhor. E caso contrário, ficaria no meu quarto a noite toda, assim vou passá-la contigo e vai ser magnífica.

—Ok! Eu espero realmente que gostes.

—Vamos gostar os dois, eu prometo-te.

Vi-o sorrir e inconstar a cabeça ao tronco da árvore.

—Vai ser muito bom! – disse ele de olhos fechados.

Fiquei a observar o seu perfil. Ele é realmente bonito. Talvez o cabelo seja ligeiramente comprido de mais, mas fica-lhe muito bem, deixa-o bastante sexy. Ele sorria enquanto recebia o sol na sua face.

—É relaxante estar contigo! – murmurou ele.

—Não faço nade de mais.

—Não chateias e as nossas conversas são interessantes e sem um único foco. Isso é bom. É interessante.

—Ok!

—Estou a falar a sério! Conheço algumas com quem é impossível estar mais de 3 minutos sem ficar incomodado, para não dizer pior.

—Ok!

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Depois de lancharmos o Brandon (Sky) e o Sky (Brandon) levaram-nos, a mim e à Stella, respetivamente, nas suas motas até Alfea. Nunca tinha andado num, e também nunca fiquei tão perto do Brandon (Sky). As minhas mãos não de desprenderam do peito dele até termos parado completamente em frente a Alfea. E que peitoral! O corpo dele é muito bom… é perfeito.

Assim que tirei as mãos do seu corpo ele riu.

—De que te ris? – perguntei eu, saindo da mota e entregando-lhe o capacete, enquanto ele tirava o seu.

—Foi adorável a forma desesperada com que te agarraste a mim.

—Não acho! Eu nunca tinha andado numa coisa destas.

—Tudo bem, eu compreendo. Só tenta não espetar as unhas com tanta força da próxima vez.

—Eu magoei-te?

—Não, estou a brincar. Mas realmente espetaste as unhas, mas não com força o suficiente para me magoares, ou algo do género.

Ele levou a mão até à barra da t-shirt que usava.

—Posso mostrar, devo ter as marcas.

Provavelmente corei, porque ele riu e beijou a minha bochecha logo de seguida, murmurando um “fofa”.

O Brandon (Sky) pegou na minha mão e levou-a aos lábios, depositando depois um beijo na mesma.

—Estamos aqui à vossa espera às nove, ok?

—Na…mota?

—Logo vês.

Ele voltou a beijar-me a mão e eu sorri.

—Estou ansioso para logo – murmurou-me ele.

—Também estou.

—Bloom! – ouvi chamar a Stella.

—Tchau! – murmurei eu ao Brandon (Sky).

—Até logo!

Fui para junto da Stella e fomos até ao quarto dela.

—Gostas dele! – disse ela a sorrir enquanto se sentava na sua cama.

—De onde tiraste isso? E de quem estás a falar?

Ela riu.

—De quem mais poderia ser exceto o nosso lindo loiro?

—Nosso?

A Stella riu novamente.

­-Estou feliz por ter a tua companhia esta noite! – comentou ela, mudando de assunto.

—Também eu.

—Vai ser bom!

—Assim espero!

—Tu faz-te a ele. Ele gosta de ti.

—Não me atreveria.

—Porque não?

—Vou tomar um banho, ok? – comentei eu, tentando desviar novamente o tema da conversa.

—Está bem! Vai lá, qualquer coisa chama.

—Ok!

******************

Terminamos de nos arranjar eram vinte e cinquenta. A Stella entrou no meu quarto para descermos juntas.

—Estás linda! – elogiou ela.

—Obrigada! Tive mais tempo para me arranjar, incluindo tentar fazer algo ao cabelo. Também estás.

—Achas que o Sky (Brandon) vai gostar deste vestido? – perguntou ela, dando uma voltinha, mostrando-me o vestido rosa claro, justo, comprido e com as costas abetas.

—Claro que vai! É lindo!
—Obrigada!

A Stella entrelaçou o seu braço no meu e fizemos o caminho até ao exterior de Alfea. Assim que chegamos uma nave de Fonte Vermelha pousou no centro do pátio. A porta abriu e de lá saíram os 2 rapazes.

Eu e a Stella aproximamo-nos da nave, enquanto os rapazes também vinham na nossa direção.

Estavam ambos de fato, o Brandon (Sky) com um azul escuro e o Sky (Brandon) com um verde escuro. O Brandon (Sky) estava lindo e mexia no cabelo nervosamente enquanto vinha na minha direção.

—Estás linda! – disse ele, com um grande sorriso.

Pegou na minha mão e levou-a aos lábios, depositando um beijo na mesma.

—Vamos, Brandon (Sky)! – chamou o Sky (Brandon)- Antes que cheguemos tarde!

—Certo!

Ele segurou na minha mão e ajudou-me a subir ate à nave. Ficamos sentadas, eu e a Stella, numa espécie de banco enquanto os rapazes iam a pilotar a nave.

—Ele gostas de  ti! – sussurrou a Stella – Como te convidou para o baile?

—Eu acho que ele só queria que eu parasse de perguntar se ele acredita em mim com aquilo do Riven.

—Queres a minha opinião? É só uma desculpa. Ele farta-se de te elogiar e fica todo tímido perto de ti.

—Não! E cala-te que ele pode ouvir.

—Ele vai te beijar hoje, vais ver.

—Não vai. Não quero.

—Porque não?

—Ainda não. Conheço-o há pouco tempo, não tenho o hábito de beijar pessoas que não conheço.

—Ainda não? Queres dizer que queres?

—Ele é lindo, porra! É claro que quero!

A Stella riu.

—Gostas dele, certo?

—E se falássemos antes de ti e do Sky (Brandon)?

—Ok, já entendi.

—Chegamos, meninas! – disse o Brandon (Sky), enquanto sentíamos a nave pousar.

Quando a porta da nave se abriu nós descemos. Antes de entrarmos no edifício onde ocorria o Baile, o Brandon (Sky) pegou na minha mão e sorriu. A Stella e o Sky (Brandon) afastaram-se de nós, adentrando imediatamente o edifício.

—Tens a certeza que queres estar comigo hoje? Ainda dá tempo de me ir embora!

—Bloom! – repreendeu o Brandon (Sky) - Não digas isso! Estou contigo porque quero,

 e não tenho motivos para não querer, és uma pessoa incrível! Vamos entrar!

Deixei-me ser guiada pelo Brandon (Sky) para dentro do edifício onde vários pares dançavam uma música lenta, incluindo a minha amiga e o Especialista, já que reconheci o seu cabelo loiro muito rapidamente.

—Também queres dançar? – perguntou ele no meu ouvido.

—Não me importo!

O Brandon (Sky) colocou a mão na minha cintura, levando-me depois para o meio da pista, colou um pouco os nossos corpos, eu entrelacei as minhas mãos no seu pescoço, ele colocou ambas as mãos na minha cintura e começamo-nos a mover conforme o ritmo lento da música.

—Pelos vistos não demorou muito até dançarmos juntos novamente – comentou o Brandon (Sky).

—Sim, tens razão.

—Estás bem?

—Sim.

—Eu quero dizer… com o que aconteceu de manhã com o Riven?

—Ainda gostava de saber o que aquelas três querem com ele e o porquê de terem feito isto.

—Talvez uma delas tenha um fraquinho por ele – disse ele divertido.

Eu ri e concordei.

—Com o anel da Stella até compreendo. O poder e isso tudo, mas o Riven? O que elas querem com ele?

—Talvez mais um aleado para as loucuras delas.

—Achas que ele aceitaria fazer algo contra vocês?

—Já não sei. Nunca nos demos bem o suficiente para saber isso. Mas acho que ele sabe que pode contar connosco caso precise. Mesmo que não nos dêmos bem e ele talvez já não faça parte da nossa equipa, ainda é um Especialista.

O Brandon (Sky) olhou-me nos olhos e sorriu.

—Sentes falta de alguma coisa da Terra?... Sem ser a tua família.

—Acho que não muito.

—Nenhum amigo ou assim?

—Não tinha muitos amigo, e os que tinha não eram assim os melhores. Ninguém insubstituível.

—E da escola?

—Estás a brincar? As aulas aqui são bem melhores, não fazes ideia.

—Porquê?

—Bem, lá as coisas são bem diferentes, mais secantes.

—Talvez a matéria daqui seja só mais interessante.

—Talvez. Nas aulas em Gardénia eu fartava-me de desenhar, em Alfea não o faço.

—Desenhas?

—Pode-se dizer que é o meu passatempo. Tens um?

—Acho que não. Só treino. Muito mesmo.

—Porquê tanto?

—Não posso falhar em nada que faço. Se treinar vou ser capaz de proteger as pessoas que são importantes para mim.

Eu concordei.

—Também estou a tentar controlar melhor os meus poderes.

—Vais conseguir. Sei que és capaz.

—Obrigada!

—Já jantaste, certo?

—Sim!

—Comeste bem?

—Sim, e tu?

—Não muito, não gosto de cozidos. A carne parece deixar de saber a carne e só me sabe a água.

Ri, ele olhou para mim e depois também riu.

—Ficas linda quando sorris!

—Obrigada!

Vi o Sky (Brandon) se aproximar de nós e tocar no ombro do Brandon (Sky).

—Querem vir te sentar connosco numa mesa?

O Brandon (Sky) olhou para mim e eu concordei com um gesto de cabeça.

—Ok, podemos ir – respondeu-lhe ele, segurando depois na minha mão.

Seguimos o Sky (Brandon) até a uma mesa, onde a Stella já estava sentada. Ele sentou-se ao seu lado e eu e o Brandon (Sky) sentamos à frente deles.

—Estão a gostar da noite, meninas? – perguntou o acompanhante da Stella.

—Sim! – respondemos as duas ao mesmo tempo.

—E a que horas pretendem ir embora? Temos aulas amanhã. Todos nós.

A Stella suspirou.

—Nem digas nada… odeio ter de ouvir a Griselda logo pela manhã.

Ambos os rapazes riram.

—Também temos a nossa Griselda em Fonte Vermelha - comentou o Sky (Brandon) - Duvido que exista alguém capaz de aturar o Codatorta.

Rimo-nos todos.

—Agora fiquei curiosa para saber quem é a Griselda das bruxas – disse a Stella.

—Acredito que seja ainda pior do que a nossa - disse eu.

—Concordo plenamente.

Quando o Sky (Brandon) começou a sussurrar coisas ao ouvido da Stella, fazendo a minha amiga corar, olhei para o Brandon (Sky). Ele fez um gesto com a cabeça, compreendi que era para o seguir. Levantamo-nos, ele segurou na minha mão e antes de caminhar com ele olhei uma última vez para a Stella e o Sky (Brandon) que pareciam nem ter notado que nos tínhamos levantado. Depois ele guiou-me pelo meio da multidão até uma escadaria.

—Onde vamos? – perguntei eu, enquanto subíamos as escadas.

—Para o segundo andar, é lá a entrada para um terraço que tem uma vista linda. Já viste a lua cheia de Magix?

—Nunca.

—Então vamos aproveitar hoje.

Assim que chegamos o Brandon (Sky) sorriu e continuou a guiar-me pelos corredores do edifício, sempre com um sorriso maravilhoso nos lábios. Chegamos rapidamente a uma porta de vidro que o Brandon (Sky) abriu. Deixou-me passar primeiro, continuando a sorrir.

O Especialista segurou-me outra vez na mão e caminhamos até ao beiral do terraço, onde ele se encostou.

—Não tens frio, pois não? – perguntou ele, olhando-me nos olhos.

—Estou bem!

Aproximei-me dele e fiquei a olhar a lua.

—Na Terra não é tão bonita. Normalmente as luzes da cidade estão todas acesas, para além da poluição… não dá para ver tão bem como aqui.

—Ainda bem que gostas.

—Tu gostas?

—É bonito, mas já estou habituado a ela. Gosto de ficar a ver a lua antes de ir dormir.

Conseguia-se ouvir muito bem a música daqui e rapidamente o Brandon (Sky) perguntou-me se queria dançar. Eu aceitei e já estávamos novamente com os corpos colados a moverem-se ao ritmo da música.

As horas passaram entre dança, conversa e risos e acabou por chegar a hora de irmos embora. Reunimo-nos novamente na mesa para conversarmos todos mais um pouco e depois os rapazes levaram-nos de volta a Alfea na nave. Eles ajudaram-nos a sair e ficaram, cada um, à frente do seu par para se despedirem.

—Adorei esta noite, Bloom! – disse o Brandon (Sky).

—Também gostei muito.

—Definitivamente és uma ótima companhia.

—Tu também és.

—Podes contar com mais noites como esta. És absolutamente incrível e adoro passar o meu tempo contigo.

Eu sorri, ele corou e levou uma das mãos atrás da cabeça, coçando a nuca.

—Só se tu quiseres, é claro.

—Sim, eu gostaria.

O Brandon (Sky) dirigiu-me um sorriso ainda maior.

—Ainda bem.

—Brandon (Sky)! – chamou o Sky (Brandon)- O Codatorta está a chamar.

—Certo!

O Brandon (Sky) segurou uma das minhas mãos e levou-a aos seus lábios, depositando um beijo nas costas da mesma.

—Obrigado pela noite, Bloom! Até à próxima!

—Até!

Eles afastaram-se de nós, caminhando até à nave e entrando na mesma, dirigindo-nos um “Tchau” antes da porta da nave fechar.

Eu e a Stella ficamos a ver a nave se ir embora para em seguida entrarmos na escola, indo em direção ao nosso dormitório.

—Foi realmente uma noite maravilhosa – disse ela.

—Sim!

Entramos no nosso dormitório e a Stella levou-me até ao seu quarto pelo braço. Já sei o que aí vem.

—E então? – perguntou a minha amiga, sentando-se na sua cama.

—Então o quê? – questionei eu, fingindo não saber do que ela falava.

—Oras, como foi a tua noite? Beijaram-se?

Fiz que não com um gesto de cabeça.

—Nem um pequeno beijinho na bochecha.

—Nada!

—Ele não demonstrou querer?

—Como queres que eu saiba se ele queria ou não?

—Pelo comportamento, a linguagem corporal… essas coisas todas.

—Não prestei atenção.

—Que desmiolada tu me saíste. De certeza que ele se aproximou um pouco do teu rosto ou algo do gênero.

—Tu e o Sky (Brandon) beijaram-se?

—Não!

—Então porque queres que eu e o Brandon (Sky) o tivéssemos feito?

—Porque é sempre interessante falar dos interesses amorosos das outras pessoas.

—Pois claro!

—Principalmente se for da nossa melhor amiga.

Eu sorri.

—Ainda não quero Stella, não estou pronta para isso outra vez.

—Já…

Adivinhando a pergunta sobre a minha vida amorosa na Terra decidi cortá-la.

—Está meio tarde. Amanhã, como disseste, temos aulas com a Griselda, convém chegarmos no horário e bem despertas para ela não reclamar, ou impedir outras possíveis saídas.

—Certo, tens razão. Boa noite, Bloom!

—Boa noite, Stella.

Sai do quarto dela e fui para o meu, onde a Flora já dormia, deve ter chegado há pouco tempo já que a mala que ela levou ainda está aos pés da sua cama. Arranjei-me para dormir e deitei-me, adormecendo rapidamente.

Fim!