Sempre Estive Aqui - Dramione escrita por Srt Florencio


Capítulo 1
UM


Notas iniciais do capítulo

HELLO queridos! Cá estou eu com outra fanfic, mesmo tendo 82837282 pra atualizar hehe
Espero que gostem, estou amando escrever essa fic!



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Lá estava ela, fazendo as mesmas coisas que fazia todo maldito dia. Parecia nem perceber que existiam outras coisas que valiam a pena serem realizadas.

Vivia em uma monotonia sem fim.

Se ajustou quando percebeu que a dona de sua atenção se dirigia até à porta.

Estava na hora de seguir sua rotina tediosa.

Para o que ele era pago…

Draco Malfoy era um matador de aluguel, um dos melhores sabia ele, e fora contratado para dar fim na vida daquela garota, o que certamente lhe parecia muito estranho, Mariah Jones não parecia o tipo de mulher que faria com que alguém desejasse a sua morte, mas o que Draco saberia com isso? Aceitou o trabalho.

Tinha aprendido desde que entrara para aquele ramo que não deveria julgar seus clientes.

Por isso ele estava a sei lá quantos dias seguindo a vida completamente chata de Mariah, descobrindo quem eram seus amigos, quem sentiria sua falta, infelizmente seu cliente não estava contente com sua demora, queria que o serviço fosse realizado o quanto antes.

Exigia urgência.

Mas não era assim com Draco.

Nenhum crime era perfeito, eles sempre deixavam brechas impossíveis de serem apagadas e era por isso que o matador precisava de tempo para reconhecer o espaço de seu trabalho, se não existia perfeição havia algo próximo a isso e Draco estava lá, afinal não dava para ser o melhor atoa.

Nesse momento o homem já conhecia toda a rotina de sua próxima vítima, que inacreditavelmente era sempre a mesma.

Mariah acordava às seis da manhã e saía às sete para o trabalho de garçonete em uma lanchonete a três quadras de seu apartamento onde, ao chegar, cumpria sempre o ritual de colocar os açucareiros nas mesas e retirar todas as xícaras da prateleira antes de devolvê-las no lugar, não tinha horário de almoço e voltava para casa perto das oito da noite.

Não tinha amigos e jamais recebia visitas a não ser de uma garota loira que trabalhava com ela, mas que nunca ficava tempo o suficiente para que Draco adivinhasse o que sua presença acarretava.

E enquanto via tudo aquilo novamente Draco se perguntava o que fizera de Mariah Jones um alvo em potencial.

Não que importasse, nunca importou, seu sangue frio para a morte e outras coisas era só mais um de seus atributos.

Suspirou colocando o binóculo de lado, Mariah acabara de sair do apartamento.

Draco estava morando em um prédio em frente ao apartamento dela, uma única rua os separava e ele via tudo o que acontecia em sua moradia pelas janelas que a garota insistia em deixar abertas, era assim que ele ficava de olho nela durante toda sua noite e durante o dia ele aparecia na lanchonete com a desculpa de tomar um café e ficava, pelo menos, duas horas a observando por trás do jornal que insistia em levar.

Mariah ficava atrás do balcão, entregava os pedidos e recebia os pagamentos. Nunca incentivava conversas ou começava uma, apesar disso era bem educada com os clientes.

Foi por saber exatamente como Mariah dirigia seu trabalho que Draco ficou surpreso ao olhar por cima do Jornal e encontrar a garota parada na sua frente segurando uma jarra de café.

— Mais café? — Ela perguntou.

Draco acenou com a cabeça, mudo. Nunca antes tinha escutado sua voz e poderia dizer que estava surpreso por soar tão suave e aveludada.

— Sabe, eu tenho visto você bastante por aqui — Draco sentiu seu corpo ficar tenso, será que ela tinha percebido alguma coisa?

— Tenho trabalhado na vizinhança — Disse.

— Tenho certeza que sim — Sorriu, mas não chegou aos seus olhos — Escute bem, só vou dizer uma vez, não vou voltar, diga isso para ele.

— Mariah! — A garota loira que Draco vira tantas vezes antes chamou a colega.

— Já estou indo! — Respondeu e virando-se para Draco alertou: — Lembre-se disso.

O rapaz observou enquanto ela caminhava de volta ao balcão, os ombros eretos e o nariz empinado, e sorriu.

Mariah ainda poderia ser surpreendente.

Draco só queria saber a quem ela se referia como “ele” e o que ela queria dizer com não voltaria.

***

Draco tinha abandonado a lanchonete logo depois de receber o ultimato de Mariah, mas não foi muito longe, ficou em um ponto estratégico que lhe permitia ver toda a fachada envidraçada do comércio e Mariah lançando olhares para a porta a todo instante.

Ele ficou lá até que a mulher fosse embora no mesmo horário de sempre e manteve os olhos nela até que fosse dormir às dez.

Malfoy suspirou de alívio quando suas costas encontraram o macio do colchão, desde que compreendeu que a rotina de Mariah não se alterava e que ela não era do tipo noturna ele se dera ao luxo de dormir todas as noites, evitando que ficasse deveras cansado enquanto a seguia.

Apagando todas as luzes Draco dormiu.

***

Já se passava das seis e quinze e Draco franzia o cenho diante da janela enquanto segurava o binóculo em uma das mãos e uma xícara de café na outra.

Algo estava terrivelmente errado.

Não vira qualquer movimentação no apartamento em frente desde que acordara cerca de meia hora antes e isso por si só já era alarmante, Mariah não se atrasava. Nunca.

E mesmo assim não tinha levantado, não havia ligado as luzes da casa enquanto ligava a cafeteira e se inclinava sobre o balcão para assistir à pequena televisão da cozinha.

Tudo estava fechado e escuro e por mais que não devesse aquilo estava começando a preocupar Draco.

Pousou a caneca de lado.

Aquilo poderia estragar seus planos e levá-los por água abaixo, mas ele não podia simplesmente continuar ali fingindo que tudo estava bem enquanto certamente não estava.

Não foi difícil subornar o porteiro para que ele pudesse entrar no apartamento de Mariah, na verdade foi incrivelmente fácil.

Draco quase riu com o pensamento de que poderia simplesmente entrar naquele prédio com uma arma em mãos e depositar algum dinheiro no balcão e não seria impedido. Como os seres humanos eram desprezíveis.

O elevador estava com defeito, fora avisado, então teve que subir quatro lances de escada antes de parar em frente ao apartamento de Mariah que, confirmando seus pensamentos, estava aberta.

Não completamente aberta, uma pessoa desavisada, por exemplo, jamais perceberia. A porta estava a centímetros de distância do batente, como se alguém tivesse puxado com força tentando fechar, mas a porta tinha pensamentos contrários e ao bater voltou um pouco.

Aquilo não era um bom sinal.

Mas foi só ao terminar de abrir a porta é que Draco viu o quão sério tudo aquilo era.

O apartamento estava completamente destruído,o sofá tinha sido arrastado do lugar de origem, as almofadas estavam todas no chão e rasgadas em tiras, vidro espalhado pelo piso.

Parecia uma zona de guerra.

E alertava seus sentidos de que algo estava mais do que terrivelmente errado.

Ele observava Mariah Jones por tempo demais para saber que ela não era nada, senão a pessoa mais organizada que ele vira em toda a sua vida.

E toda aquela bagunça, o fato de ela simplesmente ter desaparecido… só podia significar uma coisa: Ela fora levada.


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Notas finais do capítulo

~alguns erros podem ter passado~
Comentários são sempre bem-vindos!



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