Aurora escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 4
Capítulo 128




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Capítulo 128

PDV da autora

— Por isso eu não posso permitir que faça mal a ela. A culpa talvez tenha sido toda minha por não ter lhe dado veneno puro.

— O que você deu para ela então, Esme?

— Você sabe que algumas vezes eu via que meu sutiã estava um pouco molhado do leite que transbordava.

— Mesmo tanto tempo depois ainda saiam algumas gotas. Por isso, foi devagar.

— Exatamente Carlisle, eu tirei um pouco de meu próprio leite envenenado para dar a ela.

— Você fez o que, Esme?

— Não brigue comigo Carlisle.

— E se ela for criança para sempre agora, Esme?

— Espero que ela cresça. Rezo para que cresça se eu posso rezar. Não quero que ela fique assim para sempre por minha culpa. Não quero culpá-la, mas, não foi só por minha vontade, ela também queria. Você sabe que ela não queria me fazer sofre se a mordesse. Mas Carol não imaginava que seria criança novamente. Isso talvez ela nem fosse querer se soubesse.

— Rezemos Esme, rezemos muito. Meu Deus! Você fez isso por quê? E se ela ficar congelada assim para sempre? Você sabe a gravidade do que fez? Se perdermos ela para sempre, porque podemos perdê-la, teremos que matá-la se ela não crescer...

— Calma Carlisle. Ela vai crescer.

— Você não sabe mais do que eu Esme. Apenas espera que ela cresça. Mas e se ela não crescer, o que vamos fazer? O que eu terei que fazer, pois duvido que você teria coragem. Eu mal consigo matar um cervo, que dirá um bebê. E ainda por cima, Caroline, nossa filha!

— Carlisle, admita você ama Carol mais do que aparece.

— Eu não vou ser bobo e continuar negando. Sim, eu a amava. Ainda amo. Mas e se tivermos que matá-la? Eu não posso amá-la mais se vou ter que fazer isso.

— Carlisle, se acalme. Não coloquemos o carro na frente dos bois. Vamos esperar para ver.

— Esme, se ela não crescer você não vai permitir que eu a destrua? Ou vai me odiar para sempre?

— Eu não vou permitir que você faça isso agora, sem que ao menos lhe demos uma chance. Nós não somos os Volturi e damos sim uma segunda chance. Isso que ela queria ao ser transformada em vampira Carlisle, você sabe a vida que ela teve. Você não negaria isso   ela, negaria?

— Não Esme, mas...

— Você sabe que foi exatamente para proteger meu bebê que eu fugi de casa. Charles não iria deixar o bebê nascer e eu não queria que meu filho morresse antes mesmo de ter a oportunidade de nascer. Você não vai fazer isso com a nossa filha, vai, Carlisle?

— Por enquanto não, mas eu não posso esperar um ano como você pediu. É muito tempo. Posso lhe dar sete meses.

— Está bem, então. – Ela cede um pouco. Vejo como custa, mas ela concorda. Esme confia que será tempo suficiente para provar que Carlisle está errado. É uma forma de agradar o marido e também de acreditar que a filha vai desenvolver-se como espera. - Você não vai se arrepender, querido. Você vai ver. No futuro vai até me agradecer por ter impedido que você cometesse esse crime.

— Deus te ouça Esme, realmente que ele ouça as nossas preces e nos ajude.

— Um filho de um pastor é sempre um filho de um pastor, você sempre vai acreditar em Deus. Eu também tenho fé nEle.

— Por isso nos casamos, porque pensamos quase igual e temos os mesmos valores morais... Deixe-me ver a nossa filha – Carlisle vai para trás da poltrona em que a esposa está sentada.

Até agora ele não olhou para Caroline de verdade. Não queria vê-la e hesitar no seu objetivo. Ele teria que destruí-la se ela fosse um monstro quando nascesse e se Carlisle olhasse para ela talvez não conseguisse. Mas, decidiu olhar ao menos agora que ela está com os olhinhos fechados:

— Ela é linda! – exclama admirado.

Ela era uma criança tão linda, se ela voltou a ser como era logo depois que nasceu pela primeira vez. Provavelmente sim. Não são todos os pais que podem conhecer os filhos antes que ele nasça e nisso ele e Esme realmente foram abençoados.

Carlisle pensa: Esme não vai sentir nenhuma contração quando deveria ser o parto, espero que não; porque se ela sentir alguma dor mental talvez eu não estarei em casa para ajudar. Se ela sentir eu sei que ela vai ficar esfuziante, mais do que já está.

— Ela é um pedaço de mim, Carlisle. Se você a destruísse seria como me desprezar, considerar ruim algo que eu fiz. No fundo seria me rejeitar.

— Será que vai demorar até ela nascer?

— Não sei amor.

— Será que ela vai crescer tão rápido como a nossa neta?

— Isso só o tempo poderá dizer, querido.

— Esme, eu tenho medo do que pode acontecer com você.

— Carlisle, o que poderia acontecer comigo? – ela olha nos olhos do marido e compreende rapidamente. – Você acha que ela poderia fazer isso comigo? Me influenciar para que eu também passe pelo mesmo que ela? Ou eu quero passar por isso e ela somente deixará meu desejo se realizar?

— Talvez. Só ficarei mais tranquilo depois que ela acordar.

— Mesmo se ela puder fazer isso comigo, como se nós tivermos uma conexão cerebral, eu posso passar por isso sem problemas. Não tenho medo, nunca tive medo de ter um filho.

— Não é um bebê comum Esme, lembra quanto Bella sofreu para ter Renesmee?

— Eu também não sou humana, Carlisle. Esqueceu?

— É claro que não. Eu mesmo a tranformei, tenho certeza disso. Seus gritos ecoam na minha mente até hoje. Me desculpe.

— Não há do que se desculpar querido, fico feliz que você tenha me encontrado antes que eu morresse. Obrigada.

— Eu é que agradeço por você ser tão boa e ter me aceitado.

— Oh Carlisle eu não o repeliria. Muito pelo contrário fiquei ainda mais encantada por você depois que soube que era um vampiro, mas um vampiro.

— Obrigado Esme.

— Carlisle você está nervoso, nunca vi você desse jeito.

— Esme, eu tenho medo. Não quero perdê-la e ganhar uma filha. Sei que pode parecer um tanto egoísta, mas eu quero as duas. Aposto que nosso filho também pensava dessa forma quando nossa neta nasceu.

— Até a poucos minutos você queria matá-la e agora não quer que eu morra por ela se for necessário. Isso é lindo Carlisle, obrigada pela preocupação! – Esme pensa e rapidamente tem uma ideia para deixar o marido mais calmo. - Você poderia ligar para o hospital e tirar alguns dias de folga. Eu sei que você não vai trabalhar bem se estiver preocupado. Seu corpo lá no trabalho, mas a mente aqui em casa.

— Vou fazer isso mesmo, Esme. Obrigado pelo conselho.

— Disponha, querido.

...XXX...

 

Já são quase 6 horas da manhã, isso significa que Carlisle e Esme ficaram um dia inteiro conversando. Ele deveria ir trabalhar daqui a algumas horas. Então liga para o hospital e pede para falar com o diretor, ele foi super gentil com Carlisle e lhe concedeu alguns dias de folga. Ele nunca pediu folga antes e se está pedindo é porque realmente precisa.

...XXX...


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Notas finais do capítulo

Sounstrack: Only time, Enya
https://www.youtube.com/watch?v=7wfYIMyS_dI



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