Aurora escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 15
Capítulo 139


Notas iniciais do capítulo

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Capítulo 139

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Eu, Alice e Jasper estávamos assistindo a um telejornal, vendo a previsão do tempo, embora minha irmã seja bem mais confiável que os meteorologistas mesmo com todos seus aparelhos científicos para analise do clima. De repente meu irmão se volta para a esposa e diz:

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— Querida, eu estava pensando... Você gostaria de termos filhos?

Se a pergunta me surpreendeu, muito mais deixou Alice surpresa. De onde veio isso? Por que agora?

— Sim; – ela responde. – mas não podemos. Não é certo fazer isso com alguém e eu não quero que você se arrisque, Jazz. Você não precisa fazer isso por mim para demonstrar o quanto me ama, eu sei disso. Não precisa provar para ninguém mais. Eu sei e isso é o que importa. Eu estou segura de você, sei que você me ama mais do que todos.

Eu fico boquiaberta pega desprevenida com a declaração tanto de um como de outro. Oh my God!

Não quer dizer que eu não me sinta bem ao ouvir demonstrações de afeto entre casais, eu adoro ver a felicidade dos demais, eu fico bem. Me faz feliz ver a felicidade das outras pessoas. Acho que nasci para ficar ‘segurando vela’. Esse é oficialmente meu posto agora que meu irmão Edward se casou depois de quase cem anos; ele passou para mim e eu assumo seu lugar contente. Não penso em me casar nem sinto necessidade, eu estou bem sendo única solteira da família. Quando eu era humana essa não era minha pretensão. Gosto sim de matrimônio e admiro casais apaixonados, mas não me imagino subindo ao altar.

Mas como Alice não soube antes o que o marido estava planejando? Pode ser, tenho quase certeza, que é porque ele só decidiu falar agora. Meu irmão estava refletindo sobre o assunto e só resolveu agora. Talvez só Edward sabia o que Jasper estava pensando, mas não denunciaria o irmão se aproveitando assim dessa forma de seu dom de ler mentes.

Ou talvez minha irmã não fica vigiando o marido o tempo inteiro. É certo que meu irmão mais velho em certo sentido, pois ele é mais antigo do que mamãe, não é o mais assíduo vampiro vegetariano da família. Jasper ainda tem dificuldades para se adaptar à dieta, talvez por quem ter transformado-o não era um vampiro controlado, na verdade foi uma vampira se eu me lembro da historia dele; mas ele não precisa que alguém fique de olho nele o tempo todo, ele sabe o que faz.

— Por você eu faço tudo meu amor – retruca meu irmão.

— Jazz não precisa. Muito obrigada. Mas não quero arriscar a vida de alguém só por um capricho. Não é justo nem com ele, nem com você.

— Eu quero fazer isso por você querida.

— Jazz querido, por favor, não. Não precisa me provar nada.

— Eu não posso deixar você fazer isso se eu quero fazer isso por você, querida – replica Jasper.

Eu tento me concentrar na TV, mas não consigo. Estranho, porque eu nunca fui muito curiosa, mas disseram que vampiros se distraem facilmente deve ser por isso, não curiosidade de minha parte. Preciso me concentrar e manter o foco. Me esforço mas não consigo, não dá; desisto, é melhor me render.

Fico completamente absorta na conversa de meus irmãos, é conversa entre esposa e marido e eu deveria sair e deixá-los sozinhos, mas se eles queriam privacidade ou não queriam que ninguém ouvisse teriam ficado no quarto dele. Se bem que aqui em casa é difícil que alguém não ouça mesmo através das paredes devido a nossa audição acima da média.

— Jazz não precisa. Somos só nos dois e isso é o suficiente. Eu não quero arriscar a vida de uma criança só para poder ser mãe. Eu não sinto falta disso. Eu ajudei minha mãe a criar minha irmã mais nova, eu fui uma segunda mãe para minha irmãzinha.

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— Nossos irmãos todos têm seus filhos agora. Até Esme e Carlisle adotaram mais uma filha – Eu sei que está falando de mim, mas tento fazer a melhor ‘poker face’ que eu consigo. Até nossa sobrinha já é mãe.

— Só por causa disso nós não precisamos ir além. Somos felizes como estamos, do nosso jeito, não precisamos ser iguais aos outros. Eu não sinto falta de nada.

— Posso pedir para Carlisle nos ajudar... – propõe Jasper.

— Não vamos incomodá-lo.

— Se você quer mesmo, não é uma bobagem, querida. Acredito que ele faria isso por você. Você mesma disse o que ele seria capaz de fazer por você quando os Volturi vieram há dez anos. Ele faria qualquer coisa que você pedisse; nem tanto por mim, mais por você.  – Meu irmão se vira para mim e pergunta. - Não é verdade Carol?

Mamãe e papai saíram para uma conferencia médica na qual Carlisle foi convidado como palestrante.

— Acho que sim - confirmo.

— Eu sei que Carlisle certamente faria tudo que eu pedisse, não apenas por mim, mas também por você Jazz. Ele é nosso pai. Porém eu não queria ter que fazer isso com ele. Já faz quase um século que ele transformou Emmett. Eu sei que ele fez isso por que Rose pediu e também faria o mesmo por mim se eu pedisse, mas eu não quero fazer isso com ele. Ele não merece.

— Querida, vamos pedir e deixar que ele decida, está bem? Mesmo que ele não concorde, o que acho difícil, ainda podemos fazer como Edward fez com Bella, ou até mesmo como Esme fez com Carol.

De novo falando de mim! Preciso me lembrar que não está falando mal, mas eu não gosto de ser mencionada. Parece que isso eu trouxe da minha vida passada também. Não gosto que me citem.

— Jazz agradeço muito, mas é  algo muito terrível para fazer com qualquer pessoa, quanto mais com uma criança.

— Eu sei que não pode ser alguém muito jovem, não queremos afrontar os Volturi de novo.

Esse nome que meu irmão disse tão despreocupada e normalmente me provoca um arrepio. Jasper percebe que eu estou ‘tremendo’.

— Carol, você está bem?

Alice percebe que eu estou petrificada no sofá como se fosse uma estátua entalhada ali.

— Carol, tudo bem. Os italianos não estão vindo – diz minha irmã. – Eu viria se eles quisessem nos atacar. Mão tenha medo, se acalme.

Esme e Carlisle nunca me disseram qualquer ameaça envolvendo os Volturi, mas não precisava, eu sei que eles são apavorantes.

Eu pisco e volto a assistir televisão, o telejornal já acabou e agora está passando um programa de auditório.

— Eu estou bem – digo ainda com a voz fraca.

— O que nossos pais disseram para você para deixá-la tão assustada só de ouvir esse nome? – questiona Alice.

— Nada. – tento proteger Esme e Carlisle. Eles não me disseram nada além da verdade.

— A fama dos vampiros italianos - Percebo que meu irmão evita dizer Volturi. – os precede e é assim mesmo que ele quer que nós todos fiquemos, assustados só em ouvir seu nome. Todos nós temos horror a eles, mas alguns de nós são mais sensíveis – Jasper afaga meu braço.

— Eu ainda sou muito nova, podem me chamar de Criança Imortal – digo como se explicasse meu pavor.

— Não acredito nisso Carol; mesmo que eles pensassem assim porque eles poderiam mesmo que não seja verdade, como quase nos destruíram há mais de uma década apesar de não termos feito do que fomos acusados, eles podem decidir o que quiserem estamos refém de seu arbítrio, eles não nos farão mal graças ao escudo de Bella.

— Mas eles também podem ter conseguido outros – argumento.

— Sim, é verdade. Mas eu não vi – Alice segura minhas mãos e olha bem no fundo dos meus olhos.

Se eu fosse humana teia abaixado a cabeça constrangida, mas agora que sou vampira consigo encarar ao menos meus parentes.

— Eles não vão parar até serem destruídos ou terem o que querem – comenta Jasper.

Alice lança um olhar de reprovação para o marido. Ela está tentando me acalmar e ele fala isso. Mas eu me sinto mais tranquila.

— Jasper – eu percebo que ele está usando seu poder em mim.

— Não há motivo para pânico Carol. Está tudo bem, não se preocupe.

Eu me sinto tão relaxada que só não desmaiei porque vampiros não dormem.

...XXX...

 

Falo para meus pais o que aconteceu quando eles chegam a noite. Esme e Carlisle me explicam que meus irmãos ficaram cuidando de mim e era isso que eles deveriam fazer. Eles eram minhas babás. Eu não me incomodo, minha irmã era bem mais velha quando precisou ser cuidada. Se bem que não tinha nenhum vampiro atrás de mim, e eu nem sou humana. Eu tenho aparência de doze anos de idade, não sou tão pequena para precisar de babás.

Mesmo assim eu ouvi quando papai falou com Alice e Jasper mais tarde no escritório que não devem falar sobre os Volturi enquanto eu estiver presente. Ao menos não enquanto eu ainda posso ser ameaçada de ser Criança Imortal. Meu irmão se desculpou e saiu. Certamente agora não é hora de pedir nada para papai. Carlisle sabe separar os assuntos, mas Jasper sabe que agora não é o momento.

Isso me faz pensar em algo que eu não queria, mas não pude evitar. Meu pai humano jamais faria isso. Ele batia sem sequer perguntar, não queria nem saber. Muitas vezes eu era espancada sem que a culpa fosse minha. A culpada sempre era eu por estar no comando mesmo que meus irmãos não me obedecessem. Às vezes faziam de propósito só para que eu apanhasse. Sádicos.

Éramos crianças, mas não tinha nenhum tipo de solidariedade deles por mim, por que eu devo ser compreensiva com eles? Eles não tiveram piedade de mim porque eu devo ter deles? Eu sei que meu passado vai ficar para sempre comigo, eu queria ter esquecido quando me tornei vampira assim como minha irmã esqueceu seu passado, mas comigo não foi assim. Eu sabia disso e mesmo assim eu quis ser vampira. Não posso deixar meu passado influenciar meu futuro. Mas por outro lado eu sei que sou como sou muito devido ao que aconteceu na minha vida. Eu tenho sim mágoa, mas o que eles me fizeram já foi feito e nada pode mudar. Nem acredito que algum dia eles tomem consciência e me peçam desculpas. Não espero isso, não quero me decepcionar ao criar falsas esperanças.

...XXX...


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