Bring Me Home escrita por Luh Marino


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

E aí, gente!
Bom, resolvi fazer essa fanfic de AD sobre a nova era do jogo, que se passa na universidade. Os primeiros capítulos serão basicamente o que está acontecendo no episódio 1 e 2 do de ADUL, então haverá algumas semelhanças com o jogo.
Depois disso, as coisas vão se desenvolver.
Lembrando que a fanfic é sobre minha OC e o Castiel, ok?!
Espero muito que vocês gostem!



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O táxi passou ao lado de Sweet Amoris.

Foi como se arrancassem meu coração do peito.

Eu não via nada daquilo que estava ao meu redor há tempos. Quatro anos, para ser mais exata. A própria ideia de estar voltando me era… assustadora não é a palavra. Chocante, talvez. Brutal. Impactante.

Ou talvez não existisse uma palavra no dicionário que descrevesse o sentimento que me invadia o peito naquele momento.

Mas era algo que eu nunca havia sentido na vida.

Os melhores anos da minha vida haviam acontecido bem ali, naquela escola onde o carro ainda se encontrava parado em frente, graças ao sinal vermelho. As lembranças eram tantas que eu sequer conseguia organiza-las de maneira a entender o que se passava na minha cabeça. Era tudo uma bola de neve gigante que me passava diante dos olhos enquanto eu observava aquele portão escancarado e os jovens que por ali atravessavam, saindo e entrando das aulas.

E pensar que tudo aquilo já havia passado por mim.

Às vezes eu sentia que não aproveitei direito. Principalmente quando, ao fim do Ensino Médio, tive que me mudar repentinamente para uma cidade longe demais. Se eu soubesse que esse teria sido o início conturbado da minha vida adulta, eu teria passado ainda mais tempo naquela escola do que eu já passava. Passaria mais tempo com as pessoas que me eram importantes. Eram tantas… e perdemos o contato. Foi culpa de ambas as partes. Com a faculdade e o resto de tudo que vivíamos, as mensagens que no começo eram tantas acabaram diminuindo… e por fim, pararam de vez. Eu sabia que em grande parte dos casos, não se mantém contato com os amigos de escola. Mas eu tinha certeza que seria a exceção da regra.

O carro voltou a andar.

Quando meu pai me disse que teríamos que nos mudar, apenas duas semanas depois do meu baile de formatura, eu espereneei. Fiz birra, gritei, tirei argumentos de onde não tinha para que o convencesse a ficar. Minha mãe, apesar de não demonstrar, eu sabia que estava do meu lado. Mas não tínhamos alternativa. O meu pai era o principal provedor da casa, e os empregos da minha mãe nunca eram fixos. Nós tínhamos que ir.

Eu cheguei a mencionar tia Agatha, mas papai disse que era fora de cogitação, não éramos tão próximos dela para que ele me confiasse em suas mãos. Afinal, nem prima de primeiro grau ela era.

E eu tinha apenas dezessete anos. Não tinha escolha, era apenas uma adolescente. Eu sabia que não conseguiria viver sozinha, longe dos meus pais, ainda mais de maneira tão súbita. E, apesar de aceitar isso no interior, por fora eu continuava brava. Não falei direito com meu pai por meses após a mudança, mesmo não sendo totalmente culpa dele.

Mas doeu demais.

Deixar Rosa e Alexy. Iris, Priya, Kim, Violette. Os meninos, Armin, Nath, Lys, Ken - que eu conhecia há tanto tempo. Até Peggy foi me ver na despedida, e até dela eu senti um pouco de falta. Eram meus amigos. Meus companheiros, aqueles que viveram junto comigo os anos finais da escola, que me observavam correr de um lado para os outros nos corredores solucionando problemas meus e dos outros.

Mas nada nunca iria se comparar com a dor de ter deixado Castiel.

Meu primeiro amor. Meu mais intenso amor. Quem diria que a paixãozinha da escola seria uma das coisas mais importantes de toda minha vida?

Castiel foi meu primeiro muitas coisas. Primeiro show, primeiro cara a lamber meu sorvete, primeiro homem a dormir no meu colo, primeira briga por causa da ex, primeiro choro por causa de um cara, primeiro tapa no rosto.

Primeiro encontro.

Primeiro amor.

Primeira transa.

Deixar tudo de bom que ele me fez e tudo de bom que eu fiz a ele para trás foi a pior coisa que eu tive que fazer. Demorei demais para finalmente não sonhar mais com ele. Demorei a me acostumar com sua ausência e suas tiradas irônicas agora inexistentes. Demorei a esquecer o som de sua voz cantando minha música no meu ouvido. Nossos corpos juntos, seus lábios acariciando os meus.

O táxi estacionou na frente da Universidade Anteros. Dei dinheiro trocado e agradeci, saindo do veículo e arrastando minhas malas junto.

Eu não fazia ideia de qual seria meu primeiro passo ali. Minhas mãos tremiam levemente enquanto eu encarava os prédios antigos e imponentes da faculdade, vendo pessoas como eu passando apressadamente, como eu mesma costumava fazer.

Eu me sentia perdida, apesar de saber exatamente onde estava.

Meu celular apitou e vibrou no bolso da calça. Apoiei a mala no chão para alcançar o aparelho e visualizar a mensagem na tela bloqueada:

 

Rosa: eu estou TÃO ansiosa pra te ver novamente! Que bom que você voltou :)

 

O sorriso foi automático. De alguma maneira, eu sabia que conseguiria me encontrar.


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Notas finais do capítulo

É isso, gente!
Eu ainda não escrevi muito da fanfic, então talvez os capítulos demorem um pouco a sair; também porque estou na semana final das aulas na faculdade e isso significa muitos trabalhos para entregar. Mas logo eu entro de férias e as coisas passam a ficar mais tranquilas.
Espero que tenham gostado. Se puderem deixar um comentário com um feedback, vão deixar a autora aqui muito feliz!
Beijocas e até logo. ♥