White Night escrita por ryn_chuu


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

One de Aniversário pra Mitsuki-Mally-meu-amor q, nem um pouco atrasada por sinal ~
Uma história simplezinha e talvez até meio random q mas espero que gostem, fiz com muito carinho ~

Inteiramente dedicada à minha uke ❤ Happy B-Day que ja passou a muito tempo, mas ainda conta



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-Nee, Uru-kun, não acha melhor esperarmos um pouco mais? – Ruki perguntava ao meu lado, terminando de vestir seus quilos de casacos.

 

Estávamos na saída de nosso restaurante preferido, no centro de Tókio. Tínhamos ido lá jantar juntos, algo que não fazíamos a um bom tempo, devido à agenda apertada. Porém, para grande alegria, ao terminarmos o jantar, começara a nevar intensamente.

Geralmente essas nevascas são comuns no inverno em algumas cidades do norte do Japão, mas em Tókio?! Nunca em meus 28 anos de existência havia presenciado algo assim.

 

Cada vez menos sentia vontade de sair da confortável calefação do restaurante, mas meu carro estava no estacionamento – o qual o preço aumentava a cada hora que passávamos ali - , sem ignorar o fato de que ambos morávamos razoavelmente longe. Esperamos um pouco, aguardando que a neve enfraquecesse, mas só fez aumentar. Estava ficando realmente tarde, mas Ruki olhava para mim com aquela expressão de pinguinzinho sem dono - coberto por todos aqueles casacos grossos, deixava apenas seu rosto a mostra, tornando-o igual ao um pinguim pequeno e fofo.

 

Sentia pena do chibi. Por mais que preferisse climas frios, seu corpo não reagia bem a baixas temperaturas, fazendo-o cobrir-se de incontáveis camadas de grossos tecidos. Algo que para mim o deixava muito apertável, apesar do mesmo não gostar.  O olhava de cima a baixo, abrindo um sorriso abobalhado.

- O que houve, hein? – Perguntou, fechando a cara.

- Nada, é que você fica tão fofinho todo agasalhado. – Ri, fazendo-o enrubescer intensamente.

- Cala a boca. – Disse emburrado, escondendo seu rosto no grosso cachecol xadrez. - Vamos esperar mais um pouco, talvez diminua...

- Acho que não – Através das portas de vidro, podia ver a rua inteiramente pintada de branco. Acho que se não saíssemos dali agora, teríamos que dormir na entrada. – Vamos logo, antes que a neve cubra toda a entrada.

Relutante, Ruki assentiu, cobrindo os cabelos escuros com seu gorro preto habitual, preparando-se para sair.

 

Abri a porta, e um vento gelado cortou meu rosto. Por sorte estava bem agasalhado, com meu querido sobretudo. Dei passagem ao moreno, e então me forcei para fora do restaurante, enfiando o pé em meio metro de neve, literalmente.

 

Seguimos o mais rápido possível em direção ao carro, que por sorte estava a poucos metros. Ruki entrou rapidamente no banco ao meu lado, quase quebrando a porta do meu carro.

- Calma, já vamos sair. – Disse, espantado; para não dizer emputecido. Fechei minha porta suavemente e liguei rapidamente o aquecedor, tornando o ambiente mais habitável.

- D-d-desculpe. – Ruki tremia violentamente, afundando o corpo pequeno no banco, os olhinhos escuros e puxados arregalados. – Deus, que porra é essa?

- É 2012 chegando. – Disse em resposta à pergunta retórica, fazendo-lhe soltar uma risada trêmula.

Arranquei o carro com dificuldade do lugar, seguindo para o portão e pagando o estacionamento. O aquecedor estava fazendo efeito – graças a deus – e então dirigi com tranquilidade.

 

No caminho, mais neve, neve, neve por todos os lados. O silêncio no carro me incomodava; olhei para ver o que Ruki fazia. Seus olhos estavam semicerrados e um pequeno rubor cobria sua face; devia estar cansado.

Fiquei com pena de incomodá-lo, voltando a olhar para o caminho. Então percebi um pequeno zumbido, vindo do meu lado. Olhei novamente, e percebi que o chibi não estava cochilando. Usava fones de ouvidos brancos, que me eram familiares. Olhei para suas mãos, e lá estava, o meu Ipod. E eu pensando que estivesse cansado, devia estar gozando internamente escutando Ayumi.

- Hmm – Pigarreei alto suficiente para que ouvisse. – Que tal escutarmos uma musica juntos? Já que o assunto está ótimo.

Com uma mão ainda no volante, puxei o aparelho das mãos do moreno, que ria, encabulado. Liguei o rádio numa estação qualquer. Sorri orgulhoso ao perceber que tocava uma musica da nossa banda, the GazettE.

 

Ruki fuzilou-me com os olhos enquanto eu gargalhava; tocava "Cassis".  Ele detestava essa musica, por mais que a tivesse composto. O motivo é algo que talvez eu nunca venha a saber.

- Muuda, ou então vou voltar a ouvir Ayumi. – Disse, um tanto manhoso.

- Há! SABIA que você estava escutando ela! As caras que você faz te denunciam. – Ria escandalosamente, conforme Ruki virava um pimentão.

- Muda logo essa porra.

- Desbocado. – Provoquei, mudando para outra rádio qualquer.

 

Ok, realmente estávamos com a bola toda. Minutos depois a outra radio tocava Swallowtail On The Death Valley - outra nossa -, e agora Ruki tentava uma pequena dancinha, atrapalhado pelos casacos. Eu estava tendo uma séria crise de risos.

- Ooh yeah.

- Você está me desconcentrando.

- Uruha, olha pra fren...! – Tarde demais.

 

Um movimento em falso, justamente na curva. Senti o carro derrapar e afundar em uma montanha de neve na beirada da estrada.

- Merda. – Xinguei, batendo a cabeça no volante.

Ao menos ninguém havia se machucado, pensei. Olhei para Ruki apreensivo, mas o mesmo parecia estar bem seguro em seus casacos. Seus olhinhos estavam arregalados de susto, mas então suspirou aliviado.

A rádio parara de tocar após a batida, deixando o silencio se instalar.

 

Olhei para frente, lados, atrás. O carro estava inteiramente soterrado por neve, exceto por um pequeno pedaço da janela de Ruki, no qual se podia ver a rua. E agora? É, fodeu.

Ruki tentava sem sucesso abrir a porta; estava escuro, mas o aquecedor ainda funcionava. Liguei a pequena lanterna do teto, e então me debrucei sobre o chibi, de modo a alcançar a maldita e tentar inutilmente forçar a neve a ceder.

- Mas que porr... – Meus olhos pararam nos de Ruki.

Não tinha me dado conta do quão próximos estávamos, até ver seu rosto  num tom vermelho intenso e seus lábios a centímetros dos meus. Estava de joelhos no meu banco, com uma das mãos na maçaneta e a outra apoiada na sua ...c-coxa.

Recuei instantaneamente, sentindo meu rosto arder. Aquilo me fez perder a linha do pensamento, esqueci até do que estava fazendo.

 

Ficamos parados ali por o que pareceu ser um bom tempo, então o moreno timidamente quebrou o silencio.

 - Uru-ha, e-e então, o que fazemos? – Seus olhos olhavam fixos pela janela, o rosto ainda corado.

Foi então que me toquei que ainda estávamos presos. Olhei de Ruki para a janela e da janela para Ruki, então tive uma idéia. Se não abriu por bem, vai abrir por mal.

 - Pula pro banco de trás. – Disse, e após o moreno sair do caminho, estiquei as pernas sobre o banco, agora vazio.

 

Mirando certeiro o tranco da porta e superando o peso que surgia nos meus bolsos ao pensar em meu querido carro destruído, chutei com toda força. Chutei outra vez e pude escutar um ruído estranho. Chutei uma ultima vez com mais força, e então a porta se abriu um pouco.

 - Abriu. – Disse, sorrindo para o pequeno, que retribuiu. - Ai! Meu pé.

Ruki riu, adiantando-se a empurrar a porta comigo. Depois de alguns minutos de esforço ela escancarou.

Praticamente caímos fora do carro, embolados, desajeitados e risonhos. Levantei primeiro, puxando Ruki, que exibia um sorriso fofo e radiante.

 

- E agora, pra onde vamos? –Seu sorriso murchou.

Estávamos no meio da rua deserta, com um carro atolado numa montanha de neve, e táxis não aceitam cartões de crédito.

 

Reconheci a paisagem, não era muito longe da casa de Ruki, ao menos de carro. Maldita hora que deixei o dinheiro em casa.

Pegamos nossas coisas de dentro do carro e seguimos a pé pelo caminho. Me senti na Finlândia – Só faltavam sair cubos de gelo da minha respiração.

 

Conforme caminhávamos, percebia que Ruki tremia mais e mais. Seus olhos se enchiam d’água devido ao vento gélido que incidia; ao menos havia parado de nevar, por enquanto.

De súbito, aproximei-me do baixinho, passando o braço por seus ombros numa tentativa de esquentá-lo. O moreno sussurrou um pequeno “obrigado” por entre os cachecóis, fazendo-me sorrir.

- Falta pouco, ne. – Disse, calmamente.

 

 

Alguns minutos depois entramos na rua onde ele morava, e então pude avistar a conhecida casa, coberta por uma espessa camada branca na entrada e sobre o telhado.  Paramos em frente à entrada e então me adiantei.

 - Bem, boa noite. – Sorri, virando-me para seguir o caminho até casa. – Nos vemos então. Se cuide, cuidado para não pegar um resfriado. 

- Espera ai! Você tem sérios problemas psicológicos. – Ruki gritou, me puxando pela manga do casaco. – Acha mesmo que depois desse perrengue todo vou deixar você ir pra casa sozinho nessa porra de frio?! Entra.

Fiquei surpreso com o tom de voz indignado – parecia ate que eu tinha roubado seu cachorro e mandado pro Alasca - mas imensamente grato pela gentileza; abri meu maior sorriso, segurando sua mão e entrando pelo portão de sua casa.

 

 - Obrigado. – Agradeci. Seu rosto ganhara um tom escarlate, a expressão emburrada tentando esconder um sorriso bobo.

 

Entramos em sua casa, que já me era familiar.  Ruki tinha bom gosto para decoração. Era simples e não muito espaçosa, mas ao mesmo tempo possuía um toque de elegância e estilo característico do baixinho, e era de certo aconchegante. Despi meus agasalhos e então ajudei Ruki com os seus, pendurando-os no hall e tirando os sapatos. 

 

O moreno passou direto pela sala de estar, sem se dar ao trabalho de me perguntar se queria beber algo, pois iria preparar de qualquer jeito, não importando o quanto eu dissesse que não precisava.

 

 - Cala a boca e senta ai, vou preparar um café. – Acabei por obedecer. Afinal, tinha que admitir que o café que ele fazia era delicioso.

 

- Aí. – Me entregou a xícara quente, sentando-se ao meu lado e tomando um gole da sua própria. – Coloquei raspas de chocolate. Estou inspirado hoje, então aproveita.

- Obrigada. Hm, delicioso. – Tomei um grande gole e sorri, com olhos brilhantes. O liquido quente descia por minha garganta de forma agradável, e tinha um sabor forte e único.

Seu rosto adquirira um tom rosado ao me olhar, e então engasgou - rosa claro em um segundo virou escarlate. Pigarreou e então murmurou algo que não consegui entender.

- Nee, se quiser tomar um banho, vou pegar toalha e roupas pra você. – E subiu rapidamente pelas escadas, deixando a xícara de café já vazia na mesinha de centro.

 

Terminei o café e então subi a sua procura. A escada desembocava em um corredor, ambos com baixa iluminação, permitindo ver a fresta de luz vinda do quarto de Ruki. Me aproximei, hesitante. Estava prestes a bater na porta quando o moreno irrompeu do quarto, de súbito, colidindo comigo e derrubando a pequena pilha de roupas que carregava. Segurei-o, envolvendo seu corpo nos meus braços.

 

Era tão... Confortável.  Seu corpo pequeno aninhava-se perfeitamente no meu, de forma aconchegante; eu não pretendia solta-lo tão cedo.

Olhou para mim atônito, os olhos castanhos escuros arregalados. Sorri, e então reparei o canto de sua boca curvar-se em resposta. Sua mão livre que estava apoiada no meu peito caminhara até minha nuca, puxando meu rosto de encontro ao seu com intensidade.

 

Um arrepio subiu por meu corpo inteiro ao sentir seus lábios macios nos meus. Era tão inesperado, mas tão surpreendentemente mágico que cheguei a me perguntar como eu havia vivido tanto tempo sem sentir algo assim. Meu coração batia forte, e meu corpo pedia mais. A mão de Ruki acariciava meu rosto. Seus lábios se moviam lentamente junto aos meus, hesitantes. Dei passagem para sua língua, que aprofundava o beijo de maneira quase entorpecente. Correspondi com toda intensidade, apertando o abraço, provando o gosto doce de sua boca, com um leve toque amargo de café.

 

Sem perceber, cambaleei levemente para trás, empurrado pelo corpo do moreno; o suficiente para pisar em algo mole e então sentir meu corpo encontrar violentamente o chão, descolando meus lábios dos de Ruki.

Abri olhos, confuso, e então encontrei o olhar divertido do pequeno. Este estava em cima de mim, o rosto corado e aparentando conter uma gargalhada. Não resisti, rindo alto, acompanhado pelo chibi, o qual os olhos lacrimejavam.

Ficamos lá por o que pareceram horas, apenas rindo sem motivo aparente, novamente. Era impossível conter a felicidade iminente que preenchia o ambiente ao ver aquele sorriso. Me sentia estranho, “no brilho”; Parecia até que estava bêbado , e não, desta vez eu não estava.

Sentei-me, ficando com o rosto a centímetros do pequeno pimentão. Encostei os lábios nos dele de forma terna; Antes que pudesse avançar, senti sua mão empurrar meu peitoril delicadamente.

- Nee, ainda vai querer tomar banho?

 

Percebi de cara a ambigüidade na frase, mas a expressão do chibi era ingênua. A vontade que tinha era de levá-lo a força pra dentro do quarto, deixando tudo jogado por ai e... Deixa pra lá.

 

Deixando escapar um rubor ao meu rosto, levantei-me, ajudando Ruki , que parecia um tanto bobo e distraído. Peguei as roupas que estavam largadas pelo chão e então fomos para o quarto.

- Tem toalhas limpas ai dentro. – Sorriu encabulado, indicando a entrada do banheiro de sua suíte e entregando-me a pequena pilha de roupas.. – Se precisar de algo, ch-chame.

Ri, e entrei no banheiro, largando as roupas sem motivo em cima da cama. Ruki olhou para mim com cara de interrogação, mas ignorei, me trancando rapidamente no banheiro espaçoso. Respirei fundo. Minha mente parecia um turbilhão, e meu corpo... Bem, meu corpo estava daquele jeito. Tirei a roupa rapidamente e entrei debaixo do chuveiro quente, uma tentativa de me acalmar - ou melhor, acalmar o kou-junior.

 

A água entrava por meus cabelos, escorrendo por minha pele e relaxando meus músculos. Ainda podia sentir o gosto da boca de Ruki. Não demorei muito, logo saí, enrolando uma toalha branca em minha cintura.

 

Senti seu olhar surpreso ao abrir a porta, e agradeci por ser cara de pau. Sorri, deixando-o estático; E então cheguei mais perto – especificamente a centímetros do seu corpo, que se encontrava sentado na cama, ao lado de minhas roupas – E inclinei meu tronco a fim de pegar as roupas, deixando nossos rostos no mesmo nível. Olhava paralisado para mim, seus lábios entreabertos chamando pelo encontro dos meus; sorri de canto. Não sei o que deu em mim, mas estava gostando disso; queria provocá-lo mais.

 

 - Se importa se eu me trocar aqui? – Por que raios eu disse isso? Ri internamente com a expressão do pequeno, ao mesmo tempo sentindo um frio na barriga atacar-me cada vez que olhava em seus olhos.

- E-eu acho que vou tomar meu banho. – Desviou-se agilmente, correndo para o banheiro, mas voltando para pegar suas coisas, e entrando novamente.

 

Peguei as roupas e tentei vesti-las. Eram extremamente justas e curtas. Quando consegui enfiar minhas pernas pela calça, vi que minhas canelas estavam todas expostas. Mirei-me no espelho pendurado na porta de seu armário, estava ridículo. A camiseta de mangas curtas estava extremamente justa e um tanto gay, e as calças pescando siri não ajudavam. Mas pouco me importava, Ruki já me vira em situações piores.

Este que logo voltara do banheiro, vestido com roupas do tamanho certo de sua pequenez e enxugando os cabelos falsamente ondulados com sua toalha, deixando-os bagunçados de forma extremamente sensual. É.

 

O anão desgraçado olhou para mim, sem segurar o riso. Estava ficando vermelho, curvando-se.

-  Des...culpa – Falava entre as gargalhadas – Eram as maiores... que encontrei...

- Ah é. Bem, eu já devia esperar isso de um anão de jardim. – O vermelho em seu rosto agora era de raiva. Sorri, vitorioso. – Devia ter bebido mais leite quando era novo, não acha?

Me fuzilava com os olhos, a expressão lívida. Talvez eu tenha passado dos limites, mas estava me divertindo.

- Se não gostou, faça o favor de tirar.  – Disse friamente.

 

Sorri. Se ele mandou, era exatamente o que eu faria. Tirei rapidamente a camisa, e seu rosto queimara. Por impulso, avancei em sua direção, prensando-o na parede. Mas o sorriso maroto desaparecera de meu rosto, mostrando as verdadeiras sensações que me arrebatavam. Não conseguiria me manter por tanto tempo, e Ruki me deu a oportunidade certa. Queria tê-lo envolto em meus braços, sentir seu corpo colado no meu de forma carinhosa de novo, e de novo, e se fosse possível, sempre.  

O corpo do moreno prensou acidentalmente o interruptor, apagando as luzes do quarto, sendo iluminado apenas pelas do banheiro. Seus olhos cor-de-café brilhavam na penumbra, semi-cerrados. Nossas respirações misturavam-se, tamanha era a proximidade.

- Você se irrita tão fácil. – Sorri gentilmente. – Não percebe que eu não consigo mais me imaginar sem meu pequeno.

Beijei-o de forma delicada, quase cautelosamente; não de forma urgente e ousada como meu corpo pedia.  Queria aproveitar cada segundo, cada pequeno movimento, cada singelo arrepio. Meu coração errou um compasso ao sentir suas mãos passearem por minhas costas.

 

~

 

Voltara a nevar lá fora. Entrelaçava meus dedos nas madeixas escuras de Ruki, que se aninhava em meu peito, sonolento. Acariciava-lhe a cabeça, admirando a noite que logo chegaria ao fim. Sentia sua respiração lenta, mas sabia que estava acordado.

- As noites sem você me parecem tão frias agora. – Sorri ao som grave e rouco de sua voz.

Havia apenas alguns poucos lençóis cobrindo nossa nudez, mas estava agradavelmente morno, apesar de tudo. Meus dedos desceram de seus cabelos, seguindo o caminho de sua cervical por toda a coluna, arrepiando a pele alva, inteiramente exposta. Beijei o topo de sua cabeça, deitando meu rosto ali em seguida. Fechei os olhos, apreciando o aroma que exalava de sua pele.

 

- Acreditaria em algo tão clichê como uma declaração de amor após o sexo? – Sussurrei, sorrindo.

- Sim. Eu te amo. – Disse, tocando levemente os lábios em meu peito.

- Não roube minhas falas. – Levantei o rosto, puxando suavemente seu queixo com a ponta dos dedos, olhando então em seus olhos novamente. – Eu te amo, Matsumoto Takanori.

Sorriu à pronuncia de seu nome real. – Que teatral, Takashima Kouyou.

Ri suavemente, olhando para o céu que já clareava.

 

- O céu ainda está nublado. – Constatei alegremente; a nevasca não iria acabar tão cedo.

Me perguntei o que acontecera ao carro, abandonado na rua; e descobri que não queria saber.

 

- Bom dia, Uru-kun. - Sorriu.


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Notas finais do capítulo

Owari ~ Espero que tenham gostado, e lembrem-se que reviews são amor ok? *w* LÇMLM Q
chuuuu ~♥