A Musica Do Meu Anonimato. escrita por Flor Da Noite


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! Ses tão bem? Espero que sim, por que devem estar querendo me matar. Eu sei que demorei. Demorei muito. Mas tô de volta então espero que gostem deste capítulo especial.



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 - Será que isso basta?- me pergunto olhando para minha bolsa. Eu já estava pronta para sair com Jáck. Por mais que os dias estavam fazendo frio iríamos para um lugar mais quente, de acordo com ele, aliás hoje até estava sol em Londres. Eu estava vestido com vestido florido soltinho, muito bonito. Passei uma maquiagem leve e deixei meu cabelo em um coque meio solto. Coloquei um óculos de sol. Por baixo da minha roupa eu estava com meu biquíni preto. 

 

 Enquanto eu verificava se tudo estava realmente pronto ouço uma buzina e corro até a frente da casa. Havia uma Lamborghini preta parada ali. O vidro se abre me dando a visão de um Jáck sorridente. Pego a minha bolsa e me dirijo para o carro.

 

 - Ei, flor do dia!- ele cumprimenta saindo do carro. Respondo seu cumprimento sorrindo.- estava pensando, porque não leva Max? Ele vai fazer companhia a Nynfa.

 

 Animadamente chamo meu cachorro que entra no carro sem muita serimonia, causando risos em nós dois. A cadela já estava lá dentro. O garoto abre a porta pra mim e eu entro.

 

 - Onde vamos?- pergunto ansiosa.

 

 - você é curiosa.- ele ri.- mas só vai ficar sabendo quando chegar.

 

 - Aaaah.- reclamo e depois dou uma boa olhada no carro. - É uma bela máquina.

 

 - obrigado.

 

 - Confesso que não dou muita atenção a carros caros, mas esse em especial me encanta.

 

 - Então dividimos a mesma opinião, não me interesso muito por carros, sou mais da área artística.

 

 - Já tentou a academia de belas artes?- pergunto feliz por encontrar alguém com tanto em comum comigo.

 

 - Eu ia tentar, mas comecei a minha carreira na música, e você? É tão talentosa. 

 

 - Nunca tentei, todos diziam que eu não ia conseguir então acabei nem me dando o trabalho.

 

 - Ainda da tempo. Tem a cafeteria pra te sustentar, atrasar um pouco a formatura não ia te prejudicar em nada.

 

 - Talvez você possa ter razão.- o assunto é encerrado quando Ninfa pula no meu colo para conseguir por a cabeça para fora da janela, como faz Max, causando risadas em nós dois. Assuntos vem e vão. Todos muito divertidos e animados até que chegamos à um porto. 

 

 - Ainda não pode ver.- Jáck tampa meus olhos com suas grandes mãos me impedindo de ver o local, e me deixando ainda mais curiosa, se é que isso é possível. Ele me guia pelo lugar, ouço o maravilhoso barulho do mar batendo na costa.- Pode abrir.

 

 O moreno tira as mãos dos meus olhos me permitindo ver. Encantada observo a grande e linda lancha branca, de três andares, a nossa frente, estava toda decorada com flores, como em um lual.  Ao lado escrito o seu nome: " Evangeline."

 

 - Colocou meu nome na lancha?- pergunto boquiaberta e encantada. 

 

 - Ela ainda precisava de um nome, e eu me encantei pelo seu. Desculpe Tê-lo roubado.- ele sorri, com aqueles dentes brancos maravilhosos.

 

 - Eu amei.- digo. Dou um beijo em sua bochecha. Ele havia acabado de me conhecer, mas mesmo assim colocou meu nome em seu barco. Era quase a mesma loucura que fazer tatuagem com nome de namorada. Mas eu não me importava se isso parecesse louco, eu havia amado.- Foi por isso que me trouxe aqui?

 

 - Na verdade não.- ele estende a mão para me ajudar a entrar na lancha.- Você me disse da última vez,  que odiava lugares movimentados. Eu queria que você gostasse do lugar aonde fossemos, e não conheço nenhum lugar menos movimentado que o que a gente vai. Além disso

 

 Com um assobio ele chama os cachorros, que pulam com agilidade no barco, impressionante como Max já estava o obedecendo. Em seguida Jáck pega impulso e entra na lancha também.

 

 - Isso quer dizer que não chegamos ainda? 

 

 - Não, mas o passeio com a lancha é maravilhoso, vai ver.- ele liga o barco. - Você sabe nadar?

 

 - Perfeitamente.- respondo. Ele então me dá a mão e me guia pelo barco, quando chegamos a uma escadinha minúscula e ingrime, ele pega na minha cintura e me ajuda me impulsionando para cima, para a frente do barco. Ali havia uma grande espreguiçadeira fixa.

 

 - Eu te garanto que aí é o melhor lugar para navegar.- Sorri. Me sento na espreguiçadeira e fico o olhando mexer nos botões. 

 

 A lancha começa a se mover, e eu alterno meu olhar para a paisagem e para o moreno. Ao passarmos por todas as outras lanchas presentes ali no porto, percebo que a de Jáck é a maior. Estava encucada, ele havia dito que  era apenas um cantor de início de carreira, não tinha como ser tão rico, amenos que seus pais tivessem muito dinheiro.

 

  Observo a paisagem, era tão linda. Diferente da capital do país, que se assolava em neve, a vegetação ali não se encobria com o gelo, não que fizesse calor, mas ainda assim o frio não era absurdo. Era impressionante. O vento batia nos meus cabelos e eu tinha de me segurar bem forte para não sair voando, mas tirando isso era libertador a sensação de estar ali.

 

 Chegamos à uma praia deserta. Tinha uma vista linda. Jáck atracou o barco em um ponto um pouco afastado da areia, mas tinha certeza que ela nem faria falta.

 

 - Agora chegamos.- Jáck diz e ri ao ver o quão animada eu estava.

 

 - Você tem razão Jáck, é maravilhoso andar ali.- falo e passo a mão em Max que está ainda mais animado do que eu, pelo jeito aquilo havia sido mais legal do que andar de carro. 

 

 - Quer entrar na água?- ele pergunta tirando a blusa. Observo o gesto e fico encarando aquele abdômen definido por um tempo, para depois encara- lo.

 

 - Está doido? Deve ta um gelo!- exclamou, mas ele apenas ri e pula na água. - Jáck você vai pegar uma hipotermia.

 

 - A água é quente nesta praia, tem correntes de água quente. Pode confiar.

 

 - Está bem. - tiro meu vestido, sentido os olhos dele perceguirem por meu corpo. No início ponho apenas um pé na água, mas quando vejo que ele estava falando a verdade e a água realmente era quente, entro totalmente no mar. Era fundo, pois não podíamos correr o risco de o barco ficar preso, por tanto não consegui por o pé no chão, mas isso não era problema. Jack pegou uma bóia para nós não nos cansarmos.

 

  Subo na bóia, e quando me viro o moreno não estava mais ali. Desesperada olho para água a procura dele mais não via ele. Ele estava demorando muito debaixo da água. De repente ele sai da água bem a sentimentos do meu rosto, ele pega meu rosto delicadamente, e me dá um selinho. Aturdida fico o olhando, com um dedo sobre os lábios. Como eu não reajo, o sorriso dele some.

 

 - Achei que você ia gostar.- ele diz desconcertado. 

 

 Sem dizer nada entrelaço meus dedos em seu pescoço e o beijo. Ele parece não esperar muito por isso, pois demora um pouco para retribuir também, mas depois ele comanda o beijo. Me inclina para a bóia e acentua o beijo. Só paramos para recuperar o fôlego.

 

 .....

 

 - Minha tia queria que eu tirasse foto com o Mikey, só que eu tava com um copo de café quente na mão, e quando eu fui chegar perto tropecei e joguei todo o café no Mikey e quando fui ajudar ele acabei o derrubando no lago. Nunca mais nenhum deles quiseram tirar foto comigo.- conto e juntos rimos.

 

  - Quando eu fui na Disney comi um baita de um doce gorduroso e depois o meu primo me fez ir na montanha russa, e no final acabei vomitando tudo no nele, nunca mais foi em nenhum parque comigo.

 

 Estávamos sentados na espreguiçadeira, cada um com uma taça de vinho, olhando a vista é contando histórias engraçadas da nossa vida. Eu me sentia num filme, aquela tarde estava perfeita. 

 

 - Nossa que fome!- Jáck exclama um tempo depois. - Gosta de peixe?

 

 - Claro, porque?- Pergunto.

 

 - Vamos a um restaurante?

 

 - Aqui no meio do nada?- olho meio sem entender, ele dá uma golada em seu vinho antes de me responder.

 

 - Em uma dessas ilhas tem um pequeno restaurante caseiro, mas a comida é muito boa.

 

 - Vou adorar. Ficar comendo só coisas artificiais é muito ruim.

 

 - Então vai mesmo gostar, porque nada lá é artificial.- ele diz.- Ninfa, Max! Vamos.

 

 Os cachorros vem nadando até a lancha. Com a ajuda da Jáck desço de onde fica as espreguiçadeiras, pois os ventos já estavam mais frios. Os cachorros ficam do lado de fora da lancha, mas eu me sento ao lado de Jáck, que maneja com maestria a direção do barco, e fico com minha cabeça encostada em seu ombro.

 

 O caminho foi bem curto, chegamos em dez minutos na ilha. Atracamos em um pequeno cas. Ele me ajudou a sair e um garoto um pouco mais novo que nós veio correndo animado.

 

 - Jáaaack!- ele gritou animado.

 

 - Ei pirralho.- ele o abraçou.

 

 - Quem é esta? - perguntou me olhando curioso, Jáck solta uma risada e passa sua mão pela minha cintura.

 

 - Essa é Evangeline.

 

 - Prazer. - o mais novo estende a mão.

 

 - O prazer é meu, han...-

 

 - Devid.- aperto a mão dele.

 

 - Devid é meu primo.- Jáck explica.

 

 - Olha só, está esbanjando dinheiro, irmão!- Um outro garoto, dessa vez mais velho aparesse, ele para próximo a lancha e lê seu nome.- 'Evangeline', belo nome.

 

 - Obrigada.- respondo por mania, mesmo sabendo que o elogio não se dirige diretamente a mim, o que faz com que o garoto olhe para mim.

 

 - É sua?- pergunta, sem entender o agradecimento.

 

 - Digamos que tenho direitos autorais sobre o nome, mas a lancha é de Jáck.- digo.- Sou Evangeline.

 

 - Erick, irmão mais velho desse mala ai.- o garoto indica Jáck com a cabeça, depois beija minha mão.

 

 - Porque não me disse que tinha irmão?- pergunto,

 

 - Esse ai é mala de mais, não merece um assunto próprio, ruiva.- o moreno implica.

 

 - Olha só como é abusado.- o mais velho da um soquinho no ombro do mais novo.

 

 Enquanto Devid ria eu olhava encantada. Quando o garoto disse que iriamos a um restaurante ali próximo, não imagina que iria conhecer a família dele. Quanta coisa estava acontecendo num primeiro encontro. 

 

 - Agora vocês dois desocupados deem licença que nós não comemos ainda.-ele diz e pega na minha mão me puxando em direção ao pequeno estabelecimento ali. Quando entramos somos recebidos por um senhor simpático.

 

 - Oque vão querer?-ele pergunta, mas quando olha para Jáck, alarga seu sorriso e abre os braços para um caloroso abraço.- Jay!

 

 - Pai.- eles trocam abraços, e depois o senhor se vira alegre para mim e me elogia. Depois sai correndo para cozinha e fica um tempo lá, a porta volta a abrir e quem sai dela é uma senhora apressada e alegre.

 

 - Jay filhinho.-ela aperta e beija o filho, que parece um pouco desconsertado, por eu estar presenciando aquilo. Mas eu estava adorando, nunca tivera um irmão para implicar, minhas primas eram idiotas comigo, e meus pais não eram tão abertos.-E quem é essa moça linda que fez meu filho me visitar?

 

 - Sou Evangeline senhora Tresbonter.- repito o meu nome pela quilhonésima vez naquele dia. Acho que é a primeira vez que digo o sobrenome de Jáck. 

 

— Nada de senhora, toda garota que consegue fazer com que meu Jay pise novamente nesta ilha merece me chamar pelo primeiro nome. Por tanto é apenas luzia.- ela diz alegre de verdade.

 

 Jay...Música...Dinheiro...Fama... JayJay. Não podem ter ligação, não. É apenas um apelido comum.

 

 - Então é um prazer Luzia.- digo.

 

 - Agora sentem, a comida está quase pronta.

 

 - Nem pedimos ainda mãe.- Jáck ri.

 

 - Horas, nem vai. Ainda não aprendeu que não se faz exigências ao cozinheiro Jáck? - a mulher bronqueia, mas depois pergunta a mim- Vai querer alguma coisa em especial, querida ? 

 

 - não se faz exigências ao cozinheiro.- o moreno murmura 

e leva um peteleco da mãe. Dou uma risada.

 

 - Obrigada, mas quero o que tiver.- a senhora sai andando sorridente e entra novamente na cozinha.- Não os visita muito? 

 

 - Não, na verdade depois de que comecei na carreira, não tive muito tempo de vir aqui, e você disse que queria muito que sua família fosse mais unida. Me senti muito mal por não dar valor a minha, por isso resolvi chama-la, desculpe se sentiu-se pressionada.

 

 - Não se preocupe Jáck, esse foi o melhor encontro que eu já tive.- digo, e falo a verdade.- eu me sinto mais solta com você, acho que só perde pra minha melhor amiga em quesito de quem sabe sobre mim, e olha que você me conhece à alguns dias e Lou à anos.

 

 Me aproximo um pouco dele é o beijo levemente.

 

 .....

 

 Já era noite quando voltamos ao pequeno porto de onde saímos. Passamos um bom tempo com a família de Jay. O irmão e o primo nos fizeram rir a tarde inteira. Conseguimos conhecer um pouco da ilha onde a família morava.

A ilha não era deles, porém o moreno queria compra- lá para dar aos pais, que tentavam a todo custo cuidar do local, que estava sendo explorado.

 

  Ainda no final da tarde nos despedimos de todos e Jáck me levou para ver o pôr do sol. Infelizmente tivemos de ver de dentro da cabine, pelo grande vidro, devido ao frio que fazia lá fora.

 

 Eu não tinha nada para reclamar daquele passeio, e muito menos do meu acompanhante, que fora a pessoa mais carinhosa, atenciosa e divertida que já conheci. 

 

  Quando desci da lancha aninhada a Jáck e seguida pelos cães, pensei ter ouvido um click de uma câmera. Mas deixei pra lá, achando ser apenas nossos pés sobre o piso de madeira. 

 

 Mas não vou mentir. Ouveram sim muitas fotos. Fotos que iram eternizar esse dia espetacular, mesmo que ele nunca possa voltar.

 


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Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro. Comentem, favoritem ou até me indiquem histórias.
Beijos de arco íris.❤



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