O Peso do Elmo escrita por Dri Silva


Capítulo 10
Capítulo 10 - Temos a eternidade para fazer algo a respeito.


Notas iniciais do capítulo

Rodada 10
Tema: Pingu
Vídeo escolhido: vídeo 3 "pingu at the fairground"



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Pov. Loki

Ágda ficou estática na minha frente, o que fez meus lábios se curvarem em divertimento.

—Sem truques dessa vez. – eu disse com voz meio rouca. – Não virei o Deus da verdade da noite para o dia, mas experiências de quase morte para alguém que é um deus, alteram perspectivas.

—Eu acho que não entendi.

— Ah entendeu sim! Não estou te pedindo em casamento, só estou dizendo que estou atraído por você e talvez eu faça algo a respeito.

—Talvez?- questinou levantando uma sobrancelha.

—Provavelmente.- Respondi me ajeitando na cama.- Não agora, estou acamado, aparentemente, e tenho que resolver a questão do povo de Asgard, mas farei algo a respeito.

—Acho que você ainda está delirando de febre.-Ela ria enquanto se encaminhava para fora do quarto.

—Veremos.- respondi malicioso, mas já me deitando para dormir.
...

Um mês havia se passado desde minha quase morte, como recompensa por ter salvo a vida da princesa, o rei Freir havia permitido a estadia permanente do povo de Asgard. Doou terras ao sul onde Thor ajudava o povo a se instalar, ou seja, meu plano tinha dado certo meio as avessas.

Hoje era dia de festa, uma grande feira ao céu livre estava organizada na praça da cidade, em homenagem a Ágda que celebrava a passagem para a vida adulta como deusa, comendo pela primeira vez a maçã dos deuses. Revirei meu olhos na celebração quando foi anunciado que ela seria a Deusa da intuição, pois lhe cabia muito bem. Estava observando o povo se agitando na feira da janela do pálacio, quando sinto alguém atrás de mim.

—Gostaria de me acompanhar até a feira, príncipe Loki? – dizia uma sorridente Ágda vestida toda em purpura.

—Está me convidando para sair?-perguntei irônico- Em Asgard ainda são os cavaleiros que fazem isso.

—Não estamos em Asgard.- respondeu petulante, embora corasse.

Ofereci meu braço e descemos até a feira, ainda não encontrava a graça que as crianças viam em atirar pedras em latas amontoadas pelas barracas que passamos, em uma das tendas Ágda ganhou um doce parecido com nuvem no palito como presente de um dos feirantes, que ainda torciam o nariz para mim.

A nova Deusa da intuição não parou quieta até que andou em um brinquedo que imitava um barco subindo ao céu, observei tudo com um olhar cético que ela ignorou, mesmo quando saiu de lá cambaleando e eu jurava que iria passar mau. No fim, acabamos na cachoeira que ela gostava tanto.

—É o melhor dia de todos.-declarou.

— E pensar que você estava amaldiçoando esse dia a primeira vez que eu estive aqui.

Ela nada respondeu, apenas sentou com os pés na agua.

—Tenho um presente para você.-entreguei a ela um colar com uma pedra na mesma cor que seus olhos verdes.

—Não precisava.

—Não foi nada, roubei na feira.- Ri alto com a cara de desaprovação dela.- Calma, ganhei honestamente acertando aquelas latas empilhadas.

—Sério?

—Não!- respondi ultrajado- Paguei uma criança para fazer isso.

—Ah agora eu acredito.- Respondeu rindo.

E naquele momento em que ela ria que eu decidi beija-la, tinha gosto do doce de nuvem que tinha comido, e eu apreciei o momento.

—Eu disse que faria algo a respeito.

—Demorou.-  respondeu de olhos fechados.

— Somos deuses, temos a eternidade para fazer algo a respeito disso.

—Algo me diz que temos mesmo.- E com isso fui surpreendido quando ela me beijou.- E agora príncipe Loki, vamos voltar naquela feira e você vai tentar derrubar as latas.

—Não vou mesmo.- Mas ja deixava ela me arrastar de volta a feira.

Porque tudo bem, o elmo já não pesava tanto sobre minha cabeça. Ainda era bom de trapaça, mas agora elas pendiam para o lado certo da balança. E eu tinha ganhado a garota também.


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