Sweet Dreams escrita por Steph


Capítulo 2
Come Get Your Love




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 O cheiro de café tomava conta de todo o local e não era para menos, já que estávamos na minha cafeteria preferida, Lucy e Juvia estavam comigo e eu não sei porque elas me fizeram vir a essa cafeteria hoje, eu não estava em um dia bom já que no dia anterior tinha tido uma briga feia com meu melhor amigo, mas o motivo? Simplesmente quando eu fui visitar ele em sua casa o cretino estava se agarrando com a Ultear Milkovich, eu disse se agarrando? Não, eles estavam se comendo isso sim, em pleno local público sem nenhum pudor, tadinha das pessoas que passaram ali e viram aquela cena. Então eu tive de ir até eles e alertar que aquilo que eles estavam fazendo era um tanto indecente. Mas avisei do meu jeito, claro e com isso quer dizer que dei uns tapas na cara daquela sem noção da Ultear, mas foi uns tapas que me lavou a alma, sabe? Não que eu tivesse algo contra ela, na verdade ela era super gente boa, eu só não aguentava ver ninguém se aproximando do Jellal e eu tinha dito para ele que eu era a única mulher da vida dele e íamos ser amigos para sempre, então eu tinha que proteger o meu menininho dessas mulheres aproveitadoras.

   Bom depois disso Jellal me puxou para casa dele e começou a falar um monte de merda para mim, dizendo que eu não deveria ter atacado a “UL”. O paspalho ainda teve coragem de defender ela e esse foi o gatilho para mim falar um monte de merda para ele também eu sei que no meio de tantas ofensas e birras ele acabou dizendo que eu fiz isso por ciúmes, que fiz isso porque queria estar no lugar da Ultear. Olha só que doido né, acho que naquele suga-suga de língua deles ela acabou sugando o cérebro dele, só pode. Claro que rir na cara dele por isso e disse que nunca e que ele era só um irmão para mim e depois disso a expressão dele mudou totalmente, ele ficou abatido como se aquilo ferisse ele, tanto que ele me mandou até embora.

  Depois disso eu fui para a casa da Lucy e tivemos aquela noite de garotas, aproveitei que era só nós duas e contei o que tinha acontecido, e não é que a maluca ficou do lado dele e dizendo que ele estava certo? Que eu amava o Jellal só não admitia por ter medo de sair da nossa zona de conforto e a gente acabar se perdendo por não saber lidar com essa nova etapa do nosso relacionamento. Essa doida está lendo muitos romances isso sim, eu e o Jellal crescemos juntos, somos quase irmãos. Depois que neguei o que ela disse, ela ligou para Juvia para a mesma tentar me convencer dos meus sentimentos, mas não deu em nada então elas desistiram e tivemos uma noite de garotas normal, cheia de sorvetes e filmes comedias românticas.

   E foi assim que vir parar aqui na cafeteria e o local estava até que lotado, já que dizem que uma banda nova vai tocar aqui hoje e todo mundo sabe como é cidade pequena, são todos uns bandos de curiosos. Mas as meninas parecem que já estavam preparadas para isso e já tinha alguns lugares para nós na primeira fileira. Mesmo eu estando com raiva dele não consegui controlar o impulso de procura-lo naquela multidão, mas infelizmente ou felizmente eu não consegui encontrar aquela cabeleira azul na multidão e isso me fez me senti vazia.

De repente o som de uma bateria e de uma guitarra começaram a sair de trás da cortina verde do palco improvisado e quando a pessoa que estava cantando a música começou a entoar as primeiras notas da música, as cortinas se abriram e eu simplesmente não consegui acreditar no que estava vendo, era Jellal que estava ali com Gray e Natsu e eles cantavam come get your love. Um arrepio subiu da minha espinha até a nuca, eles eram muito bons e sem contar que essa era minha música e do Jellal, a gente cresceu escutando e dançando essa música. E como um passe de mágica toda raiva que eu sentia se dissipou e eu só conseguia sentir orgulho e admiração, mas admito que ver aquelas mulheres oferecidas gritando pelo meu Jellal me incomodava.

—  Come and get your love, come and get your love, come and get your love, now— 

Cantava o Jellal olhando diretamente para mim e naquele momento eu não consegui mais fugir do que eu sentia, eu não conseguia negar que amava aquele rapaz azulado que estava a cantar para mim em frente dessa multidão, mas mesmo assim parecia que era uma bolha só nossa e só com um olhar ele sabia que eu tinha pegado o seu amor.

                                                                                 XXX

Eu só conseguia escutar umas vozes ao longe, por mais que eu quisesse gritar para elas fazerem silencio porque eu estava dormindo, minha voz não saia e minha cabeça estava doendo muito, como se eu tivesse levado uma pancada muito forte nela. Então tudo voltou a minha mente de uma vez, eu sofri um acidente. Um maluco amassou o meu bebê, meu carrinho!

—Olha só quem acordou! —  Uma cabeleira loira se meteu na frente da minha visão logo assim que eu abrir os olhos e meu Deus como a claridade desse quarto está me matando.

—  Não querida, impressão a sua—  resmunguei enquanto tentava me sentar e Lucy me ajudou, ainda rindo do que eu tinha dito, mas eu não escutei só riso dela. E quando eu olho para a direção de quem tinha rido eu não consegui acreditar.

— Puta que pariu, Lucy. Esses sonhos não param, isso já passou a ser karma! Até em coma esse homem vem me atormentar— Só escutei os dois rindo, até em sonho esses dois tiram com minha cara. Eu mereço mesmo, em.

— Erza? Você não está mais em coma, é realmente o Jellal— olhei para a cara do azulado, ele estava com o uniforme do hospital e de jaleco e nele estava escrito Dr. Fernandes, seus cabelos estavam um pouco maiores do que da última vez que nos vimos, suas feições mais maduras e parecia que tinha continuado a malhar, mas não estava que nem aqueles homens bombados, ele estava na medida certa, na minha medida certa. Santo Deus, Erza você mal acabou de acordar de um coma, não sabe nem se ele é casado e tem filhas, mas já está o tarando. Confirmado eu vou para o inferno. Mas ao olhar em seus olhos eu não conseguia me controlar, ele continuava com aquele mesmo olhar sacana de sempre, de quem podia penetrar minha alma só com um olhar.

— Então né, eu acho que vocês têm muito para conversar com eu vou buscar um café para mim—  falou a loira saindo do quarto devagar, enquanto aquela tensão no quarto continuava—  Ah quase me esqueci! Erza, ele não é casado e nem tem filhos.

   Eu não acredito no que essa doida disse e ainda deu uma piscadinha para mim antes de sair do quarto, eu com certeza devia estar corada já que estava sentindo minhas bochechas quentes, eu estava tão abismada que só consegui ficar observando o azulado rir enquanto se aproximava de mim e pegava uma lanterna pequena e uma prancheta onde provavelmente tinha todos os meus dados.

— Quer dizer que anda tendo sonhos comigo, senhorita Scarlet? — Perguntou o azulado enquanto checava como eu estava e fazia suas anotações. Meu pai amado como eu tinha sentido falta de escutara voz desse homem. Eu ainda não acreditava que ele estava aqui e acho que ele percebeu isso já que ficou me encarando esperando uma resposta minha.

— Vejo que seu ego continua o mesmo, Fernandes— tentei desconversar, Lucy provavelmente deve ter contado para ele, aquela vaca e estava na cara dele que sabia de tudo e aquela sobrancelha arqueada e aquele risinho preso era a prova dele.

—  Oras Erza, você mesma disse que eu era seu karma que até em coma eu estava te perseguindo.

—  Eu disse? — O azulado acenou a cabeça em um sinal de afirmação—  Droga, não é o que você está pensando! Não é como se eu fosse uma maníaca por você nem nada e que nunca consegui superar nosso termino...

— Tudo bem Erza, mas são que tipos de sonhos? — Eu não estava preparada para essa pergunta, meu corpo todo travou e com certeza eu estava vermelha— Não me diga que era sonhos eróticos, Erza?

—  O que? Claro que não—  O maldito começou a rir da minha cara, droga! Não acredito que mesmo a anos sem se ver ele ainda sabe quando estou mentindo, deve ser porque eu nunca consegui mentir para ele.

—  Coisa feia Erza, mentindo para o seu médico, sabe isso pode ser importante para o seu prontuário.

—  Importante como? — O azulado riu e colocou a mão na minha bochecha, afagando o local enquanto nos encarávamos.

— Bom, eu voltei para minha cidade natal disposto a conquistar tudo o que eu sempre almejei. Então tenho que saber o grau de dificuldade dos meus objetivos. Eu já conquistei o sonho de ser médico, agora só falta o de construir uma família e ter você, mas acho que não vou ter problemas com você, já que pelo jeito nunca sair da sua cabeça.

   Eu não conseguia acreditar como aquele azulado era convencido, eu fiquei boquiaberta com o que ele tinha dito. Quer dizer que eu era um dos objetivos dele? Ele tinha voltado por minha causa? Nada tinha mudado? Eram tantas perguntas rondando a minha mente e acho que isso dava para ver na minha cara e estava na cara que ele tinha percebido isso.

   Jellal vendo o meu estado se inclinou ficando assim com o rosto frente ao meu. Os traços no rosto dele não mudaram nada, aqueles olhos esverdeados, aquela marca em seu rosto, aquele homem. Eu não conseguia acreditar que ele estava aqui na minha frente, tão próximo de mim e foi por isso que levei minha mão até o rosto dele e no mesmo instante que minha pele tocou a dele os olhos dele se fecharam, como se tivesse sentido falta do meu toque. Tateei minha mão pelo seu rosto, contornando aquela marca exótica no rosto dele, desci minha mão para seus lábios, continuavam macios e carnudos como eu me lembrava, mas será que o sabor ainda era o mesmo?

   Como se ele tivesse lido minha mente ele aproximou o seu rosto do meu até os nossos lábios se encostasse e no começo foi só isso um simples roçar de lábios, mas logo estávamos movendo nossos lábios em sincronia, o beijo era lento como se quiséssemos redescobrir a arear que tanto já exploramos. Jellal se afastou de mim devagar entre selinhos e risos, mas a distância não durou muito, só foi para pegarmos ar para o beijo avassalador que ele ia me dar.

   Ele segurou meu rosto entre as mãos e voltou sedento para os meus lábios e diferente do outro beijo, esse foi quente, selvagem. Ele pediu passagem com sua língua e eu prontamente concedi e assim começamos a nossa famosa dança. Como eu sentia falta de seus beijos, só que esse toque ele me fazia sentir com a alma aquecida e as famosa borboletas no estomago que estavam quietas esse tempo todo parece que despertaram e estão a passear. Eu mordi seu lábio levemente e escutei ele suspirar e isso parece que foi um sinal para ele descer sua mão para minha cintura. Eu juro que o momento estava bom, mas eu não consegui segurar o gemido de dor e acabei me afastando dele.

— Me perdoe Erza, que tipo de medico eu sou? Esqueci que minha paciente acabou de acordar de um coma, você está bem? Eu te machuquei muito? ... —  eu o puxei para um selinho, fazendo assim ele parar de ter um treco.

— Ei, eu estou bem só foi uma dorzinha de nada—  falei tentando acalmar ele, mas parece que não adiantou muito já que ele se levantou e pegou sua prancheta e começou a olhar umas coisas nela.

—  Bom, está tudo ok com você, só vai precisar ficar em um tempo de observar antes de dar alta para você.

—  Jellal?

—  Mais tarde eu mando uma enfermeira vir e dar alta para você, agora eu tenho que ir ver outros pacientes.

—  Jellal—  falei segurando sua mão para que ele pudesse olhar para mim e parar de falar—  Depois eu vou te ver?

—  Claro que sim, depois do meu expediente a primeira coisa que vou fazer é procurar você fora daqui e realizar todos os sonhos que você já teve comigo—  falou o azulado rindo da minha cara e dando um beijo na minha testa—  Mas agora eu realmente tenho que ir.

   Depois que Jellal deixou a sala parece que foi automático Lucy apareceu na entrada, tenho certeza que essa safada estava espiando tudo, tanto que nem me perguntou nada essa sonsa. Depois o resto do dia se passou normal, não demorou muito uma enfermeira apareceu e me liberou. Assim eu e Lucy retornamos para casa, ela me fez companhia até dar a hora dela sair, parece que hoje ela ia dormir na casa do namorado dela o Natsu, eles iam ter uma noite romântica já que hoje era aniversario de namoro deles.

                                                                                  XXX     

   Já era umas 23:00 eu estava largado no sofá apenas de baby doll assistindo um programa qualquer na tv e comendo brigadeiro quando de repente escuto uma batida na porta. Que estranho, eu não estava esperando ninguém. Fui devagar até a porta segurei um guarda-chuva que estava na entrada, caso fosse alguém mal-intencionado ia levar umas boas gardachuvadas na fuça. Abri uma brecha na porta só para ver quem era o meliante, mas o que encontrei foi um azulado me olhando como se eu fosse uma E.T por fazer aquilo.

   Abri imediatamente a porta e passamos a nos encarar, nenhum dos dois falou nada só nos observamos, ele estava com uma camisa branca com os três primeiros botões abertos, usava uma calça jeans preta e tênis. Dava para ver nas feições dele que ele estava exausto do trabalho, mas mesmo assim seu olhar estava determinado, tinha um brilho nele enquanto me observava. Parecia que ficamos uma eternidade só com o contato visual até ele quebrar o silencio.

— E aí gata, pronta para realizar todos os seus sonhos?


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