Encontro na cachoeira escrita por Tah Madeira


Capítulo 1
Amar


Notas iniciais do capítulo

Um pequeno one shot, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/763344/chapter/1

 

Julieta está montada em seu cavalo Soberano, os  cabelos ainda presos, mas em um coque que a muito deixou de estar apertado, seus olhos marejados, por lágrimas que ainda não pode deixar cair, pois se não perde o pouco do controle que ainda tem sobre si  e seus atos, seu rosto está transformado pela dor, uma dor maior que qualquer uma que já sentiu em sua vida, estava feliz, tinha refeito os laços com o seu filho, estavam se relacionando melhor que antes, antigamente os dois nem tinha uma bom convívio, por culpa dela, por ter colocado Camilo em uma redoma, e querer proteger ele a todo custo e com isso tinha deixado de ver o que importava, ao que ele queria, ao que ele precisava, mas tinha aprendido com seus erros, ou achava que tinha.

Deixa de lado os seus pensamentos ao ver onde Soberano a tinha levado, a cachoeira, um lugar que pouco tinha visitado, no mínimo o bicho estava cansado e com sede, estava a um bom tempo cavalgando, resolve parar por um breve momento senta embaixo de uma árvore, protegida pela sombra, enquanto o cavalo vai até a beira da cachoeira beber um pouco de água, ouviu pássaros ao longe, era um lugar tão lindo, lembra que a primeira vez que foi ali encontrou Aurélio, foi uma das primeiras vezes que tinham conversado com civilidade, pensar nele faz seu coração doer, ao lembrar do olhar de decepção que viu naquele par de olhos azuis.

Estava até se permitindo amar de novo, ou melhor pela primeira vez, tentou fugir a todo custo dos carinhos do filho do Barão, mas foi em vão e acabou se rendendo a ele a ao amor que ele tinha a dar a ela, Julieta veio a descobrir com ele o que era amar, poucos sabiam do relacionamento dos dois, em pouco tempo tinha se transformado em outra mulher, ou na Julieta mais nova, aquela que existiu antes de Osório machucá-la e deixar ela tão dura, fria e inflexível, com seu filho, Aurélio, amigos, estava redescobrindo a viver, a deixar ser amada e amar também, mas tudo se perdeu, tudo desmoronou, tinha ainda algo que fez a ser descoberto, resquício de  um rancor e amargura da outra Julieta, a que fez contratar um ator para se passar por padre realizar o casamento de Jane e Camilo, Susana em seu último ato de vilania ao sair escorraçada da fazenda, após ela descobrir suas armações e principalmente sua união com Xavier prometeu se vingar e assim o fez, tinham passados duas semanas e nenhuma notícia dela, todos já tinham esquecido, inclusive ela, quando chegou uma carta com convites para todos de um pequeno espetáculo que iria se realizar na casa de chá na tarde do dia seguinte, todos Camilo, Jane, a família Benedito, Elisabeta, Darcy, Ema, Aurélio, nem estranhou quando até o velho Barão foi, praticamente todo o Vale do Café, estavam todos contente, conversas baixas, sorrisos fáceis, ela mesmo se permita sorrir, era um  bom momento para todos, Aurélio sentou ao seu lado e timidamente pegou na sua mão, pensou em hesitar, mas sentindo um aperto estranho no peito apertou mais forte a mão dele, nem precisava olhar para saber que ele sorria, então as cortinas abrem, uma pequena multidão se encontra como se também esperassem algo, a marcha nupcial começar a tocar, uma menina loira vestida de noiva entra acompanhada de um menino, os dois noivos pareciam Jane e Camilo, então o padre entra e Julieta tom consciência do que estava acontecendo, em câmera lenta tudo acontece, ela vê o olhos do filho ir do padre para ela, e não podendo ser pior, Susana aparece no palco e diz com todas as letras para que quem não tinha entendido ainda e para dar a certeza ao que estavam suspeitando ela fala “ A poderosa Rainha do Café, senhora Julieta Bittencourt, contratou esse homem, esse ator, para realizar o casamento de seu filho,  Camilo, com a doce Jane, então senhoras e senhores, o jovem casal não estão casados de fato, tudo não passou de uma encenação paga pela Rainha do Café, obrigada a todos”, dito isso ela sai do palco, as cortinas fecham, e tudo vira um caos, Dona Ofélia desmaia, Lidia tem um ataque de riso, Jane sai correndo chorando, Mariana e Cecília vão atrás da irmã, assim como Elisabeta e Ema, não sem antes soltar um olhar de raiva e ressentimento para Julieta que doeu nela,não mais ao sentir Aurélio soltar sua mão, não mais ao ver o filho a olhando com um ar de decepção, Julieta se põe de pé e vai até ele que recua “Não se aproxima” ele grita, “Camilo, meu filho…” , ela tenta, mas ele não permite e a apunhala “Você acabou de perder seu filho, pois eu não tenho mais mãe” e sai da casa de chá sem olhar para atrás, Julieta tem sobre si os olhares daquele povo que estava começando a aceitar ela, eles estavam com raiva, lembrava o dia da manifestação, mas diferente daquele dia, não sentia o apoio de ninguém, saiu em disparada até o carro e manda o motorista ir rápido para a fazenda, o caminho foi doloroso naquele carro, tinham ido alegres e felizes, e agora ela volta só, mais sozinha do que antes. Na fazenda, não entra na mansão, vai direto para onde está seu fiel cavalo, precisava de ar, monta nele sem rumo.

Agora sentada lembrando de tudo, pode dar vazão às lágrimas, a sua dor, uma dor que faz rasgar seu vestido, aquelas mangas e gola a sufocam, sua cabeça doía, desprende o que resta do coque, e chora mais ainda por ecoar em sua cabeça as palavras de Camilo, por sentir que perdeu de vez seu filho, tinha que ter contando para ele, tinha tido muitas oportunidades, mas sempre deixou para depois, agora tudo foi descoberto da pior forma,abraça o seu corpo como quem querendo se esconder, chorou por muito tempo, está quase cochilando, seus olhos estão fechados que  nem percebeu passos, e uma sombra se projetar sobre si, alguém senta ao seu lado e puxa sua cabeça para deitar em seu colo, algo quente recai sobre ela, não podia acreditar quem estava ali, ela estava sonhando, ela não queria acordar, toques suaves em suas costas, não quer abrir os olhos para não ter de voltar a realidade, seus cabelos saem do seu rosto e um beijo e dado em suas têmporas, não pode negar a si mesma a quem pertence aqueles lábios

—Aurélio ?–consegue sussurrar, e mais uma lágrima cai, mesmo com os olhos fechados.

—Sim, estou aqui. –o carinho se intensifica, tinha sido difícil encontrar ela, chegou a fazenda e foi informado que ela saiu sem rumo com o Soberano, cavalgou rápido atrás dela, sem conseguir encontrá-la e o seu cavalo parecia ter sede, lembrou da cachoeira e foi para lá, seus olhos não acreditaram ao ver Soberano pastando ali em, mas se preocupa por não ver Julieta ali, seus olhos vasculham ao redor e se deparam com a figura de sua amada encolhida no chão, cabelos desgrenhados, roupas rasgadas, pensou que alguém a tinha machucado, com receio se aproxima pouco a pouco, senta e com delicadeza a puxou para deixar a cabeça dela em seu colo, a cobre com o seu paletó, sua vontade é querer a questionar sobre o que aconteceu, se estava ferida, se alguém a machucou, mas já tinha aprendido que Julieta falava no tempo dela. Foi com alívio que ouviu a voz dela chamando por ele, a beija com carinho, precisava demonstrar estar ao lado dela, na casa de Chá, no meio daquela confusão, tinha soltado da mão dela e a deixado voltar sozinha para a fazenda.

—Eu perdi meu filho, para sempre, achei que iria perder você também.

Ele a puxa e a senta em seu colo, Julieta permanece de olhos fechados, encosta a cabeça no ombro dele, Aurélio dá um selinho nos lábios dela.

—Você não vai me perder, nunca mais irei sair do seu lado, eu te amo. –ele diz tocando o rosto dela, limpando as lágrimas que ela derrama, ela abre os olhos e vê tanto amor naquele olhar, tanto carinho naqueles gesto, que o puxa para um beijo, sentir a boca dele a aquece por dentro queria se sentir amada, queria dar amor, sentir o amor na pele, através dele sabia que iria encontrar, os toques dela buscam mais da pele dele, abrindo os botões da camisa de Aurélio, espalma a mão sobre o peito dele, acariciando com cuidado, Aurélio apenas observa os gestos dela, a toca no rosto a fazendo olhar para ele.

—Julieta, não quero que faça nada que venha se arrepender depois.— como resposta, apenas o beija, se ajeitando melhor no colo dele, colocando uma perna de cada lado do corpo dele, terminando de tirar a camisa que ele veste, passando as unhas na costa de Aurélio, ouvindo um gemido vindo dele, que vai baixando os seus beijos para o pescoço dela, a beija na orelha a mordendo, Julieta prende a respiração quando percebe que ele está abrindo os botões de seu vestido, deposita um beijo molhado em seu ombro já nu, baixando o que resta do tecido, ela volta a fechar os olhos quando ele volta a beijar seu rosto, seu colo, quando ele toma um de seus seio na boca, algo vibra dentro de si, ela leva as mãos aos cabelos dele entrelaçando os seus dedos nos fios macio, o mantendo de encontro a ela, uma mão nas costas dela e a outra no seio livre o tocando com delicadeza, cessa os beijos por um momento e vai ao seu ouvido de Julieta, ela sente falta do beijos dele pensa em protestar quando ouve – Eu te amo– ele diz suave, num sussurro baixo só estando bem pertinho ela podia ouvir, então sorri ao ouvir aquelas doces palavras e sabia ser real aquele amor, Aurélio vai deitando ela pouco a pouco no chão, ficando sobre ela, sem colocar seu peso, não quer machucá-la, termina de tirar o vestido, leva as mãos as coxas dela e tira a meia que ela veste, ao tocar tão próximo da virilha, ele e a vê arfar, voltar a deitar sobre ela, tocando o corpo dela como se tocasse uma rosa, distribuindo beijos e cheiros por onde passa quer transmitir de todas as formas possíveis o quanto a ama e a deseja, ela sentia seu corpo queimar onde ele beija e toca, ele para por um breve momento para terminar de tirar suas próprias roupas, Julieta queria mais dele em sua pele como uma nova necessidade, Aurélio como que lendo os pensamentos dela a toca sua mão vai subindo pela coxa dela e a vê  fechar os olhos e seu rosto ficar vermelho,  quando toca a intimidade dela, não vendo nem um pouco de resistência  ousa um pouco mais  e colava um  dedo, ela arqueia a coluna e sussurrar seu nome “Aurélio”, ele para pensado em desistir, mas Julieta leva a sua mão ao braço dele, para que ele não pare, sendo assim Aurélio continua lentamente os movimentos lentamente, para ela era algo novo, mas tão prazero mas ela precisava de mais, então o puxa pela nuca para beijá-lo.

—Por favor–ela pediu baixinho o rosto vermelho. Ele sabe o que ela quer e se ajeita melhor entre as pernas dela entrelaça os dedos com os dela e devagar a penetra, os movimentos são precisos, são delicados, com a mão livre ela enterra as unhas nas costas dele quando o momento de êxtase se  aproxima, uma sensação sem igual se apodera de seu corpo, que parece ganhar vida sozinho e vibra, Julieta geme,  sua respiração fica ofegante, e demora ao voltar ao normal, levando sua boca ao ouvido dele, diz –Eu te amo.– e Aurélio ao ouvir enfim  aquelas palavras, continua com os seus movimentos, um pouco mais rápido, chega no seu  ápice de prazer chamando por ela, deitando a cabeça no ombro dela. 

—Você nunca mais vai estar sozinha.-diz ele um tempinho depois quando consegue. 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!