O filme 'A Última Música me ensinou que às vezes nós temos que nos afasta das pessoas que mais amamos, porém, nem por isso nosso amor é pequeno, aliás, pode chegar a amá-las ainda mais. Isso se resume em minha história, me afastei do meu namorado, quer dizer, agora ex-namorado. Afastei-me dele por não aguentar mais nossas brigas, nossas discórdias, nossos tropeços. Nada mais funcionava entre nós. Eu o amo muito, por isso quis terminar nosso namoro. Uma vez que nosso relacionamento estava fazendo mal a nós dois. 

Eu cansei de amar sozinha, de sofrer e de chorar. Em um namoro as duas pessoas precisam estar apaixonadas, porém, da parte dele, eu não percebia isso. Quando eu perguntava os motivos dele sempre estar afastado e frio, ele sempre irritado respondia em nossas brigas: "É claro que eu te amo, quer que eu grite aos quatro cantos do mundo ou o quê?!". Não, eu não queria meras palavras proferidas, eu queria atitudes de uma pessoa que realmente ama a outra. Um abraço. Um carinho. Um ombro. Um beijo de amor... Sim amor, não apenas um mero beijo. Eu queria ter um namoro fajuto, apenas para manter as aparências, eu queria ter algo real, Concentro. Verdadeiro. 

Ele foi uma pessoa muito especial para mim, mas não será o único. Eu ainda tenho apenas dezoito anos. Então, Melanie Ross ainda terá, quer dizer, eu ainda terei muito que viver e aprender. Cada experiência eu retiro um aprendizado. Uma lição. Um soco na cara. 

Quero uma pessoa ao meu lado que venha para somar e se possível se multiplicar, não há espaço na minha vida para uma pessoa que subtrai e dividi seu amor por mim. Um namoro vai além de uma aliança de compromisso e passeios em locais diversificados. Tem que ter amor verdadeiro e confiança de ambas as partes. Por sinal, aquela sua aliança de compromisso, eu joguei no amar. Talvez seja mais útil do que estando comigo. Talvez um cara legal ache e dê para a sua namorada e a faça muito feliz. Diferente de você que só me encheu de presentes, pensando que iria suprir a sua falta de amor. Quer saber? As suas migalhas eu as jogo no lixo. Que venha outra pessoa que me ame por completo, não pela metade. Porque de forma fracionada, apenas tolero metade calabresa e metade muçarela. 

Óbvio que estou sofrendo com tudo isso, afinal foram dois anos de namoro, mas, reiterando, eu não aceito mais migalhas. Eu disse isso a mim mesma quando eu me humilhei completamente no meu outro namoro. Os dois últimos meses do namoro foram apenas para analisar a situação. O mais engraçado foi quando eu disse: "Eu quero terminar". E ele simplesmente disse cinicamente: "Por quê?". O que custava analisar nossa história para encontrar as razões da minha decisão. Eu nem ao menos respondi, apenas peguei meu casaco e fui embora de sua casa. Pois, sei que para ele todos os motivos que diria seriam tolos.

Eu vou ficar bem. Eu vou superar. Eu vou esquecer ele ou pelo menos não quero me machucar quando ouvir seu nome ou pensar nele. Nesse momento estou passando por uma transição: de namorada para solteira. E essa foi minha decisão. É como diz o ditado: "Antes só do que mal acompanhada". O que me resta é curtir minha vida de solteira, agora me dedicando somente a mim mesma. Isso mesmo, investir mais em mim. Isso não se chama egoísmo, mas sim, amor-próprio.