Lábios Rosados escrita por Lady Han


Capítulo 1
Capítulo 1 - É o mesmo? Ou não?


Notas iniciais do capítulo

Opa, e aí?
Estou aqui com uma JiKook maravilhosa. Com uma amizade linda, mas com aquela curiosidade da adolescência que quase todo adolescente tem, porém poucos conseguem de fato resolver.

Espero sinceramente que gostem, pois apesar de tudo que estou passando, de tanta raiva que passei por "x" motivos, eu ainda estou tentando escrever, tentando não me abalar e apenas seguir em frente~

Boa leitura a todos! ♥



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Jeongguk falava alguma coisa – algo sobre algum jogo com certeza – mas eu apenas conseguia me focar em seus lábios meio rosados. Eles são tão lindos e parecem ser tão bons, o que eu faria para ter eles contra os meus? Assim, não que eu seja algum tipo de tarado, sou apenas um adolescente curioso sobre tudo e com os meus recém dezessete anos formados, tudo parecia ser um desafio para mim.

Nunca beijei um garoto, apenas garotas e eu me pergunto se é a mesma coisa ou se tem algo de diferente. Talvez seja bruto, mas não menos gostoso. Também não teria o gosto de gloss ou de algum batom.

— Jimin, para de me olhar desse jeito e responde a minha pergunta, porra! – pisquei uma, duas, três vezes e o encarei confuso, eu estava viajando legal aqui e nem sei que pergunta é essa que ele fez.

— Repete, eu não ouvi.

— O que foi? Você ‘tá meio distraído e brisando direto – ele me encarou preocupado, me senti meio mal por estar desejando a boca dele na minha agora, será que se eu externar as minhas dúvidas, ele vai me olhar estranho? Quero dizer, vai que ele acha estranho eu querer beijar meninos? Nem todo mundo leva isso numa boa, certo? Muitos acham anormal e eu não quero ser julgado por isso. Não por Jeongguk. Ele é um dos meus amigos que mais considero, estamos quase sempre juntos e por mais que ele seja mais novo, nos damos muito bem.

A amizade dele realmente é preciosa para mim.

— Não é nada, apenas refaça a sua pergunta de antes – balancei a mão em um gesto de “deixa para lá” e me ajeitei melhor na cama, rolando até ficar na ponta e pegar o meu celular na escrivaninha.

A gente ‘tava deitado, um de frente para o outro e já passava das 03:00 da manhã. Costumávamos ficar acordados até tarde em finais de semana, jogando conversa fora ou jogando os diversos jogos que o Jeon tem. Resolvi pegar o meu celular para tentar me distrair com algo nele, afinal, não queria mais encarar tanto o garoto em minha frente.

— Para de frescura e fala logo, cara – e que delicadeza, não é mesmo? Uma palavra para tudo isso: Intimidade.

— Ah, velho... Não sei se é uma boa ideia... – novamente hesitei. Não estou fazendo cu doce, apenas quero evitar que o clima fique estranho ou desconfortável. Seria um completo porre dormir aqui caso desse merda, estava muito tarde para eu ir embora e sem falar que caso Jeongguk se afastasse de mim e me expulsasse de seu quarto, iria doer para caralho.

— Qual foi? É só falar... – Teimoso. Era isso que esse garoto é – Tu por acaso ‘tá metido em coisas ruins? – me olhou desconfiado, se sentando na cama, com as costas apoiadas na parede azul. Seu olhar estava fixo em mim e por isso acabei acompanhando seu movimento, ficando sentado ao seu lado, com nossos ombros próximos e nossos pés fora da cama.

Confesso que engoli em seco.

— Coisas ruins? Que tipo de coisas ruins? – Resolvi deixar o meu celular de lado novamente para prestar atenção nas palavras do mais novo. Por mais que eu não queira continuar com essa conversa.

— Drogas, ué! – disse como se fosse o obvio e meus olhos se arregalaram.

— Que? Claro que não! Idiota! – Bufei, cara, a última coisa do mundo em que eu me envolveria seria com drogas. Isso é inadmissível para mim e só de pensar nisso, meu estomago se revira. Porque eu tenho um parente que tem problemas sérios com isso, mas que no momento está em uma clínica de reabilitação.

Mesmo assim, drogas não são legais e eu quero distância dessas coisas.

 — Matou alguém?

— Não!

— Pegou aquela mina estranha do nono ano e está traumatizado até agora? – É cada coisa que esse moleque inventa de falar, eu hein.

— Não e para de ficar tentando adivinhar – cruzei os braços, revirando os olhos com sua insistência – Você não vai acertar.

— Isso é um desafio? – Sorriu ladino, cutucando de leve a minha barriga em uma provocação nítida, mas é claro que não vou dar corda para essa besta.  

— Que desafio o que. Estou só dizendo que você não vai acertar, porque é a verdade. Vamos encerrar esse assunto e...

— Bateu uma no banheiro da escola e agora está se sentindo culpado? – me engasguei, e dei um soco em seu ombro por sua audácia. O que esse garoto anda fazendo por ai? Estou seriamente preocupado agora.

— É o que, Jeon?

— Sei lá, Namjoon hyung falou que já fez isso – dá de ombros. Agora tudo faz sentido, se for algo haver com esse hyung, então não duvido de nada mesmo. Ele era o cara que mais sabia dessas coisas inapropriadas, tanto que eu não duvidava do seu notebook ser cheio de vírus por conta dos conteúdos que ele baixa. Uma vez eu peguei emprestado para fazer um trabalho rápido e tinha tantas pastas com nomes de animais que fiquei boquiaberto – Ele falou que ficou duro vendo a bunda da Yeohyun sunbae e que não conseguiu se conter. E que prestou essa “homenagem” para ela – riu no final, fazendo-me rir também. Nosso hyung era estranho e muito desinibido.

— Ela tem uma bunda grande mesmo... – parei para lembrar da garota. Ela era uma das poucas que tinha algo, tanto que muitos implicavam com ela por isso. Não chegava a ser brincadeiras agressivas, apenas eram desconfortáveis em certos momentos... Sei como é, afinal gostam de zoar a minha bunda também. Dizem que se juntar todas as bundas dos meninos da minha sala, ainda sim não daria o tamanho da minha. O que é claramente um exagero.

— Realmente... – assentiu concordando – Mas esse não é foco aqui.

— Jeon...

— Fala logo, Minnie, sabe que pode confiar em mim... Certo? – Sorriu, dessa vez era um sorriso sincero, aquele que seus dentinhos de coelho apareciam e Deus, novamente me peguei encarando os seus lábios. Engoli em seco pela segunda vez, molhando os meus próprios e desviando o meu olhar.

É, eu estava sim nervoso e com medo também.

— Jimin...?

— E-Eu... Eu estava pensando...

— Você? Pensando? Nossa, até parece um animal racional assim...

— Vai me deixar falar ou não? – ignorei sua piadinha sem graça e com um aceno rápido, ele concorda e faz um gesto fingindo estar trancando a boca como se fosse um zíper, ri baixo com isso, mas logo voltei a ficar sério – Eu estava pensando em beijos.

— Beijos? E o que tem demais nisso? – franziu a testa. É, eu não estou conseguindo ser direto, apenas estou enrolando mesmo – Você beijou tantas garotas que me surpreende não ter pegado nenhum sapinho ainda – vou ignorar isso com sucesso, senão nunca vamos chegar no “x” da questão.

— Jeongguk, não é sobre beijar... Garotas... – a última palavra falei bem baixinho, querendo que o mais novo não ouvisse, porem ao mesmo tempo que o fizesse. Assim eu não precisaria repetir e sentir a minha vergonha aumentar.

— Não estou entendendo... Se não é sobre beijar garotas, então sobre o que é? – sua expressão ficava cada vez mais confusa e eu sentia cada vez mais a minha coragem desaparecer. Eu deveria continuar com esse assunto?

— Isso... É... – mordi os lábios, e com a mão joguei o meu cabelo para trás, em uma mania minha. Ela costuma aparecer mais quando estou nervoso ou tímido com algo. E nesse caso, isso se aplica a ambas situações.

— Por que mexeu no seu cabelo? Você ‘tá nervoso? Ou envergonhado? Talvez esteja os dois, só não entendo o porquê disso – Aish! Esse garoto me conhece muito bem mesmo. 

— Eu estava pensando em beijar garo...Garotos – Pronto! Eu disse! Tudo de uma vez, numa tacada só. Abaixei o meu olhar, incapaz de encarar o Jeon. Estava com receio de encarar sua expressão. E se estivesse com nojo? Decepção ou...

— Garotos? – repetiu, e eu só tive forças de assentir. Ah, meu estômago até mesmo embrulhou. Acho que a minha pressão vai cair, socorro, não sou capaz de aguentar se der merda – E então?

— Hum? – murmurei confuso.

— Você quer beijar garotos? É isso? – como ele faz essas perguntas soando tão tranquilo? Diante da minha curiosidade, tive que levantar a minha cabeça para encarar o rosto do mais novo e me surpreendi com a feição que ele tinha. Jeongguk estava sorrindo de canto, parecendo estar... Animado? É essa a palavra que eu deveria usar? Talvez estivesse gostando da situação e isso me deixou completamente perdido. O que está acontecendo aqui, afinal? 

— É... – sussurrei totalmente confuso por conta de sua reação. Ele se virou totalmente para mim, encarando meu rosto com afinco e foi difícil não me sentir envergonhado por estar sendo observado de tal forma – Jeon? O que...

— Você quer experimentar? – Ok, nem preciso dizer que abri a boca incrédulo e me afastei um pouco de sua pessoa, ficando em uma posição meio defensiva e meio desconfiado. Eu ouvi certo o que ele disse? Ah, não, com certeza eu devo ter ouvido errado a sua pergunta. Não é? Porque isso não pode ser real, é isso. Estou delirando. Ficar encarando demais os lábios dele me deixaram doidinho e confuso. Minha cabeça deve estar pregando uma peça sem graça.

— D-Do que está falando? – Ri, mas era de nervoso e preocupação mesmo. É oficial gente, Park Jimin, vulgo euzinho, pirou completamente.

— De beijar, ora essa! – revirou os olhos, puxando o meu corpo de leve para que ficássemos próximos novamente, nem consegui o impedir porque estava chocado demais – Você não quer beijar um garoto? Eu sou um garoto e quero te beijar, não é a oportunidade perfeita? – sorriu como se estivesse falando sobre como estava o tempo e o que tinha para o almoço. Dei um tapa em sua coxa que estava descoberta agora, – ele dorme apenas com a camisa de pijama longa do homem de ferro e uma boxer – por conta de seus movimentos bruscos na cama e o encarei surpreso, um pouco incrédulo também.

— Está ouvindo o que está dizendo? E você quer me beijar? Como assim, Jeon? – o metralhei com perguntas, ficando nervoso quando ele se aproximou do nada e nossos narizes estavam quase se encostando. Ok, alerta vermelho, meu amigo ficou doido do nada.

Pelo menos eu não ‘tô pirando sozinho.

— Jimin, você é bonito – disse sério, segurando o meu rosto e sorrindo mais aberto agora, com certeza o meu rosto ficou vermelho, visto que sinto a quentura das minhas bochechas. Receber elogio sempre será algo que eu nunca vou saber lidar – Tudo bem que somos amigos, mas não posso negar que você é realmente bonito e que me atrai.

Ok, Jeon Jeongguk se sente atraído por mim.

Agora é uma boa hora para surtar?

— Somos garotos... – Disse meio incerto ainda. Qual é? Eu tenho direito de me sentir meio acuado e tals.

— Sim, somos e daí? – Rebateu e eu fiquei sem palavras, não sabia o que retrucar. Ele sempre foi direto em suas palavras – Eu sou bissexual, nunca te contei porquê... Bem, só uma pessoa sabe disso e é o meu irmão mais velho. Não sou muito seguro para ir revelando a minha sexualidade assim, então sinta-se privilegiado por saber disso, hm? – acariciou o meu rosto, deixando um beijo rápido na minha bochecha.

Meu corpo até tremeu com esse toque bobo. Que isso hein? Que efeito esse pirralho tem no meu corpo.

— Ggukie... – chamei, segurando a camisa de seu pijama bobo. Deus, nunca imaginei que estaria em uma situação dessas. É muito surreal, quero dizer, qual a probabilidade de seu amigo propor acabar com suas dúvidas sobre beijar pessoas do mesmo sexo e ainda se voluntariar para tal coisa? E caramba, Jeon ainda é bissexual.

— Posso te beijar agora? – murmurou e eu, mais uma vez desci o meu olhar para os seus lábios. Aqueles que eu encarei no começo disso tudo e que agora estavam se aproximando lentamente, somente esperando alguma confirmação minha. Molhei os meus próprios, observando a língua do mais novo fazer o mesmo com os dele. Senti o meu coração bater mais forte e meu corpo se mover em ansiedade.

— Pode... Me beije, por favor... – e bastou somente isso para que nossos lábios finalmente se encontrassem. Senti uma corrente elétrica passar pelo meu corpo, me arrepiando e causando-me sensações novas.  

Nossas bocas se moviam lentamente, apenas sentindo a textura uma da outra, nada apressado ou intimo demais. Estávamos apenas nos “conhecendo” e provando lentamente um ao outro. Era tudo tão calmo e sigiloso, como se estivéssemos trocando um segredo bem baixinho, para que somente nós soubéssemos do que se tratava. Era uma troca de carinho onde o que importava era as nossas bocas se acariciando timidamente.

Meu coração estava derretendo, pelo carinho e pela paciência do mais novo. Afinal, era o meu primeiro beijo com um garoto, tudo era novo e um pouco confuso, mas não chegava a ser estranho. Era apenas.... Desconhecido. E é natural do ser humano temer um pouco o desconhecido, mesmo eu sendo um adolescente curioso demais, ainda sim tinha os meus receios. Afinal, falar e pensar é fácil, mas fazer era o problema. 

Por isso minha mente sempre estava cheia de dúvidas e apreensões. Sempre apenas pensando, deixando na maioria das vezes as minhas vontades em apenas isso... Vontades.

Eu só não contava que finalmente iria tentar algo que estava me atormentando a algum tempo, que iria me arriscar em algo que não tinha certeza se era bom ou se iria gostar. Jeongguk me fez dar esse passo, ele me fez querer tentar arriscar, colocar em pratica e não ficar apenas pensando e pensando, como se de alguma maneira magica apenas acontecesse ou a curiosidade fosse simplesmente ir embora depois de um tempo.

O Jeon podia ser mais novo, mas era bem mais ousado e destemido. Sempre fazendo o que queria, nunca se importando com as opiniões. Era um pirralho corajoso que muitas vezes podia passar do limite.

— Posso colocar a língua? – O ouvi perguntar, com os nossos lábios ainda colados, sem querer dizer nada, apenas concordei, segurando a sua nuca e sentindo-o se mover e se separar brevemente de mim. Encarei rapidamente seu rosto, ele estava com uma expressão nova, uma expressão que eu nunca tinha visto. O sorriso de canto que despontava de seu rosto, parecendo estar se divertindo e aproveitando muito a situação em que nos encontrávamos. E o brilho em seu olhar estava tão bonito que acabei sorrindo por isso, pelo simples fato dele estar tão atraente em um momento como esse – Deite sim? Quero tentar outra posição.

Oh, caramba. Eu nunca imaginaria que isso poderia acontecer, é tão... Tão impossível, mas aqui estamos, comigo deitando por completo no colchão, agora com a cabeça repousada no travesseiro e com outro garoto por cima de mim, no meio das minhas pernas.

Confesso que fiquei nervoso por estarmos assim. Era uma posição bem comprometedora no fim das contas. Eu nunca tinha chegado no finalmente com alguma garota, oportunidades não faltaram, apenas não me sentia tão confortável ou pronto para algo tão profundo. Mesmo que obviamente não fossemos fazer sexo, ainda sim a posição em que estávamos me fez pensar um tantinho demais, dando um nó na minha cabeça cheia de dúvidas e pensamentos curiosos. 

— Relaxe. Não vou fazer nada que não queira... – murmurou terno. É, tantos anos de amizade que ele me conhecia e conseguia me ler facilmente. Então, suas palavras realmente me ajudaram a se acalmar.

Respirei fundo, fechando brevemente os meus olhos.

Sei que Jeon nunca faria nada para me machucar. Não de propósito. Ele cuidava de mim, assim como eu cuidava dele. Nossa amizade era mutua, cheia de carinho e cuidado. Mesmo que tivesse algumas situações ou momentos em que nos desentendêssemos, no fim sempre voltávamos a nos falar, como se nada tivesse acontecido.

Sendo assim, confiar nesse pirralho não era difícil. Eu poderia facilmente fazê-lo de olhos fechados. Ou provando fazendo aquele exercício de educação física, no qual você fecha os olhos e simplesmente deixa o seu corpo cair na pessoa atrás de você, esperando que ela te segure. Um exercício que ambas partes têm que mostrar confiança, ou tudo simplesmente pode dar errado. Uma queda ou mostrando para o seu parceiro que não confia nele, se negando jogar-se para trás.

— Eu sei... Eu confio em você – sorri quando abri meus olhos novamente, sendo retribuído e em seguida nossas bocas voltaram a se encontrar. Apenas se acariciando, com calma e com breves mordidinhas, porém, como Jeongguk pedira anteriormente, sua língua logo pediu passagem e eu a concedi. Automaticamente minhas mãos foram para a sua nuca, puxando-o para mais perto e sentindo as nossas línguas se entrelaçarem de forma gostosa e sem pressa.

Meu corpo, ele... É a primeira vez que sinto tantas coisas com tão pouco. Parece que estou pegando fogo, que cada célula está se agitando por conta desse osculo. É tão bom, tão diferente... Não sei como descrever, só sei que poderia facilmente me viciar. Os lábios do mais novo eram tão macios e sabiam muito bem o que fazia, sem falar de sua língua, que explorava a minha cavidade bucal como bem entendia, para no fim entrelaçar com a minha língua, em uma dança suave e gostosa. 

— Hmm... – puxei seus fios, sentindo suas mãos apertarem a minha cintura como se fosse um troco por eu estar maltratando tanto tal área sua. Não era culpa minha se eu não conseguia conter os meus dedos, eu precisava tocar e puxar algo para descontar o que estava sentindo. Mas sorri entre o beijo, Jeongguk é atrevido até mesmo em momentos como esse.

— Seu gosto é bom... – disse baixinho, assim que nos separamos para respirar um pouco, sorri meio tímido por seu comentário. Sempre falava sem rodeios e eu admito, gosto de sua sinceridade – O que achou? Beijar um garoto é bom?

— Se é bom? – repeti a pergunta, sorrindo para mim mesmo e com um surto de coragem, o puxei novamente para perto e encostei nossas bocas molhadas e inchadas. Foi um contato rápido, não aprofundei, apenas queria sentir mais um pouquinho daquela boca fina e levemente avermelhada – É maravilhoso e fico feliz que esse meu primeiro beijo tenha sido com você, Gguk.

— Sempre as ordens, capitão – brincou, puxando o meu lábio superior, dando um sorrisinho satisfeito pela minha resposta. Tão lindo... – Eu estou completamente sem sono...

— Eu também – sorri, já prevendo onde ele queria chegar com aquela conversinha fiada.

— Então, o que acha de aproveitarmos isso? Quero dizer, estou te ajudando a descobrir como é beijar um garoto e quanto mais beijos, melhor sua conclusão, certo? – Tão lindo e idiota ao mesmo tempo. Revirei os olhos por sua tentativa clara de me retirar mais e mais beijos. Jeon Jeongguk era a pessoa mais cara de pau que eu conhecia e hoje, nessa madrugada, descobrir um lado seu que não conhecia antes.

Eu não sabia que Jeongguk podia sorrir dessa forma tão maliciosa, não sabia que seus olhos escureciam tanto quando estava com desejo e não sabia que sua voz ficava tão rouca e provocante como está agora.

Esse pirralho...

— Então me beije bem gostoso para que essa minha experiência com você seja inesquecível... – pisquei, retirando uma risada dele e uma própria minha. Talvez eu também esteja me aproveitando dessa situação. Ok, eu estou muito me aproveitando dessa situação.

E como éramos dois adolescentes que amavam madrugar, eu sabia que nossos beijos e risadinhas cumplices iriam demorar um bom tempo para acabar. Talvez só parássemos quando o sol já estivesse nascendo ou quando os nossos lábios estivessem tão dormentes que não teríamos outra opção. 

Jeon não tinha lábios com gosto de gloss de morango e seus toques, beijos podiam ser tanto delicados, como brutos. Sua língua era bem ardilosa, gostando de me provocar suspiros e soltar arfares longos. Percebi também que eu podia ser mais “agressivo” e que os meus arranhões em sua nuca, costas e braços, o excitavam e o fazia grunhir satisfeito.

Ele não é uma garota, mas seu beijo era melhor do que todas as que beijei.

Por fim, beijar um garoto não é o mesmo que beijar uma garota.

Para mim, o primeiro é muito melhor e gostoso. Não sei se é por ser com Jeongguk ou se é apenas por ser com um garoto.

Mas essa é a diferença e a minha conclusão.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Se divertiram? Riram? Fiz vocês dar alguma risadinha? Nem que seja aquela que escapou sem querer? hehe

Muito obrigada mesmo! Se vocês quiserem, podem deixar um comentário, vou amar responder e interagir com vocês.

Um beijão e um abraço ♥



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